Aquela semana foi chata, a gente se falou bem pouco, ele disse que nem falava com o pai e que a mãe dele havia aceitado de uma boa e que ria conversar comigo, claro, um dia em que seu pai não estivesse lá.
- Você tá feliz comigo?
- Por que a pergunta?
- Responde.
- Sim. Agora, por que?
- Sei lá, Léo. Parece que você quer de todo o jeito me culpar pela briga. Não me leva a mal, por favor, não quero brigar. Mas é o que tá parecendo.
- Eu sei, me desculpa. Eu tô confuso, meu pai não fala comigo há dias, não sei o que se passa na cabeça dele. Tá tudo estranho.
- Vai ficar tudo bem.
- Quero acreditar nisso.
- Acredita, eu tô dizendo.
- Te amo.
- Também te amo.
Depois de um breve silêncio.
- Quero te abraçar.
- Eu também.
- Vem aqui.
- Hã?
- Sério, vem aqui em casa.
- Para de graça.
- Tô falando sério. Ainda são 19 h. Vem, você conhece logo a minha família.
- Sei não.
- Por favor.
- AI Matheus.
- Por favor, vai.
- (Suspiro) Tá bom.
- Aêêê.
- Olha, se a sua mãe disser algo que me deixe constrangido, eu venho embora.
- Hahaha Relaxa, isso não vai acontecer. Você tem que se preocupar com o meu pai.
Desliguei e saí correndo para falar com o pessoal. Ah, eu contei para a minha irmã, depois do meu pai ela foi a que mais me apoiou, tava ansiosa para conhece-lo rsrs.
- Aff, Theus. Deixa eu correr.
- Pra que, menina?
- Você não avisou que ele vinha, agora eu vou correr vê se encontro algo para comer. Que achas de pizza?
- Precisa não.
- Lógico que precisa. E eu deveria te dar uns cascudos por não ter avisado antes. Vou fazer pão-de-queijo, agora de doce eu não sei não.
- Eu dou meu jeito, tchau.
Fiquei bestificado com aquelas duas, fazendo tudo aquilo por uma pessoa que ainda nem conheciam, se era possível, passei amar elas mais ainda. Claro que não contei nada para o Léo. Resumindo, mamãe fez pão-de-queijo, minha irmã comprou quatro pizzas (exagerada), uma torta de chocolate e um creme de cupuaçu. Temos sorte de morar perto de um shopping e de uma doçaria muito boa. Acho que quase uma hora depois meu telefone toca.
- Amor, tem certeza disso?
Era a primeira vez que ele me chamava assim, nem falei nada. Sei que isso iria inibi-lo de chamar outras vezes, então, fiquei quieto, acho que ele nem percebeu que falou.
- Cê tá onde?
- Na esquina da tua casa.
- Hahaha Vem logo.
- Tá. Vem aqui na porta.
- Tá, crianção.
Pelas graças de deus ele veio básico, Léo tem mania enorme de se mega produzir até para ir à esquina. Ele tava de bermuda, camisa polo e uma sandália franciscano. Ele insistiu que eu fosse na frente, ele tava muito nervoso.
- Não vai se gabar. – disse no ouvido dele.
- O quê?
Entramos e a minha mãe foi a primeira a vir abraça-lo, eu sorria feito um bobo, nunca havia imaginado aquela cena, meu pai também o abraçou.
- Mas olha, é um homem.
- Pai?
- Sério, pensei que um cara magrelo, cheio de tatuagens e com a calça rasgada.
- Pai!!!!!!!!!
- Hahaha Tô brincando.
- Léo, esquece meu pai. Aquela é a minha irmã.
- Oi, prazer.
Léo estava mudo, e isso irrita a minha mãe, ela acha que não está gostando e tudo mais, coisa dela.
- Vem me ajudar aqui, Matheus.
Fui até a cozinha com ela e trouxe os pães e suco. A conversa rendeu, foi muito bacana. Logo no começo a gente conversou sobre diversas coisas, achei bacana, não falaram sobre o nosso relacionamento, pelo menos não da forma que eu esperava.
- Vocês estão juntos a quanto tempo?
- Um mês.
Por incrível que pareça, foi o Léo quem falou. Ele se soltava aos poucos. Acabou que a gente conversou e comeu muito, depois disso cada um começou a ir para seus quartos, se despediram do Léo e tudo, meus pais íam a algum evento da igreja, minha irmã foi embora para não ser inconveniente mesmo rsrsrs.
- Vem, vem conhecer meu quarto.
Ele mexia em tudo, céus. E perguntava sobre tudo.
- Isso é de alguma ex?
Ele pegou uma caixa que eu tenho, personalizada e tem algumas cartas dentro. Adoro cartas.
- Não, são cartas de uns amigos meus. Esses aqui são de quando éramos crianças, e esses são de agora. Alguns deles estão fora do Brasil.
- Já existe e-mail.
- Eles sabem que gosto de cartas e fazem questão de manter essa minha mania.
- Mas tem coração em algumas delas.
- Sim. Muito queridos eles né!? Ah, e eu nunca namorei, cabeçudo.
- Sério!? Sou seu primeiro?
Ele já veio abraçando minha cintura.
- É.
A gente se beijou e ele finalmente esqueceu as minha cartas. Peguei meu celular. Ele já ia fuçar mais alguma coisa.
- Léo, vem cá.
Fiquei ao lado dele, puxei ele pela cintura e posicionei a câmera.
- O que é??
Beijei a bochecha dele e tirei a foto, a cara que ele fez é impagável. Morro de rir quando vejo, isso quando não choro. A gente conversou um pouco mais no quarto e eu quase que mandei ele ir embora, já eram 01 h.
- Obrigado por hoje.
- Iiiii, foi culpa minha não. Tudo obra das garotas.
- Não importa, você ainda vai me pagar por tudo isso.
- Hahaha O quê??
- Você vai ver.
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mille*** : Léo não comentou porque tá sem tempo. Para não deixar dúvidas, me dou super bem com o pai dele hoje. Sò demorou um pouco para ele aceitar ^^;
CrazyNerd : muito obrigado;
stahn : bom, ele foi um ignorante, fato. Mas hoje está tudo bem;
grimm : todos disfarçados rsrsrs;
Jhoen Jhol : pois é. E eu não bati só no pai, também me atraquei com o irmão dele. Aff, foi um horror;
Ru/Ruanito : quanta violência;
C. T. Akino : Dan Brown?? Adoooro. Vou ficar atento a todos que leem andando rsrsr Brincadeira. Abraços;
chicao02 : que chato. Obrigado por acompanhar;
tavinhoo : muito obrigado, fofo;
J's : novela?? Sou o Félix rsrsrsrs Obrigado;
$Léo$;) : não quis bater mas né... Enfim, obrigado por ler.
Agradeço a todos que leem, mesmo aqueles que não comentam. Abraços.