-Alguém por acaso de ligou pra falar alguma coisa sobre mim? -perguntei nervoso
-Não por que? deveria? e além disso seu pai cancelou minha linha telefonica -ela disse
-Obrigado Deus -disse sorrindo quando ela saiu...
-Estou entendido, mal dormir a noite passada, estou com preguiça de pensar em qualquer coisa hoje, e além do mais sou jovem demais pra me preocupar com qualquer coisa que seja, principalmente problemas, as pessoas não estão me olhando com cara de espanto, não parecem acreditar no boato que se espalhou ontem e resolveram esquecer, talvez se elas continuassem me olhando e rindo minha manhã seria mais divertida -disse pra Danic algum tempo depois que cheguei na escola
-Falou com ele? -ela perguntou se referindo ao Anderson
-Não. Ele não me ligou e eu não quis ligar pra ele, se ele não ligou é por que não se importa -disse dando um sorriso forçado
-Me poupe você está agindo feito uma criança -ela disse
-Gosto de ser criança, elas não tem problemas para se preocupar, a não ser a escolha do brinquedo favorito, pelo menos as de antigamente
-Você está ficando tão irritante quanto eu
-Desfarça o Anderson está vindo -disse saltitando para o lado oposto dele -Sophie! Eu e a Danic iremos encontrar uma namorada pra você -falei o que veio em minha mente
-É... não obrigada -ela sorriu
-Mas por que, você não é a única lésbica aqui, certo Danic? Existem mais?
-Não sei, não fico querendo saber da vida das pessoas -ela fez bico
-Não é isso, eu sou, humm, digamos comprometida
-Droga! o que eu farei o restante do dia? -lamentei
-Podemos conversar? -disse Anderson por trás de mim
-Vamos caminhoneira -disse Danic levando Sophie
-Danic, volte aqui... -tentei chama-lá -não quero falar com você -fiz bico
-Por que? vai me ignorar eternamente por que de um erro? Cothoco eu juro a você que jamais te chamaria pelo nome dele intencionalmente, você nunca cometeu um erro? -ela parecia sincero
-Tudo bem, okay não foi intencionalmente, mas você acha que é simples assim? Apenas esquecer? Não é fácil ser confundindo com uma pessoa qualquer, com um ex-namorado então é pior ainda -suspirei
-Então...
-Então...Que você está perdoado, mas se você cometer esse erro novamente eu arranco suas bolas -sorri pegando em seu membro
-Para se não vamos acabar fazendo coisas que não devemos -ele disse sério
-Tudo bem, vamos pra aula -disse puchando seu braço, mas ele pareceu intacto no lugar
-Espera preciso te contar uma coisa -ele puchou meu braço e eu parei, ele parecia nervoso, confuso talvez
-Outra hora, final da aula talvez, vamos nos atrasar, vamos -disse puchando seu braço e conseguindo leva-lo comigo.
As primeiras aulas passaram perfeitamente normais, eu e os alunos da frente prestando máxima atenção nos assuntos e Anderson e os alunos detrás atrapalhando o máximo que conseguiam, quanto mais eu implorava para ele se interessar nos estudos mais ele parecia não se importar com nada, chegou vezes que eu até já cheguei a fazer suas atividades, eu gostava de me importar com ele, era quase impossível não se importar, mas eu tinha noção que um dia "poderia" não mais me importar, nunca se sabe o que se espera pro futuro.
No intervalo eu e o Anderson ficamos o tempo todo com nossas bocas coladas, escondidos na quadra, rolou até um oral, eu me senti uma verdadeira vadia fazendo aquilo, naquele lugar, mas a adrenalina era ótima e os gemidos dele compensava.
-Vamos logo iremos perder a quarta aula e temos atividade importante para entregar -falei
-Acho melhor eu não assistir, não fiz e não quero ouvir reclamação de Tavares sobre ser um bom homem no futuro -ele debochou
-Eu imaginei isso é fiz uma atividade extra pra você -sorri lhe dando um celinho
-Você é ótimo sabia? -ele sorriu, seu celular tocou e antes de atender disse -vai na frente já chego lá
-Tudo bem -falei chateado, ele estaria escondendo algo de mim?
Fui pra sala e entreguei as atividades, minha e minha, ou minha e dele, o professor estranhou ao entregar as atividades, mas soube diferenciar a minha letra na atividade que fiz pra ele, e ele não chegou nem no quarto, muito menos no último, fiquei preocupado, óbvio, procurei ele em todo colégio, e ele havia ido embora, fiquei chateado óbvio, ele foi e nem se importou em me avisar? Se queria se livrar de mim por que não foi direto, fui pra casa com cara de pastel de tão grande que estava, cheguei em casa deixei minhas coisas no quarto tomei banho e depois de muita insistencia da Marta resolvi almoçar, precisava ocupar minha mente com algo, meu pai me ligou, não havíamos nos visto no dia anterior, conversamos sobre o meu dia na escola, que foi normal ao extremo, e também resolvi falar com ele sobre o divórcio, falei com ele que mesmo minha mãe não merecendo ele deveria concordar em lhe ceder algum dinheiro, o que ele me prometeu pensar sobre, resolvi limpar meu quarto, estava um brega total, e a Marta meio que me obrigou a limpar, depois de invariavelmente tentar entrar em contato com o Anderson, acabei dormindo e ao acorda tive uma surpresa nada agradável.
"Cothoco, não sei como explicar isso, tentei fazer isso do modo mais fácil possível, não é você sou eu, mas quero terminar com você"...
Continua....
Infelizmente está acabando :'( mais dois capítulos e chegou ao fim, mas isso não significa meu instinto na casa. Não mesmo.
Bruno C, consegui ler grande parte do conto Two Hearts, One
Love e estou adorando, você deveria continuar escrevendo.
msdchc@hotmail.com