DESPEDIDA DE SOLTEIRO – CAPÍTULO 21 – Um sonho inesquecível

Um conto erótico de Manu Costa (Manolo Fernandes)
Categoria: Homossexual
Contém 4248 palavras
Data: 09/04/2013 00:17:18

Parte 1 – Andando nas Nuvens - Narrado por Jonas

Acordei cedo, sentindo uns beijinhos em meu pescoço e uma voz grossa me dizendo “bom dia meu amor dorminhoco”. Virei-me com um sorriso e me espreguiçando “bom dia meu garanhão”. Tomei um susto, pois Cláudio estava com uma bandeja com suco, café com leite, torradas, frutas e bolo “vem tomar café amor”. Nossa, realmente ele me fazia sentir um príncipe e eu estava encantado “amor, eu não estou acostumado a ser tão paparicado assim não”. Ele riu e respondeu “é por puro interesse, eu vou te seduzir todo dia pra você nunca escapar de mim”. Eu respondi “eu nunca farei isso, eu nunca fugirei do meu garanhão”.

Tomamos café na maior cumplicidade e fomos tomar banho juntos e nos arrumar, é claro, que antes transamos e eu confesso que por mim satisfaria meu homem a toda a hora, mas, a vida não é só sexo, tínhamos que ganhar nosso pão de cada dia.

Trabalhei muito naquele dia, mas estava cantarolando e rindo com o tempo. Uma amiga minha chamada Virgínia percebeu e perguntou na lata “viu o passarinho verde foi? Quem é o bofe?”. Eu ri e disparei “passarinho é uma porra, eu vi foi um gavião e finalmente me entreguei pra ele”. Ela com os olhos espantados “não era sem tempo de perder esse cabaço, ai que inveja”. Respondi “É minha amiga, agora eu desencalhei de vez e em breve serei um homem casado, com o bofe mais bofe desse mundo”. Rimos muito, ela quis saber de tudo e eu não poupei os detalhes sórdidos. Minha colega de trabalho arregalava o olho, ria e me dizia que estava morrendo de inveja.

Eu e meu amor nos falávamos e trocávamos juras de amor o tempo todo por celular, minha cabeça rodopiava de paixão. Ao final do dia lá estava ele, parado em frente à empresa onde eu trabalhava. Eu já reconhecia aquele carro há quilômetros de distância. Entrei e ele foi logo me dando um beijo desentupidor de pia que me deixou sem fôlego. Eu disparei “boa tarde pra você também, hahhahahaha”. Ele respondeu “boa tarde, mas o que eu quero mesmo é um início de noite ótima”. Curioso respondi “como assim? O que você está pensando em fazer?” e ele ligou o carro e saiu dizendo “verás, hahahahaha”.

Pois não é que o safado entrou no motel mais próximo que tinha! Eu não iria deixar passar batido, falei na lata “você está muito saidinho Cláudio, tá pior que o Nando” e na maior cara de pau ele entrou na garagem do motel sem falar nada, apenas, me puxou pela mão e me fez entrar na suíte. Ele parecia um tarado (e comecei a descobrir que ele era mesmo) me puxou para o seu corpo e falou “eu já não aguentava mais de saudades meu príncipe, eu preciso te possuir agora” e eu já doido pra dar falei “adoro saber que meu macho é um tarado”.

Caramba o bofe estava louco, foi logo tirando minha roupa e a dele, com pressa, como se eu fosse fugir dele. Ele urrava, suava, tremia. Eu por minha vez fui logo me entregando e cometi uma loucura sem querer, eu aticei sua tara de macho dizendo “quero ver se tu és macho mesmo pra saciar o meu fogo”.

Ele arfando se transformou, puxou meus cabelos e disse “nunca mais desafie teu macho, seu puto” me deu um beijo forte, me sugando todo. Eu entrei no jogo e disse “quero ver é hoje quem domina quem”. Ele me jogou na cama e foi pra cima de mim.

Me fez ficar de joelhos e meteu o pau babado na minha boca. Eu desafiei a mim mesmo e chupei tão forte que ele grunhiu, fodendo minha boca com força. Eu não me fiz de rogado, queria mostrar pra ele quem mandava e chupei, mordi, lambi. Ele urrava, metia mais forte e eu chupava mais forte. Era uma deliciosa luta pra ver quem era o mais puto. Ele me disse “ai, assim eu gozo”.

Ele tirou o pau da minha boca e me deu um beijo. Depois me colocou de bruços com força, deu muitas palmadas em minhas nádegas. Eu estava muito putinho mesmo e falei “vai ficar só batendo? Quero mais...”. Ele começou a lamber meu cu e morder com força. Eu delirava, eu estava nas nuvens com aquela pegada forte. Eu me abria todo e ele me comia com a língua. Eu voltei a provocar meu macho “é só isso que você sabe fazer? Quero mais ação”. Ele então me disse “pois agora você vai conhecer a força de um delegado macho, vou te comer sem camisinha e quero gozar no teu cu” e eu respondi “só eu vendo, falar é fácil, quero ver é ação”.

Meu amor depois de chupar e morder meu cuzinho, me lubrificou com a própria saliva e meteu sem dó, na posição de cachorrinho. Eu urrei de dor, mas aguentei firme, enquanto ele gemia e dizia “e agora ein Jonas? Ainda vai provocar teu macho? Eu com muita dor e tesão falei “mete mais, mete com força meu macho, eu gosto é de rola”. E ele meteu mesmo, meteu tanto que fazia aquele som de batida: floc, floc, floc.... Ele metia tudo e tirava novamente, me dando tapas na bunda e mordendo meu ombro. Eu rebolava muito e falava “é só isso macho? Mais, eu quero mais, eu tô te dominando, tô te comendo com o meu cu”.

E eu apanhei muito, levei muita surra de pica, parece que o Cláudio assumiu o sadismo que estava dentro dele e meteu muito, dando muitos tapas, mordidas e beijos em mim. Ficamos mais um tempo nessa posição até que eu rebolei pra caralho e ele foi intensificando e urrando, dizendo que iria gozar. Eu apertei meu cuzinho em seu pau e ele me inundou. Eu senti jatos me preenchendo ainda mais e anunciei o gozo sem me tocar “aaaaaaahhhhhhhhhh. Tô gozando”.

Cláudio caiu com tudo em cima de mim tremendo todo, como se tivesse tido um ataque epilético. Depois de um tempo ele saiu de cima de minhas costas e me virou de frente. Percebi uma lágrima em cada olho seu e ele falou encantado “eu te amo meu príncipe, você é a razão da minha vida” eu também estava chorando de felicidade e correspondi “e você é a razão da minha meu homem, meu macho, meu rei”. Ele preocupado falou “amor, eu te machuquei, não sei o que deu em mim, parece que eu virei um animal te possuindo”. Eu ri e disse “quem mandou eu provocar um macho do seu porte, mas não se preocupa, eu adorei”.

Continuamos deitados por algum tempo conversando, namorando nos beijando. Ele falou “amor, parece que nossos corpos foram feitos um para o outro”. Eu disse em seguida “você cabe direitinho em mim, por isso, eu adorei hoje, percebi que nosso sexo é dinâmico, tem muitas facetas que nos completam”. Ele concordou comigo e me confessou que nunca tinha experimentado algo tão forte, que o sexo comigo é coisa de macho, ele descobriu que pode dar vazão aos instintos e sabia que eu suportaria e que gozaria junto com ele.

Meu amor voltou a assumir seu romantismo, me serviu vinho, pediu um lanche reforçado pra gente se fortalecer, me deu um banho cheio de ternura e me vestiu. Tenho que confessar que eu estava nas nuvens. Se eu tive alguma dúvida um dia sobre o Cláudio ser o homem certo pra mim, aqueles dois dias foram mais do que suficientes pra eu ter certeza absoluta que eu não queria mais nenhum homem em minha vida.

Ele cumpriu o prometido, me levou pra casa. No caminho ele não me largava de jeito nenhum e em cada parada ele me beijava e me fazia dirigir o carro junto com ele, pegando em minha mão.

Quando chegamos a frente do meu prédio ele falou “pronto meu príncipe, você está entregue, pensa em mim tá?”

“Nem precisa pedir amor, eu agora só penso em ti. Todos os momentos da minha vida são teus. Mas entra, quero te apresentar para minha mãe”.

“Poxa amor, hoje não vai dar, tenho que voltar pra delegacia, mas faz assim, vai preparando meus sogros, pois em breve quero conhecê-los e quero que você conheça meus filhos também”.

Concordamos com tudo, nos demos um grande beijo de despedida. Saí do carro e ele ficou me vendo entrar no prédio. Voltei meu olhar e joguei um beijo pra ele, que fez que segurava com as mãos e me devolveu. Entrei rindo da minha doce aventura de estar apaixonado por aquele homem tão diferente de mim. Sim, eu estava nas nuvens. Quando entrei em minha casa tomei um grande susto, lá estava ele, sorrindo e conversando com minha mãe....

Eu arregalei meus olhos. Minha mãe sorriu e falou “filho, por que você não me disse que estava namorando? Teu namorado Brunno está te esperando há horas”. Ele olhou pra mim com um sorriso no rosto e disparou “desculpa amor, mas eu não resisti, eu vim hoje te ver e conhecer minha sogra...”.

Continua...

Parte II – Amor em Família – Narrado por Cristiano

Meu pai falou “Seu Fernando obrigado por essa conversa. Venha comigo”. Eles voltaram para a sala, já eram cerca de 10 horas da noite. Todos estavam muito apreensivos com a chegada dos dois. Meu coração estava muito apertado por eu ter envergonhado meu pai. Ele me olhou e falou “Tiano, vem cá meu filho”.

Me aproximei de meu pai, ele me olhou com muita ternura e os olhos cheios de lágrimas e disse “Desculpe filho, desculpe ter feito você passar por tudo isso, a culpa foi minha”.

“Não pai, eu é que tenho que lhe pedir desculpas, eu pensei em encontrar um caminho mais fácil e agora vejo que foi o mais difícil, desculpe por eu ter envergonhado minha família”.

Abraçamo-nos e choramos muito um no colo do outro. Minha mãe se aproximou e abraçou a nós dois, as meninas foram em seguida, depois Carlito também se aproximou. Toda a família se abraçou e chorou. Era impossível contar a emoção. Mesmo tentando ser durão Fernando desabou no choro também, até que meu pai estendeu a mão e pediu “Venha seu Fernando, o senhor agora faz parte da nossa família”.

A felicidade era enorme por meu pai ter me perdoado e devo dizer que devo isso a sua generosidade, mas também ao companheirismo de meu amor Fernando. Ele próprio tratou de parar com o chororô gritando “gente, já ia esquecendo, nós trouxemos presentes para todos”.

Minas irmãs bateram palma e gritaram “cadê, eu quero”. E foi uma sessão de presentes pra todo mundo. Meu pai e meu irmão ganharam muitas roupas e estojos masculinos (perfumes, cintos, carteiras, meias e cuecas). Minhas irmãs e minha mãe também ganharam roupas, perfumes, estojo de maquiagens, celulares modernos, etc.

Meu pai falou “seu Fernando isso não é um exagero não? Não podemos aceitar, o senhor deve ter gasto uma fortuna com isso”. Ele revidou “em primeiro lugar eu não quero mais ser chamado de seu Fernando. Me chamem de Fernando ou Nando. Em segundo lugar é por puro interesse seu Pedro, eu tenho que agradar a família do meu noivo”.

“Noivo, seu Fernando? Como assim?”, perguntou minha mãe.

Ele riu e continuou “é que assim que sair meu divórcio eu quero me casar com o Cristiano, iremos logo assinar um contrato de união estável, pode parecer estranho, mas eu quero festa e tudo que temos direito, mas não se preocupe, eu venho pedir a mão do seu filho, é um ótimo motivo pra voltarmos à Parintins.

Fernando ficou divagando com a história do casamento e por incrível que pareça eles pegaram corda e entraram na viagem do Nando, rs. Fomos dormir lá pela meia noite. Fernando queria ir pra um hotel, mas meu pai não deixou. Disse-nos que ficaríamos no quarto de Carlito e ele iria dormir com minhas irmãs na rede. É claro que Nando adorou a ideia e meu irmão pareceu não se importar, até por que passaríamos pouco tempo na cidade.

Apresentei o quarto onde eu dormia. Tinha duas camas, uma minha e outra do meu irmão. Fernando perguntou qual era a minha e quando eu mostrei ele pulou feito uma criança, me chamando “vem cá amor, vamos nhanhã”.

Eu revidei “ai não Fernando, corta essa, eu não vou transar aqui na casa dos meus pais não, tenho vergonha”.

“Vergonha de que? Todo mudo já sabe que somos um casal.”

“Mesmo assim, espera a gente voltar pra casa”.

“Hahahahahahaha. Você acha que eu vou ficar esperando? Se você não vir eu faço um escândalo e digo que estás querendo me agarrar à força”.

“Engraçadinho, pode gritar, sei que não tens coragem”.

Ele abriu a boca e soltou “socor...”. Eu tapei a boca dele e falei “tá bom caralho, eu transo, eu to doido mesmo pra isso, mas temos que transar em silêncio”.

O traste riu muito e eu coloquei pra tocar uma música no meu celular pra disfarçar os ruídos. Ele ria muito e já estava de pau duro e já começou a tirar minha roupa com força.

“Ai amor, quero te comer aqui na tua cama, no quarto onde você foi criado”. Ele arrancou tudo, me jogou na cama, montou em cima de mim e já foi fodendo minha boca.

Nossa que delícia, realmente é o máximo explorar o corpo do meu macho. Fiquei tarado também e comecei a morder a cabeça do cacete dele, enquanto ele gemia e me fodia com a boca. Depois de chupar muito foi a vez dele, que abocanhou meu pau e deu um trato maravilhoso, chegando a meu cuzinho, que ele lambeu como se eu fosse um cachorrinho. Não teve jeito, eu gemi muito, enquanto ele me explorava.

Ele cuspiu no pau e foi metendo seu pau babado em meu cuzinho já lubrificado. Ele me posicionou de cachorrinho e meteu por cima de mim. Como não podíamos fazer muito barulho ele não me deu palmadas, mas mordeu meu ombro e meteu tanto que começou a fazer barulho. Eu comecei a rebolar muito pra ele gozar e deu certo, mas eu acabei gozando também. Ele virou meu rosto e me beijou, mordendo meus lábios e se contorcendo todo. Gozamos feito louco com essa transa.

Ele ficou deitado a meu lado e disse “e aí, gostou da nossa rapidinha?”. Eu fingi indignação “Você é um tarado, isso que você é”. Ele riu e pediu pra gente dormi nu, claro que eu concordei.

Ele começou a roncar, eu sempre disse que ele é bom de garfo e de cama (em todos os sentidos). Eu fiquei pensando na felicidade que eu tinha em ter Fernando a meu lado e como minha vida se transformou desde o dia que o conheci. Deu uma sensação estranha, um medo de perdê-lo. Eu não saberia mais viver sem meu homem, mas sentia alguma coisa no ar, pois alguém tentou me prejudicar com minha família, mas quem? A primeira pessoa que veio em minha cabeça foi o “chefe”, pois ele tinha me ameaçado e eu tinha revidado. Com certeza era ele, mas graças a Deus, a família maravilhosa que eu tinha e a Fernando, eu sai fortalecido dessa história.

Peguei no sono e acordamos por volta de 7 horas da manhã. Minha mãe tinha feito um café regional pra gente, tinha tapioca, cuscuz, bolo de milho e tucumã. Como sempre eu tive que escapar da tara do Fernando, que queria transar, ele comeu como um leão faminto. Minha mãe adorou, pois ela gosta que comam e apreciem o que prepara. A mesa estava farta e toda a família reunida.

Eu deixei de ser o centro das atenções e meu namorado passou a ser, ou seja, tudo mundo queria saber tudo sobre ele, que respondia tudo, brincava com todo mundo. Percebi que meu pai estava encantado com Fernando, era como se ele quisesse ter um filho assim e eu adorei isso. Devo dizer que Nando também se afeiçoou muito a meu velho e disse que queria pescar com ele aquele dia. Meu pai ficou todo orgulhoso e eu disse que queria ir junto. Fomos então eu, meu irmão, meu pai e Fernando.

No barco de pesca, fomos atrás de uns lagos bons para pegar peixe. Fernando começou a puxar assunto com Carlito “ei, você fala?”.

Ele respondeu meio tímido “poxa Fernando até você?”.

Ele na maior cara de pau disse “na boa cunhadinho, você não precisa ficar com vergonha de falar comigo”.

Meu irmão foi se soltando “é que eu nem sei o que falar contigo, embora te achei massa cara”.

“Que tal a gente falar sobre mulher? Você pode até não acreditar, mas na tua idade eu era o maior pegador”.

“Eu acredito, com essa cara que você tem, devia ser fácil ser pegador”.

“Não, não tem que ver com cara, tem que ver com lábia, entende?”. Pronto, mais um ponto pro bom e velho Nando, que começou a dar dicas de como ser um bom pegador de mulher.

“Sabe o que é Fernando, é que eu sou o mais feio da família. O Cris é o mais bonito de todos e minhas irmãs são lindas”.

“Caramba rapaz, levanta esse astral, você tá precisando de óculos ou nunca se viu no espelho de verdade, você é o maior gato cara”.

“Ah Fernando, sem essa! Bonito é você e meu irmão.”

“Que nada. Vou te confessar uma coisa. A primeira vez que eu te vi eu pensei “esse garoto tem pinta de modelo””.

“Poxa não me ilude, eu sou afim de uma menina aí e ela nem sabe que eu existo. Eu sei que eu sou feinho”.

“Pow, agora é sério Carlito, você é um gato cara. Se você não fosse tão novinho, se eu não fosse tão apaixonado pelo teu mano eu iria investir, hahahahhahaha”.

“Tô fora. Hahahahahaha!” E começaram uma longa e animada conversa.

Meu amado ganhou até a simpatia do meu irmão, o cara é um artista mesmo, oh poder de convencimento da porra!!!!

Fernando já saiu se achando o pescador, mas na verdade não pescou nada, tudo ficou por conta do meu pai, do meu irmão e eu ainda ajudei. Mas ele brincou dizendo que deu sorte na pescaria, pois foi um bom dia mesmo.

Quando fomos fazer a entrega meu pai teve uma conversa estranha com um homem, era como se estivesse escondendo alguma coisa e um pouco preocupado. Fernando, intrometido como sempre, puxou meu velho no particular e foi logo perguntando “o que houve seu Pedro, o senhor parece preocupado?”.

“Nada Fernando, é coisa de trabalho só isso”.

“Mas é algum segredo? O senhor não pode me dizer o que é? Por favor seu Pedro, confie em mim, eu sei que é bom repartir o peso com a família e o senhor me disse que eu agora faço parte”.

“Tá bom Fernando. É que eu estou com uma dívida. Houve um temporal há um tempo atrás e meu barco pesqueiro afundou, eu consegui consertar, mas ainda estou devendo e aquele cara vive ameaçando tomar o barco se eu não pagar a dívida. Pra você ter uma ideia, a gente tem se arrumado com o que o Cristiano manda, mas mesmo assim eu não consigo pagar essa maldita dívida. Tem dias que eu nem consigo dormir direito”.

“Poxa seu Pedro, eu nem imaginava, sinto muito por isso”.

“É Fernando, mas eu vou dar meu jeito filho, nem se preocupe”.

“Seu Pedro, me desculpe, não querendo ser intrometido e já sendo, eu posso lhe ajudar”.

“De jeito nenhum Fernando, Deus me livre, irão pensar que eu estou me aproveitando do fato de você ser rico e ser amigo do meu filho, se é que você me entende”.

“Seu Pedro família é pra isso. Eu posso lhe ajudar, e sinceramente, eu acabo me ajudando também, eu ficarei mais tranquilo.”

“Não Fernando, eu não posso aceitar”.

“Agora eu já sei pra quem o Cris puxou tão orgulhoso”.

“Mas não é orgulho, é vergonha”.

“Então deixa eu lhe ajudar. Eu tenho uma proposta. Eu empresto o dinheiro e a cada mês o senhor deposita em minha conta pessoal uma quantia até pagar. Eu confio no senhor e sei que não serei enganado. Encare isso como um financiamento e mande de vez em quando peixes deliciosos pro seu filho preparar pra mim, pois ele é um cozinheiro de mão cheia”.

“Ah não sei Fernando, não sei se é uma boa ideia filho”.

“Tá decidido. Eu empresto o dinheiro, o senhor paga essa bendita dívida, deposita por mês uma quantia que não vai lhe fazer muita falta e em pouco tempo o senhor estará com o barco sem nenhuma dívida, e outra coisa, isso fica só entre nós”.

Depois de muito argumento de ambos os lados, meu pai concordou e Nando tratou de viabilizar a ajuda.

Chegamos em casa a noite e todos perceberam que meu pai estava com um sorriso grande no rosto. Minha mãe perguntou o porquê e ele respondeu “a vida é bela, é cheio de coisas boas, tenho uma velha maravilhosa, filhos lindos e um genro que todo pai pediu a Deus”. Minha mãe respondeu “nossa você está tão moderninho meu velho”.

Fiquei logo desconfiado que meu amor tivesse aprontado alguma coisa muito boa, mas não quis bisbilhotar, era um lance entre ele e meu pai e eu estava nas nuvens por eles estarem apegados daquele jeito. Fernando era realmente sedutor, sabia conquistar as pessoas e conquistou todo mundo, inclusive outros parentes e amigos da família. Ele era a cara do carisma, rs.

Os dias foram se passando com alegria, entusiasmo e cumplicidade familiar. Somente um fato, já quando estávamos quase voltando chamou minha atenção. Eu e Fernando estávamos passeando num final de tarde, na praça central de Parintins, fui comprar sorvetes pra gente e na volta o peguei concentrado, vendo um pai que brincava com seu filho. O homem corria, colocava o menino em seu ombro, rodopiava a criança e os dois riam na maior cumplicidade.

Fernando olhava encantado pros dois e vi que seus olhos estavam marejados. Imediatamente me lembrei de nosso primeiro encontro e de seu sonho de ser pai. Sim, ele estava encantado com a cena e percebi que esse sonho ainda estava em seu coração.

Aproximei-me dele e falei “é seu sonho não é amor? É seu sonho ser pai”.

“Ah, você taí amor. Só acho bonito amor de pai e filho, só isso, é que eu nunca tive uma cena dessa, você já teve não é?”.

Comecei a lagrimar também e só fiz que sim com a cabeça “desculpa, eu estou afastando você do teu sonho”.

“Amor, que é isso? Não diz isso. Nós iremos ser pais, é só uma questão de tempo”.

“Mas você gostaria de ter um filho biológico, sempre foi teu sonho”.

“Não. Você está enganado. Mesmo que eu tivesse um filho biológico eu gostaria de ter filhos do coração também e isso nós teremos”.

“De qualquer maneira, me desculpe amor, de afastar você do teu sonho”.

“Deixa de bobagens, vamos pra casa, vamos. E me dar aqui esse sorvete que já está derretendo”. Fomos embora, mas esse episódio ficou guardado em meu coração.

Nossa despedida de Parintins e da minha família foi como tinha de ser, com muito choro e saudade antecipada. Todos se apegaram muito a Fernando e o abraçaram muito. A recíproca era verdadeira.

Meu pai falou pra mim “filho, eu nunca pensei que eu fosse dizer isso, mas, cuide do Fernando, ele é um homem muito especial e te ama de verdade”. Respondi pra ele “pode deixar pai”.

Ele deu um abraço e um beijo em Fernando e disse “cuida do meu menino por mim Fernando, ele te ama”. Falou olhando pra nós dois “fiquem juntos, não deixem quem ninguém atrapalhe o amor de vocês”.

Minha mãe não queria me largar do colo dela e se acabava em lágrimas. Também nos recomendou um ao outro. Meus irmãos também estavam emocionados e Fernando prometeu mandar passagens pra todos irem nos visitar nas férias.

No avião Fernando me surpreendeu dizendo “amor, já deu. Quero que você se organize logo pra morar comigo. A gente ainda não pode casar oficialmente, mas quero dormir e acordar com você a meu lado”.

“Tá bom amor. Só me dar um tempo pra eu me organizar”.

“Tudo bem, mas nada de demorar muito. Quero o meu marido logo perto de mim. Não aguento mais isso”.

Encostei a cabeça dele em meu ombro e fiquei acariciando seu cabelo. Percebi o que ele queria. No fundo ele sentia a necessidade de ter uma família igual a minha e eu daria isso a ele. Ficamos nessa intimidade santa que só o amor dá, nossa, como eu amo esse homem, como temos sorte desse amor. Dei um selinho nele e falei “Eu te amor meu velho” e ele respondeu “eu te amo meu ninfeto”. E voltamos pra nossa cidade, sem imaginar que iríamos encarar o maior desafio de nossas vidas...

Dialogando!!!!! Dedico esse conto aos meu amigos e queridos leitores, que me motivam a continuar o conto, pois as vezes confesso que penso em parar, mas vocês me dão força!!!!

Amigo Real,

Jhoen Jhol

Edu19>Edu15

sonhadora19

por do sol

hpd

Tall young

Felipe RN

guihga

grimm

Amigah18

frannnh

Felipe RN

juniormoreno

guihga

afonsotico

vivi_souza

luy95

D.D.D.

por do sol

Lucas M.

Gutto Quirino

GugAo

Wanderr

VOCÊS SÃO TUUUUUUUDO DE BOM!!!!! AMO VOCÊS.

Manu Costa

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Comentários

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Você é um escrito nato, lindo, nao paro de ler.

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cada vez me sinto cativado por este conto!! lindo

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Tu'Nào seja louco de parar vc dever dar esse belo testemunho da grande hístoria de vida deste casal, essa hístória alem de ser de fatos reais é uma liçao de vida a qual estou aprendendo muito com o Nando, Cris e o Jonas cara demais essa sua hístoria!!!

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Ah! Obrigado pela dedicatória! Teu conto é um dos poucos que eu ainda acompanho, e sem dúvidas continuarei a prestigiá-lo até o fim!!! Nota 10 com louvor! ^^

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Vc conseguiu criar um conto muito envolvente. Os personagens são pessoas extremamente carismáticas,ñ cansamos de torcer por eles e eu particularmente fico sempre ansiosa esperando o próximo e ñ posso deixar de comentar sobre as "cenas" de sexo ,cara é tudo de bom,erotismo e romantismo no ponto certo.Muito show.Bjs Qtnhos.

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Muito bom. Comecei ontem e acabo de ler o ultimo capítulo. Perfeito

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Muito bom, comecei ontem e acabo de ler o ultimo capítulo, adorando.

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Muito bom! Os dois casais sao lindos, o conto ta muito bom! Acho q depois de tanta felicidade vc vai colocar eles pra sofrer um pouco ne?! Kkkkk continua logo, vce bom cara!! Bjs

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Aos queridos hpd, frannnh, por do sol, Amigah18, Edu19>Edu15, sonhadora19, grimm, D.D.D e guihga, só me resta me render ao encanto de vocês meus amores. Fiquem com Deus e vamos torcer pela nossa dupla de casal.

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Gugão, bem vindo a nossa terrinha. Me deu vontade de comprar uma passagem e ir correndo te encontrar, só não o faço por questões de trabalho. Você é tudo de bom!!!!

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Deixem eu dizer uma coisa pra vocês: EU AMO VOCÊS!!!! Claro, que sou meio dramático, rs, mas não irresponsável, só peço um pouco de paciencia. Quero deixar claro que eu sou um grande fã desse casal Marcos e Rafael.

Beijos meus lindos!!!

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Ciao amicci!!!

Desculpe a sumida escorpiaozinho....estava na funçao trabalho, deixar ap organizado em Roma, malas e etc...mas enfim, estou aqui no Brasil e devo ficar acho que ate Junho.

Quem sabe a gente se encontra? Rsrsrs

To um pouco preocupado com o Jonas....sei nao...ai tem grande dor de cabeça pra ele....e Nando e Cris? Acho que o pior que era a ceitaçao, ja foi definida de ambos os lados....entao, oque vier eh lucro, e nem ex, nem ex chefe, nem amigo da onça, vao mudar isto...minha opiniao, mas sei la ne?

Bjao ae...espero o proximo!!!

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Não sei o que escrever... É pouco dizer que esta maravilhoso, bom, que adorei, sei lá o que dizer... mas preciso te pedir uma coisinha, não nos deixe sem essa linda historia, é uma das mais deliciosas que já li na minha vida! Essa parte foi .... Maravilhosa!!! Um abraço e que todo carinho que temos por você possa tocar seu coração quando ler esse recadinho! Abraços Marcos e Rafael!

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