Capitulo 2: Vingança
Já consegui concluir a primeira parte do meu plano. Consegui uma bolsa de estudos nesse colégio idiota.
Eu me lembro até hoje, quando meu pai suicidou-se por conta daquele crápula do Francisco Torres.
Meu pai era uma pessoa boa, não merecia o que fizeram com ele. Ele sempre foi aplicado no que fazia e se o mundo conhece Francisco Torres, ele deve isso ao meu pai que se dedicou anos e anos em sua carreira e no final recebeu uma bela de uma demissão.
Agora eu estou aqui e vingarei meu pai, não importa o que isso me custe, mas é isso que eu farei.
Ouvi dizer que o filho dele estuda nesse colégio. Começarei por ele a minha vingança, vamos ver como ele reagira perdendo o filhinho dele. Vamos ver como ele reagira quando a família arruinada da vez for a dele.
Agora, só é eu descobrir onde esse rato se esconde nesse colégio...
Olá, me chamo Roberta e você? – falou uma garota que estendia a mão pra mim.
Oi, Vitor – falei cumprimentando ela.
Você é novato se não me engano, né? – falou ela.
Assenti com a cabeça.
Posso me sentar? – ela falou puxando a cadeira que eu estava com meu pé encima.
Claro, fique a vontade – falei tirando o pé do assento da cadeira.
E aí, já sabe qual sala você ficou? – falou Roberta
Fiquei no 3º A e você, de qual é? – falei
3º A, também, nossa, que coincidência – Falou aquela garota, que parecia ser boa gente.
Escuta, e aquele garoto que estava com você na mesa? É da nossa classe também? – falei. Aquele garoto me deixou intrigado, olhava tanto pra mim mais cedo. Ok, ele era bem bonitinho mas pelo jeito era bem mauricinho.
Humrum, aquele menino é meu melhor amigo, se chama Gabriel Torres – falou ela.
Grande jogada campeão! Achei minha vitima, não acredito! Que sorte, achava que seria mais difícil achar o filho daquele desgraçado.
O que foi? – falou ela certamente percebendo minha cara quando ouvi aquele nome.
Torres? – falei não acreditando. Precisava ter certeza do que tinha ouvido.
É, você conhece? – perguntou ela.
Não, não, é que se não me engano ouvi dizer que o filho daquele cantor famoso estudava aqui, sabe aquele Francisco Torres, só achei uma coincidência de sobrenomes – falei.
Ah, sim, é ele – falou aquela garota, que mal sabia que estava me dando o melhor presente que alguém poderia me dá. Ela facilitou o meu trabalho. Serei sempre grato por isso.
Ah tá, entendi. Mas, você vai me dá licença que antes do sinal tocar, terei que ir na diretoria acertar os últimos detalhes sobre minha bolsa e tal – falei eu dando uma desculpa qualquer, sairia dali e começaria a espiar aquele mauricinho, afinal se eu quero que meu plano dê certo, terei que saber de cada passo que ele der.
Então, até já – disse Roberta, apertando minha mão e saindo.
Na verdade, eu não menti quando disse que iria à diretoria, afinal teria mesmo que resolver os detalhes da minha bolsa e ainda iria receber os comprimentos do diretor.
Após toda cerimonia na diretoria, voltei pra sala de aula, e procurei me sentar o mais próximo possível daquele nojentinho, quem sabe não nos tornávamos amigos.
Consegui um lugar ao lado esquerdo dele.
Fui em direção a minha carteira e quando eu fui sentando, ele virou e olhou pra mim.
Primeira regra: seja simpático – pensei
Sorri para ele, mas ele me deu as costas – Ok, isso não seria tão fácil, quem esse nojentinho pensa que é?
As aulas daquele colégio eram longas e chatas, mas como tudo nessa vida acaba. Elas acabaram e eu fui pra o intervalo.
Eu observei uma coisa, que todos os alunos saíram da sala, menos aquele animalzinho.
Hora de atacar? Ainda seria muito cedo, mas quem sabe começar um ataque disfarçado.
Na classe de aula a porta era traseira, então, se eu tomasse cuidado, bastante cuidado, ele só perceberia minha presença ali quando eu já tivesse perto dele. Então foi isso que eu fiz, fui me aproximando como com cuidado, com calma, como se um lobo se aproximasse de um cordeiro, um cordeiro burro e indefeso.
Ao chegar mais próximo, eu avistei um papel que estava em sua mão, onde estava escrito: Vitor.
Aproximei-me com mais cautela, e disse: Oi.
Você também fala – falou ele, parecia que conversava com aquela folha. Parecia que estava em transe ou sei lá.
Acho que sim, pelo menos desde os 3 anos de idade – falei, vendo ele tomando um susto. Nunca vi uma pessoa se levantar tão rápido que chegou a ser engraçado.
Ele levantou, me olhou e escondeu aquele papel.
An, o que você disse? Do que você tá rindo? E porque tá olhando pra mim? - perguntou ele, sentia a tensão em sua voz. Eu adorava deixar as pessoas com medo.
Quer que eu comece respondendo qual pergunta? Alias, Vitor é um nome lindo, você não concorda? – falei eu.
An, não, claro que não! Ah, do que você tá falando disso aqui? – falou ele, levantando o papel que estava na mão.
Garoto esperto – falei eu.
Ah, não pensa que foi eu que fiz isso daí não, eu achei jogado pelo chão e só estava verificando se não era nenhuma prova de alguém – explicou ele, explicação cuja eu não acreditei em uma palavra.
Ok, ok, não precisa se explicar – falei eu.
Eu não tô explicando, alias, eu nem tenho nada que te explicar, nem te conheço! – falou ele – Ah, e toma aí esse papel idiota.
Falou ele saindo em direção a porta.
Eu nem acreditava, no primeiro dia de aula eu tinha conhecido o filho do verme Francisco Torres, que seria meu primeiro alvo na minha vingança, e também seria um trampolim para um aproximação com o crápula do Torres.
Agora, tudo é questão de tempo.
Francisco e Gabriel Torres aproveitem, porque tirarei até os sorrisos que estampam no rosto.
Continua...