Dois anos depois...
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Rafa acordou naquela manhã, sentindo um beijo quente e demorado em seu pescoço. Sorriu e se virou para trás matreiramente.
-Bom-dia, Uckerman. -Brincou.
-Bom-dia, anjo. -Christopher sorriu e o beijou.
Desceram para o café da manhã sorridentes e abraçados, rindo.
-Já de pé?-Adelaide apareceu, fazendo uma reverência aos patrões. -Achei que hoje ficariam na cama até mais tarde, pois é feriado!
-Não, é que temos planos para esta manhã. -Rafa respondeu, trocando um olhar divertido com o marido.
-Mas vão tomar café?-Adelaide perguntou com um sorriso.
-Sim. Pode nos levar duas bandejas até o jardim?-Christopher disse.
Adelaide assentiu e se retirou.
O casal sorriu e caminhou até o lado de fora da mansão. Foram até uma pequena mesa que havia perto do Borboletário, colocada ali à mando de Christopher, pois quase todos os dias o casal tomava café no jardim. E se sentaram perto um do outro, abraçados.
-Te amo.- Rafa falou, beijando-o no rosto, e depois na boca.
Chris sorriu, encarando o céu azul.
-Uau, quando eu iria imaginar que em menos de um ano minha vida iria mudar assim? -Murmurou. -Há dois anos atrás eu não passava de um eco humano, uma sombra. Vivia afogado numa escuridão sem fim. Minha alma era obscura, meu coração uma pedra de gelo. Eu não tinha mais nenhuma esperança para viver. -Ele olhou nos olhos de Rafa. -Quando você apareceu em minha vida, foi como se eu visse a luz pela primeira vez. Mesmo que você me odiasse, que as coisas fossem difíceis... Você era como um sopro de vida.
O ruivo sorriu.
-Foi você quem me trouxe esperanças de volta, Rafa. Você foi como a cor que aparece num filme preto e branco. Você derreteu o gelo que eu carregava por dentro.
Rafa olhou para a mansão, pensativo.
Quando chegara naquele lugar tudo era escuro e sem vida. No lugar do jardim florido que agora habitava o lado de fora, só haviam terra e pedaços de grama seca.
O interior da mansão, Rafa lembrava perfeitamente, parecia algo mal-assombrado. Tudo em preto e marrom, estátuas sinistras.
Agora tudo estava completamente diferente. O lado de fora da mansão, que antes era marrom e negro, agora estava pintado com cortes claras, repleto de plantas.
O interior da casa também; não haviam mais quadros ou estátuas escuras e tristes. E sim coisas coloridas e alegres.
-Lembro-me que antes de nos conhecermos no noivado, eu o vi, Rafa.
O ruivo olhou para Christopher.
-Me viu?
-Sim. -Ele sorriu. -Você ainda era novo, tinha 15 anos... eu o vi numa festa na casa de seus pais. Lembro que Fernando havia me convidado para vê-lo, já que na época você já era prometido à mim. Não fiquei muito na festa, por isto você não me viu... Eu estava indo embora, quando tive a visão mais bela e inocente do universo. Você prendeu todas as minhas atenções, e mesmo que eu tivesse visto apenas um flash de você, me fixei. E naquela hora soube que você seria meu, de mais ninguém, e eu o teria para mim nem que tivesse que ir ao inferno.
-Eu não sabia. -Rafa abraçou-o.
-Quando você começou a me amar? -Chris perguntou alguns segundos depois.
-Quando vi que você era diferente do que queria demonstrar. -Ele sorriu. -Quando eu realmente percebi que por trás desta amargura havia um homem generoso e alegre. Quando eu vi que havia um verdadeiro Christopher para se amar.
Ele colou a testa na dele.
-Meu pequeno.. Meu bem..
Ele sorriu, o coração palpitando, e o beijou demoradamente.
-Amor, posso lhe perguntar algo? -Ele murmurou em seguida, recostando-se no peito de Christopher.
-Claro.
-Porquê este borboletário é tão importante para você? Porque em meio à escuridão em que você vivia, você ainda manteve esta coisa tão cheia de vida?- Nesses dois anos Rafa não tinha tocado nesse assunto.
Christopher suspirou.
-Na cidade onde meus pais moravam, e que eu e Llana ficamos por anos, nós tínhamos uma mansão tão grande quanto esta. E minha irmã tinha um borboletário, que ela cuidava como se fosse a coisa mais importante. Quando eu vim para esta cidade, mesmo sozinho e amargurado, eu senti que de alguma forma precisava de algo para continuar vivendo. Até mesmo uma lembrança. Então construí este borboletário em memória de Llana. Por isso seu retrato era guardado lá dentro.
-Entendo. -Rafa pegou a mão do marido com meiguice.
Christopher sorriu para ela.
-Nunca em meus 23 anos de existência, pensei que pudesse chegar a amar alguém como amo você, Rafael.
O ruivo olhou para ele, emocionado.
-Porque está me dizendo isto de repente?
-Para que você saiba que é a coisa mais importante. Você foi a mão que me puxou para cima quando eu estava afogado num poço de escuridão. Mesmo que eu não merecesse, você esteve do meu lado oferecendo sua bondade e sua ternura. Te amo, Rafael .Nunca imaginei que pudesse haver alguém que me completasse desta forma. Uma criaturinha tão pequena e frágil ...mas ao mesmo tempo doce e generosa. Roubou meu coração.
-E você roubou o meu. -Ele sorriu.
Chris pegou a mão dele e beijou.
-Sua mão é tão pequenininha... -Observou a mão dele. -Tudo em você é perfeito.
Ele riu.
-Te quero muito. -Murmurou, abraçando-o em busca de proteção.
Os dois foram despertados por uma foz infantil.
-Papai... Papai
O menino ainda de pijama corria na direção de Christopher e Rafael com os braços abertos. Lucas era o nome do pequeno que foi adotado logo após o incidente com Alan, Lucas já estava com 9 anos. Seus cabelos loiros como os de Christopher dançavam com o bater do vento, e seus olhos azuis perfeitos como o de Rafa.
-Meu filho, você nem tirou o pijama...- Christopher o repreendeu abraçando.
-Pensei que tinham se esquecido! –Lucas respondeu corando, Rafa passou a mão nos cabelos no filho.
-Como que iriamos esquecer do nosso dia em família? Agora sente-se aqui. – Rafa puxou uma cadeira e colocou Lucas sentado. – Que logo vamos ao zoológico!
Christopher olhou com admiração para Rafa e o puxou para um beijo. E começaram a tomar o café da manhã em família.
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-Isto é uma coisa que não se vê todo dia. -Adelaide murmurou com um criado, observando os patrões de longe. -Um amor desse jeito, é raro. Amor além das dificuldades, além do exterior, além dos defeitos... Um amor em que realmente uma alma completa a outra.
-É verdade. E como são diferentes um do outro! -O outro criado comentou. -Como podem se amar tanto sendo opostos?
-O segredo do verdadeiro amor está aí, meu caro. -Adelaide sorriu. -Pessoas iguais se ignoram, como experimentos de mesma substância. Já quando opostos, se juntam para poderem se completar. Rafael sendo tão frágil, doce e bondoso... Conseguiu ajudar Christopher em seu pior momento, trazendo-o de volta à vida. Sem ele, Christopher ainda seria aquele ser humano cruel e sem sonhos. Rafa foi como um anjo mandado pelos céus, para que tirasse Christopher da escuridão e para que derretesse o gelo de sua alma com toda a sua meiguice e ternura.
O outro criado assentiu.
-Bem, vamos voltar para dentro. Temos ainda que providenciar o almoço. -Adelaide disse, limpando as mãos no avental e entrando de volta na mansãoErondine fizera uma visita à Rafa e Christopher no dia seguinte, para tentar semear a discórdia como sempre.
Porém, ao ver como o casal estava feliz, e como Christopher estava apaixonado, se decepcionou e resolveu não se meter mais.
Apenas deu a notícia de que voltaria a trabalhar no exterior, desejou Boa Sorte ao casal, e partiu um dia depois.
Erondine nunca se casou, e todos os seus namoros foram um fracasso. Sempre que os homens viam como ela era de verdade, uma mulher invejosa e manipuladora, se afastavam.
Tia Muriel viveu sozinha até sua velhice. Esperou que Erondine retornasse, mas a filha nunca voltou.
Jack virou um gato robusto, da alta sociedade, e alguns meses depois teve dez filhotinhos com uma gata siamesa, mascote de uma das famílias mais importantes da cidade.
Maite ficara com a mansão só para si depois da morte de Alan. Entretanto, não ficara muito tempo sozinha.
Semanas depois de saber que ficara viúva, conheceu um rapaz muito carismático e alegre na cidade.Seu nome, Daniel Chávez.
Namoraram por cerca de um ano, e logo Daniel a pediu em casamento, ela engravidou de gêmeos.
Maite e Rafa tem uma amizade fortíssima até hoje.
Após a conversa com Christopher, e pós saber que Rafa quase fora morta por Alan, Fernando passou a valorizar o filho. Pediu perdão por todos os anos de indiferença, e tentou reconquistar o amor de Rafa o que não foi facil.
No começo foi difícil, mas depois Rafa o perdoou e finalmente se tornaram a família que nunca haviam sido. E tudo graças a Christopher.
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Fim?
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O amor não tem fim\\----\\-----
Meus amores eu vou sentir saudade desse conto, sei lá foi tão bom, e eu pensando que vocês não iriam gostar... Estava totalmente enganada, tipo assim muito obrigada mesmo gente! Alguns estão pedindo segunda temporada, eu prometo que penso com carinho tá?
Enquanto isso eu vou começar um outro conto kk sei que não vai nem chegar aos pés desse, mais quem quiser acompanhar vamos manter contato ok? Vou colocar a sinopse no final...
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ROKKEIRO, Andgar, Edu19>Edu15, J. Pedro, Lucas M., Theusrecifenses2, coelinho33, louco_de_Amor, gads1, JOAOPAULO, $Léo$;), Geo Mateus, Só você, marlinho:-D, agatha1986, Amante de Séries, lipe31, Ru/Ruanito, neneu, Yld, +@doni@+, CrazyNerd, LucasBH, Amores_juniores, Hericks, foguinho99, Tay Chris, stahn, richzach, rb_pr, diiegoh', Wanderson 16, Orfeu37, pri'h*-* , Fael Leafar, Otilia Sabrina, laynew..... E você né (Al) não podia esquecer, gosto muito de ti <3
Se eu esqueci de alguém desculpa kkk><
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Uma vida
Já tinha se passado seis anos, desde que eu deixei o Brasil para tentar a vida Londres. Minha vida mudou drasticamente, sempre senti muita saudade dos meus amigos e do meu ex-namorado... Será que o Edu ainda se lembra de mim? De todos aqueles momentos felizes que passamos juntos?
Foi tão difícil ver, ele chorando sentado na praça enquanto eu me afastava. Mais eu não podia simplesmente contar para ele o motivo da minha viagem e abraça-lo, ele não entenderia. Eu sabia que as minhas chances eram mínimas, mais eu sempre tive esperanças que o tratamento ai dar certo e eu poderia me curar, e viver finalmente em paz com ELE.
E foi o que eu fiz, e estou de volta!
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Feliz dia do amigo meus amores s2