O TELEFONEMA

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 5601 palavras
Data: 02/06/2013 17:29:39

Mais uma vez narro este novo conto em primeira pessoa não porque eu queira vangloriar-me das oportunidades que a vida me deu, mas sim porque sinto e necessidade de dar-lhe o necessário crédito pelo seu conteúdo verdadeiro, mesmo que ornado com algumas imagens literárias mais acentuadas. Enfatizo apenas que meu maior prazer na vida é fazer uma mulher sentir-se mais mulher, mais amada, mais desejada e mais satisfeita com o parceiro que lhe aprouver.

A propósito do tema, esta estória começa com um fato corriqueiro, que, em princípio, poderia passar como mais um “incidente” na vida de uma pessoa, não fosse o rumo que ele acabou por propiciar para mim. Certa tarde, percebi meu celular vibrando sobre a mesa de trabalho. Confesso-lhe que detesto essas geringonças tecnológicas que servem apenas para acentuar nosso infortúnio de sermos achados quando não o queremos. Apanhei-o e olhando para a tela vi um número que não constava da minha lista de contatos, e por um momento, pensei simplesmente em não atender aquela ligação, retornando minha atenção para o meu trabalho que se avolumava sobre a mesa. Todavia, e a bem da verdade, uma curiosidade recorrente me fez atendê-lo.

Do outro lado da linha uma voz jovial e descontraída perguntou por Ricardo. Eu imediatamente, respondi-lhe que aquele número não era do tal Ricardo, mas meu. A voz, meio que titubeante, pediu desculpas as quais eu declinei dizendo que era algo absolutamente perdoável, despedindo-me logo em seguida. Olhei para o aparelho e achei engraçado alguém procurando por alguém em um celular errado! Mas, logo tudo dissipou-se e eu retornei à minha labuta insana. Como disse inicialmente, aquilo poderia ter passado de um simples engano e tudo estaria morto e enterrado em alguns minutos.

Todavia, algum tempo depois, meu aparelho tornou a vibrar, só que dessa vez de modo pausado avisando-me que se tratava de uma mensagem de texto (SMS ou torpedo, como costumam dizer). Peguei o celular e tocando na tela abri a mensagem. Era do mesmo número que havia ligado anteriormente, e seu conteúdo deixou-me muito curioso. “Sabia que você tem uma voz linda e sensual?”; lendo aquelas palavras minha mente imaginou-as sendo pronunciadas pela mesma voz da ligação errada, e sem perceber muito o porque de tudo isso, senti uma excitação percorrer a minha pele, causando-me uma imediata e oportuna ereção!

Mas, mesmo assim, preferi não dar trela para aquela garota (se é que era uma garota) e deixei o aparelho de lado voltando minha atenção para minhas tarefas em atraso. Com o passar do tempo, acabei por me esquecer completamente do ocorrido, imaginando que teria sido bom se tivesse durado. O que eu não sabia era que aquilo estava apenas começando. Novamente, o celular vibrou e havia uma nova mensagem: “Você não vai me responder? Que mal-educado você é!”. Fiquei sem ação ao ler aquelas palavras, uma vez que não podia supor que uma ligação errada pudesse desencadear um diálogo, no mínimo, insólito. Hesitei, ponderando que o melhor seria ignorar aquela garota e cuidar dos meus afazeres.

No entanto, a curiosidade matou o gato (mas, a satisfação o reviveu!) e imediatamente tratei de responder a mensagem, dizendo-me apenas lisonjeado com as palavras dela. Enviei. Recebi em seguida: “Será que o resto é tão sensual quanto a voz?”; eu estava começando a gostar de tudo aquilo, … era algo que me excitava, endurecia minha pica e inundava minha mente de pensamentos puramente obscenos. Veja como a mente humana é algo misteriosa: eu não sabia com que estava falando, não fazia ideia de como era essa pessoa, e minha mente já estava preconcebendo inúmeras possibilidades (!). E mais uma mensagem chegou, … e depois outra, … e mais outra!

Não vou perder o tempo de vocês com as inúmeras mensagens de texto que eu e a “pessoa desconhecida” trocamos em apenas algumas horas, … mas, bem, foram muitas! E o mais interessante é que a cada nova mensagem o clima ia esquentando na mesma proporção e intensidade. Eu já sentia minha rola melada de tesão, e isso sem ter ouvido uma palavras sequer, … apenas lido! Nova mensagem: “Já cheguei em casa, vou me despir e tomar um banho bem gostoso, … tchau lindo!”; sorri para mim mesmo e coloquei o aparelho no bolso da calça enquanto caminhava para o meu carro desejando apenas mais uma noite de descanso após um dia estafante e cheio de novidades.

No meio do caminho a geringonça em meu bolso vibrou por uma nova mensagem. Olhei para a tela e tive que parar o carro, pois meu cacete empinou imediatamente; “Peladinha, passando creme hidratante, … tarada por um macho de voz gostosa como você!”; aquelas palavras produziram um efeito poderoso em meu ser, pois senti-me excitado de uma forma incomum e inesperada. Queria ligar para ela e dizer-lhe que minha rola estava pulsando por ela, que meu corpo tremia de excitação por ela, … queria trepar com ela! Respondi a mensagem dizendo que, se quisesse eu iria encontrá-la naquele mesmo momento. A resposta veio rápida e curta: “preciso desligar, meu marido chegou”; marido! Como assim! Ela era casada? Fiquei em estado de choque, … afinal, em todos esses anos, eu jamais havia transado com mulher casada (e não se tratava de escrúpulos ou princípios, apenas bom senso). Mas, se ela era casada, porque procurar homem com mensagens de texto em celular?

Fui para casa e fiquei pensando naquilo enquanto jantava com minha esposa Amélia (é, lembram-se dela, não é?). Será que era tudo apenas uma brincadeira de uma garota safadinha, ou aquelas mensagens tinham um fundo de verdade? Mas, ela era casada! Será que o marido não fazia o dever de casa? Será que ele se ausentava constantemente? Será que, … Parei de pensar no assunto antes que minha mente entrasse em colapso e decidi que o melhor a fazer era ir dormir e esquecer aquele assunto, … talvez tudo fosse uma loucura sem sentido e no dia seguinte não haveria mais lembranças, muito menos mensagens de texto em meu celular.

Acordei pela manhã com a deliciosa imagem de minha mulher voltando nua do banheiro após ter tomado sua habitual chuveirada. Era um corpo e tanto! Mesmo com idade acima dos cinquenta, Amélia era uma mulher bonita e sensual. Tinha uma corpo bem feito com seios médios ainda firmes e uma bunda cujas promessas ela jamais permitiu que fossem exploradas. Ela secou os cabelos com a toalha e depois de olhar para mim com um sorriso de bom dia, retornou ao banheiro onde pude ouvir o barulho conhecido do secador de cabelos. Considerei, então, o fato inconteste de que mais um dia de lutas se iniciava. Tomei meu banho, barbeei-me, vesti-me com o usual e depois de um café frugal, desci para a garagem esperando por Amélia, pois íamos juntos para nossos trabalhos. Nada me preocupava, nenhuma memória ou lembrança, … tudo parecia passado frio e distante.

Deixei Amélia em seu trabalho e rumei para o meu. E é exatamente nesse momento do dia que costumo ligar o celular a fim de estar disponível para o que fosse necessário. Assim que estacionei o carro na vaga de costume, olhei para o aparelho cuja tela brilhava enquanto ele saltava desesperadamente no banco do carro sinalizando que havia mensagem para mim. Aliás, não apenas uma, mas sim três! E todas tinham a mesma origem! O número do dia anterior, … percebi então, que tudo havia sido verdade, … aquela garota existia mesmo e ainda me assediava por meio das mensagens de celular! O que ela queria de mim afinal! Seria eu um “brinquedinho” dela para os momentos em que o marido estava distante?

Abri as mensagens, uma de cada vez, e cada uma delas era mais excitante que a outra. “Bom dia, meu macho gostoso, … dormiu bem?”, dizia a primeira; “Estou em casa, sozinha, peladinha e com a bocetinha molhada”, dizia a segunda; “Quer trepar comigo?”, dizia a terceira. Eu estava totalmente confuso com aquela história, pois eu não conseguia acreditar que estivesse, de fato, acontecendo comigo! Mas, de qualquer modo, decidi entrar na jogada, tomando-a mais como uma brincadeira (uma molecagem mesmo), do que algo que pudesse se tornar mais sério. Respondi dizendo que também estava de pau duro querendo transar com ela até ela gozar. Nenhuma resposta imediata. Decidi que o dia precisava seguir seu curso e, portanto, eu segui para o meu trabalho. Nova mensagem: “Onde e quando?”. Uau! A garota era mesmo decidida! Outra mensagem: “Você é casado?”. Respondi que sim, e ela perguntou seu eu costumava trair minha esposa, … achei algo meio invasivo e sem propósito, mas, mesmo assim respondi dizendo que apenas o fazia quando havia uma boa oportunidade e um viagra disponível (!).

Nova mensagem: “Você costuma usar esse recurso?”; respondi imediatamente que sim, mas apenas quando valia muito a pena. Nova mensagem: “E eu valho a pena?”. Sem perda de tempo teclei: “Claro que sim!”; alguns minutos depois, nova mensagem: “Como você pode ter certeza se a gente sequer se conhece?”; considerei muito sagaz a questão e teclei de volta: “A vida é correr riscos”. Demorou algum tempo até que ela retornasse perguntando novamente quando e onde. Eu não perdi tempo e digitei: “Amanhã, de manhã, na estação do metrô”. Os minutos que se seguiram pareceram mais séculos que horas, até que veio a ansiada resposta: “OK, amanhã às nove no metrô”, … alguns minutos depois outra mensagem: “Como é que vou encontrar você?”. Essa foi fácil. Descrevi meu carro e dei-lhe o número da placa informando que a esperaria próximo da saída que desembocava no terminal de ônibus.

Depois dessa insanidade quase colegial, o dia seguiu seu curso, com ela me enviando mais mensagens provocantes e atiçando meu desejo de conhecê-la e de transar com ela, mesmo não fazendo a menor ideia de como ela era ou ainda se ela compareceria ao encontro marcado. Em uma dessas mensagens, ela perguntou o que eu queria fazer com ela, e eu imediatamente respondi que tudo aquilo que minha idade e meu vigor permitissem. Ela riu e perguntou se eu daria conta do recado, … sem titubear, respondi-lhe que para isso eu me valia de um “comprimidinho azul”. Mais risadas em texto, e ao final outra pergunta: se eu tomava mesmo esse tipo de “medicamento”. Respondi-lhe que a idade e a experiência exigiam e permitiam esse recurso. Rimos os dois de tanta graça. No final da tarde me despedi dela sabendo que durante a noite e comunicação tornar-se-ia impossível (para ambos) e disse que a esperaria ansioso na hora e lugar combinados. Ela disse que ia se perfumar toda apenas para mim!

A noite correu tranquila e antes de dormir tomei meus remédios de uso contínuo (hipertensão!), e logo depois consumi um comprimido de CIALIS (único indicado para que é hipertenso), pois seus efeito SL (prolongado) dura mais que doze horas. Fui dormir, mas preciso confessar que foi algo impossível, … a excitação, a ansiedade e a expectativa falavam mais alto que o cansaço ou sono, … afinal, sou um cinquentão que jamais quis provar algo para alguém (apenas para mim mesmo), e isso era uma “carga” pesando sobre os ombros. Jamais comentei isso em contos anteriores, mas minha vida conjugal se resume a uma enorme amizade e afeto por minha esposa (já são trinta anos!), pois foi isso que restou. Não lamento mais, não me entristeço mais, … apenas aceito, … aceito o projeto de vida dela e colaboro para que ele venha a tornar-se uma realidade, … e além disso ter uma ereção – para mim – não é mais uma grata satisfação, mas um acontecimento cuja raridade dói fundo na alma, … bem, … chega de lamúrias desnecessárias. Finalmente, adormeci pensando na loucura do dia seguinte.

E ele chegou, cinza, vazio e, … frustrante! Como de hábito deixei minha esposa na estação do metrô (a mesma em que me encontraria com a tal garota do celular) e depois de nos despedirmos, rumei para uma padaria próxima onde tomei um café e esperei pacientemente pelo horário combinado. No momento certo eu estava lá, estacionado no lugar em que havia dito a ela que estaria, mas, lamentavelmente, nada aconteceu. Ironicamente, o celular dela insistia em cair na caixa postal e milhares de ligações depois recebi uma mensagem de texto. “Ôi, você está aí?”; tive vontade de xingá-la de todos os palavrões conhecidos, mas respirei fundo concluindo que, obviamente, eu havia caído em uma pegadinha, … sem poder reclamar respondi que sim. E a mensagem seguinte confirmou minhas suspeitas. “Porque será que todo o homem e´tão bobo? Você acreditou que eu iria mesmo, não é! Aposto que tomou o Viagra!”. Não tive forças para responder. Apenas desliguei o aparelho e tratei de cuidar da minha vida, que era o melhor a fazer naquela situação minimamente ridícula e sem sentido.

Os dias passaram enquanto eu curava as feridas daquele dia fatídico, ponderando que eu merecia o que me acontecera, … afinal eu era um marido infiel e oportunista, razão pela qual estava sujeito a ser tratado exatamente como tal! De qualquer modo, tinha doído, … e muito! Mas, eu considerei o assunto encerrado, … não fosse pelo evento que ocorreria alguns dias depois. Estava em meu trabalho, quando o telefone tocou. Atendi e uma voz feminina, macia e sensual, do outro lado da linha pediu-me algumas informações as quais atendi prontamente. Expliquei-lhe detalhadamente todos os desdobramentos de cada pergunta formulada sendo atencioso e acolhedor. Houve ainda algumas dúvidas adicionais nas quais procurei fornecer-lhe meios de contato com outras unidades que poderiam incumbir-se de atendê-la naquele sentido específico.

E quando as dúvidas acabaram a tal voz – que identificou-se pelo nome de Sandra – agradeceu-me elogiando a forma com que eu havia lhe prestado informações, ao que respondi ser uma das minhas atribuições. Ela reiterou os elogios e perguntou-me à queima-roupa se, caso ela viesse ao meu local de trabalho, nós poderíamos nos conhecer. Hesitei por um instante lembrando-me da experiência anterior, mas, logo depois, recuperei meu autocontrole afirmando que isso seria possível. Ela pediu algumas informações adicionais sobre a localização do meu trabalho e da minha unidade, despedindo-se com um “até breve”. Desliguei o telefone sem pensar em nada mais, retornando às minha rotina diária.

Durante todo esse período, a tal garota do celular continuou mandando mensagens em que insistia em conversar comigo, perguntando-me se eu ainda estava zangado com ela, e se não queria mais falar com ela (falar?). Preciso confessar que não tive coragem de responder qualquer uma dessas mensagens, simplesmente deletando-as do meu celular e procurando realmente esquecer daquela figura infeliz e talvez (apenas talvez) mais patética que eu próprio.

Em uma determinada tarde ouvi uma voz feminina que soava familiar no corredor, perguntando por mim. A curiosidade falou mais alto e não esperei que a pessoa viesse até mim. Saí da sala procurando pela dona da voz e quando entrei no corredor lateral dei com uma belíssima morena de corpo “plus size”, trajando um vestido verde musgo, justo que lhe realçava as formas generosas. Tinha um rosto muito bonito e a pele revelava que não devia ter mais que uns trinta e poucos anos. Olhos negros cintilantes me fitavam com um ar de contentamento pelo encontro, enquanto a boca – de lábios provocantes e sensuais – abria-se em um sorriso contido, mas sincero. Aproximou-se dizendo ser Sandra, a pessoa que eu havia atendido no telefone dias atrás (Uau! Era uma deusa! Linda!). Cumprimentei-a tentando controlar meu enorme entusiasmo e arrebatamento pela sua visita inesperada e surpreendente. Ela disse que veio me agradecer pessoalmente pela minha atenção em prestar-lhe todas as informações de que dispunha e que elas haviam sido de grande valia.

Conversamos por alguns minutos, e eu não resisti à tentação de convidá-la para almoçarmos juntos, o que, para minha completa surpresa, foi aceito de imediato com um enorme sorriso nos lábios. Avisei meus colegas que ia sair e que retornaria em breve (pelo menos era assim que eu imaginava!). Assim, eu e Sandra descemos até o térreo e rumamos para um restaurante próximo procurando por uma mesa bem acolhedora e discreta. Comemos, rimos muito sobre histórias contadas e constatamos que tínhamos muita coisa em comum. Em alguns momentos fomos interrompidos pela inconveniência das mensagens da tal garota a quem eu destinava toda o meu desprezo de macho ferido. Sandra, percebendo meu desconforto com as mensagens insistentes, perguntou-me se havia algum problema com minha esposa (por óbvio ela havia notado a aliança no dedo!), ao que respondi que não, pois não tinha problemas com a esposa. Sandra deu um sorriso maroto e inquiriu-me querendo saber mais sobre mim mesmo e meu casamento.

Com a maior espontaneidade que me era possível, disse a ela que era um homem de cinquenta anos sobrevivendo em um casamento morno e sem graça, mas que, mesmo assim, eu sabia que iria acabar por envelhecer ao lado de minha esposa sem preocupação com a absoluta ausência de um sexo não convencional. Sandra imediatamente me interrompeu perguntando o que eu considerava “sexo não convencional”, e em uma das poucas vezes em minha vida fiquei sem resposta e sem ação, … aquela linda morena balzaquiana que demonstrava desenvoltura e desinibição, sabia bem o que queria da vida sem importar-se com qualquer limitação de ordem social e pessoal, … e sua intimidade com aquela pergunta me deixou atordoado sem saber muito bem o que fazer ou dizer.

Sandra percebeu meu constrangimento e desculpou-se pela excessiva invasão de privacidade. Eu lhe disse que não estava constrangido por conta disso, mas sim por não saber o que responder a ela. Olhei-a nos olhos e lhe disse que minha própria experiência em sexo não convencional era praticamente nula! Ela soltou uma gargalhada deliciosamente franca para, em seguida pousar suas mãos sobre as minhas e fazer uma espécie de “convite” a fim de conhecer algo “diferente”. Meio embasbacado com a iniciativa daquela morena irresistível, engoli em seco para em seguida responder timidamente que sim. Suas mãos apertaram as minhas e ela aproximou seu rosto do meu, permitindo que eu sentisse aquele perfume doce e inebriante que ela exalava por todos os poros. Confidenciou-me que percebera que eu gostava muito de mensagens de texto no celular (!). Eu não respondi por razões mais que óbvias. Então Sandra inquiriu se eu seria capaz de atender aos pedidos dela sem questioná-los. Ainda sem ser capaz de compreender as verdadeiras intenções daquela mulher linda, respondi-lhe que sim, desde que os pedidos não fossem algo extremos. Ela riu novamente dizendo que não seria nada que eu não quisesse fazer.

Abro um parênteses para confidenciar-lhes que a narrativa a seguir pode parecer absolutamente insólita, mas creiam, é fato! E apenas um idiota como eu não percebe o quanto a sorte pode, eventualmente, sorrir para você sem que você sequer note.

Sandra pediu o número do meu celular e depois me disse se eu teria aquela tarde disponível. Mesmo sabendo que as consequências laborais seriam, no mínimo, drásticas (porém reparáveis) não hesitei em responder afirmativamente. Sandra sugeriu, então, que eu pedisse a conta.

Saímos do restaurante e antes que nos separássemos, ela beijou-me nos lábios pedindo que eu aguardasse a sua ligação. Fez sinal para um táxi que estava estacionado por perto e partiu nele despedindo-se com um aceno de mão e um sorriso enigmático no rosto. E eu fiquei ali, aparvalhado feito um jumento atolado em minha ausência de perspicácia, esperando sabe-se lá o que!

Voltei para o trabalho e afundei minha concentração (ou aquele mínimo que ainda restava) no trabalho esquecendo-me por completo da garota do celular, de Sandra e de tudo o mais. Todavia, o vibrar do meu aparelho acabou com qualquer possibilidade de prosseguir nas tarefas. Peguei o aparelho e vi um número completamente desconhecido que me enviara uma mensagem de texto (!). Era Sandra! Tinha que ser! Abri a mensagem e a li ávido pela novidade. “Oi, docinho! Vamos brincar um pouco? Siga minhas instruções para começarmos, … e não me desaponte! Acho que você promete!”, … Ah! Quase me esqueci, grave esse número no seu celular, ...Beijos”. Senti as pernas tremerem e o chão sumir, … achei que estava em um sonho e que a qualquer momento iria acordar e descobrir que Sandra e a garota do golpe (como eu a apelidei maldosamente) eram a mesma pessoa! Isso seria difícil de suportar, … hesitei, perdi a coragem de ler as tais instruções que seguiam em outra mensagem, e ponderei que o melhor era cair fora! Mas algo me impedia, … algo mais forte que eu, …

Minutos depois eu estava em meu carro dirigindo para um motel situado ali nas proximidades e muito conhecido pela sua discrição. Aliás, essa era a primeira instrução de Sandra: que eu fosse para um motel e esperasse pelas próximas instruções. Passei pela recepção com o coração aos pulos, imaginando que estava pagando outro mico monumental e que me arrependeria para o resto da vida. Conforme orientação de Sandra deixei meu carro no estacionamento fora da suíte e avancei pela viela. Entrei na suíte e assim que fechei a porta o celular tocou. Atendi. Era Sandra do outro lado da linha. “Já chegou, docinho?”; respondi-lhe que sim e ela riu de volta (a plena sensação de que estava fisgado em outra armadilha tola!). “Muito bom, … agora ligue para a recepção e avise que você está esperando uma companhia, … e assim que eu chegar vou buzinar e você vai acionar a porta da garagem, … mas, antes disso quero que você se dispa, fique completamente nu para mim, … você faria isso, por mim?”. Dei uma risada nervosa e respondi-lhe que talvez não tivesse coragem de fazê-lo pois tinha receio de estar sendo enganado.

“Ora, querido, se eu quisesse te fazer de bobo não precisaria ser às escondidas, não é? Faça isso por mim, por favor, quero te dar algo para jamais esquecer ...”; e eu (o idiota do ano!) concordei depois daquele pedido feito por uma voz doce e excitante. Desliguei o telefone e fiquei sentado na beira da cama sem saber o que fazer ou o que pensar. O tempo parecia arrastar-se dolorosamente, imputando-me um sofrimento e uma frustração sem medidas. E quando a buzina tocou, meu coração quase parou. Era ela! Sandra tinha realmente vindo. Despi-me com uma rapidez que desconhecia possuir e nu em pelo, desci as escadas abrindo a porta que dava para a garagem e acionando o controle remoto. Enquanto o carro entrava na garagem, eu ocultei minha nudez atrás da porta de acesso esperando até que o veículo estivesse completamente estacionado.

Fechei a porta da garagem permaneci onde estava. Assim que que o ambiente ficou novamente sob uma penumbra leve, vi a porta se abrir e um par de pernas saltarem para fora. Em breve Sandra estava fora do carro em pé de frente para mim. E sua visão era algo quase divinal: ela estava vestindo apenas um conjunto de calcinha e sutiã de renda preta, cujo entalhe destacava seu corpo quase como uma escultura. Que mulher! Eu pensei que aquilo fosse apenas uma brincadeira, mas o olhar de Sandra não deixava dúvidas que aquela tarde prometia.

Ela caminhou na minha direção e eu mal percebi que ela trazia nas mãos um pequeno chicote de couro escuro com haste longa e ramas curtas e largas. Ela o apontou para mim ordenando que eu subisse para o quarto o mais rápido que pudesse. Voltei-me na direção da escada e subi sem olhar para trás. Entramos no quarto e Sandra abraçou-me por trás permitindo que eu sentisse o calor do seu corpo cujas medidas enlouqueceriam qualquer homem (e digo isso porque mantenho minha afirmação de muito tempo atrás: mulher adora mulheres com “substância”, com “excesso de gostosura, até mesmo porque quem gosta de osso é cachorro!). Suas mãos estavam calçando luvas longas de seda preta e o contato daquele tecido com o minha pele me arrepiou por inteiro sentindo a vibração percorrer toda a superfície do meu corpo.

Sandra era uma mulher extremamente experiente e hábil no que fazia. Puxou meus braços para trás e prendeu-me com um par de algemas de aço, virando-me para ela. A esta altura minha rola estava tão dura que chegava a doer e o tesão era tanto que minha respiração arfava forçando-me a gemer baixinho. As mãos dela pegaram meu cacete massageando-o, inicialmente, com certo carinho, para, em seguida aplicar uma vigorosa punheta que fazia a glande desaparecer dentro da pele que subia e descia doloroso mas excitante ao extremo.

Sandra ajoelhou-se na minha frente, esfregando a rola entre seus peitos generosos ainda guardados dentro do sutiã e no instante seguinte ela estava beijando a glande e envolvendo-a com os lábios, mordiscando a sua circunferência com pequenas dentadas medidas mais para causar tesão que dor. Eu estava nas nuvens, e olhava para aquela cena sem acreditar no que estava acontecendo – sem dúvida alguma, aquilo poderia ser definido como um “sexo não convencional” - apreciando o que uma mulher podia fazer em um homem. Ela voltou a levantar-se e me encarou com um olhar cheio de sensualidade e carregado de tesão. Esfregando o chicote em meu peito e descendo até minha genitália ela perguntou seu eu estava gostando, … se eu gostava de ser dominado ou de dominar. Balbuciei que queria experimentar ambos. “Safadinho você, hein!” - Sandra sorriu maliciosamente enfiando suas unhas na carne das minhas nádegas desnudas e apertando-a com violência. Mesmo sentindo dor, não gritei, mas gemi excitado.

Sandra afastou-se e chicoteou meu peito algumas vezes, e não posso negar que a dor foi suportável ao limite, ao mesmo tempo que percebi como minha rola havia quase dobrado de volume pulsando descontrolado implorando por aquela mulher extremamente sensual e poderosa. Sandra aproximou-se mais uma vez e perguntou-me se eu queria inverter os papéis, ao que respondi afirmativamente. Queria muito estar do “outro lado” daquele jogo de sedução e de poder sexual. Ela me soltou e entregou-me o chicote dizendo que eu podia fazer dela o que quisesse. Como um macho chamado para o “combate” peguei-a com violência forçando-a a ficar de costas para mim, prendendo suas mãos com as mesmas algemas que ela usara em mim. Virei-a para mim e com um movimento bastante agressivo arranquei o sutiã libertando aquelas delícias que clamavam por uma carícia de macho. Os peitos de Sandra eram um espetáculo a parte; grandes e volumosos, possuíam aureolas largas que traziam em seu centro mamilos pequenos e duros de tão entumescidos que estavam e que foram imediatamente abocanhados pela minha boca sedenta fazendo daquela mulher o objeto de meu desejo. Chupei-os com tanta força querendo causar tesão e dor ao mesmo tempo.

Sandra gemia baixinho e vez por outra dizia que estava doendo mas que, mesmo assim, eu não devia parar. Alternei aquelas pequenas delícias em minha boca, chupando e lambendo como um doido furioso que esquecia a fêmea fazendo-a de objeto de seu deleite. Sandra gostava de jogar e em certos momentos empurrava seu corpo para mim, obrigando-me a enfiar mamilos e aureolas em minha boca para, logo depois, puxá-los mostrando que a dominação podia sofrer inversão de valores a qualquer momento. Segurei-a pela cintura obrigando-a a deixar aquelas delícias bem próximas de minha boca deleitando-me com seu sabor único.

“Vamos seu macho metido, quero essa pica penetrando meu cu, … e quero agora, … vamos, eu estou mandando você me foder no cu! Tá esperando o que!”. Sandra não fazia a mínima ideia de como aquelas palavras operaram uma excitação tão poderosa em meu ser que imediatamente senti-me tomado por uma força além de mim mesmo tornando-me uma fera agressiva e indócil. Virei-a de costas e arranquei a minúscula peça íntima deixando aquela bunda exuberante à minha inteira disposição. Sandra estava completamente à minha mercê, servil, submissa e pronta para ser objeto de meus desejos mais obscuros e obscenos. Obriguei que ela inclinasse seu corpo para a frente deitando seu peito sobre a mesa de mármore branco fria, e colocando aquela bunda exuberante na posição ideal para ser enrabada.

Sandra gemia e dizia que queria sentir-se invadida, incitando-me a penetrá-la o mais rápido possível; mas eu estava fora de mim, … mais parecia um animal, uma besta no cio que queria apenas uma coisa: satisfazer seu instinto da forma mais selvagem que lhe pudesse oferecer, … e a fêmea estava ali, disponível, pronta para ser saboreada como um vinho fino e clássico, enquanto que eu queria apenas prolongar o meu prazer através da dominação dela!

Sem perda de mais tempo, posicionei-me atrás daquele traseiro de beleza ímpar, agarrei as nádegas com as mãos, afastando-as possibilitando a “entrada” da minha rola grossa. Assim que a glande roçou o cuzinho de Sandra ela gemeu ordenando: “Vai logo, seu puto! Soca essa porra dentro de mim, … vamos! Eu estou mandando.”; cumpri, então, meu desígnio enfiando a rola e rasgando o cuzinho de Sandra que ao sentir a penetração da glande gemeu alto dizendo palavras de ordens e me chamando de seu macho. Enfiei o cacete com vontade, fazendo com que a penetração não fosse lenta e gradual, mas bruta e impiedosa e somente parei quando senti que toda a rola havia invadido o cu da minha fêmea, passando, então, a dar estocadas fortes e quase agressivas, empurrando minha pélvis contra aquele traseiro grande e oferecido, causando uma sensação indescritível de tesão, … um tesão de macho selvagem, indomado e conquistador que encontrou em Sandra sua fêmea mais desejada, fazendo dela um puro objeto de prazer e satisfação.

Depois de algum tempo, Sandra anunciou que estava gozando, … e não apenas uma, mas três vezes ela gozou (!), algo que me causou um prazer inominável, já que mesmo naquela situação de dominação absoluta, proporcionar prazer à parceira era algo que me deixava imensamente satisfeito (afinal, macho que se preza deve sempre preocupar-se com o prazer da parceira).

As horas se passaram com aquele coito anal sem fim – eu simplesmente não queria deixar Sandra em paz – e ao que parece Sandra não estava sentindo-se incomodada com meu vigor inesperado, acolhendo meu assédio em seu traseiro como se aquela fosse a primeira vez que tinha encontrado um macho capaz de satisfazê-la. E eu continuava com minhas investidas selvagens e indomadas, … até que senti um espasmo percorrer meu corpo, … e mal pude anunciar que estava para gozar quando senti um tremor incontrolável. Gritei para Sandra que ia gozar, e ela, com a rapidez de uma gata, empurrou-me para trás fazendo com que seu traseiro se visse livre da minha pica. “Ainda não, seu puto! Me solta, rápido,... eu quero te fazer gozar, … me solta logo! Vai!”.

Contraí ao máximo meu esfincter enquanto chaveava as algemas libertando Sandra de sua imobilidade. Ela, então, voltou-se para mim e jogou-me sobre a cama saltando ao meu lado e tomando meu pau em suas mãos e aplicando uma vigorosa punheta ao mesmo tempo em que acariciava minhas bolas esmagando-as entre os dedos e apertando-as de vez em quando algo que me causava uma sensação nova e desconhecida que fazia toda o meu ventre vibrar de modo involuntário. Arfei, gemi, gritei, … até que, … gozei! Ejaculei com tal intensidade que os jatos elevavam-se no ar vindo a cair sobre meu peito e até mesmo no rosto de Sandra que olhava para mim lambia os próprios lábios sorvendo meu sêmen demonstrando imenso prazer em fazê-lo. Quando terminei, abracei Sandra e ficamos ali inertes e extenuados, sentindo as pequenas ondas de prazer percorrerem nossos corpos como últimas sensações do prazer que nos havíamos proporcionado.

EPÍLOGO.

Terminamos de nos vestir quando o relógio apontava quase dezenove horas, … olhei para Sandra com o olhar de um homem feliz e satisfeito. Ela se aproximou de mim e depois de abraçar-me com força beijo-me carinhosamente nos lábios agradecendo pela deliciosa tarde com que eu a havia presenteado. Sorri para ela dizendo-lhe que aquela tarde e aquele “sexo não convencional” foram as melhores coisas que haviam acontecido em minha vida nos últimos anos.

“Podemos repetir quando você quiser, meu bem” - Sandra disse essas palavras com um enorme e convidativo sorriso nos lábios (e que lábios!), soando mais como uma promessa do que como um convite. Eu sorri meio encabulado e sem saber o que dizer – afinal, aquela tarde merecia ser repetida por muitas vezes – limitando-me apenas a agradecer-lhe mais uma vez.

Paguei a conta do motel e esperei que Sandra saísse primeiro e depois rumei para o meu carro. Estava dirigindo de volta para casa, já que de nada adiantaria querer retornar para o escritório naquele dia (perde-se de um lado, mas ganha-se de outro!), quando meu celular vibrou dentro do bolso anunciando uma mensagem de texto; era a “garota do golpe”; sua mensagem era curta e objetiva: “E aí! Não vai mais falar comigo! Tá bravinho, tá?”. Tive vontade de gargalhar com aquela garota patética, … ela estava realmente se achando a última bolachinha do pacote! Que metida! Quando parei em um semáforo, respondi a mensagem digitando com destreza a fim de não perder tempo mais com aquela vagabunda. Enviei a mensagem que dizia: “Bravinho! Não meu bem, não posso estar bravinho já que estava trepando a tarde toda! E quer saber do que mais: dane-se!”.

Continuei com meu trajeto enquanto o celular vibrava enlouquecido deitado sobre o banco do carona. Ignorei as várias mensagens que vieram, pois eu sabia a origem de todas elas. Quando estava próximo de casa, abri a caixa de mensagens e constatei que havia umas vinte (!), … mas, ao final a última era de Sandra. Abri ávido de curiosidade para lê-la. Fiquei extremamente feliz com aquela mensagem que fazia do meu dia um dia muito especial.

“Oi, docinho! Espero que você tenha gostado dessa nossa tarde, porque eu adorei! Quero mais, viu! Quando você quiser dominar ou ser dominado, me liga tá! E vê se não me esquece, porque eu não vou te esquecer, … delícia de macho!”.

Antes de entrar em casa fiquei pensando que ligações erradas, as vezes podem ser muito erradas, … ou ainda muito certas!

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