Aprendi a amar 15

Um conto erótico de Matheus
Categoria: Homossexual
Contém 1198 palavras
Data: 16/06/2013 16:03:34
Última revisão: 29/08/2013 19:39:51

Passou uma semana e nada de nós conversamos com nossos pais. A faculdade estava horrível, fiquei sabendo quem seria os avaliadores da minha apresentação e soube que eram dois professores da UnB, pirei. Na verdade acho que nós estávamos arrumando desculpas para adiar mais e mais esse assunto mas em uma das ligações fez a gente mudar de ideia.

- Matheus?

- Hum.

- Semana que vem faz um mês que estamos namorando.

- Uhum. Rápido né?

- É. A gente devia sair, sei lá.

- Eu tava pensando em outra coisa.

- O quê? Depois eu digo mas Léo, sobre falar com nossos pais...

- É eu sei, temos que resolver isso.

- Aham, e tem que ser logo. Já tô pensando em contar.

- Olha...

- Ai, Léo. Eu vou contar.

- Quando.

- Agora.

Eu tinha ouvido meu pai chegar e minha mãe já estava em casa, sempre pensei em contar para todos de uma vez, aquele círculo básico na sala e todos olhando para mim enquanto eu falava, mas eu sabia que demoraria e muito para eu tomar coragem de novo então resolvo abordar só meu pai e minha mãe mesmo, com meus irmãos eu me virava depois. AO mesmo tempo que eu tinha coragem meu coração parece que iria sair pela minha boca, ele disparava.

- Mãe, posso conversar com a senhora?

Pronto, não tinha mais volta. Chamei ela pra sentar, na cozinha mesmo e dei tempo para o meu pai chegar onde nós estávamos. Minha mãe já sabia qual era o assunto. Meu pai já havia chegado mas eu sempre me direcionava à minha mãe.

- Mãe, eu tô namorando.

- Eu sabia. Tá aí, doeu dizer? Eu sabia menino, pensa que me engana? Agora...

- Mãe, é um garoto.

Interrompi seja lá o que ela ia falar, a feição dela logo mudou. Meu pai tava em pé e agora segurava o ombro dela, ele apertou e levou a outra mão à boca e riu. Seria engraçado se não fosse o drama da minha mãe.

- É o quê?

- Um homem, ora. – disse meu pai.

- Carlos!

- Ora Fátima, vai dizer que você não sabia do Matheus?

Aí eu me espantei.

- O senhor sabia pai?

- Não.

Gente eu ri com a espontaneidade dele. Meu pai sempre foi gente boa, mente aberta e tava sempre sorrindo e quando tava estressado o problema era com os outros. Se tem uma coisa que tira meu pai do sério, é algum problema com a gente que ele não consiga resolver. Ele disse que a minha mãe deveria saber e que tudo era normal, ele até citou o filho de um amigo dele que também havia se assumido, o garoto levou uma surra, coitado. Se eu não me engano hoje ele mora em São Paulo com um primo, ele não fala com o pai. Minha mãe sempre foi contra gays, não contra os gays em si, digo em relação à homossexualidade. Meus pais são católicos e praticantes, e minha segue/seguia a risca tudo o que era pregado, quase tudo. Meu pai é bem diferente, ele diz que se sente bem ao estar na igreja mas que não concorda com muita coisa. Enfim, minha mãe começou a chorar e eu me ajoelhei e a abracei, ela não retribuiu mas não me afastou, não fez nada. Meu pai me abraçou e disse para eu dar um tempo. Fui para a minha cama chorando não sei porque, mil coisa passavam pela minha cabeça. Minha vontade era de ligar pro Léo mas como ele é curioso ia fazer milhões de perguntas e eu iria me estressar porque ele é meio lentinho, ainda mais no telefone (vou apanhar). Arrumei minhas coisas para o dia seguinte e dormi. Eu não tava bem, o silêncio da minha mãe soou muito estranho pra mim, nunca saí de casa sem a sua benção e nesse dia ela ainda não havia saído do quarto, não insisti em abrir apenas disse que já estava indo. Na faculdade eu esqueci de levar um trabalho mas eu havia feito, conversei com o professor e ele permitiu que eu o enviasse à noite por e-mail. Um amigo meu, Marcos, veio perguntar o que tava acontecendo e eu não tava com o mínimo de saco para explicar e apenas disse que era assunto de família. Quase na hora de sair, já a tarde, liguei pro Léo perguntando se ele podia me pegar lá, ele disse que sim então esperei. Fomos até uma lanchonete e lá eu contei tudo pra ele, coitado, ele já tava quase chorando. Disse pra ele relaxar que essa noite eu ia conversar com ela mas só depois eu vim descobrir que ele chorava por se sentir pressionado, agora que eu tinha falado com meus pais, ele se sentia na obrigação de também conversar com os seus. A gente namorou bem pouco naquele dia e fui pra casa. Tomei meu banho enviei o trabalho e fui para a cozinha, minha preparava algo e eu pensando que ela estava me dando um gelo, resolvi olhar o que tinha na geladeira para eu comer mas para a minha surpresa ela já estava servindo um prato para mim. Ela deixou o prato em silêncio em cima de mesa, sentei-me e ela ficou ao meu lado:

- Depois vem até o meu quarto. – foi só o que ela disse.

Eu já comia chorando. Meu irmão havia chegado aquela hora.

- Iii já fez merda. – disse ele.

Não dei bola, tratei de terminar minha refeição e fui até o quarto da minha mãe. Nunca me esqueço desse dia, ela me abraçou, me pediu desculpas e disse que me amava, eu só chorava. Depois de todo o drama, ela começou o interrogatório. Nome, idade, o que fazia etc... Perguntou como ele era e foi estranho ter que descrevê-lo para ela. Ela perguntou se eu tinha alguma foto dele e aí eu me atentei: ainda tínhamos nenhuma foto juntos. Falei pra ela que eu ia trazê-lo em casa e ela disse que tudo bem. Depois vim saber que meu pai havia conversado muito com ela na noite anterior, chegaram até a discutir. Eu tava feliz da vida já ia ligar pro Léo quando ele me liga primeiro.

- Theus, me ajuda.

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Toshy : poxa, “eu acho” chateado rsrsrssr Tô esperando seu conto hein e valeu pelo fofo. Mesmo achando que somos loucos XD Bjs;

mille*** : ai, extraordinária hahaha Valeu;

grimm : Um conterrâneo lol Valeu por acompanhar;

tavinhoo : eu porre sou horrível, fico elétrico, gosto não. Meu corpo fica todo doído no outro dia. Bjs;

$Léo$;) : own que fofo. Muito obrigado;

Jhoen Jhol : ah, desculpa se é pequeno meu objetivo não é deixar ninguém curioso. Eu vou lembrando e vou escrevendo. E quem riu foi o meu pai, o do Léo foi diferente, rolou porrada. Eu vou contar no próximo, ou ele, não sei. Valeu;

EduBraga : quem não gosta de prazer??? Rsrsrs EU sou convencido, cê acha??? Rsrs Léo va morrer de rir disso. Obrigado por acompanhar;

C. T. Akino : geeente, um conterrâneo e ainda colega de universidade. Bate 0/ Quanto mistério, um curso aí rsrsrs Será que já nos encontramos por aí, no Vadião???? Bjs, e obrigado;

J's : rum, eu falo sóbrio, porre tanto faz. Até hoje se eu dormir fora sem avisar escuto um monte. Obrigado.

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Comentários

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hewheehe, sua mãe agiu igual a minha matheus, mas ela aceitou primeiro que meu pai que ainda não aceita, pois ele é muito macho para aceitar um filho gay,

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uma conterrânea que por um acaso também estuda na mesma universidade que vc. rsrsrs

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humm dizem que esses lentos são um fogo na cama.excelente mais vc para na melhor parte

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Eu ri do pai do Matheus hahahaha, pai é muito mais grosseiro com o assunto é homossexualidade é dificil achar aqueles que aceitam logo de cara, agradeça por isso Matheus, mas quando a mãe não aceita aí nem Jesus ajuda hahaha. Ainda bem que deu tudo certo com Matheus. Acho que o Léo já está recebendo as 80 chibatadas e sendo exorcizado '-', infelizmente nem toda família aceita. Não demorem!!

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Rs: Os assexuados meu caro não gostam, aliás não sabem o que é bom hehe, mas nós sabemos muito bem do que se trata 66' kkk. Toshy sou teu fã ou quase isso, gosto da tua escrita e história e leva o Nando nessa festa oshee é tão bom uma resenha de pimpolho kkk. Adorei o conto Matheus!! Abraços!

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Eu sou um ser incrível. Fui revisar o texto só depois, caraca, não queria deixar esse suspense não, eu ia explicar depois, merda. Já já posto a continuação

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Ai coisa boa não aconteceu, vara se assumir é um peso horrivel, eu já tentei varias vezes e não consiguir, o pior de tudo é que minha mãe sabe mais que ouvir isso de minha boca. kkkkk

O Léo é show mais vc é d+ kkkkk.

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Rsrs, talvez. Vou atentar-me "Matheus de Civil". Conto muito legal, fico feliz pela boa reação de sua familia. Obrigado pela leitura. =)

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