Porque depois de seis anos eu decidi voltar para o Brasil? Uma pergunta tão fácil, mais ao mesmo tempo complicadíssima de se responder, simplesmente eu não sei.
Terminei de fechar ultima mala, e peguei o porta-retratos que estava jogado em cima do meu travesseiro, e a lagrima escorreu pelo meu rosto mais logo a limpei. Era como se ele ainda estivesse ali comigo, sorri para a foto. Mais logo fui acordado de meus pensamentos.
- Gabriel, agente vai se atrasar. –Meu pai gritou do andar debaixo da casa. –O voo sai daqui a 45 minutos vamos logo!
-Já estou descendo Pai!
Guardei o porta-retratos e Destravei as rodinhas da mala e a arrastei, dei uma ultima olhada no meu agora antigo quarto e tranquei a porta por fora, desci a escada e logo estava na sala, meu pai estava sentado na poltrona lendo um jornal qualquer, com o seu óculos inseparável. Ele não tinha mudado muito desde viagem há seis anos, seus cabelos estavam um pouco grisalhos na frente e seu corpo continuava malhado, mais quando se sentava ou agachava aparecia uma barriguinha de Chopp resultado das cervejas aos finais de semana com os amigos, seu rosto estava com algumas linhas de expressão a mais por conta da idade. Eu pigarreei e ele levantou o olhar.
- Tem certeza que você quer fazer isso? Filho, nós podemos... – Eu o interrompi.
- Pai, eu já fugi uma vez! Dessa vez eu vou enfrentar.
- Você sabe que eu te amo e te apoio em tudo. - Ele se levantou e dobrou o jornal. - Pode contar comigo para tudo. –Pegou a minha mala e saiu arrastando pela sala em direção à porta.
- Pai... – Ele se virou e sorriu. – Eu também te amo.
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Eu olhei pela ultima vez para aquela casa que me abrigou por alguns anos e fechei a porta e entrei no taxi, que seguiu rumo ao aeroporto. Abri a janela do taxi e fechei os olhos sentindo o vento geladinho batendo em meu rosto, em alguns minutos chegamos ao aeroporto meu pai pegou as malas do carro e me entregou, pagou o motorista e entramos. Passamos por todas as burocracias e ficamos esperando sentados, o voo ser anunciado. Em dez minutos já estávamos caminhando para dentro do avião. Já lá dentro, e sentado olhei para janela e sorri triste. Finalmente agora sim irei começar novamente minha vidaMeu pai dormiu uma boa parte da viagem, eu consegui ficar acordado primeiras horas olhando as nuvens e as pequenas formas de florestas e casas, mais depois o cansaço me venceu e acabei dormindo.
...(Olhei mais uma vez para ter certeza se era aquilo que eu queria, seus cabelos castanhos estavam bagunçados porque suas mãos não paravam em cima deles. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, quando ele olhou em meus olhos notei seu desespero.
Corri em sua direção e o beijei, chupei seus lábios como se fosse uma fruta madura ele colou meu corpo no seu, minhas mãos quase que automaticamente se entrelaçaram em seus cabelos rebeldes, Eduardo mordeu meus lábios levemente ao mesmo tempo os acariciando com a língua, foi um beijo tranquilo e demorado que pode expressar o tamanho da nossa paixão.
Quando nossos lábios se separaram, vi que seus olhos estavam cheios de lagrimas, afundei meu rosto em seu pescoço e ainda abraçado a ele sussurrei.
- Me perdoa, eu te amo!
Soltei-me de seu corpo e dei meia volta indo de encontro ao carro do meu pai que me esperava, assistindo tudo apoiado no capô. Entrei no carro e logo o meu pai também entrou, e o carro começou se movimentar, olhei mais uma vez para traz e vi o meu Edu já sentado com o rosto enterrado nas mãos chorando.)...
Acordei assustado ainda no avião, olhei para a poltrona ao meu lado e meu pai ainda estava dormindo. Respirei fundo e limpei as lagrimas que teimavam em cair, desde o dia em que eu falei que queria voltar para o Brasil esse mesmo sonho do dia em que eu deixei o Edu, me persegue.
Abri a cortininha que tampava a janela e já estávamos pousando, respirei aliviado e acordei o meu pai.
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Saímos do avião e a primeira coisa que eu senti foi o calor do Rio de Janeiro. Sorri para o céu e entramos no primeiro taxi que apareceu, indicamos o caminho e o motorista gentil foi conversando o caminho inteiro conosco, passamos por praias e praças até chegar ao condomínio. O motorista ao contrario do, de Londres saiu de dentro do carro e nos ajudou com as bagagens quando chegamos à nossa antiga casa, ele nos deu o seu cartão e foi embora.
Virei-me e vi a casa em que eu passei a minha infância e parte de minha adolescência, destravei as rodinhas da minha mala e entrei logo depois do meu pai, como é bom estar em casaContinua?
Amores kk nem consegui ficar muito tempo longe de vocês, me digam o que acharam desse novo conto ok? O próximo vai ser maiorzinho...
Eu tava pensando, em fazer a segunda temporada da Você é só meu! Tem bastante gente pedindo ne... então vai ter sim segunda temporada, não sei quando vou começar a escrever mais vai ter!
Bjs amores s2