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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:
http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html
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Dois dias após dormir com o Dan na varanda, a mansão ficou pronta para minha mudança. Era uma sexta-feira quando me mudei. Estava tudo conforme eu desejava. O Mário havia assumido o comando da segurança, A Fi tinha vindo trabalhar comigo e a Auxiliadora continuava sendo um anjo. Foi dela a idéia de contratar guardas que também servissem de motorista. Então, como sempre haviam pelo menos dois cuidando da casa, sempre podia sair um e me levar para algum local que eu desejasse. Tinha motorista em tempo integral sem custos adicionais além de um aumento para os guardas.
Rodei várias partes da casa, resolvi usar o escritório da minha mãe como meu, até porque ele ficava super próximo do meu atual quarto. Transformei o escritório grande, do meu pai, que ficava embaixo, em um misto de biblioteca e sala de estudos e reuniões.
A cama da suíte principal da mansão continuava tão confortável como eu me lembrava. E, não sei o que a auxiliadora mandou fazer nela, que não parecia que tinha ficado parada sem conservação vários anos. Estava deitado nela naquela sexta-feira a noite, mais uma vez pensando nas muitas loucuras que tinham me acontecido. Não quis que o Dan viesse dormir comigo naquele dia. Queria curtir sozinho aquele primeiro fim de semana sendo dono daquilo tudo. Estava pensando se tinha sido uma boa ideia porque de repente lembrei que desde aquele domingo que eu não transava, e estava sentindo falta. Imaginei como não seria excitante ser comido naquele quarto tão finamente decorado. Mas quando pensei nisso, imaginei o Yoh, ele combinava melhor com aqueles ambientes refinados que o Dan. O Dan era mais cru, mais bruto, ainda tinha muito a ser lapidado.
Pensar nos dois dobrava o meu tesão, pensei em chamar o Dan, mas seria ir contra ao que eu mesmo havia falado. Mas eu queria dar, e queria muito. Liguei para o Yoh.
- Alô? - Ouvi a voz dele do outro lado. - Caio? É Você mesmo?
- É sim, tudo bem?
- Tudo, o que está pegando?
- Nada, é que, bem, na verdade eu queria dar para você.
- Nossa, está aprendendo a ser direto hein?
- Estou aprendendo muitas outras coisas.
- Como está curitiba?
- Curitiba?
- Sim, não é onde você está não?
- Claro que é, eu não tinha ouvido direito.
- Então, quando você vem aqui me comer?
- Não sei, só posso viajar após três meses e meio, quando o curso dá uma pausa de 15 dias.
- Vou esperar. Tchau.
- Tchau.
Desliguei. Nossa conversa foi muito seca, pensei que talvez conversássemos algumas sacanagens mas o tom de voz dele não era convidativo para isso. Eu bem que podia visitar ele, mas também havia o colégio. E eu ainda precisava pensar no vestibular, todo aquele dinheiro não me compraria um diploma. Quer dizer, até compraria, mas não era dessa forma que eu queria um. Matei o tempo vendo blogs de caras amadores nus e garotos de programa.
No sábado a Auxiliadora veio me visitar e disse que os relatórios que eu pedi estavam prontos e que eu poderia ir segunda à empresa para ouvir esclarecimentos diretamente dos diretores da administradora. Ela perguntou que horas eu gostaria de me reunir com eles e marquei às 14h00min.
Foi também no sábado que a Fi resolveu pegar todas as minhas coisas no apartamento velho, aproveitando o último dia que trabalharia lá e que teria acesso. Ela foi no meu carro, com o Mário e mais um rapazinho que trouxe para ajudar, que era vizinho dela. Incrivelmente, meu pai e meu irmão não tinha dado fim em nada e pude recuperar tudo que havia deixado. Estava no meu quarto ainda na cama quando a Fi chegou e disse que o rapaz que a ajudou iria trazer as coisas até lá em cima.
Estava na cama esperando quando ele entrou. De início nem olhei para ele, ele me deu bom dia e eu respondi sem olhar. Na segunda viajem que ele veio com minhas coisas, eu ia pedir para ele dar um recado à Fi e quando olhei esqueci até o tal recado. Ele era lindo, moreno da cor do pecado, cabelos extremamente negros e os olhos castanhos, era bem musculoso, de chamar atenção, fiquei impressionado com a aparência dele e ao mesmo tempo, o achei bastante familiar, mas não sabia de onde.
- Qual é o teu nome?
- Victor. - Respondeu de cabeça baixa.
- Você tem algum problema no pescoço Victor?
- Não.
- Então porque não olha na minha cara?
Ele muito envergonhado me encarou.
- Você mora perto da Fi?
- Sou conhecido de uma vizinha dela.
- E você faz o que da vida?
- Nada, só bicos, quer dizer, terminei os estudos e estou procurando alguma coisa.
- Tem certeza que faz só isso?
- Tenho. - Confirmou seriamente.
- E vender o corpo é o que para você? Um estilo de vida? - Falei virando a tela do meu notebook e mostrando uma foto dele pelado que tinha visto na noite anterior.
Ele nada disse.
- O gato mordeu tua língua?
- Não.
- Então fala algo.
- Falar o que?
- Você é mesmo garoto de programa?
- Sou.
- Então fecha a porta.
Eu não acreditava que o universo tinha me mandado aquele cara que eu admirei na noite anterior direto para o meu quarto. Esqueci de Yoh, de Dan, de todo mundo, aquilo não poderia ser por acaso, ele ia me comer.
Ele fechou a porta e se aproximou de mim.
- Quanto você cobra?Falou ele.
Tirei uma nota de 100 e coloquei na cabeceira da cama.
- Essa aí é toda tua, é só me comer como se fosse a última coisa que você fará na vida.
Ele tirou toda a roupa, tinha um pau bem escuro e grande, daqueles que fazem um volumão mesmo para baixo. Peguei, estava meia bomba, e comecei a chupar. Tinha um gosto suado, porque ele estava carregando coisas a manhã inteira, mas logo ficou completamente duro. A cabeça da rola dele era uma coisa descomunal, muito desproporcional ao resto, eu tinha ficado impressionado com as fotos e mais ainda agora, ao vivo. Fiquei imaginando como aquela coisa enorme ia doer quando fosse enfiada em mim, quando a Fi bate na porta.
- Caio. Caio. O que está acontecendo ai dentro meu filho?
Ela devia estar com medo do garoto estar me matando ou algo assim.
- Nada, Fi. - Falei tirando um pouco a rola da boca. O Victor amoleceu o pau com o susto. - O Victor está consertando minha pia. Ele sai já.
A Fi devia saber de mim e deve ter desconfiado de que pia eu estava falando e desceu. Mas aquela situação tirou o meu tesão. Dei os 100 reais ao Victor e peguei o celular dele, disse que se precisasse depois o chamaria.
Quando ele desceu fiquei com uma leve dor na consciência, um cara tão legal como o Dan afim de mim e eu oferecendo dinheiro a um cara que acabei de ver por sexo. Eu não sou desse jeito, recriminei a mim mesmo. Esse foi um momento em que tive medo de me degenerar, de deixar o dinheiro me subir à cabeça.
O Victor não voltou a subir, acho que foi culpa da Fi. Quando desci para ver se o via, ele já tinha ido embora. Apenas subi para dormir. Tirando esse evento o final de semana passou tranquilo. O Dan entendeu minha mensagem e sequer me ligou, o que me deixou impressionado. Na segunda foi a primeira vez que fui à escola com meu motorista. E foi recompensador. Notei vários olhos impressionados quando aquele carro preto blindado parou em frente ao colégio e eu desci. Aquela pompa toda não era necessária, mas eu gostava dela.
O Roney e a Samia mais uma vez me ignoraram. A Samia era café com leite na história, mas o Roney ainda me pagaria, eu apenas ia cuidar das merdas grandes primeiro, depois me ocuparia de um merdinha como ele.
Quando sai do colégio, fui direto para a empresa, queria tempo para ver como as coisas funcionavam. Quando entrei na administradora todos já sabiam quem eu era. Apenas deixei minhas coisas de colégio na minha sala – que achei linda, era bem espaçosa, com uma mesa enorme, computador e vários objetos de decoração legal. Achei que devia ter sido a sala de algum diretor importante, mas não me importei com isso.
A administradora era uma sala enorme com vários guichês onde tinham cerca de 15 pessoas trabalhando e um corredor interno onde havia sala de convivência, sala de reuniões e as salas dos diretores. Fechei a porta da minha sala e resolvi explorar o sistema informático da admnistradora até a hora da reunião. Os diretores estavam todos almoçando e por isso nenhum deles me recebeu pessoalmente. Estava completamente absorto nos dados que vi no computador quando ouço uma batida na porta.
- Pode entrar. - Falei. Mas a resposta foi apenas mais uma batida.
Foi então que lembrei que havia passado a chave. Levantei e fui abrir. Tomei um susto enorme pois dou de cara com meu pai, ele me empurra para dentro da sala com violência, fecha a porta da sala novamente, me pressiona pela gola da camisa na parede e com o cano de uma arma no meu queixo, esbraveja:
- Eu vou te matar pelo que você fez com o meu filho. SEU DESGRAÇADO.
Continua …
P.S: Até amanha.