*CONTINUAÇÃO
- Ta vendo Taio, eu falei que não iria dar certo mais sua teimosia é maior.
- Nem é pra tanto Yure só fez sangra, você limpa e ta tudo bem de novo.
- Eu limpar? Porque eu?
- Não foi culpa sua?
- ta, agora a culpa é minha? Onde é que fica os medicamentos aqui?
- Lá na cozinha na parte de baixo do armário.
Vou até a cozinha e pego algumas gaze e soro, volto para o quarto e começo a limpar, fiquei com nojo mais ao mesmo tempo estava gostando de ver a cara de dor dele.
Continuo até terminar de limpar todo o ferimento.
Meu celular toca, era ligação que mudaria minha vida de uma vez por todas.
- Oi mãe fala.
- Filho não sei como te dizer isso, mais você precisa voltar.
- Porque mãe?
- Sua tia está muito doente, e todos nos estamos ajudando pra pagar os remédios e tratamentos e eu não terei mais como pagar a faculdade esse ano.
- Mas mãe não dá mesmo pra eu ficar aqui?
- Não filho, desculpa, ajeite tudo por ai que amanhã eu vou te buscar na casa da sua tia.
-Pode deixar que eu vou de ônibus mesmo mãe, não precisa se preocupar.
- Tá filho, tchau, me liga quando estiver vindo.
- Tudo bem mãe, beijo.
Tentei ser firme o Maximo que pude, só que as lagrimas foram mais fortes e teimaram em rolar, chorava por dois motivos, pela doença da minha tia e porque teria que ir embora e largar os amigos que fiz, e principalmente o Taio que nesses últimos dias tem sido mais que um amigo, tem sido um irmão, parceiro, namorado, tudo de bom que possa imaginar.
Sento na cama e apoio minha cabeça com as mãos.
- O que foi Yure?
- Eu tenho que ir embora Taio?
-Porque? Quem era no telefone?
- Minha mãe, ela disse que uma tia minha esta doente e por isso não vai dar pra pagar a faculdade, ai terei que voltar.
- Mais quando Yure?
- Amanhã.
- Yure você não pode ir, você vai me deixar aqui?
- Eu não queria Taio, mais não tem outra escolha.
Choro, muito, na minha cabeça se passa um turbilhão de coisas, deito no colo de Taio que alisa meu cabelo, estava sem chão, não sabia o que fazer, o que me bastava era chorar.
Adormeço.
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Acordo já era noite, levanto tomo um banho e vou para o quarto arrumar minhas coisas, cada peça que eu colocava na mala era como uma facada no meu peito, Taio entra no quarto e senta na cama. “Você vai mesmo?” pergunta. “Eu não tenho escolha Taio, eu não queria ir, mais é o único jeito.”
Termino de arrumar a mala e vou pra cozinha como alguma coisa e volto para o quarto. Taio estava deitando na cama olhando pro teto.
Deito ao seu lado, ele segura minha mão.
- eu queria você pra mim, pra sempre. Ele diz.
- e eu pensava que você ia ser meu.
- .. Por onde quer que vá vou te levar pra sempre.. ♪ ele cantou.
Chorei. Ele me abraça e me beija.
- Vamos fazer como se fosse da primeira vez?
apenas esbocei um sorriso que ele entendeu como um sim.
Nos beijamos.
*CONTINUA
