Rafa baixou a cabeça com medo de que alguém tenha visto o que Christopher fez, mais uma mão firme e máscula segurou seu queixo e virou seu rosto de encontro com o do loiro, e se beijaram mais uma vez, terminaram com selinhos e ficaram se olhandoRafa não pôde escapar (por mais que quisesse); ele e Christopher tiveram que entrar na limusine, para irem para a nova casa (a Mansão dos Uckermann).
Blanca e Fernando tinham se despedido dos noivos com animação, assim como as outras pessoas. Somente tia Muriel tinha mandado olhares irônicos para Rafa o tempo inteiro.
-Finalmente.- Christopher murmurou, dentro do luxuoso carro, se aproximando de Rafa e tocando-o no rosto.
O motorista dirigia lá na frente e havia um vidro fumê que separava a parte do motorista da parte de trás do carro.
Rafa e Christopher estavam sozinhos.
-Você agora é meu.- Chris sussurrou, mais para ele mesmo do que para Rafa, passando um dedo pelos traços delicados dele.
Ele se afastou e virou para a janela.
-Rafael...esse nome foi feito para você, não?-Ele comentou.- Você é tão meigo.
Rafa o olhou com raiva.
-Quer dizer, na maioria das vezes.- Ele corrigiu, meio divertido.
Chegaram na Mansão, e quando Rafa desceu do carro ficou surpreso com aquela visão. Parecia uma Mansão medieval, enorme e clássica. Seria belíssima, se não fossem as cores escuras e tristes. Tudo cinza e negro. Não haviam plantas em canto algum, ou pássaros...parecia uma enorme casa mal-assombrada.
Christopher o conduziu para dentro, e imediatamente diversos criados apareceram.
-A partir de agora sua casa e seu lar será aqui.- Ele disse à Rafa.- Você, como meu esposo, será o novo dono desta casa e poderá comandar os criados para o que quiser.
Rafa não respondeu. Chris se virou para os criados.
-Este é Rafael, meu esposo. A partir de agora deverão tratá-lo com respeito, como se tivessem servindo à mim, e farão o que ele mandar. Se houver algum problema, se verão comigo.
-Sim, senhor.
Os criados sorriram para Rafa, dando as boas-vindas, o ruivo lhes sorriu de volta docemente. Christopher o observou por um momento, mas depois se virou friamente para os empregados.
-Sirvam o jantar em meu quarto, e sejam rápidos.- Ordenou.
Os criados se dispensaram imediatamente.
-Porquê os trata assim?-Rafa perguntou meio indignado.
-São somente criados.- Ele respondeu com arrogância e impaciência.- Vamos, vai conhecer nosso quarto agora.
Rafa gelou ao ouvir “nosso quarto”. Christopher o pegou pelo braço e eles subiram a ampla escadaria.
Andando pelo comprido corredor do andar de cima, Rafa viu que as paredes eram escuras, e que haviam estátuas e pinturas macabras espalhadas por todos os cantos.
Ele se arrepiou profundamente .Até a casa daquele homem era assustadora!
-Porquê essa cara?- Christopher perguntou de repente, vendo que Rafa olhava com assombro para os lados.
-Isso, essas estátuas- Ele balbuciou.
-Gosta?- Ele perguntou malicioso.
Rafa não respondeu. Viu a estátua negra de um lobo, que parecia mais um lobisomem, perto de um dos móveis e se assustou.
-Continue andando.- Chris mandou com voz dura, seguindo na frente.
Rafa engoliu em seco e o seguiu. Quando chegaram à frente de uma ampla porta cinza, Chris parou e a abriu.
-Bem vindo ao seu novo quarto.
O ruivo adentro, o quarto era enorme e amplo, com banheiro. Mas ele não se surpreendeu mais ao ver que o quarto tinha a mesma decoração assustadora do resto da casa.
Uma enorme cama de casal estava ao centro do quarto, coberta com um acolchoado vermelho sangue. As janelas estavam fechadas, cobertas por cortinas grossas e cinzas. Havia um sofá e algumas poltronas negras, e os móveis escuros também. A luz era fraca, e Rafa sentiu-se como se estivesse no quarto de um vampiro ou algo parecido. Tudo era tão escuro, sem vida...horripilante.
-Quero dizer, nosso quarto.- Christopher corrigiu, se aproximando mais de Rafa.
Ele se afastou.
-O jantar já está servido?-Ele murmurou, observando um pequena mesa à luz de velas no canto do quarto, com pratos e bebida em cima.
-Sim, meus criados agem rápido a uma ordem minha.- Ele disse, se aproximando da mesa e puxando uma cadeira para o ruivo.- Sente-se. Nossa primeira refeição juntos.
-Não estou com fome.
-Sente-se.- Ele mandou, pausadamente.
Rafa se aproximou e sentou. Satisfeito, Christopher sentou-se na outra cadeira.
-Espero que goste da comida daqui.
Rafa não disse nada, começou a comer silenciosamente. Christopher também comeu sem fazer nenhum comentário. Quando terminaram, ele enxugou os lábios em um guardanapo.
-O que achou?
-É muito gostosa.-O ruivo respondeu.
-Que bom que gostou.- Ele o olhava com um olhar estranho, e Rafa começou a gelar.- Quer algo doce agora?
-Não, estou satisfeito.
-Mas eu não!- Ele respondeu calmamente, levantando-se e a devorando com os olhos famintos. - Acho que já sei o que vou querer comer de sobremesa.
-O quê?-Ele perguntou mortificado.
-Você!- Christopher se aproximou e o puxou pela mão- Afinal, não vou achar nada mais doce para satisfazer meu apetite.
Rafa arregalou os olhos, tentando livrar a mão da dele.
-Me largue!- Ele pediu, tomada pelo temor.
Christopher o ignorou e o puxou para ficar em pé, na frente dele.
-Não pode imaginar o quanto eu sonhei com isso.- Ele murmurou, com a pupila dos olhos se dilatando enquanto observavam Rafa que começou a tremer de medo e nervosismo.
-O que está fazendo? Eu disse que você não iria me tocar, eu não vou deixar!-Ele gritou, quando Christopher o puxou pelos quadris e o a apertou em seu corpo, sentindo as curvas dele
-Não diga bobagens.- Ele cortou com dureza.- Agora nos somos casados. E esta é nossa noite de núpcias .Acha mesmo que agora que finalmente o tenho inteiro só para mim, vou deixá-lo ir?
Chris começou a beijar o pescoço esbelto e macio dele, cheirando e chupando de leve. Rafa se assustou com aquela sensação de tremor e aqueles arrepios que ele sentiu ao sentir a boca e o hálito quente de Christopher em seu pescoço.
-Pare com isso.- Ele se debateu, tentando se afastar. Mas Christopher o segurou mais firme, apertando-o e machucando-o.
-Pare de gritar e se mexer assim.- Ele disse com irritação.- Você é meu Rafael...e vai se entregar para mim esta noite.
-Não quero!!-Ele gemeu, começando a tremer mais forte e a chorar.- Se fizer algo contra minha vontade eu chamarei os empregados!
Christopher, ainda sem perceber o choro dele, gargalhou alto.
-Nenhum deles terá a ousadia de vir aqui. Pode gritar à vontade.
-Você é muito cruel, eu tenho medo de você!-Ele berrou, com o rosto vermelho de tanto chorar.
Christopher parou de rir e se afastou um pouco para observá-lo.
-Mas o que... Você está.
O ruivo se livrou dele raivosamente, ainda soluçando.
-Está chorando?-Chris murmurou, como se nunca na vida tivesse presenciado um homem chorando e como se aquilo fosse algo sobrenatural.
-Não.- Ele disse, enxugando os olhos e tentando conter os soluços. Mas não estava sendo bem sucedido
Christopher ficou em silêncio alguns minutos, e só se ouvia a respiração agitada de Rafa por causa do choro. Ele não o encarava, mas percebia Chris olhando-o.
-Você tem mesmo medo de mim?-Ele perguntou de repente, se aproximando. Ergueu a mão como se quisesse tocar os cabelos dele, mas logo desistiu.
-Tenho. Você me amedronta.- Rafa respondeu com dignidade.
Christopher soltou um urro, como um tigre enjaulado, e saiu do quarto batendo a porta com toda sua força, quase quebrando-a.
Rafa, de olhos arregalados, deixou-se cair em cima de uma cadeira.
Será que ele voltaria, ainda mais furioso, e o obrigaria a fazer o que tinha prometido no dia anterior?
O ruivo ficou ali na cadeira, se acalmando, por um bom tempo. Depois trocou de roupa e se deitou, cobrindo-se com o maior número possível de cobertas. Christopher voltaria, ele pensou com o temor voltando.
Afinal, ele dormia naquele quarto, uma hora ou outra ele teria que voltar. E se deitaria do lado dele, e...
Rafa ficou a noite toda de olhos abertos, com medo da hora que a porta seria aberta e aquele homem entraria no quarto. As horas foram se passando, mas Rafa não baixava a guarda. Tinha medo de adormecer e quando acordar levar um susto com uma presença aterrorizante ali ao lado dele.
Mas isso não aconteceu. Christopher não voltou mais, e Rafa só conseguiu adormecer quando já tinha amanhecido.
Continua....
(Al)- *o* Meu lindo vou te adc no msn
Theusrecifense- kkkkk, desculpe Dulce é uma empregada da família:)
gads1- Eu tb kkkkk
Gente mais tarde eu posto mais um pouquinho... bjs s2