Hey, meninos. Bom, tenho alguns esclarecimentos antes de seguirmos com o conto. Primeiro, eu acabei de ver o quanto eu sou lesada. Tava vendo o primeiro capítulo e vi que eu me apresentei no masculino, quero dizer, eu não sou um homem. Eu sou uma mulher, uma bonitinha menina. Eu sou tão lesada e abestada. Me desculpem por isso. Com um tempo vocês se acostumam com esses meus ataques. rsrsrsrsr E segundo, quero agradecer a vocês; Lipy e Loh, por terem lido. É tão emocionante saber que tem gente lendo isso. Obrigada! **
Enquanto o sol não surge, eu me contento com a chuva.
…Eu não estava conseguindo dormir. As imagens que vinham em minha cabeça eram dos últimos 10 anos. Eu já não suportava mais. Era difícil dormir sabendo que eu não o teria mais a meu lado. Saber que nunca mais veria o brilho em seus olhos e o doce sorriso da manhã. E o mais difícil ainda, era conviver com essa culpa. Culpa por eu mesmo ser o causador disso. Eu queria gritar, mas não tinha forças pra isso. Então, eu me limitava apenas a chorar.
Me sentei na cama e alcancei a minha carteira que ficava em cima da mesinha. Abri e encontrei o que não me deixava esquecer daquele dia. Era algo tão insignificante aos olhos de outros e tão significativo pra mim. Afinal, era um pedaço de papel com algumas letras.
“ Meu anjo,
A tanto que eu gostaria de dizer-lhe. Me sinto tão culpado por você ter perdido tanto tempo aqui, comigo... Você sacrificou a sua vida por algo e por alguém que nunca mereceu um ato de sua bondade. Mas mesmo assim, você ficou. Foi o único que não me abandonaste. Eu tive o seu apoio, seu respeito, seu carinho e seu amor. E se eu tivesse tido tudo isso desde o começo, talvez eu não seria essa pessoa. Talvez eu não seria tão egoísta. E foi pensando sobre isso, que eu conclui que não poderia exigir nada de você. Não quando você foi o meu salvador. Não poderia ser tão egoísta no final de tudo. Não estava mais suportando ver a dor estampada em seu lindo rosto e eu não poderia ir sabendo que você ficaria tão infeliz com essa decisão. Me desculpe por fazer você passar por tudo isso. Realmente gostaria de ser isso que você me diz todos os dias. Eu sempre acreditei que tudo isso fosse um sonho e quando eu acordasse teria você ao meu lado. Mas nem tudo é fácil assim. Se tudo tivesse sindo diferente, eu te daria o mundo, pois você o merece. Agora nada disso tem importância. Eu irei acordar em outro lugar e estou te deixando livre, porque só assim você será realmente feliz. Desejo que você encontre alguém que te ame e o complete. Que esse amor te der tudo aquilo que eu não fui capaz de dar.
Com carinho,
Felipe.”
Ler essas palavras é como cavar a minha própria sepultura. Eu ainda não acreditava que tudo tinha acabado. Era um homem tão forte, mas tão vulnerável. E pensar nisso, me fazia acreditar que ele poderia está realmente feliz. No final, eu tinha feito o que ele sempre me pediu. Eu tinha que começar a não mais pensar nisso. Tinha que por um ponto final nessa história e pensar em um novo começo. Henrique era a minha esperança. Eu tinha certeza se fosse pra eu construir um futuro, com toda certeza, seria com ele. Quando nos conhecemos foi como o sol nascer desde a sua última vez – e se tratando de mim, já tinha um bom tempo. Foi engraçado. Nos conhecemos através do meu irmão. Bom, eu tenho doutorado em história e o Henrique, na época, estava quase se formando em Jornalismo. E, à 2 anos atrás, quando eu resolvi começar a preparar a minha família para o meu retorno, uma dessas visitas, ele estava lá. Todo elegante sentado no sofá da casa na qual havia crescido.
O meu irmão havia pedido para eu ajudar o Henrique com uma matéria. Ele trabalhava no jornal da faculdade e tinha que fazer uma matéria sobre pessoas que tinham saído do país para estudar em um lugar totalmente desconhecido. Bom, eu ajudei com toda a inocência do mundo. Mas depois de um tempo, eu comecei a notar mais ele. A ver quem ele era. E nem precisei perguntar se ele era gay, pois o mesmo havia me contado várias aventuras que tinha vivido com outros homens. Ele estava até de rolo na época. Eu comecei a me encantar com ele, só que eu tinha medo de sentir algo mais forte. Eu não estava pronto. Passei dois meses no país e depois voltei para a Itália.
Mantínhamos contado pelas redes sociais. Estávamos sempre em contato. Passamos um ano pelo contato virtual. E nesse tempo as coisas foram evoluindo entre nós. O sentimento estava crescendo por ambos. E foi a partir daí que eu comecei a jogar limpo com ele. Bom, eu não contei a história toda pra ele, mas disse o essencial. Depois de um tempo, eu me afastei dele, pois eu precisava pensar com clareza sobre tudo isso. Passamos alguns meses sem se falar e eu realmente pudi chegar a uma conclusão: eu gostava dele, mas não sabia definir o que era. Eu ainda estava muito confuso com tudo e não estava conseguindo concluir. Eu ainda seguia amando o Felipe, mas estava gostando do Henrique. E foi com essa conclusão que eu decidi que iria voltar para casa. Foi a partir disso que eu decidi viver novamente. Então, eu tinha voltado.
Coloquei a carta de volta na carteira, enxuguei as lágrimas e me deitara novamente. Estava ali deitado na minha cama, olhando para o teto e procurando soluções. Afastei esses pensamentos sobre o Felipe e tentei me concentrar no Henrique. O que eu faria em relação ao Henrique? Eu não sabia, mas eu poderia me lembrar de cada característica sua. Cabelo ruivo, um corpo esguio e robusto pedindo para ser observado. Bom, o meu pênis começou a engrossar e eu me deixei ir, adorando me sentir vivo novamente. Os seus olhos eram de um castanho tão claro que com o contado do brilho do sol, parecia que eu estava me afogando em alto mar. Acelerei e fiz mais pressão em meu pênis. Pensar nele estava me levando ao ecstasy. Imaginei os nossos corpos em contato; os nossos lábios em um movimento feroz e nossas mãos dançando vários ritmos enquanto passeavam pelos nossos corpos. Quanto mais imaginava, mais sentia a minha liberação chegar. Eu o queria tanto aqui e agora. Com uma última pressão em meu pênis, gozei em minha mão com o seu nome em meus lábiosBom, é isso meus queridos! Eu sei que ficou pequeno, mas eu precisava acabar aqui. Vamos ver o que vai acontecer entre esses dois. Nem eu sei o que vai acontecer com eles, só o tempo dirá. Até mais! Beijos iluminados. **
