Animais sempre me alegram e eu fico todo besta com eles, não tinha um desde meus 15 anos quando meu cachorro morreu. Encantei-me com o Lori logo de cara e ele comigo, todos gostam de mim rsrs. Não demorou muito escuto chamarem o Léo, era o irmão dele, Lucas. Não tenho uma boa relação com ele, vocês saberão porquê. Léo olhou pra mim como quem dizia “Não era para ele estar aqui.”
- Léo, a mamãe disse que eu podia pegar o carro? – perguntou o Lucas sabe deus de onde.
- Não sei. Liga pra ela. – Léo respondeu saindo do quarto.
- Tu vais ficar em casa?
Ele entrou no quarto.
- Oi. – disse eu.
- Oi.
Ele foi embora pra cozinha onde se encontrou com o Léo e começaram a falar e eu logo fui ao encontro deles, vai que eles estivessem falando de mim.
- Matheus esse é meu irmão Lucas.
Cumprimentos realizados o irmão dele resolveu fazer chá, eles têm essa mania, e começaram a conversar.
- Vai ter a festa do branco daqui há duas semanas no Café, bora?
- Não sei.
Léo respondeu todo cabisbaixo, suas orelhas já estavam vermelhas e me segurando para não rir. Besta, nada a ver, se ele quisesse ir que fosse. (Não se enganem, eu só pensei assim nas primeiras semanas).
- Aff, Léo. Bora logo.
Pi pi pi, aquele “aff” me deixou com a pulga atrás de orelha. Lucas é um típico playboy, filhinho de papai, se arrasta na faculdade até hoje, só vive em festas. Bem estereotipado mesmo, forte, só anda de camisa polo, até engana uns mas eu, não. Sei que errado julgar as pessoa logo assim de cara mas meu sensor não costuma falhar, e cá entre nós, sabemos quem é ou não. Mas eu apostava todas as cartas de que o Lucas era gay, bi no mínimo. Não comentei com o Léo, claro, vai que ele não sabia.
Por um tempo parecia que eu era invisível, os dois conversavam muito e o Lori nem tava ali para me distrair até que o Léo me acorda de meus pensamentos.
- Oww, quer suco?
- Não não, obrigado. Aceito refri.
- Hahaha Não tem refrigerante aqui em casa.
- Hã?
- Meus pais não deixam. – disse o Lucas (intrometido)
- É, eles não tomam.
- Hum, então eu aceito o suco.
- Quer chá? – perguntou Lucas.
- Não. Obrigado.
Léo trouxe meu suco e passou a minha na minha coxa, doido. O pior é que ele ria, e eu fiquei sem graça, vai que o irmão dele visse. No fim das contas, acabei almoçando com eles, pude conhecer mais o Lucas e ele me interrogava, tava na cara que ele desconfiava de nós. Depois do almoço o irmão dele saiu e ficamos namorando na sala mesmo. Pode parecer muito juvenil isso, mas tipo, eu nunca havia passado por isso, era uma experiência totalmente nova pra mim. Esse dia tava um inferno, umas 15 h eu pedi para sair, tomar sorvete. E onde ele mora vende de tudo super perto, os melhores sorvetes. Ele me deixou em casa relativamente cedo, eu tinha que fazer uns ajustes em uns relatórios e precisava dormir um pouquinho mais.
Na segunda-feira eu não falei com o Léo, nossa isso muito me doeu. Foi a primeira vez que eu senti falta de falar com alguém. Eu já tava acostumado a receber o Boa Noite diário dele, já na terça ele disse que tava muito ocupado no estágio, na quarta só me deu um Bom Dia e no resto da semana foi bem monossilábico. Eu não tava chateado com ele até porque ele tinha suas obrigações mas tava com medo de isso mexer com o nosso relacionamento e todo aquele misto de sentimento que eu sentia por ele, pela falta que as conversas com ele me faziam, tomei uma decisão.
Já era bem tarde na sexta-feira quando ele me ligou:
- Oi.
- Oi. – disse secamente.
- Cê tá bem?
- Tô.
- Hum. Já vai dormir?
- Acho que sim, tem nada pra fazer.
- Quer sair amanhã?
- Melhor não, tava pensando em outra coisa.
- O quê?
- Léo, a gente precisa conversar. (Boom, palavrinhas diabólicas)
- Sabia que você estava estranho. Fala.
- Não, por telefone não. Passa aqui amanhã a noite e eu te falo.
- Caramba, Matheus. Fala logo.
- Amanhã. Tá? Boa noite.
Mal a lua apareceu e ele já tava me ligando dizendo que estava na esquina de casa rsrsrs. Entrei no carro de mochila e ele logo perguntou o porque dela.
- Meu amigo me chamou para dormir na casa dele. A gente vai num sítio amanhã.
- E você não podia ter me dito isso por telefone?
- Não era isso que eu queria te dizer.
A cara dele parecia que ia explodi mas conforme eu ia falando, ele ficou nervoso e preocupado. Coitado.
- Léo, eu pensei essa semana e vi que a gente não pode continuar assim. Acho que é o certo a se fazer. Nossa relação não vai pra frente se continuar assim. Preciso te dizer que...
Pensei que ele fosse ter um piripaque ou me bater naquela hora, aconteceu tudo muito rápido. Ele tirou a mão do volante e levou até a boca e suspirava e eu já não aguentando mais, soltei.
- Eu te amo. E quero assumir nossa relação pra nossa família, não quero que fique aqui na esquina para me pegar, quero que pare na porta de casa, que entre e escute minha mãe falando para você cuidar de mim, do meu pai falando quão sortudo você por estar comigo (ele riu nessa hora). Quero ir a tua casa da próxima vez e ser apresentado como teu namorado. EU te amo, MOÇO (ironizando, ele sempre me chama assim). E aí, aceita?
Ele já tava quase desidratado de tanto que chorava, juro que não imaginava toda essa reação dele. Nos abraçamos por um bom tempo. Ele disse que eu era doido, que ele esperava que eu ia terminar com ele e tudo mais, achei fofo ele enxugando as lágrimas com um sorriso no rosto.
- Tenho uma coisa pra ti. – disse pegando minha mochila. – Pra ti.
Era um prédio em miniatura feito apenas de palitos de fósforos usados. Foi um trabalho que fiz no primeiro ano de curso.
- Foi um trabalho de faculdade mas quero que fique com ele até eu fazer um especialmente pra ti.
- Caramba, obrigado.
- Agora... Se não for pedir muito: eu tô afim de sair.
- Claro. Nem se você não quisesse, eu ia te sequestrar.
Não vou mentir, foi meio chato porque ele não disse o “Eu também te amo”, nem um “Eu também”, fiquei meio pra baixo rsrsrsrs Mas, nossa noite tava só começando.
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“Tava demorando ele falar do meu irmão. Reformulando: ‘NÓS não temos uma boa relação com meu irmão’. E que fique bem claro, o que tem de mais eu falar assim com meu cachorro?? Ele é meu bebê.
Matheus se encantou com o Lori, mas ele é interesseiro, assim que ele recebeu o carinho dele foi embora. Nós almoçamos e ficamos nos curtindo aquela tarde, mas ele teve que ir embora cedo. Caraca, aquela semana foi do inferno ao céu, literalmente. Conversamos bem pouco por msg e na sexta eu liguei pra ele, e ele tava todo estranho, seco comigo. Disse que a gente precisava começar. Caramba, fiquei apreensivo. Já esperava que ele ia terminar, e quando me encontrei com ele, tava de mochila e disse que ia a casa de um amigo. Parecia que tinha um filme rodando na minha cabeça, uma vozinha dizendo que eu não deveria ter me entregue daquele jeito. Mas quando ele disse que me amava senti todo aquele carinho que eu demonstrava por ele sendo ali, retribuído por ele. Mas não minto dizendo que não queria socar a cara dele por ter feito aquilo, maldito. Mas foi muito legal da parte dele chegar comigo e dizer tudo aquilo, tá que ele foi um pouco exagerado, a gente não sair dali gritando para o mundo que nós estávamos namorando, mas depois conversamos e decidimos falar com nossos pais com calma. E saímos aquele dia, porque a noite é uma criança.”
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: obrigado;
AndersonM : obrigado ^^ ;
mille*** : Se depender dele, ele não some mais não haha;
$Léo$;) : não. Rsrsrs Obrigado, mesmo;
Ru/Ruanito : esse presente foi só o primeiro. Tenho um namorado tarado haha. Lori é um amor;
David Sally : e não é rapaz? Queria meu corpo nu logo na primeira semana. Rsrs Abraço;
tavinhoo : muitíssimo obrigado, fofo;
chicao02 : Extrovertido é eufemismo. Ele é doido mesmo, pode falar. Pensa que o Lori é uma criança.;
Matheus.92(Léo) : Oi, você é novo aqui APOSKPAOSKAPOAPSAPSKOPAKS. Te amo, amor!!!!
