Timmy & Sam: Don't ask, don't tell pt8

Um conto erótico de Syaoran
Categoria: Homossexual
Contém 5476 palavras
Data: 24/06/2013 23:17:30

Queridos leitores, Garoto babado, Fran (18), Amante de Séries, afonsotico, neto lins, Iky, Oliveira Dan, Príncipe H, X- Men, por do sol e Summers, muito obrigado por estarem acompanhando este conto, primeiramente quero me desculpar pela minha demora, mas neste último mês ocorreram muitas coisas na minha vida. Estou tentando seleção para o mestrado, ou seja tive que desenvolver o projeto e estudar para uma prova, desta forma mesmo que goste muito de escrever pra vocês a obrigação veio em primeiro lugar. :P

Mas se tudo der certo farei todo o possível para voltar a postar com regularidade. Sem mais delongas vamos ao conto.

Gente, já havia se passado mais de um mês e meio e minha vida se resumia a ir para o trabalho e voltar à casa de minha mãe. Não que a casa materna não seja um bom local para se estar. Principalmente quando se está sofrendo por amor, mas eu já havia saído e não deveria voltar. Eu preciso encarar os meus problemas, na verdade já encarei. Eu já havia colocado as coisas do Timmy pra fora, agora eu precisava realmente sair, encarar o mundo e deixar que ele também saísse da minha vida. Afinal foi ele que me deixou, certo que foi eu quem o mandou pra fora, mas foi por conta das atitudes dele, mas agora estou totalmente livre e desimpedido.

Agora me lembro do que minha irmã vive me dizendo: “Pare de viver em função do defunto, você não deve nada a ele. E, meu querido, não se guarde para alguém que na primeira oportunidade te deixou e pode deixar de novo.”, então decido reagir e começar a viver a minha vida. Tomei um banho demorado, peguei umas roupas e me vesti neste momento a porta é aberta e me deparo com Sam, nos olhamos e demos um sorriso momentâneo.

- SAM!!! – nós dois gritamos ao mesmo tempo.

- Meu Deus, Sam, que cara é essa você está horrível. Você tem se cuidado direito? – ela dizia ao me analisar de cabo a rabo.

- Tô bem, é eu me descuidei um pouco, mas o que você esta fazendo aqui? – eu questionava.

- Segredo, a mamãe me ligou. O papai não queria, disse que você resolveria os seus problemas sozinho, mas, sabe a mamãe sempre diz queSam sempre precisa do outro. – completei. Era uma espécie de ditado que mamãe havia feito.

- Por isso eu estou aqui, pra te ajudar a deixar o defunto descansar em paz. – ela dizia me referindo ao Timmy, era assim que nós nos referíamos aos ex, defuntos.

- É, eu sei, estava pensando em uma forma de tentar hoje. – eu dizia.

- Ótimo, loiro. Já não era sem tempo. Ele foi e a fila tem que andar. Imagina o desperdício pra comunidade se tu decide se trancar, ou quem sabe fazer voto de castidade por conta de um cara feito ele? – ela falava de uma forma rápida – Mil almas foram salvas do purgatório agora, ou melhor, mil almas podem ir direto ao purgatório agora.– ela falava rindo.

- Olha o exagero, eu não sou tão, tão assim. – Eu gostava quando as pessoas inflavam o meu ego.

- Irmãozinho, irmãozinho, larga de querer que eu infle teu ego. Eu te conheço muito bem tá certo? E você sabe muito bem que só não pegou a maioria das minhas amigas por que não quis. – ela pausa e começa a rir – Tava muito ocupado tentando se pegar com alguns dos teus amigos... que meu Deus, quando eu lembro do Taylor.

- O Taylor era só um amigo, eu não quis me pegar com ele. – falei corado.

- Aquela foto que vivia em baixo do seu travesseiro diria o contrário. – Ela começava a rir enquanto eu ficava vermelho. – Pra comemorar, teremos a noite dos Owen.

- Ok. Eu estou precisando mesmo disso. – falava rindo. A noite dos Owen se refere a uma noite em que minha irmã e eu saímos sem hora pra voltar, vamos para bares e baladas.

- E nada de convidar sua ex-cunhada.

- Claro, é a noite dos irmãos. – falava tentando desconversar.

- Você sabe que não me refiro a isso. – ela fez uma pausa e continuou – Você já falou com ela?

- Não, mas prometo que vou falar. Mas, ela deve ter um bom motivo pra fazer o que fez.

- Claro que tem, o motivo é o defunto que ela quer que sempre te assombre, ela pensa que te faz de trouxa, nós Owens somos como filhos de Hera, percebemos quando estão nos tentando enganar muito fácil.

- Mas, como eu estava naquele período foi... foi até bom. – tentava defendê-la.

- Bom? Tu podias já tá com outro há muito tempo. – Eu iria responder, mas ela emenda – falando nisso, quem vai escolher o teu próximo namorado vou ser eu. Que, meu irmão, o que tu tem de bonito tem de dedo podre viu.

- hauahuhauhauha, eu? Dedo podre? Faça-me o favor. – respondi indignado

- Sim, o Christian te traiu dois dias antes do baile, eu pensei que fosse uma fase, todos temos uma má fase, ai veio o Timothy, eu realmente acreditei que ele era uma boa pessoa, mas, ele faz isso?! – ela falava como se estivesse atuando em um tribunal – Está decidido, quem escolherá o meu próximo cunhado serei eu. – Ela falava sorrindo, ao que eu já entendia onde ela queria chegar.

- Dedo podre? E o que o Richardson tem a dizer sobre isso maninha. – eu falava a provocando.

- Não me lembre deste cara, mas foi só ele tá legal. – ela falava tentando se esquivar do assunto.

- Tá certo, finge que eu acredito, mas vamos me diga logo quem é? – ela me olhava surpresa – Me diz, tu quer me empurrar quem?

- Você pensa isso de mim? Que eu já teria alguém em mente? – ela perguntava de forma cínica.

- Não penso, eu sei. – começava a rir.

- Pois você está redondamente enganado, não tem ninguém. Se, por um acaso um policial lindo que foi transferido recentemente nos encontrar na nossa noite eu não tenho nada haver com isso. – ela falava de maneira displicente.

- Policial?

- É, policial. Eles não são regidos pela “não pergunte, não fale”. E eu acho, não, não tenho quase certeza que vocês vão se dar muito bem. – eu queria responder algo, mas ela continuou – Por isso que aquela sua “grande amiga” não vai poder ir, se não ela tentaria estragar tudo.

Um fato interessante é que Samantha e eu sempre fomos muito próximos, a final somos gêmeos. Desta forma percebi que a escolha deste amigo para ser meu novo pretendente não era por minha causa, era por causa de Timmy.

Lembro de que quando disse do término ela ficou possessa. Dizendo que não o deixaria nunca mais chegar perto de mim, que o iria denunciar, acabar com a palhaçada para que ele perdesse tudo, tanto o sonho militar, quanto o namorado, vulgo eu. Mesmo ferido consegui demovê-la de parte de sua ira, ela não o denunciou, mas vejo que, no mais, suas pretensões continuam as mesmas, um policial não regido pela “não pergunte, não fale”, um oficial querendo me conhecer, agora até que a ideia me pareceu boa. Combinamos mais acerca da noite, pra onde iríamos.

Imaginem vocês, eu, depois de velho, dependendo da minha irmã pra arrumar namorado. Infelizmente enquanto ela conversava comigo eu ficava lembrando do último falecido. Eu não queria, mas devo admitir que ele ainda mexia... ainda mexe comigo. “Como será que ele está?”, “Estará se divertindo, se alimentando direito, sentindo a minha falta?” eram várias das coisas que eu sempre pensava. Eu sentia falta dele. Da forma como ele me abraçava durante a noite, do sorriso dele ao acordarmos, mas eu não sou uma espécie de brinquedo. Se ele foi homem o suficiente para agir nas minhas costas e, ao longo destes quase dois meses, nunca me ligou eu é que não iria procurá-lo. Se tem uma coisa que tenho é orgulho, eu poderia abrir mão de parte dele pelo meu amado, mas rastejar por quem não me quer, isso eu nunca farei.

________________________

Tem gente que acredita que o colegial é a melhor fase da vida: as festas e as amizades que durarão a vida toda normalmente começam ali. Nesta fase todos são rotulados, sua vida é feita a partir do grupo ao qual você faz parte, existem os atletas, as líderes de torcida, os skeitistas, os nerds, as mais diversas tribos, todas tentando sobreviver na verdadeira selva que se converte as instituições de ensino. E os professores, alguns tentam se implicar conosco, mas outros, não lembram nem o seu nome.

Pra mim este período tornou-se um pouco complicado, tanto por coisas boas como ruins. Meus pais haviam se separado quando eu tinha 5 anos de idade e agora estavam voltando a ficar juntos, achei uma maravilha, a família reunida, como se fôssemos parte de um daqueles comerciais de margarina, mas a realidade nem sempre tem o mesmo colorido da ficção.

Neste período ele havia decidido morar em uma fazenda no interior do Estado, sendo que eu ficava com ele e Samantha com a nossa mãe. Em feriados e festas alternadas, hora eu ia para onde minha mãe e irmã estava, ou era ela que vinha, sempre era motivo de festa.

No entanto a nova configuração, a pretensa união familiar me trouxe uma série de problemas, alguns deles materializados pela minha querida irmã, se para os homens já é difícil entender como são as mulheres, imagina as adolescentes, esta se configurava como uma verdadeira incógnita, às vezes ela queria que eu ficasse perto dela, me apresentar a todas as suas amigas, e, por outras vezes eu era a última de todas as criaturas da face da terra. Em uma dessas “crises”, deflagrada logo que nos mudamos, exigiu que eu pintasse o cabelo de preto, pois ela, como mulher é que deveria ter os cabelos loiros, como recusei ela virou morena. Eu gostava de pensar que isso era coisa da idade, que passaria com o tempo, nisso eu me sentia cada vez mais sozinho, isolado. Não sei como dizer, mas... eu era um ser estranho. Não falo fisicamente, mas eu... eu achava os garotos bonitos. Até ai tudo bem, eu sou um rapaz eu devo me achar bonito e poder achar outros garotos bonitos não deveria complicar tanto, mas eu os achava bonito da forma como se esperaria que eu achasse uma garota.

Antes das aulas começarem eu fiquei muito ansioso, pois eu morava no interior com o papai e agora estava em uma cidade muito maior, com novas possibilidades. Minha irmã já era conhecida e não queria que as pessoas associassem a figura dela a alguém, que ela considerava um tanto rude.

- Samuel, vamos pra escola, o ônibus já vai chegar. – minha irmã gritava.

- Já vou Sam, é que eu ia esquecen... – ela me olhava com uma cara de bicho.

- Sam não, Samantha. tá legal? Sam é um apelido muito infantil – ela fazia uma pausa – o que nós combinamos?

- Tá certo, desculpa Sa.man.tha. – falei de forma irônica.

- Tá desculpado. – ela falou rindo como se nada tivesse acontecido e me levou ao ônibus – Desculpa também, meu lindo, mas é que... você entende não é?

Eu menti, disse que entendia, quando, na verdade, não entendia nada, mas sea quilo era importante para ela, eu deveria ajudá-la.

As semanas foram passando e fui conhecendo algumas pessoas, amigos de minha irmã, comoo Richardson, um cara moreno, cerca de 1.75 de altura; cabelo raspado, olhos castanhos, jogador de futebol, Quarterback. Embora ela quase o venerasse, só faltando lamber o chão por onde ele pisava, eu não, sentia um sério desconforto na presença dele, como se a presença deve não fosse significativa, da mesma forma que os seus atos, mais tarde eu veria como estava enganado.

Aos poucos fui conhecendo outras pessoas, que não eram do ciclo pessoal de minha irmã, tais como o Teddy Parkson, um cara branco, um pouco mais baixo que eu, cabelos negros, olhos azuis, o Peter Mc’Queen que era da minha altura, mas ruivo e cheio de sardas espalhadas pelo corpo, tinha duas esmeraldas no lugar dos olhos e o Christian, sim o conheci no colégio e nos tornamos amigos, antes de toda aquela confusão que acabou com um belo enfeite em minha testa.

Meus amigos e eu éramos um grupo a parte do colégio, uma coisa bem intrigante, não éramos nerds, mas tirávamos notas altas, não éramos esportistas, mas nas aulas de educação física não ficávamos para trás. É bem verdade que eu ajudava meu pai no trabalho do campo e isto me conferiu um bom condicionamento físico, e o fato de ser loiro e ter o cabelo cacheado fazia com que eu não fosse um cara de se jogar fora. Quando parte dos meus problemas haviam passado minha irmã começa a namorar o idiota do Richardson, o chamo de idiota por ele, somente por sua posição no futebol hostiliza praticamente com a escola inteira, o que adianta ser um às do futebol se a sua vida se resume a isso? Em todos os outros aspectos você não passa de uma porta?

Com este namoro o comportamento de minha irmã que já era instável piora e eu tenho que ficar de babá da peça.

- Você não vai sair com este marginal. – Meu pai dizia.

- Não fale assim, ele é meu namorado, eu o amo. – minha irmã gritava, toda trabalhada o melodrama.

- Olhe aqui, que futuro você vai ter com ele, desde que isso começou as suas notas baixaram, você esta muito estranha minha filha, você não é assim. – ele tentava chamá-la a razão, só que ela estava na fase louca desvairada.

- Eu sou assim, e deixa a minha vida em paz, tá bom, eu faço o que eu quiser. – Ela era fã de novela mexicana, só podia, saiu correndo, chorando e bateu a porta do quarto com meu pai atrás.

Depois de um certo tempo e da intervenção da minha mãe ficou decidido que minha irmã poderia sair com o namorado, mas só se eu fosse junto, pois se meus pais não confiavam nele, nela, daquele estado, muito menos. De forma semelhante a eles, eu também percebia as mudanças em minha irmã, mas foi necessário só uma saída para eu ter certeza de que aquilo era falso. Minha irmã e seu idiota particular combinaram de sair para o boliche, para não ficar na cara que ela estava sendo vigiada por mim ela chamou uma amiga para me fazer companhia, Nicolle Sparks, uma morena, cor de jambo, tinha um cabelo cacheado, olhos cor de mel, muitas modelos perderiam feio para ela e fomos os quatro.

Na divisão das duplas ficamos em casais, os namorados e eu junto com a amiga dela. Devo confessar que nunca me diverti tanto, não pelo jogo em si, mas pela palhaçada que minha irmã fazia, ela joga boliche desde os 6 anos e estava realmente pedindo ajuda ao Richardson? Perguntando como se jogava uma bola? E, só de se olhar ele não levava muito jeito pro boliche.

- O que deu nela? – perguntava a Nicolle tentando segurar o riso

- Como assim? – ela replicou a questão vermelha.

- A Sam..mantha, ela pedindo ajuda pra jogar, você não acha isso estranho? Você está bem? – ela estava mais vermelha ainda, mas não me respondeu nada, mas ela ficava corada toda vez que eu ia jogar, quando conseguíamos o strike, e nos abraçávamos.

As rodadas iam passando e minha irmã e seu parceiro ficando cada vez mais atrás, mas se era assim eu também não iria jogar a sério, começava a errar algumas bolas, mas de uma forma que sempre me mantivesse na frente, outras vezes eu era bonzinho e deixava que eles passassem na frente, mas sempre reagia e virava, eu via como Richardson ficava desconfiado, na certa ele não era muito afeito a perder em nenhum jogo e ela parecia não entender como o namorado não sabia boliche.

- Maninha, vamos fazer uma aposta? – eu sugeria.

- Aposta? Que aposta? – ela replicou.

- Eu vou dar a chance pra vocês ganharem o jogo, zerando o placar e começando agora, e em troca, se nós ganharmos eu acabo com a palhaçada de Samantha. – eu propus.

- Hehehehe, zera mesmo? Mas e se vocês perderem? – falava Richardson.

- O que propõe? – Eu o questionava.

- Você vai fazer todos os nossos trabalhos até o final do ano. – seus olhos brilhavam, como se estivesse descoberto a roda.

A aposta era séria, será que eu havia caído em uma armadilha? Será que aquele idiota era bom no boliche? Eu não sabia ao certo, mas topei. Mesmo que perdesse eu conseguiria ver minha irmã, ela que ama o boliche, mas atuava como se estivesse em um ambiente que não era seu.

A partida que decidiria se eu teria o triplo de trabalho até o final do ano havia sido iniciada, mas pouca coisa é modificada, Samantha ficou apavorada com minha proposta, Richardson bem que tentava e de fato melhorou sua performance, mas pouco convincente.

- Vamos Samantha, ou melhor, Sam acho que vou te chamar assim agora. – eu implicava com ela.

- Não ouse. – ela me olhava com cara de bicho.

- E eu vou te chamar assim em todos os lugares. – implicava ainda mais. – vai ser muito legal quando chegarmos à escola e eu gritar por você, eu acho que vou pedir pra mamãe fazer um lanche especial pra eu levar.

Neste momento eu consegui cutucá-la de uma forma que meu intento alcançou resultados, o jogo realmente começou. Se antes eu me divertia vendo a palhaçada da minha irmã com o Richardson, agora eu me divertia olhando sua cara de taxo ao perceber que minha irmã jogava muito melhor que ele, as rodadas foram passando e por pouco, mas muito pouco mesmo eu ganhei. Ela estava com muita raiva eu via em seus olhos, mal a partida acabou ela logo quis ir pra casa e não falou nada durante o todo o trajeto, será que eu havia pegado muito pesado com ela? Na época e até hoje eu não sei.

Primeiro deixamos Nicolle em sua casa, eu a abracei, agradeci pelo jogo, e mais uma vez perguntei se ela estava bem, ela estava muito quente e vermelha, realmente eu não sabia o porquê, mas ela era uma boa amiga para minha irmã, então devo ser o mais gentil possível com ela. Depois de certo tempo chegamos a nossa casa, eu não iria ficar segurando vela eternamente, então decidi entrar primeiro, pouco tempo depois ela chega.

- Qual é o seu problema, idiota? – Ela me questionava.

- Problema? Eu não tenho nenhum problema, Sam. – respondi calmamente, mas lógico que também a provocaria, somos irmãos, eu posso.

- Não basta o papai ter te colocado como cão de guarda, o que foi aquilo com o boliche, pra que aquela... aquela aposta estúpida? – ela não sabia o que dizer.

- Sabe Samantha eu já tô morando aqui há uns 6 meses e ainda não tinha tido a oportunidade de ver a Sam. Eu acho que no boliche foi a primeira vez, em meses que você foi aquilo que você realmente é. Por que, por favor, se fazer de menina indefesa e de idiota? Desde quando você é uma tapada Samantha? – eu disse o que estava entalado na minha garganta a muito tempo.

- Desde quando você é um idiota Samuel? Se você não tem vida, ou se ela se resume aos fracassados que você chama de amigos, não é problema meu, tá legal? Eu tenho muitos amigos, e um namorado...

- Que é um tremendo idiota e inferniza a vida de muitas pessoas, e quer saber, se você vai ficar com um cara desses, vamos fique, estrague a sua vida e seja tão boa quanto ele. – eu gritei e a deixei.

Confesso que fiquei muito mal depois disso, ela é minha irmã e me preocupo muito com ela, mas eu não podia ficar de olhos fechados enquanto a via jogar fora tudo o que ela mais amava por conta de um idiota. Com esta briga o clima lá de casa começou a pesar, pois ela não me dirigiu a palavra por umas duas semanas. E uma coisa que vocês já devem ter percebido: em questão de orgulho eu não fico nenhum pouco atrás. Se ela não quer falar comigo eu também não me importo nenhum pouco.

Depois das férias de verão minha vida deu outra volta, um garoto acabava de ser transferido para a minha escola, Taylor Meyer, um moreno claro lindo, primo da amiga da minha irmã. Meu Deus, o que estava acontecendo comigo, assim que o vi irrompendo a sala foi como se ele andasse em câmera lenta, cada movimento, a forma como a luz refletia em sua pele a dando uma coloração mais brilhante, a forma como seu corpo era todo proporcional. Corpo proporcional? Que merda é essa? Meu Deus, temos duas cadeiras vazias na sala, uma na minha frente e a outra do outro lado da sala e ele esta vindo em minha direção: ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus. Eu começava a suar frio, o meu coração batia em disparada, eu vou ter um ataque cardíaco, me levem para o hospital, isso deve ser sério.

- Eaé, eu sou Meyer – ele falava com uma voz rouca que me fez ter um arrepio. – você deve ser o Owen né? Minha prima ali fala muito de você – ele disse apontando pra Nicolle.

- Prazer, e você é de onde? – começamos a conversar, ou melhor eu me deleitar com o timbre da sua voz.

Por minha sorte, ou um tremendo azar ele se converteu em um grande amigo, amigo de ir lá em casa com o Ted e o Christian, mas todas as vezes que ia falava da prima dele, como ela era bonita, gostosa, mas eu não a achava, lógico que Nicolle era linda, mas se comparássemos a ele... a ele. Por que eu estava comparando os dois? E por que ele tinha que insistir em falar da dela? Ele era bem mais interessante. Percebam que eu me encontrava cada vez em piores lençóis, naquela época eu não sabia o que sentia por ele. Tá legal, admito que sabia, mas não queria admitir que eu estava vivendo o meu primeiro amor, se fosse hoje eu teria mandado logo a real, que tava afim dele, mas naquele tempo, o medo, a possibilidade de perder sua amizade e a proximidade que existia entre nós me fez calar.

Depois de um tempo percebi algumas coisas que estavam bem na minha frente, como o fato de Nicolle ter uma visível queda por mim. Certo, podem me chamar de tapado, idiota, de tudo o que quiser eu realmente fui, tava mesmo na minha cara, o que fez minha ficha cair foram três questões: primeiro, no tempo em que eu ainda falava com minha irmã ela ter me chamado de tapado e ter convidado Nicolle pro boliche; segundo, a forma como ela ficava vermelha diante da minha presença; terceiro o Taylor sempre falar dela pra mim, demorou, mas finalmente a ficha caiu.

Ao saber dos sentimentos dela e da minha imensa confusão fiz uma coisa da qual muito me arrependo, eu saí com ela, eu via a alegria que ela expressava ao estar ao meu lado, o seu sorriso sempre faceiro e verdadeiro, seus olhos com uma coloração mais viva. Eu me sentia um verdadeiro lixo, pois eu não tinha condição de corresponder a isso. Tentava demonstrar o meu melhor humor, tentava rir, mas era uma alegria falsa, os únicos momentos em que eu era verdadeiramente feliz neste relacionamento era quando o Taylor estava conosco e com isso sei que a fiz sofrer.

Lembro em uma de nossas saídas estava demonstrando o meu melhor sorriso, conversávamos sobre algo que não consigo lembrar.

- Qual é o seu problema? – ela me questionava.

- Nada, só estou prestando atenção aos seus olhos. – Sei que foi uma “cantada” chinfrim, mas o que poderia fazer? Ela ficou lisonjeada e continuou a falar o que quer que ela estivesse falando.

Até que chega o Taylor. E ai já podem imaginar, ele estava acompanhado de Sakuya. Ele perguntou se poderia sentar conosco ao que respondi que sim, embora meu humor tenha piorando ao vê-lo acompanhado, pelo menos ele estava ao meu lado. Quem não gostou nenhum pouco da minha mudança de atitude, ou melhor dizendo, de foco foi a Nicolle. Devo admitir que se hoje a considero uma mulher incrível naquela época ela já era. Ao perceber a atenção que eu dispensava a seu primo ela apenas se calou e ficou esperando, esperou e no final da noite, quando nós a levava de volta a sua casa tivemos uma conversa séria.

- Samuel, eu gosto muito de você, mas por favor nunca mais me faça passar por isso de novo! – ela falava com os olhos mareados.

- Passar pelo que? – eu realmente não entendia o que ela estava falando.

- Eu não serei sua tapadeira, seu álibi, sua namorada de fachada, esta me entendendo agora? – ela era clara como água, mas eu não entendia o que ela dizia.

- Desculpe, mas não. A noite não foi boa pra você? – eu realmente era meio lento para essas coisas, nisso ela olha nos meus olhos, vê que realmente eu não entendia nada, eu estava confuso, mas não fazia as coisas por mal, e começa a rir.

- Meu Deus, não é que você é um tapado mesmo – ela continua rindo – no bom sentido, claro.

- Me desculpe, mas eu não sei o que você quer dizer.

- Vou ser direta, simplesmente eu sei que você é gay e tem uma queda pelo meu primo. Eu já andava um pouco desconfiada, mas este seu corpo, eu queria tanto que não fosse verdade, mas hoje você admitiu.

- Peraí, que história é essa eu não sou gay, e não tenho uma... uma queda pelo seu primo. – quando eu acabo de falar isso tudo se junta em minha mente, a atração que eu andava sentindo por homens, e pelo Taylor em especial, era verdade eu estava apaixonado por ele, por outro homem e isso fazia de mim o que? Um gay. Minha cara de espanto fez com que ela risse ainda mais.

- Droga, eu estava toda preparada, hoje seria a nossa grande noite. Sabe, como você nunca tomava a iniciativa eu já ia tomando, mas ainda bem que não tivemos nada, imagina como ficaria minha reputação, o cara namora comigo e depois decide que gosta de homem... – ela ria ainda mais tentando diminuir o clima.

- Me... me desculpe, eu não queria... eu achei que daria certo. – eu tentava reorganizar o meu pensamento.

- E daria, se você não estivesse secando o meu primo, mas querido, desculpa te dizer, mas ele é hetero e como você mesmo viu tá saindo com a Sakuya. – ela disse calmamente.

Ainda ficamos conversando durante um bom tempo, ela me prometeu que guardaria segredo até eu estar pronto para revelar as pessoas minha orientação sexual, bem como revelar ao Taylor meus sentimentos. O que não tardou muito, contudo este ficou horrorizado, deu um murro na minha cara e nunca mais falou comigo, disse que eu havia jogado nossa amizade no lixo. Nicolle me apoiou e durante muito tempo foi a única que soube de minha paixonite por Taylor.

_________________________

Já era noite e eu estava pronto pra sair, havia colocado um roupa simples, uma calça jeans e uma blusa gola polo, quando ia descendo minha irmã deu um verdadeiro berro.

- Que putaria é essa, heim Sam? – ela falava exaltada.

- Não vejo putaria nenhuma Sam... – eu a respondia.

- É exatamente este o problema, com essa roupa de tô indo ao asilo jogar xadrez você nunca vai arrumar um novo namorado. – ela dizia seca.

- Mas não tem aquele cara que tu já tá levando. – falava sem muito interesse.

- Ele pode até te achar um gato, mas com essa sua roupa, acho que brocha na hora. – ela continuava rindo da minha cara.

- Pois o Timmy nun..

- Vocês dividiam quarto na faculdade e você se vestia bem. – ela fez uma pausa – e venhamos e convenhamos ele não prestava muito atenção nas suas roupas, as que o defunto mais gostava eram as fáceis de tirar. (Nunca comentem detalhes de sua vida pessoal com sua irmã ela sempre vai usar isso contra você).

- Samantha?!

- Falei alguma mentira? E por favor, só Sam, não me lembre daquela minha fase horrível – ela falava revirando os olhos com certo nojo – pra sua sorte eu já imaginava que isso poderia acontecer e comprei algumas coisinhas.

Coisinhas era modo de falar, ela me deu uma repaginada, uma camisa preta que realçava a minha pele branca e os cabelos cor de trigo, ao passo que acochava os músculos da barriga.

- Não essa calça não?

- Vista, agora.

- Tem certeza que isso vai caber em mim, acho que o defunto era menor.

- Confie em mim e vista.

Era uma calça jeans com pouca lavagem, mas muito colada, ela dizia que era pra deixar marcando o amiguinho, tipo mostrar, mas não sendo vulgar. Depois que ela praticamente me embrulhou pra presente fomos pra noite dos Owen.

Foi engraçado, ao contrário do que acontecia quando eu saia com a Vivi, Sam várias vezes chamava minha atenção para o fato de algum carinha estar me observando, mas ela dizia que eu deveria ser paciente, pois seu amigo não tardaria a chegar, confesso que estava ansioso, quem será que era este tal policial misterioso?

Em determinado momento vi minha ex-cunhada, eu tive o impulso de falar com ela, mas minha irmã disse: “não se atreva a fazer isso, deixa que eu falo com ela.” Dito isto marchou em direção a Vivi conversou um pedaço, ao que percebi certo abalo por parte desta, principalmente depois que Samantha voltou.

- O que você disse a ela? – eu perguntava preocupado.

- Nada além da verdade, que ela era uma sonsa que se fingia de sua amiga e que tu agora esta livre. – ela falava séria.

- Você... você não faria um negócio desses. – eu tentava ver se ela voltava a razão.

- Droga, eu não faria mesmo né. – ela começa a rir. – eu bem que queria, mas acho que no lugar dela eu faria a mesma coisa, não iria querer deixar o meu irmão perder alguém como você.

- Oh, para, o que você disse a ela? – eu insistia.

- Pra ela eu não disse nada, só mandei um recado pro irmãozinho querido dela, disse que a partir de agora você não esta mais fora do mercado e eu escolherei o seu próximo namorado que é um policial lindo.

- Você não... você...

- Ah isso eu fiz, pode ter certeza e não me arrependo.

- Mas você... – eu começava a rir quando eu escutei uma voz rouca vindo bem atrás de mim que fez meu corpo todo tremer.

- Me desculpem o atraso, eu fiquei preso no trabalho. Ainda bem que consegui encontrar vocês. – Dizia a voz.

Eu fechava os olhos, não podia ser ele, não meu Deus, depois de tanto tempo, não tem como, o que ele estaria fazendo aqui, ele saberia que era um, tipo um encontro? Não deve ser alguém que tenha a voz muito parecida, fui me virando aos poucos, cada vez mais meu coração acelerava.

- Certo, Sam este é o meu amigo, ou melhor, nosso amigo que agora é um policial e acabou de voltar a cidade. – minha irmã falava enquanto eu ainda tentava ordenar o pensamento.

- E você Samuel, não vai falar nada? – Taylor me perguntava– eu ainda estava sem palavras.

- Me desculpe, da última vez que nos vimos eu dei um murro na sua cara e... – ele falava meio encabulado.

- Não, não eu entendo... aquele foi um mal dia – eu tentava encará-lo, mas ao ver seu rosto minhas pernas ficavam bambas.

- Acho que vou deixá-los a sós. – dizia minha irmã ao partir deixando o meu passado mais vivo do que nunca bem na minha frente.

Continua...

Dan Oliveira: A respeito da mãe do Timmy eu penso que ela é uma mulher sensata, ela foi casada com um oficial e viveu sua vida em função deste e dos filhos. Não sei se ela não aceita o Sam, pra mim é mais a questão que ela quer que o filho assuma as responsabilidades pelos seus atos. Se ele deixou o noivo para servir deve assumir as responsabilidades acerca deste ato.

Príncipe H: Me desculpe, sinceramente, farei o possível para não demorar tanto da próxima vez.

Por do Sol: Obrigado

Fênix: Já te disse pra ter calma, essa hora vai chegar, só não sei quando, mas ela esta guardada na cabeça. Mas te darei um spoiler eu amo Verbotene Liebe.

Neto Lins: Obrigado e a reciproca é verdadeira, também estou esperando que tu volte a postar. Rôzinho amor, libera pra que o Ro continue a escrever, por favor.

Afonsoico e Amante de séries: Não teria como ser um militar pois o conto é no tempo da política da "não pergunte, não fale" o militar que fosse descoberto como sendo gay seria expulso. Como é uma história aberta eu levei isso em consideração hoje, espero que tenham gostado.

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Comentários

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Ameiiiiiii, enfim a sua vida vai seguir... torço p serfeliz ao lado do seu primeiro amor!

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Que bom que pode postar pensei que teria cancelado o conto. Que bom de errei . Espero que realmente o Sam seja feliz e ficar esperando o Timmy se curar a culpa que sente por não te seguido as expectativas de seu pai isso não conta né. O melhor é seguir seu coração e fazer o que se sentir bem e resto resolve depois .. Beijos não demore por favor..

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hmmmmm então tá, bom saber que estava equivocado em relação à mãe do Timmy; Ahhhhh brincou né?! O carinha que socou meu querido Sam agora é gay?! Nem pensar que ele pode ter algo com ele (bem, talvez depois de revidar o soco haha). Mas sério, ainda não me conformo com a burrada que o Timmy fez. E que vai fazer, pois né a irmã dele vai contar e agora ele vai investir naquela oficial que se derreteu ao ouvir seu nome... Eu não sei que mágica você faz, mas não consigo ter bons pressentimentos ao tentar visualizar um final pra esta história. (também, a história se passa anos antes da lei ser revogada, então não tem como pensar num final feliz sem que alguém acabe triste). Mas nem pense em terminar logo hein, ainda quero muitos capítulos desta maravilhosa história ^^

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