Divagava em meus pensamentos até que um estrondo muito forte me trás de volta a realidade. Quando vi que um bandido havia invadido o restaurante e assaltava os clientes fazendo alguns de reféns. Gustavo ainda estava no banheiro, por instinto agarrei Vitor e fomos para debaixo da mesa. Usava me corpo para protege-ló não podia deixar que nada acontecesse ao filho do homem que eu mais amava, mas, me sentia apavorado porque Gustavo não estava ali para me proteger.
- Leandro o que está acontecendo? – perguntou Vitor.
- Nada, querido, vamos ficar quietinhos aqui que daqui a pouco seu pai vai chegar.
Queria mesmo que ele voltasse o mais rápido possível me sentia completamente perdido sozinho. Nesse momento sou puxado com força e o assaltante aponta a arma para mim.
- Fica bem quietinho se você não quiser levar uma bala no meio da cara – disse ele.
- Pelo amor de Deus eu entrego o que você quiser, mas, não faz nada com a gente – disse desesperado.
Ao sair do banheiro Gustavo ve uma cena que o deixa completamente desnorteado, um bandido apontando um révolver para Leandro. Por um momento ele pensou em reagir, mas, percebeu que isso poderia colocar a vida do seu amor em risco. Escondeu-se atrás de um balcão que dava para a cozinha do restaurante e via com um coração apertado o bandido ameaçar Leandro.
- Anda me dá tudo que você tem aí – disse o bandido para Leandro.
- Aqui – disse ele entregando tudo para o assaltante.
Leandro pensava em Vitor que estava chorando completamente apavorado com o assalto. Ao ver o pai escondido atrás do balcão ele sai correndo em sua direção.
- Não Vitor – disse Leandro enquanto o bandido tomado por um acesso de fúria apontava a arma para atirar no menino.
Por extinto Leandro sai correndo e protege-o com seu corpo. O assaltante atira acertando as costas de Leandro que cai sobre Vitor protegendo-o de um novo tiro. Os outros clientes assistiram aquela cena assustadora completamente sem reação. Ao ver aquilo Gustavo tomado por impulso vai para cima do bandido tentando desarmá-lo. Outros dois homens juntam-se e a ele e após debaterem-se e de algumas balas perdidas Gustavo consegue desarmá-lo jogando no chão. Seu ódio por aquele homem era tremendo.
- Seu desgraçado, aquela criança que você ia atirar é meu filho e aquele em que você atirou é o homem da vida – disse ele dando chutes no rosto dele. Seu ódio era latente e tomado por impulso ele aponta a arma para o rosto do bandido.
- Você agora vai me pagar seu filho da puta!
- Não me mata, misericórdia.
- Misericória seu desgraçado? Você teve misericórdia quando atirou no meu namorado? Mas, não vou te matar, a morte não é castigo suficiente para você seu filho da puta – disse ele atirando nos orgãos genitais do bandido.
- Agora sim você está sentindo a dor que estou sentido, desgraçado – disse ele largando a arma no chão é correndo em direção a Leandro.
Nesse momento a polícia chega ao restaurante e rende o bandido que urrava de dor devido ao tiro.
- Meu amor, meu amor fala comigo – disse ele aos prantos, enquanto tirava Vitor debaixo Leandro, mas ele não respondia.
- Por favor, alguém chama uma ambulância – disse Gustavo chorando copiosamente.
- Já chamaram – disse uma senhora.
- Por favor, meu menino não me abandona, não me deixa sozinho eu não sei viver sem você meu amor.
- Se o senhor quiser posso cuidar do seu filho para acompanhá-lo no hospital.
- Quero sim, sou divorciado e a mãe dele mora em Brasília, vou ligar para ela para que ela venha buscá-lo – disse ele.
- O que aconteceu? – perguntou um dos paramédicos.
- Ele tomou um tiro – respondeu Gustavo.
- Precisamos levá-lo imediatamente para o hospital, o senhor é o pai dele?
- Não, sou o namorado.
- Preciso que o senhor avise a família.
- Aviso – respondeu Gustavo enquanto os paramédicos colocavam Leandro na maca.
- Posso ir? – perguntou ele.
- Pode.
Gustavo entrou na ambulância com o coração destroçado por ver o amor de sua vida naquele estado. Pedia a Deus para que nada acontecesse com seu grande amor. Continua...
Espero que gostem e que comentem. Abraços.