Hey, pessoas lindas!! Bom, demorei para postar esse capítulo, pois as coisas não andam fáceis pra mim. A minha vida deu um giro tão grande que bagunçou tudo. Me desculpem pela demora e fico feliz pelas novas pessoas a lerem o meu conto. Obrigada por me acompanharem nisso.
Ru/Ruanito: seu fofo, adorei sua frase no comentário. Posso pegar emprestada pra mim? rsrsrs
GabriMuller: Obrigada pela força. Olha, eu nem sou tão boa assim. Li o primeiro capítulo do seu conto e adorei. Você tem uma ótima narração e a história é muito boa. Quando puder leio todos os capítulos restantes. Fico feliz que você tenha voltado a escrever. E o que você teve foi o que eu chamo de SBL(síndrome do bloqueio literário). Eu tenho isso algumas vezes. Boa sorte e sucesso pra nós! *---*
A maré sempre volta para levar o castelo de areia.
…Quando você passa 10 anos longe da sua família, não espera que eles te entendam por ter sumido. Também não tinha sumido integralmente. Eu passei esses 10 anos mandando cartas e ajudando com o que eu podia. Eu só não queria voltar e ter que suportar os olhares acusadores. Depois de tudo o que havia acontecido eu estava preste a explodir. A minha família havia estranhado a minha repentina volta. E eu, como um bom filho, não dei muita importância para isso. Mas a única pessoa que ficara no meu pé desde a minha volta, era o meu irmão. O cara era chato demais e já estava me tirando do sério isso. Ele sempre achou, por ser mais velho, poderia mandar em mim. Só que eu ia mandar um soco na cara dele se não parasse de fazer tantas perguntas.
Estávamos todos reunidos à mesa. Minha mãe, meu pai, meu irmão e seu companheiro. E eu estava lá tentando explicar para o imbecil do meu irmão que era eu quem tomava as decisões na minha vida.
- Alisson, por favor, vamos parar com isso. Deixe seu irmão em paz. - William havia pedido ao meu irmão.
- Olha, Will, eu só estou tentando falar pra ele que tem várias opções boas. Afinal, por que você não procura algo grande? Será bem melhor pra você, Edu. - fala Alisson tentando argumentar alguma coisa.
- Alisson, por que você não vai lavar uma louça? - falei arrancando uma risada do William.
O meu irmão olhou para mim e mostrou a língua. William deu um tapa na sua cabeça e eu achei bem merecido. Como é que uma pessoa de 36 anos, renomado na sua área de trabalho e sociável, poderia ter um comportamento de uma criança de 10 anos? Eu não sabia responder isso. Ele era tão instável. Uma hora era o Sr. Todo Poderoso e em outra era tão criança. Não sei como o William suportava isso.
- Meninos, parem com isso! - falou minha mãe pegando sua xícara de café e olhando para nós.
Me senti como se tivesse voltado a minha infância. A minha família sempre tinha sido assim, unida. E nos ver todos descontraídos como nos velhos tempos, me fez enxergar o quanto eu senti falta de tudo isso. O quanto eu senti falta da minha família.
- Então, Eduardo, você começa quando a lecionar na universidade?? - perguntou minha mãe
- Mês que vem! Estou muito feliz. Nem acredito que irei lecionar novamente – falei tentando não soar nervoso.
- Espero que tudo der certo pra você. Saiba que eu apoio em suas escolhas, filho. - disse meu pai olhando em meus olhos.
Eu fiquei um pouco constrangido com as palavras do meu pai. Acho que estava chegando o memento da verdade. Mas eu estava feliz por saber que o clima de tensão tinha acabado. Eu estava me sentindo em casa novamente.
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Depois de um dia dedicado a minha família, eu estava em frente ao espelho escolhendo que blusa usar. Estava um pouco nervoso. Não sabia como tudo ia terminar nessa noite e, bom, se iria mesmo chegar a terminar. Olhei as horas e vi que ainda tinha uma hora antes de sair de casa. Havia ligado para o Henrique e combinado tudo. Eu iria pegá-lo no trabalho ás 7 horas e de lá seguiríamos para o restaurante que ele tinha feito as reservas. Quando eu concordei com esse jantar não estava consciente das consequências e resolvi camuflar tudo como se tudo isso fosse apenas um encontro de negócios. Certo, Eduardo. Continue se enganando. Eu tinha que admitir; o Henrique estava roubando o meu sono a noite. Não conseguia parar de pensar nele.
Passado algum tempo me olhando no espelho, eu decidi vestir uma camisa polo branca mesmo. Queria está confortável e agradável ao mesmo tempo. Dando uma última olhada no visual eu saio de casa para a noite. Meia hora depois eu chego em frente ao departamento de jornalismo onde o Henrique trabalhava e enquanto eu estaciono o vejo. Lá vinha ele na direção do meu carro: aquele cabelo ruivo charmoso totalmente bagunçado, uma aparência cansada e um andado que exalava sensualidade. Eu me perdia olhando pra ele. Foi quando eu percebo que ele já estava sentado ao meu lado.
- Boa noite! - disse fechando a porta do carro.
- Boa noite, Henrique. - falei despertando do seu feitiço – Então, pra onde vamos?
- Sabe aquele restaurante que fica perto de uma praça onde tem algumas estatuas dos Deuses gregos?? - perguntou
- Sei. É lá pra onde vamos? - perguntei
- Sim. - ele respondeu com um pequeno sorriso.
Depois desse leve diálogo, as coisas ficaram silenciosas. Eu gostava de ouvir sua voz. De alguma maneira ela me acalmava naquele momento tenso. Então eu teria que começar alguma coisa.
- Como foi seu trabalho hoje? - perguntei o olhando
- Foi normal. Eu estou trabalhando feito louco na matéria. E, realmente, espero que você me ajude. - disse tocando em meu braço.
Naquele momento passaram várias coisas ao mesmo tempo. Queria parar o carro ali mesmo, jogá-lo no banco de trás e saborear todo o seu corpo nu. Gostaria de me perder nele. Me sentir poderoso só por está dentro dele. Gostaria de tê-lo em meus braços quando chegasse ao limite com os orgasmos que eu lhe proporcionaria...
- Eduardo?! Você tá me ouvindo? Terra chamando Eduardo... - falou tocando em meu braço novamente.
- Ahh, desculpa! Sim, claro que eu irei lhe ajudar. Não é esse o nosso objetivo hoje a noite; falar da sua matéria? - perguntei tentando me concentrar na estrada dessa vez.
- Sim, claro. Isso mesmo. - disse ficando calado novamente.
O restaurante estava com um clima agradável e estava com uma movimentação fraca. Um ótimo lugar para colocar as ideias em ordem e tentar ajudar alguém. Quando havíamos chegado, tínhamos resolvido algumas lacunas da sua matéria e em seguida pedimos o jantar. Estávamos conversando e falando sobre coisas banais, quando, sem querer, eu derramo vinho na minha camisa.
- Droga! - eu digo tentando me limpar sem sucesso.
- Deixa eu te ajudar. - o Henrique se oferece já pegando o pano da minha mão
- Não, tudo bem. Pode deixar, eu limpo isso. - falei me levantando.
- Você vai aonde? - perguntou
- Vou ao banheiro tentar limpar isso. Volto já! - disse seguindo para o banheiro
Chegando ao banheiro eu pudi ver o quão desastrado eu sou. A minha camisa branca já era. Não tinha o que ser feito ali. A minha sorte é que eu estava com a minha jaqueta. Então não teria problema se eu tirasse e jogasse a minha camisa fora. Quando eu estava preste a tirar a camisa eu vejo a porta do banheiro se abrir. E não fico tão surpreso assim quando vejo quem era.
- Você precisa de ajuda? - perguntou o Henrique
- Na verdade, não. A minha camisa já era. Eu vou tirá-la e jogar fora. - eu tirei minha jaqueta e em seguida estava preste a tirar a camisa quando sinto mãos pegando na barra da camisa e a tirando.
Eu sabiamente cooperei para ajudar na retirada da mesma. Eu me virei de frente pra ele e peguei a camisa de sua mão. Nós estávamos tão próximos que eu poderia descobri qual o sabor da sua pasta dental. Ele estava tão cheiroso que, se eu não me afastasse, não saberia do que seria capaz.
- Obrigado. - falei dando um passo pra trás e me virando.
Mas antes que eu pudesse fazer qualquer outro movimento, eu fui empurrado contra a parede e preso por uma muralha de homem.
- Eu não sei se posso continuar com isso. - me disse olhando em meus olhos.
- Continuar com o que? - perguntei totalmente alheio aos seus lábios.
Ele não me respondeu nada. Apenas olhou mais alguns momentos em meus olhos e depois se foi. Sim, ele tinha ido embora. Demorou alguns segundos antes deu acordar e sair atrás dele. Eu não entendia o que tinha acontecido. Antes de sair do restaurante joguei algumas notas de dinheiro na mesa. Sai correndo do restaurante e procurei por ele na rua. Ele estava indo falar com um taxista. Atravessei a rua e o alcancei.
- O que você tá fazendo? - perguntei tentando buscar o seu olhar
- Eu estou indo pra casa. - falou olhando para todos os lados, menos pra mim
- Então deixa que eu levo você embora. - disse pegando em seu braço
- Por favor, Eduardo, não torne as coisas mais complicadas. - disse se afastando de mim
- Complicadas? Mas o que foi que eu fiz? - disse o parando e fazendo olhar pra mim
- Eu não consigo mais lutar contra isso – falou apontando para o seu coração – E eu não quero invadir o seu espaço. Eu quero deixar você por si próprio saber qual é o momento certo para um novo começo.
- Mas, Henrique...
- Você vem ou não vem, moço? Eu preciso trabalhar. - disse o taxista
- Boa noite, Eduardo! - falou entrando dentro do táxi.
Eu fiquei ali olhando ele ir embora e não podendo fazer nada. Como é que tudo tinha acabado assim. Pelos menos isso serviu para eu ter certeza dos seus sentimentos por mim. Agora bastava saber se eu estava realmente pronto. Eu fui para o meu carro e segui o táxi. Não sabia onde ele morava, então essa era a única alternativa. Quando de repente o taxi para e o Henrique desse. Então, era aqui que ele morava. A entrada da casa era linda: tinha um jardim encantador e uma passarela de pedra que ia da entrada até a porta. Esperei o táxi ir embora e ele entrar em casa. Esperei por mais uns 10 minutos pra saber se ele estava mesmo sozinho. Acho que essa era a hora. Só faltava isso pra acabar com todas as dúvidas. Saí do carro e caminhei até a porta. Toquei a campainha e esperei.
Ele abriu a porta e estava com os olhos vermelhos. Eu logo me preocupei. Será que ele estava chorando por minha causa?
- O que você tá fazendo aqui? - perguntou enxugando algumas lágrimas que teimavam em descer.
- Eu só quero ter certeza de uma coisa. - o olhei em seus olhos e enxuguei algumas de suas lágrimas
- Que coisa...
Eu não o deixei terminar. O peguei pela noca e o puxei pra mim. Tomei daquilo que eu tanto desejava. Eu o beijei com todo o carinho que eu tinha por ele. Os seus lábios eram macios e eu me perdi ali. Trouxe o para mais perto de mim e minha língua fez sabiamente seu trabalho; invadiu sua boca. Ele permitiu que eu continuasse e começou a retribuir o beijo também. Estávamos nos beijando com calma e com toda inocência quando as coisas perderam o fio da meada. Ele me levou pra dentro inda nos beijando e me imprensou na parede. Já estava beijando o meu pescoço e tentando tirar a minha jaqueta. Eu fiquei tenso com esse último movimento e o afastei.
- Calma, Henrique... - eu estava sem folego depois desse beijo
Ele ficou olhando pra mim e eu já tinha a resposta. Só que esse não era o momento para o segundo passo. Eu tinha que respirar. Eu me ajeitei e me encaminhei para a porta. Ele não disse nada, ficou só olhando pra mim sem expressão alguma. Mas antes deu sair da sua casa, ele disse:
- Eduardo, eu serei sua primeira opção? - perguntou me fazendo parar
- Você é o único que eu quero, Henrique! Não tem outro. Apenas você. - falei olhando em seus olhos e em seguida saí para tentar resolver a bagunça que estava meu coraçãoEntão, fofos, é isso! Me desculpem mais uma vez pela demora e espero que não tenham desistido de me acompanharem. Uma dica para o próximo capítulo: vai ser muito quente. rsrssrs Por que, né?! Beijos iluminados! *----*
*Música para esse capítulo: Sad - Marron5