NO FIM DO CAPÍTULO ANTERIOR:
Às 16h45min, liguei pro número do Lucas só pra confirmar, mas ninguém atendia. Tentei de novo e novamente, mas tudo em vão. Resolvi, então, ligar pro telefone da casa dele, a voz da avó dele me surpreendeu, pois ela nunca tinha atendido o telefone:
— Alô?
— Alô, quem é? — a velhinha perguntou
— Aqui é o Bruno, amigo do Lucas. Ele tá aí?
— Não, ele estáHospitalizado.
Meu coração disparou, milhares de coisas passaram pela minha cabeça, o que será que Emanuel fez com ele? Isso é, se ele fez alguma coisa. Respirei fundo e perguntei, já com a voz trêmula:
— E... O que aconteceu com ele?
— Ih, meu filho, não sei nem te dizer o que houve.
Maravilhoso: eu morto de tanta preocupação e essa velha gagá nem pra dar uma informação serve. Eu quase ia gritando com ela, mas manti a calma:
— Você sabe pelo menos em qual hospital ele tá?
— Ah... Isso eu sei. Espera aí, vou pegar o papel onde tá escrito o nome.
QUE VONTADE DE MANDAR AQUELA VELHA PROS INFERNOS. Eu tava quase tendo um infarto com tanta demora e preocupação, passei mais de 10 minutos esperando por ela, que voltou:
— Você ainda tá aí, filho?
— Sim, tô. — falei
Então ela me passou o nome e o endereço. Falei com minha mãe e pedi pra ela me levar, ela disse que não podia ir, estava cuidando do jantar, insisti a todo custo mas ela não quis me levar. "Mas eu preciso saber como ele tá!" eu não parava de gritar isso. Depois de tanto encher o saco da minha mãe, ela me levou até lá. Chegamos na recepção do hospital, perguntei pelo paciente Lucas Sousa Pires (fictício), então a atendente respondeu em qual quarto ele estava e nos deu a permissão de visitar o quarto dele. Pedi pra minha mãe ficar de fora, ela não gosto muito, mas acabou aceitando. Quando entrei no quarto, desabei: Lucas estava com a maior parte do corpo engessada, com um daqueles objetos de respirar (esqueci o nome específico), com mais arranhões e hematomas no rosto, de olhos fechados, parecia estar dormindo. Tentei conter as lágrimas, mas foi em vão. Lucas estava mal daquele jeito por minha causa, tudo que vem acontecendo é minha culpa. Esses pensamentos não paravam de vagar minha mente, me deixando mais mal do que eu já estava. Chorava tanto que soluçava, o garoto que eu mais amo agora está imóvel numa cama de hospital por minha culpa. Meu choro o acordou e eu nem percebi, ele falou:
— Bruno?
— Lucas?! Eu te acordei? Desculpa.
— Não — ele deu um gemido de dor — precisa se preocupar, estava só descansando, mesmo.
— Amor, por favor, me perdoa, tudo isso que tá acontecendo com você é culpa minha, melhor a gente se afastar, não quero que você sofra mais minha causa.
— Para com isso. Você nem sabe o motivo de eu estar aqui.
— Então me conta, ué. — eu disse, enxugando as lágrimas dos olhos
— Bom... Eu estava indo pra casa normalmente, então um daqueles mesmos caras que nos pegou naquele dia me jogou pro mesmo beco, sabe? Só que dessa vez era um contra um. Eu estava indefeso, não parava de pensar no que você tinha me dito enquanto ele me batia com toda a crueldade possível. Ele ainda levou o que tinha de valor na minha mochila e me deu um chute na barriga antes de sair. Eu até tentei gritar, mas ele tapou minha boca todas as vezes em que tentei. Ah, quase esqueci: quando ele saiu, vi a sombra de um cara na entrada do beco, ele parecia estar entregando dinheiro pro outro que me bateu, e disse: "Boa, Marquinhos, deu uma boa de uma lição nesse viado.". É tudo que eu lembro, após isso, desmaiei.
— E quem te trouxe pra cá?
— Eu não sei, acho que foi meu vizinho, já que eu vi ele aqui no meu quarto há pouco tempo. Ele deve ter me visto enquanto andava pela rua ou algo assim.
— Aposto que esse homem que você viu era o Emanuel, ele vai me pagar!
— Bruno...
— Pela segunda vez, me desculpa! Eu não queria que nenhum de nós dois passasse por isso, não sabia que te amar ia ser tão difícil e doloroso, além de...
— Sim, vai ser difícil e doloroso, mas vamos encarar de frente e resolver tudo como sempre fazemos: JUNTOS. Amor, quer namorar comigo?
Não tinha mais palavras e muito menos sentimentos pra descrever o quão feliz eu fiquei naquela hora. Não consegui conter meu sorriso naquela hora, sem pensar, respondi:
— É tudo que eu mais quero, eu te amo.
Por causa do "objeto de respirar", o que pude fazer foi dar um longo beijo na testa dele. Beijos na testa são lindos. Ele sorriu, em seguida lágrimas corriam por seu rosto:
— Quando eu sair dessa cama, quero te beijar todo.
— Ai, Lucas, não fala isso aqui, hahaha.
Fomos surpreendidos pelo médico, que entrou de surpresa, segurando uma ficha:
— Garoto, sua mãe está chamando. Vamos lá.
— Tudo bem. Tchau Lucas, eu volto o mais rápido possível.
— Tchau, Bru.
Eu e minha mãe brigamos no caminho de volta, eu precisava de mais tempo com ele, e ela estava apressada pra fazer o jantar. Não sei pra quê isso tudo, por que não pede logo uma pizza e fim de papo? Eu, hein.
Voltei pro quarto e liguei minha TV. Não sei o que vai ser daqui pra frente com Emanuel atormentando nossas vidas. Meu celular vibrou, era uma mensagem de Emanuel, nela estava escrito o seguinte: "E aí amorzinho, gostou do que aconteceu hoje? Só queria dizer que isso é só o começo, beijo."
Merda, o que eu faço agora? Com esse demente enchendo, vai ser difícil recuperar a felicidade de antes. Liguei pra Victória e contei tudo, precisava desabafar. O pior de tudo é que amanhã eu veria ele de novo, cara a cara, e mais uma vez não poderia fazer nada. QUE RAIVA!
~~~~CONTINUA~~~~
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