Fiz uma trança simples e a prendi, ela ficou toda feliz e me abraçou. Deixei-a terminado de comer o biscoito, peguei os documentos em cima da mesa e bati na porta de vidro. E entrei logo depois da resposta.
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Quando entrei no seu escritório apertei os olhos, porque a luz do por do sol que invadia a sala através das espelhadas janelas de vidro, fez a minha visão ficar embarsada. Eduardo estava sentado em sua cadeira de costas para mim, ele era praticamente uma sombra em meio aquela luz que vinha de fora.
- Sr. Welbourne? Trouce alguns papeis que precisam da sua autorização e assinatura. – Andei em passos curtos ate sua mesa.
Ele se virou e eu pude notar seu olhar felino, sua expressão totalmente seria, inerte.
- Minha filha... Onde ela está? – Eduardo perguntou após virar a segunda pagina e a rubrica-la.
- Ali fora sentada, brincando com algumas bonecas. – Meus olhos estavam totalmente perdidos pela janela, eu não queria encara-lo. - Mais nos dois não poderíamos estar conversando sobre ela não é mesmo? Já que o Senhor mesmo disse que só discutiríamos assuntos relacionados ao trabalho. Se quiser mesmo saber como sua filha está se levante e vá ali olha-la, essa é a obrigação de um pai de verdade!
Ele largou a caneta que estava assinando, contraiu as mãos e socou a mesa fazendo um grande barulho. Com o susto me afastei dando um passo para traz.
- Você está insinuando que eu não sou um bom pai? É isso? – Eduardo se levantou furioso e ficou cara a cara, comigo. – Responde Gabriel!
- Sim, é isso mesmo! – Eu o encarei. – Sua filha é um amor de criança, quando cheguei do almoço ela estava sozinha na sala de espera. Se fosse alguém mal intencionado...
- Você não sabe o que esta falando. – Ele me interrompeu e colocou o dedo no meu rosto. - Então não se intrometa na vida da minha filha, eu cuido dela do jeito que eu quiser.
-Só espero que ela não se revolte no futuro...
- Não preciso da sua preocupação, segue o teu caminho. – Ele respirou fundo como se quisesse se controlar, colocou a mão nos olhos e continuou mais calmo. – Que eu já segui o meu... Entenda, os anos passaram Gabriel nos amadurecemos e a vida, não é um mar de rosas. A nossa relação aconteceu a muito tempo, e talvez se você não tivesse “viajado” poderíamos está juntos, mais a nossa historia foi cortada. – Ele olhou no fundo dos meus olhos. - Destruída por você mesmo...
Eu abri a boca e fiquei pasmo, sem gritos, escândalos e choros. Mais o pior que pareça àquelas palavras, foram como um soco em meu rosto. Será que todas as minhas esperanças de um dia voltar com ele, foram a zero? Essa foi à primeira pergunta, de muitas outras sem respostas que rodaram a minha mente.
-Me desculpe... Eu só queria... – Desviei o olhar e mordi os lábios internamente, e reformulei. – O Senhor já terminou de assinar os documentos? – Tentei fazer a minha voz mais formal possível.
Ele me olhou com pena? Não sei, minha cabeça estava tão confusa. Assim que terminou de assinar a ultima pagina ele me entregou e por alguns instantes nossas mãos se tocaram, me fazendo estremecer. E eu puxei os papeis sem nenhuma delicadeza.
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Algumas horas depoisTio você não vai “embola”? – Bruna me perguntou antes de entrar no elevador, acompanhada de Eduardo que carregava sua mochila no ombro.
- Filha o Gabriel ainda tem que trabalhar depois ele vai. – Ele respondeu me olhando.
- É minha linda, agora vai pra casa porque você tem que dormi né? – Eu sorri e me levantei da cadeira.
Bruna soltou a mão do Eduardo e correu na minha direção abraçando minhas pernas, eu arregalei os olhos.
- Eu gostei muito de você tio. – Eu me soltei dela e abaixei ate ficar da sua altura.
- Eu também amor, agora vai com o seu pai que já está tarde... Depois eu faço mais algumas tranças no seu cabelo. – Eu ri, e ela beijou a minha bochecha e correu para o colo do Eduardo.
Me levantei e esperei a porta fechar-se mais antes ele falou.
- Quero pontualidade amanhã! - Eduardo falou serio enquanto abraçava Bruna.
- Pode deixar Sr. Welbourne. – Falei entre os dentes.
Ao notar a minha raiva, ele sorriu ironicamente e desapareceu por detrás da porta que se fechou. Dei graças a Deus quando me vi livre dele, e voltei ao computador para terminar o relatório do rendimento, do dia.
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- Boa noite! – Disse ao segurança ao sair do prédio.
Finalmente o primeiro dia de trabalho terminou, olhei para os lados e ainda havia movimento na rua, então decidi ir a uma praça ali perto, que trazia boas recordações do meu passado.
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Continua...
juniormoreno- Obrigada por acompanhar e pelo elogiooo ^^
Theusrecifense- Mais já está melhor amore? Obrigada kkkk seu lindo s2
(Al)- Taí amore <3
>OBRIGADA PELOS OUTROS COMENTARIOS*-*<
Meus amores to acabada serio, andar da Central do Brasil até Copacabana são 9,5km kkkk to destruída e arrasada. Só vim postar esse conto e vou capotar... Mais enfim to pensando em fazer um ou dois capitulo(s) especial com o Eduardo narrando o que vocês acham?
Me desculpem pelos erros...
Bjs amores e Boa Noite s2