A ambulância chegou ao hospital trazendo Leandro em estado de coma e levando-o imediatamente para a sala cirurgia. Gustavo estava com o coração destroçado sentindo-se culpado por não ter conseguido protege-lo do ladrão. O tempo não passava, os minutos pareciam horas, uma eternidade.
- Boa noite, o senhor é parente do paciente Leandro Montesanti de Almeida – perguntou o médico enquanto examinava a ficha,
- Sim, sou – respondeu Gustavo.
- Sou o Dr. Maurício Cunha, fiz a cirurgia no seu filho.
- Mas, ele não é meu filho.
- Não?
- Ele é meu namorado – disse Gustavo deixando o médico vermelho de vergonha pela gafe que tinha cometido.
- Como ele está doutor?
- Olha Sr. Gustavo, vou ser bem sincero, a bala que acertou ele entrou pelas costas e se alojou em uma área muito delicada bem próxima ao coração. Nós conseguimos retira-la, mas.
- Mas, o que doutor?
- Ele está em coma.
- Em coma? E quanto tempo ele pode ficar assim? – perguntou Gustavo com os olhos marejados.
- Nós não sabemos ele pode acordar hoje, amanhã, daqui a um ano, daqui a dez anos ou nunca mais acordar isso depende de como o corpo irá responder.
- Eu posso ve-lo?
- Agora não, pois, ainda estçao levando-o para a UTI, mas, no horário de visitas o senhor poderá ve-lo.
Aquelas palavras do médico de que seu amor poderia nunca mais acordar deixavam-o completamente desnorteado. Um misto de sentimentos toda conta de seu ser medo de perder seu grande amor, culpa por não ter protegido-o do ladrão, por ter falhado na promessa que havia feito ao seu grande amor, de sempre em qualquer circunstancia protege-lo de tudo.
- Gustavo! – disse Fátima que chegava ao hospital acompanhada de Álvaro e Ricardo.
- Como meu filho está? – perguntou ela.
- Nada bem – respondeu ele aos prantos.
- Como assim, nada bem? – perguntou ela.
- O médico disse que a bala alojou em uma área bem próxima ao coração que é bastante delicada, eles conseguiram remover a bala, mas, ele está em coma.
- Meu filho está em coma? – perguntou ela enquanto abraçava Gustavo e lágrimas escorriam pelos seus olhos.
- Quero ver meu filho.
- Ele está sendo levado para a UTI, no horário de visitação vamos poder vê-lo. Fátima. Quero que você saiba que vou estar aqui para o que você ou o Leandro precisarem.
- Você ama mesmo meu filho – disse ela.
- Mas, do que minha própria vida você não sabe como ele mudou minha vida completamente, me tornou uma pessoa muito melhor, não consigo ver minha vida sem ele.
Gustavo ainda sentia certo desconforto quando estava perto de Álvaro, mas, a única coisa que importava naquele momento era seu amor. Ele queria que Leandro se recuperasse o mais depressa possível.
- Gustavo você pode ir comigo até a capela? – perguntou ela.
- Posso – respondeu ele.
- Então vamos?
- Vamos – disse ele.
Gustavo não era muito religioso, mas, nas horas de desespero todos pdedem ajuda a Deus. Assim ele e Fátima foram para a capela para pedir a Deus que Leandro se recuperasse.
Continua...
Espero que gostem e que comentem. Abraços.