Aqui fica a parte 5 & 6 - Espero que gostem!!Filipe - Tem de escolher entre mim e ele!
Eu - Como assim? Nós somos amigos e isso é algo que nunca nada nem ninguém irá alterar. Eu adoro você, e não é justo me pedir isso.
Filipe - Um de nós dois. Ou ele ou eu!
Eu - Eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo, pensei que você iria ficar feliz por mim, por saber que eu estou feliz. E é isso que você me faz.
Filipe - Eu estou tentando alertar você, eu não te quero ver você arruinando sua vida... - ele estava vermelho, irritado, eu nunca o tinha visto assim!
Eu - Pois, lamento mas eu estou tentando ser feliz, e se você é meu amigo ficará do meu lado, me apoiando.
Filipe - Me peça tudo menos pra fazer parte dessa besteira.
Eu - Eu vou lutar pra ser feliz. - Saí logo da beira deles. Estava triste, ele era meu amigo - aquele a quem eu confidenciava tudo e... Agora me faz isto?
Passei o dia com o "meu grupo", obviamente que eu e Filipe nem sequer falávamos um com o outro e eu estava super triste, afinal, quando parecia que tudo ia dar certo, Filipe tinha de ter aquela reação idiota.
Na hora de almoço, quando estávamos a sair da cantina, Diego vem ter connosco.
Diego - E aí. Dá pra falar contigo Carlos?
Eu - Sim dá, malta encontramo-nos na aula. Até já. - Fomos andando até uma zona mais calma...
Diego - Como é que você está? - ele perguntou depois de nos sentarmos encostados a uma árvore.
Eu - Poderia estar melhor se o Filipe não quisesse que eu decidisse entre ele e você.
Diego - Como assim decidir entre eu e ele?
Eu - Ele diz que o que eu estou fazendo é uma besteira e que ele não vai fazer parte disso. Daí que eu tenho de escolher entre ele e você.
Diego - E então?
Eu - Se ele for meu amigo vai aceitar minha decisão.
Diego - Eu queria sair com você hoje.
Eu - Diego eu hoje não estou com muita cabeça.
Diego - Vem até minha casa, ficamos no meu quarto, conversamos e depois jantamos, como você preferir, mas fica comigo por favor!
Eu - Ok, eu também quero estar com você.
Diego - Vai ver que vai gostar!
O resto do dia passou normalmente e à saída despedi-me dos meus amigos e fui ter com Diego que já me aguardava no carro dele. Fomos para sua casa em silêncio, ele percebeu que eu estava triste e não sabia muito bem o que dizer e fazer. Subimos para o quarto dele até que eu quebrei o silêncio.
Eu - Me desculpa.
Diego - Desculpa de quê?
Eu - Porque em vez de estar aproveitando o tempo consigo estou pensando no que não devo.
Diego - Não tem problema. Eu te compreendo. Quer ver um filme, comer, falar... Você decide.
Eu - Sei lá. Ver um filme?
Diego - Então vou por uma comédia romântica, pode ser?
Eu - Claro que pode, eu vou à casa de banho... - Quando regressei ele estava deitado na cama, de boxers vermelhos e com aquele corpinho lindo à mostra, eu fiquei apenas olhando enquanto ele mexia no comando da TV até que ele se apercebe.
Diego - Você não se importa que eu esteja assim pois não?
Eu - Claro que não. - Eu fiquei meio sem saber onde ficar, se me deitava ou sentava na cadeira da secretária dele...
Diego - Deita aqui comigo Carlinhos. - Eu me deitei numa ponta da cama - Vem pra junto de mim. - Eu fui pra beira dele e encostei minha cabeça no seu peito e ficamos os dois vendo um filme que eu não recordo o nome. Eu não dei muita atenção, apenas pensava se isto iria dar certo, eu estava a começar a apaixonar-me por ele, pela maneira dele estar comigo e, se eu fosse mais uma curte dele? E se eu não passasse disso, de mais um? O filme acabou e descemos até à cozinha (os pais dele só costumam chegar ao início da noite).
Diego - O que você quer comer? Quer que eu encomende pizza, ainda é cedo mas eu estou com uma fome...
Eu - Pode ser. - Ele se senta à minha frente.
Diego - O que é que se passa? Desde que viemos pra cá que você está estranho...
Eu - Isto nunca vai resultar, nós nunca... Nós nunca vamos passar disto. Eu nunca vou passar de mais um que você quer comer, com quem vai dar umas curvas até encontrar outro. Você é bonito, inteligente, tem quem quiser. É isto que se passa. - Ele se levantou e saiu da cozinha, e eu fiquei lá a chorar alguns minutos. Decidi ir me embora, fui até ao quarto dele pegar as minhas coisas e quando lá cheguei ele estava sentado na cama, de costas para a porta. Limitei-me a pegar nas minhas coisas e quando ia a sair do quarto ele fala.
Diego - Espera.
Eu - Diego não há mais n - eu viro me em sua direção e vejo o seu rosto vermelho e húmido - Você esteve chorando?
Diego - Você não entende que eu te amo e que não te quero perder?
Eu - Não me diga isso porque não é a verdade. - eu continuava chorando - Você não sabe o quanto dói estar perto de você, gostando de você e ainda ficar ouvindo você dizer essas coisas...
Diego - Mas eu estou falando a verdade! - ele veio para junto de mim.
Eu - E o que faria você, um dos rapazes mais concorrido se interessar em mim? Eu não sou bonito, nem interessante nem... nada.
Diego - Primeiro você é o garoto mais lindo e eu gosto de você pela maneira como você é, por favor, está nas suas mãos eu ser feliz, você ser feliz. Por favor vamos tentar. - Dito isto ele envolve os seus braços na minha cintura e beija-me com amor mas com pegada, firme e carinhosa ao mesmo tempo.
Diego - Eu te amo.
Acabou por me convencer a ficar mais um pouco em sua casa, acabamos por pedir uma pizza uma vez que os pais dele ainda não tinham chegado e ele levou-me a casa. Despedimo-nos com um selinho e dormi nas nuvens.
Na manhã seguinte acordei feliz e de bem com a vida. Fui a pé para a escola e quando lá chego Filipe estava no portão.
Eu - Oi, tudo bom? - ele não me respondeu - Você vai ficar me ignorando? - ele permaneceu calado. - Você não sabe o quanto me magoa, era meu melhor amigo e deu nisso...
Filipe - Desculpa. - ele disse me olhando nos olhos, mas ainda chateado, aborrecido...
Eu - Não quero que você me peça desculpas, quero que você volte a ser o meu amigo e a estar do meu lado!
Filipe - Você tem razão, mas me custa muito ver você se metendo com aquele cara. Eu não gosto dele, tu sabe.
Eu - Eu não estou pedindo que você se dê com ele, estou pedindo apenas que o respeite da mesma forma que ele também te vai respeitar. Por mim. - Ele me abraçou e aquele abraço foi tão bom. Tinha meu amigo de volta.
O dia passou normalmente, bem como o mês seguinte, eu e Diego ficávamos saindo, nos beijando mas sem nada "oficial". Ele e Filipe iam se suportando por mim e o aniversário de Ana estava chegando. Eu estava organizando uma festa surpresa pra ela na casa do Diego (uma vez que era enorme e os pais dele não estariam no fim de semana em que calhava a data). Eu andava super atarefado entre tratar de DJs, catering, convidar as pessoas e acima de tudo pretexto pra levá-la até à casa do Dih. Eu queria que a festa fosse um sucesso, ela merecia e eu sempre gostei de organizar essas coisas.
Numa tarde em que estava na casa dele, algo que vinha sendo hábito, no meio de uma conversa sobre relações eu fiz a pergunta que me inquietava à muito.
Eu - Dih, eu preciso te perguntar algo. - eu disse olhando para o chão.
Dih - Diz Carlinhos... - ele amarrou meu queixo e ergueu minha cabeça.
Eu - O que é isto que nós estamos tendo, qual é a nossa relação?
Dih - Sei lá, uma espécie de "amigos com benefícios"...
Eu - Você sabe que eu gosto de coisas sérias. Por isso ou nós oficializamos nossa relação ou eu estou fora.
Dih - O que você quer dizer com isso?
Eu - Eu quero ser seu namorado, não seu amigo colorido ou com benefícios. E agora?
Dih - Mas com que necessidade nós vamos oficializar algo, nós estamos bem assim.
Eu - Então eu quero te chamar de namorado, quero saber que você tem esse laço comigo, que você quer algo sério comigo. - Ele se levanta.
Dih - Isso é muito boiola Carlinhos, porque a gente não deixa rolar e... e dep... - eu o interrompi, ele odiava que eu fizesse isso.
Eu - Não, não vou deixar rolar. Se você gosta de mim tem de entender que isso pra mim é importante! Isto de beijar aqui e ali, uns sorrisinhos e umas mensagens pra mim não chega. Eu me quero sentir amado, quero ter um elo com alguém que realmente goste de mim.
Dih - Tudo bem, nós oficializamos nossa relação. - ele disse muito sério. Eu logo me abracei a ele.
Eu - Obrigado, eu sabia que você também iria perceber que é o melhor. - Eu estava tão feliz, já me imaginava sendo namorado - oficialmente. Mas ele me afastou.
Dih - Mas eu também tenho algo pra pedir pra você!
Eu - Claro Dih, o que tu quiser.
Dih - Sexo. - Ele disse muito sério. O meu mundo caiu... Pra namorarmos tinha de haver sexo?
Eu - O que você quer dizer com isso? Eu não estou preparado ainda pra esse passo, isso é muito importante e tem de ser especial Diego.
Dih - Então pode esquecer nosso namoro.
Eu - Você tem noção do que está dizendo? - eu ainda queria acreditar que tudo não passava de uma brincadeira.
Dih - Tenho perfeita noção! Isso de beijinhos como você diz é muito bonito mas não chega. Eu quero mais! Eu quero sexo, eu sou homem e isso pra mim é importante. Eu não vou ficar na punheta a vida toda!
Eu - Diego... - Minha voz falhou, lágrimas dançavam nos meus olhos mas eu esforçava-me para que elas não caíssem - Sério que você me tá cobrando isso? Eu te amo, e mesmo achando você lindo e gato, eu amo é o seu interior, sua forma de ser, seu sorriso, seu jeito.
Dih - Então se gosta de tudo isso em mim, onde está o problema?
Eu - Sabe, eu não vou perder mais meu tempo aqui. O Filipe bem que tinha razão - você não presta mesmo!
Dih - Isso, se fosse seu amiguinho ou outro cara te querendo comer era de boa, você dava na hora feito louco como um putinho.
Eu - Como você é capaz de dizer isso? Assim você me ofende! - Nesta altura eu já chorava sem parar, era inevitável perante tudo que ouvia.
Dih - Pois, você é cheio de frescuras para o meu gosto.
Eu - Realmente eu me enganei, tu não presta... - E saí a correr do quarto dele.
Fui indo para casa a pé (coloquei os óculos de sol para tentar disfarçar o choro que não conseguia controlar), como sempre para relaxar fui tomar um bom banho e fui me deitar embora ainda fossem sensivelmente 18h. Meus pais não estavam em casa - óptimo - assim posso pensar e descansar em paz.
Acordo mais tarde com meu celular tocando - era Filipe...
Eu - Então amiguinho, tudo bem?
Filipe - Sim mas, você parece estranho...
Eu - Nada não, que você precisa?
Filipe - Que se passa? Eu te conheço Carlinhos, me fala...
Eu - Diego. O problema é o Diego. - e comecei a chorar outra vez.
Filipe - Não sei o que se passou com vocês mas eu vou já pra tua casa lindinho, me aguardaminutos depois a campainha soa, e aí estava Filipe com uma cara super preocupada.
Filipe - Me conta que se passou com vocês - ele disse sentando no sofá da sala e apontando para suas pernas, dizendo pra colocar minha cabeça nas suas pernas. E assim fiz. Revelei tudo pra ele, nós não tínhamos segredos. Eu sempre me sentia protegido do seu lado, e adorava quando ele me fazia cafuné - adoro ser mimado rsrsrs.
Filipe - Eu nem acredito que aquela besta te fez isso, amanhã eu vou matar ele. Vou lhe dar uma surra que ele vai ver!
Eu - Não faz isso! Apenas esteja do meu lado e nunca me abandone! Por favor cara...
Filipe - Tudo bem. Eu nem toco nele, mas se eu vejo ele te tocando com um dedo que seja, eu rebento ele!
Eu - Combinado meu segurança ahah. Que tem aquela mochila que tu trouxe com você?
Filipe - Boxers, t-shirt, um casaco, um par de calças, meias, uns trocos, uma escova de dentes e um perfume.
Eu - Você vai passar a noite onde? Na casa de algum de seus pretendentes??
Filipe - Sim, ele é lindo, carismático, fofo, está tendo um dia mau, mas ele ama meu cafuné e meu sorriso... Pra além disso eu sou gato e uma boa vista sempre ajuda...
Eu - Quem é o sortudo??
Filipe - Você seu tonto! - Eu logo lhe dei um abraço forte...
Ele passou lá a noite, dormiu no meu quarto mas numa cama separada. Na manhã seguinte quando estávamos saindo de minha casa pra escola eu vejo um carro escuro em frente do portão de minha casa. Não era o carro de meus pais, nem de Filipe... Era Diego. Assim que ele nos viu, ligou o carro e acelerou fundoMalta, eu sei, esta parte é mais chata mas faz parte... Espero que estejam gostando, notas/comentários/sugestões são mega aceites!
Abraço pra todos!!