Eu sei pessoal, que está rápido. Mas nesse eu vou explicar por que disso.
Depois dos jogos quem estava suado foi tomar banho e ainda bem que eu puxei a minha mãe eu não soo, minha pele só fica oleosa. Fabrício disse que iria tomar banho e eu disse que iria esperá-lo no pátio onde nós iríamos nos alimentar. Quando eu virei as costas e veio e me abraçou por trás e me apertou junto a ele, e sussurrou no meu ouvido: Seu loirinho lindo.
Eu me virei e sorri para ele e depois ele foi tomar o seu banho, mas não sem antes de tirar a camiseta da escola e me mostrar seu corpo definido. Ele piscou pra mim e eu falei bem baixinho. Vai logo!
Eu fui comprar algo na cantina, quando a Manueli veio falar comigo.
Ela era uma gordinha disfarçada, ela tinha cabelos castanhos e olhos pretos, ela tinha a mesma altura que eu.
— Victor, eu vou te falar uma coisa: Dê uma de difícil para o Fabrício, ele pode jogar o charme dele pra cima de você, mas não se deixe levar. Ele é uma ótima pessoa, mas, na minha opinião, ele não leva muito a sério os relacionamentos. — ela disse.
—Obrigado por me avisar disso Manueli — eu disse.
— Só Manu tá de bom tamanho.
— Tudo bem.
— Então Manu, eu percebi que ele é atirado, e eu já falei pra ele ir mais devagar, pois nós nem nos conhecíamos.
— Ah bom! Mas tome cuidado ele tem uma teimosia enorme.
Eu comprei um enrolado de presunto e uma Sprite, e fiquei pensando na situação em que eu estava me metendo. Eu tinha acabado de conhecer o Fabrício e ele já estava assim comigo, Manu me fala que ele não leva muito á serio os relacionamentos.
Eu estava inseguro sobre começar um relacionamento. Eu vou me fazer de difícil, ficar tentando ele, mas ao mesmo tempo sendo gentil e dando carinho. Afinal eu quero alguém para passar o resto da vida, não só uma semana.
Depois de uns 40 minutos, Fabrício chega ao refeitório e me procura. Quando ele me achou ele abriu um sorriso. Eu tive que me controlar para não sorrir de volta.
Enquanto ele vinha, eu fiquei reparando nele. Disfarçadamente é claro. Ele era lindo, tinha um sorriso encantador, eu estava sonhando acordado, estava imaginando ele e eu assistindo algum filme abraçados, ele me abraçando quando estou triste. Até que ele chegou e eu voltei a mim.
— Você não vai comer nada? — eu perguntei.
— Eu não estou com fome. — ele respondeu.
— Mas você tem que comer! Você vai ficar o período escolar inteiro sem comer? Não. Pode ir pegar alguma coisa, isso faz mal.
— Tudo bem loirinho. — ele disse, se levantou e vou para uma das lanchonetes que tinham no pátio, que só agora eu havia reparado.
Ele voltou com um prato de arroz e feijão, com um bife e batatas. Deixou o prato em cima da mesa e foi comprar um suco de laranja com limão. Ele se sentou na minha frente e fiquei reparando como ele comia.
Quando ele terminou, nós ainda tínhamos 20 minutos.
—Vem, eu quero te mostrar uma coisa. — Ele disse se levantando e pegando a minha mão.
— Onde você vai me levar? — eu disse.
— Calma, eu não vou te sequestrar não, só se você queira. — Disse ele dando um sorrisinho sem vergonha.
— Fabrício, eu quero conversar sobre o nosso... sobre isso que está acontecendo. —eu disse sério.
— Tudo bem— ele disse se sentando, parecendo um pouco nervoso com a situação.
— Olha, eu percebi que você é um pouco atirado e eu já falei antes e vou falar de novo: nós acabamos de nos conhecer. — eu disse, tentando ser o mais gentil possível. — Se você quiser só ficar comigo, pode esquecendo. Eu alguém sério, eu quero namorar e me ver com essa pessoa o resto de minha vida.
— Eu prometo que de agora em diante, eu vou respeitar o seu espaço e fazer de tudo para te conquistar. Nessas férias eu pensei bastante e vi que ficar com alguém é passageiro, eu quero construir um relação com alguém. — Ele disse sério.
— Como eu não te conheço ainda, eu vou te dar meu voto de confiança — eu disse.
— Eu não vou te desapontar.
— Sério?
— Sério! Agora eu posso te levar em um lugar? — Ele disse levantando-se novamente e estendendo a sua mão.
— Pode. — Eu peguei a mão dele, e o segui.
Ele me levou à horta que tinha na parte gramada do pátio e entrou em uma estufa. Quando eu entrei lá eu fiquei encantado. Era lindo e tão grande e cheio de flores e plantas. O teto era de vidro para ficar bem iluminado.
— Isso é lindo. — eu disse maravilhado.
— É mesmo. — ele disse. Eu vi que ele estava olhando para mim quando disse isso. Mas quando eu o- olhei, ele olhou para árvores no fundo da estufa que continham frutas.—Eu não quero ser teimoso mas, você pode me passar o seu número de celular?
—Posso. — eu disse, tentando conter um sorriso.
Ele pegou o meu celular e me ligou para eu gravar o número dele.
Nós voltamos e fomos para a sala e ele sentou ao meu lado. O resto do dia passou rápido e chegou a hora de ir embora. Eu fui para o ponto e ele me acompanhou.
— Você também pega ônibus? — Eu perguntei.
— Não, eu só estou te acompanhando. O meu motorista ainda não veio me buscar. E você, por quê está indo de ônibus?
— O carro da que vem me buscar está na oficina e meu motorista foi buscá-lo hoje. É só hoje que eu vou de ônibus. — eu disse olhando para ver se aquele era o ônibus. — Bom eu tenho que ir, até amanhã.
— Até — ele disse se virando. O carro dele havia chegado e eu o vi entrando em seu carro.
Quando eu cheguei a minha casa, minha mãe me encheu de perguntas sobre como foi o meu primeiro dia de aula. (Minha mãe sabe que eu sou gay. No início ela estranhou, mas depois ela aceitou e disse que só queria me ver feliz. Mas ela queria ver se a pessoa que eu fosse escolher fosse boa para mim) Eu fui tomar banho, jantei, assiste um episódio da série que eu comecei de assistir e depois fui me deitar. Quando estava arrumando o despertador eu recebi uma mensagem de Fabrício. Ele estava me desejando Boa noite e que não conseguia me tirar da cabeça. Eu respondi desejando boa noite e mandei-o dormir logo.
Eu não sei o que deu em mim! Eu estava me sentindo estranho, mas era um estranho bom. Eu queria ter algo com o Fabrício, eu queria me sentir feliz ao lado de que eu gosto e eu gosto dele. Eu suspeitava que estivesse apaixonado, mas ainda era muito cedo para saber. Eu dormi.
No outro dia eu acordei, fiz minha higiene pessoal e me arrumei para ir à escola. Quando estava a caminho eu recebi uma mensagem de minha mãe, dizendo que ela iria dar uma íntima e que iria convidar uns amigos que ela tinha acabado de conhecer. Minha mãe trabalha com turismo e meu padrasto é engenheiro. Meu pai havia morrido há seis anos em um acidente, mas ele me ensinou a ser bondoso e gentil, mas não ser tonto. Ser determinado no que eu quero e me deixou uma linda cachorra chamada Lissa, uma São Bernardo.
Quando cheguei a escola fui direto para a sala e fiquei ouvindo músicas, até que Fabrício chegou e começou a conversar comigo e eu dava risadas de suas cantadas. Ele estava falando sério quando disse que iria me conquistar. Os dias correram e chegou sexta-feira e eu estava louco pelo Fabrício. O dia passou rápido e a hora de ir embora também.
Eu tinha que ir rápido para casa, pois iria ajudar a minha mãe com os preparativos da festa de sábado á noite. Quando cheguei na porta de meu carro eu sinto alguém me pegar pelo braço. Era Fabrício. Eu percebi que ele tinha corrido para me alcançar.
—Não dá mais! Eu não me importo se é cedo ainda, mas eu não aguento mais ficar longe de você. Eu estava resistindo, mas eu não consigo mais. Eu sei que você quer uma coisa séria e que quer alguém do seu lado para resto de sua vida. Eu quero ser esse alguém. — disse ele ainda ofegante mas decidido.
— Fabrício.... Eu... — eu não sabia o que falar. Ele me pegou de surpresa.
— Loirinho você quer namorar comigo? — Ele disse pegando a minha mão.
Eu não consegui dizer nada. Não vinham palavras na minha cabeça. Eu estava perdido em minha mesmo.
— E aí? — Ele perguntou quase morrendo de preocupação. — Me responde! Por favor!
Nada saia da minha boca. Eu só tinha uma coisa em mente.
Eu o beijei com todo o desejo que tinha guardado em mim. Ele me abraçou pela cintura e me aperto contra o seu corpo.
— Eu acho que isso responde a minha pergunta. — Ele disse com um sorriso imenso.
— A resposta é sim. — Eu o beijei de novo. — Mas ainda você tem que fazer uma coisa.
— O quê? — Ele disse preocupado, me soltando.
— Falar com a minha mãe e meu padrasto. Fique sossegado eles sabem sobre a minha opção e me apoiam totalmente, só querem me ver feliz.
Ele ficou com uma cara de medo.
— O que foi? Que cara é essa? — Eu perguntei. Agora eu estava ficando apavorado.
De repente ele abre um sorriso enorme e me abraça forte de novo.
— Isso não tem problema, eu falo com quem for pra ficar com você para resto da vida. Eu to louco pra te apresentar para os meus pais. Eu já contei que estava gostando de você.
— Tudo bem, mas agora eu tenho que ir. — eu me soltei e fui entrando no carro quando ele me disse:
— Sem nenhum beijo de despedida? — fazendo uma cara de pidão.
Eu corri, eu dei um beijo nele abraçando o seu pescoço e ele me abraçou me apertando pela cintura, (eu adoro quando ele faz isso) e voltei para o carro todo feliz. Eu não estava acreditando.
Quando cheguei em casa, minha mãe me para e pergunta enquanto eu subo a escada correndo e com um sorriso no rosto:
— Que felicidade é essa?
— O que mais poderia ser mãe? — Eu disse rindo. — O amor!.
Bom, espero que tenham gostado e muito obrigado pelos comentários. Eu não sei se está muito longo, então comentem aí.
Vou tentar postar diariamente. Muito obrigado de novo.
Até a próxima.
