Aqui esta, atendendo ao pedido de vocês trouxe a continuação e mais uma vez espero que gostem. Se eu estiver indo devagar demais, e estiver estragando as coisas falem, por favor, estou sempre aberto a críticas.
Capítulo 2 - Aproximação
Depois do primeiro dia de aula o resto da semana foi bem normal, mais ainda estava muito assustado com tudo que aconteceu no primeiro dia, tentei esquecer. A professora Kamilla definitivamente não é uma psicopata, estava paranoico, no decorrer das duas semanas seguintes nos aproximamos e vi que ela era um amor de pessoa, mais do que uma professora uma amiga, mais ainda sim em sentia meio incomodado perto dela conversávamos sempre na hora do intervalo.
- Mais uma vez Kaio tenho que te pedir desculpas, fiz você criar uma imagem minha nada agradável para nos dois no início estou certa? – perguntou ela.
- Não tem o que desculpar, se você parar de me seguir e de chorar quando me ver, vai ficar tudo bem, e fala isso para o seu filho também.
- Que filho? – perguntou ela assustada.
- Aquele que eu vi semana passada com você no carro, era seu filho, não? – perguntei.
- Sim, aquele era meu filho sim, me desculpe por aquilo também.
- E como eu também disse não tem o que desculpar é só parar com essa loucura de vocês, tava me assustando, além disso, eu não pareço com ele – falei.
- Não entendi.
- Uma vez você me disse que eu parecia com seu filho, mais eu não pareço nada com ele.
- Sim eu lembro mais eu não falava dele era de outro filho meu.
- Quer falar sobre isso? – perguntei – Porque você chorava quando me via, disse que eu parecia com ele, e me deixou meio preocupado sem nenhuma explicação.
- Então ta depois de tudo acho que você merece saber. Meu filho Kevin morreu a mais ou menos 1 ano, em um acidente de carro, junto com o pai – disse ela.
- Sinto muito, eu não esperava por isso – falei.
- Não tem problema posso continuar. Eu e meu outro filho Carlos, ficamos em choque, devastados com tudo, não tínhamos mais motivos para viver naquela cidade sem eles, então decidimos vir morar aqui por que queríamos recomeçar nossas vidas. Arrumei um emprego como professora nessa escola, meu marido deixou um bom dinheiro para nós dois, e estou conseguindo pagar uma escola decente para Carlos. – falou ela limpando o rosto cheio de lágrimas.
- Nossa que história, me arrependi de ter perguntado, agora eu que peso desculpas – falei meio triste por ela.
- Não se desculpe. Então quando eu vinha para a escola para o meu primeiro dia de trabalho vi você no caminho, foi como ver meu filho Kevin, então segui você por impulso, até que você começou a correr, e me toquei de que estava assustando uma pessoa que eu nem conhecia e segui meu caminho, então vi você na entrada da escola e não agüentei, chorei lembrando do meu Kevin – disse ela mais uma vez chorando – então depois que você falou comigo no intervalo liguei para Carlos e ele veio até a escola, foi quando você viu ele na saída.
- Nossa agora tudo faz sentido, como estou envergonhado, cheguei a pensar que vocês fossem psicopatas – falei.
- Essa é nova, mais não, não sou uma psicopata – falou ela rindo muito – Nossa a muito tempo não ria assim Kaio obrigada.
- De nada, eu acho.
- Sabe, você e meu filho Kevin se parecem muito fisicamente mais teem personalidades totalmente opostas, como Yin e Yang conhece? – perguntou ela.
- Sim conheço – falei – Segundo a lenda chinesa são duas forças opostas e complementares. Yin o lado negro, o princípio passivo, noturno, escuro e frio. Yang o lado branco, o princípio ativo, diurno, luminoso e quente. Acertei?
- Nossa acertou em cheio. O Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin, vocês teriam sido grandes amigos se tivessem se conhecido.
- Esse papo ta muito esquisito, não?
- Concordo – falou ela, depois rimos juntos.
- Kaio vem aqui! – Gritou Ítalo de longe.
- Vou indo nessa, estão me chamando, até mais tarde na aula – falei me despedindo.
- Então ta, até.
Nos abraçamos e fui em direção aos meus amigos, chegando la estavam todos na mesa Ítalo, Bruno, Carol, Sara e Edson. Ítalo olhou sério para nós, ficamos sérios também, quando derrepente Ítalo bate com a mão na mesa, fazendo todos pularem de susto Carol quase cai da cadeira, ele fala:
- Cinema. Amanhã à noite. Quem topa? – Perguntou o desgraçado na maior cara de pau.
- Ai garoto quer me matar de susto porra – Falou Sara muito brava.
- Poxa veio tava tomando suco, derramei tudo na calça – disse Bruno.
- Ítalo vou te matar eu quase cai da cadeira – disse Carol.
Depois rimos alto do que tinha acabado de acontecer.
- Então quem vai? – perguntou ele mais uma vez.
- EU! – respondemos todos ao mesmo tempo, rimos novamente.
- Eu não tenho nada pra fazer e amanhã é sábado, perfeito – falei.
- Então qual filme vamos ver? – perguntou Edson.
- Não se decidam, vamos deixar para escolher na hora é mais legal – falei.
- Então ta amanhã todos as 7h no shopping, vou com Raissa – disse Ítalo.
Todos nos olhamos, com um ar de negação, por que sabíamos o quanto Raissa, namorada de Ítalo era chata. Ela não gostava de nós acha que as meninas vão sempre dar em cima do Ítalo, tinha mais raiva principalmente de mim porque eu e Ítalo éramos muito amigos, não suportava o fato se sermos tão próximos. Quando eu, ítalo e os outros começamos a falar sobre, filmes, séries, animes e rock ela simplesmente o puxava pro canto, como se só ela pudesse falar com ele, eu achava isso ridículo. Mais como ele gostava dela, não sei como, era meu dever como amigo apoiar.
- Beleza então – falei, e depois o sinal tocou e fomos para a sala de aula.
O resto do dia correu bem depois fui para casa. Cheguei em casa e logo meu cachorro correu pra cima de mim e brinquei muito com ele de uniforme mesmo, sujei ele todo, minha mãe ficou louca quando viu minha situação, cheio de marca de patas de cachorro no uniforme. Enfim depois fui tomar banho sentei para almoçar, e ela veio com o interrogatório, queria saber como foi meu dia, as pessoas que eu vi e etc. Ela e meu pai sempre fizeram isso mais ultimamente eles querem saber tudo que eu fiz na escola e fora dela, como se eu tivesse fazendo algo errado isso me frustrava, não sou nenhum criminoso pra ser interrogado dessa maneira. Chegou a hora do jantar e meu pai já tinha chegado do trabalho e veio com o mesmo interrogatório:
- Como foi seu dia na escola – perguntou ele.
- Bem, tudo normal e chato como sempre – falei.
- Escolas são assim mesmo – disse minha mãe.
- Mais eu de uma forma anormal até gosto – falei.
Rimos com essa. Permitam-me falar um pouco sobre meus pais. Minha mãe e meu pai casaram-se ainda jovens, com 20 anos, semanas depois que eu nasci, portanto minha idade é a mesma idade de casados deles, sempre quis ver mais minha mãe não tirou fotos grávida. Meu pai é uma cópia fiel minha, somos muito parecidos, às vezes nos confundem até como irmãos, tem uma personalidade forte e séria. Minha mãe é uma mulher baixa, cabelos lisos curtos, bem morena e com olhos castanhos, muito brincalhona quase uma criança, me divirto muito com ela. Sempre fizeram questão de demonstrar o quanto me amam e zelam por mim, sempre senti orgulho de ser filho deles.
- Como são os novos professores, ou são os mesmos professores chatos? – perguntou minha mãe.
- Mudaram apenas um professor o de português, para uma mulher, ela é super gente boa – falei.
- Qual o nome dela filho? – perguntou meu pai.
- Kamilla.
No instante em que disse o nome, minha mãe que estava tirando a mesa deixou o prato cair.
- Mãe cuidado com os pés, olha os cacos de vidro – falei ajudando a limpar – o que aconteceu pra senhora deixar esse prato cair, que distraída.
Percebi que ela olhava séria para meu pai, e meu pai estava com uma cara de medo.
- Ta bom já chega o que ta acontecendo, porque que vocês ficaram assim quando eu disse o nome dela, e porque vocês querem saber de tudo que acontece quando saio de casa, vocês estão estranhos, não sou idiota para não perceber isso – falei quase gritando.
- Calma Kaio, não esta acontecendo nada, você esta vendo coisas eu só estou estressado do trabalho é apenas isso – explicou ele.
- Eu não estava me sentindo muito bem esses dias, fiquei meio tonta agora por isso o prato caiu, mais já estou melhor não se preocupe, como seu pai disse você esta vendo coisas que não existem – falou minha mãe.
Eles estavam mentindo, mentindo na maior cara de pau, vi que não conseguiria nada, e agora até Kamilla estava envolvida nisso mais eu iria descobrir o que estava acontecendo, juro que vou conseguir, tudo estava muito errado e confuso.
- Você já pode ir pro seu quarto – falou meu pai.
- Ta certo eu vou. Pai amanhã vou ao cinema com meus amigos posso? – perguntei
- Pode sim.
- Então ta valeu – disse saindo quando ele me chama novamente.
- Kaio – chamou ele
- O que?
- Nunca mais fale comigo e com a sua mãe naquele tom, ouviu – disse ele.
- Ta certo, desculpa, eu esta frustrado apenas isso.
Fui para meu quarto e fiquei pensando a noite toda em tudo que estava acontecendo. No dia seguinte a manhã e a tarde passaram bem rápidas, à noite quando estava me aprontando para sair, minha mãe bate na porta do quarto dizendo que Ítalo estava la embaixo me esperando, desci sem entender nada pois combinamos de nos encontrar la. Chegando o vi simplesmente lindo, com uma caça bem justa, uma blusa gola v branca destacando bem seus braços, e um perfume que me deixou perdido olhando para ele.
- Mano desculpa vir assim cedo é que preciso falar com você – disse ele triste.
- Pode dizer.
- Eu briguei com Raissa, ela não queria que eu fosse ao cinema com vocês – disse ele.
- Como assim? – falei
- Ela havia combinado outro programa com os amigos dela, e simplesmente disse que eu não iria com vocês, falou pra eu escolher, ou vocês ou ela, eu simplesmente não acreditei naquilo que ela disse e fui embora e agora estou aqui – disse ele meio triste.
- Me desculpa mais qual o problema dessa garota – falei – você fez certo em vir aqui, agora vamos depois você conversa com ela.
- Tá.
No caminho não conseguia desviar o olhar dele, ele me atraia feito louco. Deus eu precisava tirar esse sentimento de mim, nunca vai acontecer. Chegando a shopping falei:
- Ítalo vou ao banheiro bem rápido me espera aqui.
- Vai rápido.
Na saída do banheiro, enquanto andava distraído, esbarro em alguém e caio no chão junto com a pessoa, foi um tombo feio, naquela situação comecei a rir muito do quanto eu fui distraído em um lugar tão espaçoso, enquanto ria no chão o garoto gritava:
- Me desculpe, por favor, eu fui muito distraído, a culpa foi minha perdão – pediu ele.
- Não tem problema cara, nos dois fomos distraídos, como fomos nos esbarrar assim – falei me levantando e olhando para ele.
Quando levanto a cabeça vejo ele, alto, forte e com corpo atlético, olhos verdes, com leve sorriso em seu lindo rosto e com cabelos pretos espetados. Era Carlos filho da professora Kamilla. Quando olha para mim ele muda seu sorriso para um semblante mais sério, segurando meu braço diz:
- Não era para você esta aqui, não agora, o que faz...
- Kaio ta tudo bem – falou ítalo interrompendo ele
- Kaio? – disse ele confuso
- Calma cara não sou quem você ta pensando – disse para ele.
O que foi isso, porque ele falou assim comigo se nós nem nos conhecemos...
CONTINUA...