A História de Caio – Parte 64

Um conto erótico de Kahzim
Categoria: Homossexual
Contém 1263 palavras
Data: 27/07/2013 16:19:34
Última revisão: 14/08/2013 00:58:22
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:

http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html

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Pensei que o Dan se postaria ao lado do Yoh para mais uma vez me fazerem exigências sobre quem eu queria para me relacionar. Pensando hoje eu vejo como tive uma paciência enorme. Eu tinha acabado de ser dado como morto e ser acusado de ser um psicopata por um chefe criminoso que estava me caçando, mesmo depois de dividir a cama comigo e depois ser capaz de colocar o dedo na minha cara e dizer que estava espancando pessoas.

Minha cabeça ainda estava um turbilhão e eu nem tinha entendido o que significava aquele exílio do Yoh para com a Liana, como ele iria expulsar alguém da cidade, parecia algo tão medieval e ditatorial que eu nem imaginei que existisse. Com o tempo entendi que acima dos poderes constituidos do Estado, existem várias e várias camadas de poder, que não se submetem às leis comuns que todos estamos acostumados e que em certos níveis nem parecem coisa da nossa realidade, parece coisa que vemos apenas em livros e filmes.

Então após ver aquela demonstração de força do Yohan, ver o Dan se colocar ao lado dele e segurá-lo pelo punho foi uma coisa que certamente me impressionou.

- Yoh. - Falou Dan puxando o punho de Yoh como que para fazê-lo soltar minhas mãos. - Você não acha que ele já passou por coisa demais? Até agora a pouco você estava caçando ele feito um louco em busca de vingança com o orgulho ferido e eu, que devia protegê-lo não percebi que a ameaça era minha própria mãe, dentro da minha casa, mandando espancar pessoas sem que eu notasse. Você foi um otário com ele e eu fui um completo idiota. Nenhum de nós merece o amor do Caio e não temos o direito de pressioná-lo por nada.

O choque daquelas palavras me fizeram largar as mãos do Yoh olhar para o Dan.

- Dan. Eu …

- Não precisa falar nada. Eu sei os meus erros. Eu sei que você precisa de algo melhor do que eu. Sei que sou um moleque imaturo, que quer sexo em horas indevidas e não consegue nem te proteger de nada. O que eu tenho para te dar é o meu amor. E esse amor não te serviu nunca para nada. - Falou ele chorando. - Então não posso exigir que você me aceite. Eu já disse antes e digo novamente. Eu sempre vou voltar por você. Mas nesse momento entendo que o melhor é a distância de mim.

Ao falar essas palavras ele simplesmente se retirou. O Roney também foi embora e o Ramon estava se desculpando com a Samia pelo susto que tinha dado nela. Encarei o Yoh novamente mas ele não disse mais nada, apenas saiu logo depois, seguindo o Dan. O vácuo que senti logo foi substituído por um alívio, eu nunca fui bom em tomar atitudes em situações de pressão e provavelmente eu mandaria os dois irem se fuder bem longe de mim, ainda bem que o Dan me poupou disso.

Joguei-me com tudo no sofá, chamando a atenção do Ramon. Ele deixou a Samia de lado um pouco e falou comigo.

- E aê. Vai virar meu cunhado ou meu arqui-inimigo?

- Como?

- Ora, somos amigos agora, não somos? - Me perguntou me oferendo o punho fechado como sinal de amizade. - Pode falar o que anda rondando no seu coração.

- Só você mesmo, Ramon. - Respondi batendo com meu punho de leve no dele. - Olha, você realmente me surpreendeu. Como você consegue mudar de completamente insuportável para alguém tão legal dessa forma?

- Cara, a culpa não é minha. Você tem um ar de playboyzinho insuportável também. - Riu ele.

- Quer dizer que se eu não for seu cunhado viro seu inimigo?

- Zuando contigo, mas eu te aprovaria como cunhado. E isso é muita coisa. Agora deixa eu ir que tô com umas coisas atrasadas. Vem comigo Saminha?

Olhei assustado para Samia.

- Saminha?

Ele encolheu os ombros e saiu agarrado com ela. Logo a Fi se despediu também e o Sérgio foi deixar ela em casa. Fiquei novamente sozinho naquele casarão, envolto em meus pensamentos sombrios. Eu deitei e tentei dormir. O sonho não vinha. O Dan tinha razão, eu naquele momento não estava querendo nenhum dos dois por perto, embora os sentimentos continuassem ali. Fiquei refletindo sobre se é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Hoje tenho consciência de que não. Você pode amar um e ter pena do outro, amar um e desejar muito outro. Amar um e adorar a presença do outro. Amar um e ser obcecado por outro. Mas amar dois realmente não acontece.

Parando para pensar como eu tinha raiva do Carlos, do Flávio e do Mário pelo que me fizeram e como eu gostaria de eu mesmo ter me vingado, embora talvez nunca fizesse nada e certamente nunca faria o que a Liana fez. Mas eu me senti vingado sim, quando pensasse neles não iria chorar de raiva ao lembrar os males que me impuseram, iriam lembrar que embora eu tenha sofrido, eles pagaram por tudo. Com plena consciência de que ela foi longe demais e de que não agiu pela vontade de vingar o que me fizeram e sim para que o filho dela tivesse mais chances comigo, eu não podia sentir tanta raiva assim de Liana.

Quando Dan disse aquelas palavras, considerei que nosso namoro tinha ficado em estado de suspensão, ele entenderia se eu nem o quisesse mais ver. Eu estava livre para fazer uma escolha diferente da que fiz antes. Mas, que escolha eu faria? Eu era muito inexperiente ainda e precisava entender muitas coisas sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre mim mesmo.

Acordei como quem acorda de um sonho muito estranho. Procurei lembrar tudo que havia acontecido na noite passada, fazendo uma retrospectiva como que tentando descobrir o que realmente houve e o que de alguma forma a minha fantasiou. Era uma sexta-feira e eu precisa ir ao colégio. Seria um porre encarar o Dan, mas eu fui mesmo assim.

Não o vi o dia inteiro, sentei do lado da Samia, o Roney também mas continuamos a não trocar nenhuma palavra. Durante a aula a Samia me passa um papelzinho.

“Estou ferrada”

Respondi com:

“porque?”

“terminei com o professor, será que ele me reprova?”

“ele vai te reprovar porque você é burra, rsrsrs, se preocupa não, acho que o Claúdio é ético. A culpa disso é o R...”

“Ele mesmo, acho que xonei”

Não podia recriminá-la, apesar de enjoado, o Ramon era um garoto muito bonito. E sabia ser agradável quando queria. E se se bom de cama fosse genético, ele devia ser um arraso igual o Yohan. Era difícil pensar nele agora. E no Dan também, provavelmente eu passaria mais um dia pensando nos dois, quando sai do colégio para ir para casa, o carro que estava bem de frente, em uma área em que não se pode parar me chamou atenção. Era o carro de minha avó. Do lado dele em pé está a Lu.

- Lu. - Dirigi-me a ela. - O que você está fazendo aqui? Minha avó está no carro?

- Não, ela está na empresa, me mandou aqui te buscar pessoalmente porque você não estava numa reunião que foi marcada para agora de manhã.

- Minha avó nunca vai na empresa. O que houve?

- Você não está sabendo o que houve com seu pai?

….

Continua ….

P.S: o próximo já estou escrevendo, até as 17:30 ele está aqui.

:)

Ian.

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Comentários

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Tô curioso... Correndo ler o próximo! 10

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Obrigado Ka >< só dei minha opnião, mas fiquei feliz que vc leu.

Vo morrer de curiosidade até la ¬¬

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Seu pai morreu?

Está te prejudicando outra vez?

Será que seu irmão consegui refletir sobre seus atos ruins contra você?

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O Yohan é inspirado em você Ian? Haha acho que o pai dele morreu e agora o caio vai ser o presidente por ter a maior parte das ações. Esse caio só se ferra... Começa a acabar um problema, surge outro.

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