Quando acordei abri meus olhos, o quarto estava escuro. Estranho, minha ultima lembrança era que estava abraçado no Gabriel, com minha cabeça em seu peito. Sentei, olhei em volta, me levantei caminhei ate a janela abri a cortina logo os raios de sol adentraram por ela iluminado o quarto que dava para os fundos da casa tinha uma piscina enorme com uma mesa de praia um deque. Arrumei a cama fui ao banheiro tomei um banho fiz minha higiene me sequei enrolei a toalha na cintura quando sai do Box dei de cara com o gabi. Entrando no banheiro Ele estava com a carinha toda amassada passando a Mao no rosto sem camisa usava apenas um calção de jogador com uma toalha no ombro quando me viu abriu aquele sorriso vindo me dando um abraço
Gabriel: - bom dia maninho acordou cedo caiu da cama?
Era tão bom senti seu corpo quente junto ao meu ele tinha um cheiro muito bom, não era de perfume era seu cheiro próprio que ele avia adquirido através dos anos. Quando ele se afastou foi como se o sol deixasse de existir na terra seu calor estava se tornando meu sol.
Rafa: - não como estudava pela manhã meu relógio biológico se adaptou.
Gabriel: - tudo bem como foi sua primeira noite de sono na sua casa nova?
Rafa: - foi muito boa não tive pesadelos. Mais vem Ca que horas você foi embora não me lembro.
Gabriel: - ele deu uma risada muito gostosa: - você estava muito cansado mesmo, acabou dormindo no meu peito quando acabou o filme ti coloquei no travesseiro desliguei tudo e fui pro meu quarto.
Rafa: - me desculpa apaguei não me lembro de nada.
Gabriel: - tudo bem você tem um sono bem tranqüilo quase não ouvia sua respiração. Vou toma banho pra gente tomar café o pai e a mãe já devem estar na cozinha.
Quando ele terminou de falar sem cerimônia tirou a o calção ficando pelado na minha frente não vou negar que me senti atraído por ele, seu corpo todo liso com uma camada fina de pele clara quase translúcida Gabriel era todo defino não era forte tinha seus músculos todos no seu devido lugar era uma perfeição. Disse a ele que ia colocar uma roupa e desceria, ele disse que não ia demorar já descia também. Entrei me senti estranho meu coração ficou acelerado por causa da imagem do gabi nu, tratei logo de tirar isso da cabeça coloquei uma roupa e desci cheguei à cozinha dona Ângela e seu Rodrigo já estavam sentados quando me viu se levantou venho me deu um beijo.
Ângela: - bom dia meu querido dormi bem?
Rafa: - bom dia dormi sim.
Dirigi-me até seu Rodrigo lhe dei um beijo no rosto ele retribuiu com um beijo e um abraço me sentei logo Gabriel chegou e começamos toma o café à medida que foram conversando fui percebendo que era uma família harmoniosa que agora fazia parte. Depois do café meus novos pais saíram para trabalha Gabriel ficaria para me fazer companhia sendo que estava de feria da faculdade perguntei pro gabi em que eles trabalhavam. Ele me disse que ambos eram advogados, seu Rodrigo trabalhava para uma grande multinacional e dona Ângela tinha um escritório. Pela manhã Gabriel me levou para conhecer seus amigos, ele todo orgulhoso me apresentava como seu irmão mais novo sempre me abraçando, adorava seu modo de me tratar sempre sendo atencioso carinhoso. Fui apresentado a sua namorada senti de cara que ela não foi com minha cara, pois gabi me dava mais atenção do que a ela, sempre me perguntando se queria algo, fazendo as minhas vontades sem se importa com ela
Comecei a ter aulas particulares com uma professora e uma vez por semana ia uma psicóloga para ver como estava meu estado mental. Se a violência tinha me afetado, sendo que a única coisa que me deixava apavorado era os pesadelos que tinha a noite sempre vindo à imagem daquele monstro em cima de mim me violentando, sempre quando acordava assustado meu nariz escorria sangue a psicóloga disse que criei um trauma associado a isso que meu corpo não distinguia a realidade com sonho, por isso ele usava esse mecanismo de defesa fazendo meu nariz sangra. No começo era freqüente mais a media que ia tendo as consulta me abrindo contando meus medos e angustia, ia se tornando cada vez menor.
Os meses foram passando estava feliz voltei a estudar, Gabriel se transferiu do turno da tarde para manhã, assim poderia me levar e me buscar todos os dias no colégio. À tarde fazíamos a maior bagunça, coitada da dona Carmem sempre fazia nossas vontades. E assim um ano se passou. Um belo sábado de sol dia que dona Carmem não trabalhava. Gabriel avia combinado de me levar para o aniversario do caio um amigo dele. Estava no meu quarto procurando uma camisa que eu amava, era um presente do gabi tinha um desenho de um anjo, era meu bati enxuga comecei chamar.
Rafa: - mãe, mãe. Cadê minha camisa azul, aquela com estampa de um anjo.
Enquanto procura no guarda roupa sem percebe ela parou na porta do meu quarto ficou me olhando com os olhos molhados.
Rafa: - o que foi mãe aconteceu alguma coisa?
Ângela: - ela colocou uma Mao na boca, vi uma lagrima rolar por seu rosto: - o que foi que você me chamou?
Rafa: - de mãe, posso te chamar assim de minha mãe.
Ela venho me abraçou chorando, seu perfume era tão bom, perfume de mãe sabe. Retribui o abraço ficamos assim por vários minutos, naquele momento através dela senti o que era ser aceito por uma pessoa que você acolhe no coração. Ela avia me aceitado como filho dês do dia em que entrei por aquela porta, só faltava eu aceita-la como mãe. Foi natural ela nunca me exigiu nada.
Mãe: - ha meu filho eu esperei ansiosa por esse dia em que você me chamaria de mãe.
Rafa: - já estava chorando: - me desculpa se afiz esperar tanto?
Ame: - ela saiu dos meus braços limpado as lagrimas que rolavam do meu rosto: - não se desculpe eu esperaria o tempo necessário se fosse preciso.
Isso o gabi entra no quarto gritando para eu descer que não me esperar seu demorasse muito quando ele vê aquela sena levanta uma das sobrancelhas perguntado se avia acontecido algo eu minha mãe só nos olhamos e sorrimos.
Gabriel: - qual foi à graça por que vocês estão chorando.
Mãe: - nada não filho, estamos conversando e teu irmão se lembro de sua mãe.
Gabriel: - sei vamos se não os guris comem toda a carne.
Rafa: - já to indo mano deixa achar aquela camisa que tu me deste, se lembra que tem um anjo na frente.
Mãe: - esta na segunda gaveta filho.
Peguei-a coloquei, passei perfume dei um beijo e um abraço nela e saímos disparado para o carro. Aniver. Do caio foi muito divertido os guris faziam palhaçada o tempo todo o dia passou tão rápido que nem vimos passar, quando vimos já era noite o eu e gabi nos despediu e todos voltamos pra casa. Quando chegamos só deu tempo de tomar um banho e cai podre na cama.
Quando completei meus quinze anos saímos para um jantar num restaurante o mais chique da cidade, só agente em família o pai (sim agora eu consigo chamá-lo de pai) me lembro que o dia que eu o chamei assim foi quando ele estava no escritório de casa à mãe pediu pra chamar para jantar cheguei abri a porta e disse.
Rafa: - pai a mãe esta chamando para jantar: - só vi a cabeça dele se erguendo atrás do monitor do computador baixou um pouco os óculos e sorriu e disse.
Pai: - já vou meu filho; - Eu sorri e sai.
Ele me deu um relógio de aço muito lindo de uma marca bem famosa, minha mãe me deu um tênis que avia comentado com ela que vi no chopping quando fomos ao cinema. Meu mano me deu uma corrente de ouro com minha inicial R e atrás estava escrito (meu anjo), pois eu sempre o chamava de meu anjo. O jantar foi uns dos momentos mais felizes da vinha existência.
Dois meses depois estava no meu quarto lendo um livro o caçador de pipas quem não leu eu indico. Identifiquei-me muito com o (hassan o menino de lábio leporino). Quando o gabi entrou vi no seu rosto uma tristeza muito grande na hora meu coração se apertou, ele venho se deitou do meu lado colocando a cabeça no meu ombro, ficou em silencio por uns minutos eu estava muito nervoso já não consegui me concentra no livro quando ele quebra o silencio e me diz.
Gabriel: - mano preciso falar com você.
Pronto senti o peso de suas palavras, algo estava pra acontecer, sua alma estava angustiada triste. La no fundo eu sentia que ia me entristecer aquilo que ele ia me falar.
Continua.
