Olá pessoas, tudo bem com vocês? Bom aí vai mais um episódio de Mystic Falls, e espero que vocês gostem.
:)
-Não acho que deveria estar aí Tomas, não é esse meu lugar, e você sabe muito bem disso. – Disse Sam com os olhos abaixados enquanto Sr. Tomas, seu mordomo e ex-amigo íntimo de seus pais o ajudava a ajudava com a roupa antes da entrada da grande noite- Eles gostariam de Representar Pagford lá, não eu.
-Você vai sair bem, Sam, sempre se saiu- Disse ele com um tom calmo e baixo- você tem um dom de pressentir quando as coisas estão favoráveis ou quando estão ruins.
-Quando estão ruins...
Sam se lembrou daquela tarde, em que a nevasca caia muito intensa lá fora, mas ele estava lá dentro protegido, dessa nevasca assustadora, com apenas 11 anos tinha uma inocência e carência muito grandes.
-SAM! –Gritou a mãe- SAM! Eu preciso... De um favor... Por favor, venha à cozinha- Falou ela abaixando o tom aos poucos.
-Ok mamãe, já estou indo.
Sam amava seus pais mais do que qualquer outra coisa na vida, conseguia se identificar no rosto belo, cabelos pretos, e corpo esbelto da mãe e na altura, olhos grandes e força do pai. Era muito feliz ali.
-Sam, queremos que nos faça um favor- Falou o pai naquele tom carinhoso, porém autoritário.
-O que?
Sua mãe tirou um pequeno cristal do bolso, e tocou com ele na testa de Sam, o Cristal entrou em sua testa como se fizesse parte dele.
-Uau – Disse o garoto espantado, se sentia feliz quando o cristal foi unido a ele.
-Bom precisamos de outro favor e rápido!- Disse a mãe apressada.
-Precisamos de alguns amuletos aqui, e que você vá compra-los para nós, porém será que você irá conseguir com essa nevasca?
Sam pensou um pouco, estava tão protegido... Mas não iria recusar esse desafio. Iria custe o que custar. Foi vestir suas roupas de frio e voltou para sala.
Estava de partida quando o pai falou em um tom alto:
-E o nosso abraço?
Os três se abraçaram e disseram que o amava, ele retribuiu o carinho.
Tomas o acompanhou, quando estavam descendo aquela enorme montanha de neve, segurando na mão de Tomas que não era tão alto e nem tão forte, apenas simples com seus cabelos cinza e seus olhos pretos.
De repente, ele sentiu como se o universo tivesse parado e ele estivesse ali, o único que se movia, ele soltou um grito estridente e queria voltar correndo para casa, mas Tomas segurava firme em sua mão, e ele gritava:
-TOMAS ACONTECEU ALGUMA COISA!! POR FAVOR VAMOS VOLTAR!!
-Não posso deixar você voltar Sam – Falou em tom calmo-
Sam fez muito esforço e, se desmaterializou como se fosse um fantasma, atravessando a mão de Tomas e voltando correndo ladeira acima.
-SAM! – Gritou Tomas.
Quando Sam finalmente pode ver sua casa já era tarde, ela estava destruída, não via seus pais, e suas lágrimas de desespero derretiam a neve como fogo, foi correndo para entrar, porém em volta da casa tinha uma barreira mágica em que não o deixava passar, ele gritou, quando misticamente a neve parou de cair e no lugar começaram a surgir flores, foi como se o universo estivesse mudado as estações propositalmente, a rotação da Terra já não importava mais, isso era tão lindo e tão trágico.
Todos os seres em Pagford, inclusive Tomas, sentiu a forte energia cósmica, parecia vir de um mago incrível, mal sabiam eles que era só de um garotinho com a dor de perder seus pais.
Sam saiu correndo para o meio da floresta de Pagford e derretia a neve por onde ia, as árvores diminuíam suas raízes como se sentissem a sua presença. Ele sentou em uma raiz de árvore e ela enroscou levemente em seu pé como se estivesse o abraçando e o consolando. Quando Sam ouve um barulho, por entre as árvores, porém ignora e continua chorando.
-Ah está tudo bem?
Um garoto, ele era de Fields, dava pra sentir, não sabia certeza, porém ele tinha certeza que era.
Ele abraçou Sam, e o mesmo se reconfortou em seu peito, lá era tão quente, ele parecia que usava várias blusas, mas estava apenas com uma camiseta fina, descalço e um moletom surrado. Sentiu-se confortável, não queria sair dali nunca.
-SAM! SAM!
-Tomas!!- Alertou Sam.
-Eu tenho que ir... – Falou o menino misterioso já se preparando para ir embora.
-Espera, o Tomas é uma boa pessoa, quem é você?
-Iremos nos encontrar de novo, não se preocupe, eu posso sentir o seu cheiro... Sam.
Ele saiu correndo em uma velocidade enorme. Sam ficou parado imaginando quem seria esse garoto, e porque estava tendo uma sensação estranha no estômago.
-Achei Você, vamos. –Disse Tomas o abraçando-
Os corpos dos Pais de Sam foram enterrados e o funeral foi muito triste, os túmulos foram envoltos com uma barreira mística escrita: “Frosts” – Mamãe e Papai obrigado por tudo, amos vocês eternamente.
Sam cresceu, treinou duro, se tornando um dos habitantes mais poderosos de Pagford. O último membro da família Frost.
-Está na hora Sam – Falou Tomas sorridente.
-Desculpe estava perdido em meus pensamentos.
-Boa Sorte.
-Obrigado por tudo Tomas. –O abraçou.
-De nada, ver você crescer foi minha maior satisfação. – Disse Tomas com os olhos marejados. – Vá.
-Ok.
Ele foi, caminhando por um corredor até chegar a uma porta enorme, suspirou fundo e a abriu.
