Gente, estou fazendo o máximo para não fazer vocês esperarem por muito tempo, enfim , espero que gostem , e preciso de opiniões mesmo! Conversem e tal, qualquer dúvida será tirada sim, então, vamos la, e ai, vocês acham que eu devo continuar ?
No dia seguinte ao meu beijo com o Bruno, nós combinamos de ir ao Jardim de novo, fomos, chegando la, ele senta na grama, e me chama, eu sento também:
-Oque foi AQUILO ontem? - eu disse olhando para uma rosa que estava na minha frente.
-Não sei, foi bom, pelo menos para mim... - ele olhava para a árvore ao lado.
-Eu estou confuso, para mim você era hetero ... e... - ele colocou o dedo na minha boca , como se dissesse ' quieto . '
- Eu gosto muito de você, nao vou mentir, dizer que te amo, porque as coisas não São assim... - ele me encarou. - Mas ... o seu jeito me irritou, quando voce me odiava , eu queria a qualquer custo que você gostasse de mim, eu estou confuso, nunca beijei um homem. Eu tenho nojo de homem. Mas com você... tudo muda, então... - ele suspirou . - acho melhor deixar rolar.
-Amigos? - eu dei minha mão à ele. Ele apertou e me abraçou.
-Você está me esmagando , e enxendo minhas costas de mato. - eu disse irritado, estávamos deitados na grama .
-Para de reclamar um pouco vai. - ele se dirigiu a mim... e eu não preciso nem dizer nè? Rolou de novo.
Bem, os dias foram se passando, e eu ficava com Bruno todos os dias, entre a gente não era só beijos , as vezes ficavamos no jardim conversando, brincando , não estavàmos namorando, nem nada disso, nem tocamos no assunto, éramos amigos, melhores amigos na verdade, um certo dia, eu estava saindo da sala para ir pro Jardim encontrar o Bruno, (ele ia na frente) , quando vejo Júlio mie esperando na frente da porta:
-Oi sumido. - ele sorriu , meio triste, era um gato, com aquele ar de mistério, olhos negros, e cabelos desarrumados.
-Oi ! - eu disse isso e em seguida ele me abraçou, era um abraço bom, para mim de como um irmão.
- Como você está? Esqueceu de mim? - ele disse isso enquanto caminhavàmos.
-Bem e você?
- Com saudades de um baixinho ae . - Ele me fitou e eu ri.
-Baixinho?
-Um pouco... - Júlio disse meio pensativo .
-Pare ...
- Porque sumiu? Eu nunca te vejo. A Tay também não sabe oque você faz no Intervalo, você some.
- Não, eu fico ... andando sabe? Pensando na vida, desculpa, mas ultimamente eu ando assim, querendo ficar um pouco sozinho.
-Ah tá... mas hoje não! Vamos la na Quadra , tá todo mundo la!- Ele me empurrou de leve e fomos, conversando sobre várias coisas.
- OOOOOOOOOOIIIII SUMIDO! - A Amanda veio e me abraçou forte, logo depois o Paulo. A Tay me olhou e sorriu.
Bem, foi legal, nós conversamos pra caramba, eu já tinha me esquecido do Bruno a essas horas, estávamos rindo e indo em direção a sala, quando me esbarro em um garoto.
- NÃO VÊ POR ONDE ANDA NÃO RETARDADO? - ele gritou, quando vi , era ele , Bruno.
- Retardado? Que foi? Bateu reflexo ? - eu disse, me levantando, meu cotovelo estava sangrando por cima da blusa branca que eu estava.
- Olha por onde anda! Acredite , você não vai querer esbarrar em mim de novo! - ele apontou o dedo na minha cara, e entrou na sala de aula irado.
Todo mundo se olhou , Amanda, Paulo, Tay, Júlio, e eu, Júlio veio em minha direção, e me levou para as torneiras , para me ajudar a lavar o sangue .
-Melhor ele não esbarrar em você de novo, ou eu arrebento ele. - Nunca vi Júlio com tanta raiva.
-Calma, não foi nada.
Lavei o ferimento , e coloquei papel para evitar sair mais sangue, fomos para a minha sala, Júlio me olhou , se despediu e foi pra sala dele.
Entrei na sala, e era aula da Margareth , como ela me ama, deixou eu entrar fácil fácil, eu sentei , e encarei o Bruno, ele percebeu o quanto eu estava com raiva.
O dia passou, e meu braço só latejava , A Tay não me dava mais tanta atenção como antes, e eu também não fazia questão de falar com ela.
Estava saindo da escola, apressado como sempre, quando sinto mãos pegando no meu braço machucado.
-TINHA QUE SER VOCÊ. QUER MACHUCAR MEU BRAÇO MAIS AINDA? - eu disse, olhando friamente ao Bruno, ele era lindo, aquele bonè para trás, jeito de menino bobo.
-Desculpa tá legal? - ele olhou pra baixo e me soltou.
-Não. NÃO DESCULPO! Oque te deu na cabeça pra ser tão estúpido? Ate um dia antes , me beijava , e dizia que eu era especial, e hoje, é! Hoje eu vi! - Disse isso e me virei, não queria mais papo com Bruno.
Ele me puxou por trás, me virou , eu sabia que ele ia me beijar, mas o olhei e ri, não me perguntem por que, só ri.
- Aqui não. Para.
- Vamos em casa então? - ele me olhou com uma cara de sacana.
- Tá posso até ir, mas não me enxe o saco . - eu ri. - Deixa eu ver se minha mãe deixa... - eu peguei o telefone, falei com ela, e ela deixou, falei que ia fazer um trabalho de escola e tal, e pronto.
Nós fomos, e no caminho fomos conversando , sobre várias coisas.
-Eu tive ciúmes. - Bruno tinha um certo problema, ele falava coisas do nada, oque era bem cabuloso pra mim.
- O que ? - perguntei com a minha cara de desentendido.
-Hoje , você me deixou la, sem avisar, e foi ficar com ELES. - ele estava vermelho .
- Desculpa, eu só... o Júlio,foi la na sala, mandaram ele me buscar, e ele foi , e ai... não tive como escapar . Desculpa mesmo.
- eu olhei pra baixo.
- Claro que te desculpo amor, só se você prometer que me desculpa também! Pelo seu braço, e por ser estúpido, eu deveria ter ido la com você, não aquele almofadinha...
-Do que você me chamou? - Eu sorri, apesar de tudo, Bruno era reservado, Tay me disse que ele nunca sequer a chamou de 'amor', pra isso, ele falava coisas fofas , mas isso nunca.
-Amor? Hahaha - ele riu.- Mas você é meu amor.
-Ah pare de mentir. - Nós rimos juntos e entramos na casa dele, que era linda por sinal.
A casa dele era perfeita, fomos conversando, e ele foi me contando da família dele , o pai era Médico, a mãe era dona de casa( como a minha) , ele tinha uma irmã, de 20 anos, e uma outra , de 5 anos :
- Você me lembra um pouco a minha irmã mais nova... - ele diz pensativo.
-Porque ? - eu fiz cara de ironia.
- Você é birrento igual ela, faz escândalo, adora me irritar, faz coisas idiotas o tempo todo , e o rostinho de criança...me encanta. - Ele sorriu para mim, e eu retribui , achando ele muito fofo.
- FILHO? É VOCÊ?! - disse a mãe dele,era morena clara, cabelos pretos, como os dele, e tinha uma feiçao muito jovem, ela saiu do que parecia uma cozinha, e veio na direção do filho e sorriu pra mim. - Quem é esse querido? - ela se aproximou mais ainda de mim e olhou nos meus olhos, eu fiquei meio sem reação. - Que garoto lindo! Deve ter muitas namoradas hein, se eu Tivesse uns 30 anos a menos, eu pegava. - ela sorriu , eu gargalhei , e o Bruno também. - Estou brincando querido, mas enfim, chegaram bem na hora do almoço! Sua irmã está na creche meu anjo, poderia ir busca-la? Vai com seu amigo e traga Refrigerante , por favor. Eu esqueci de comprar... - ela fez uma cara de desapontada .
- Sim mãe! Claro, vou sim! Vou só guardas as nossas mochilas la em cima, e já vou . - ele beijou a mãe dele no rosto, e a abraçou , eram muitos próximos pelo que percebi, e ela deu dinheiro para ele.
Subimos pro quarto, e assim que atravessamos a porta, ele me agarrou por trás, e me abraçou :
- Ei, enfim sós. - ele mordeu os lábios.
- É então... - eu me soltei e olhei pra ele. - Mas temos que descer logo Bruno , anda vai. - Eu disse isso e o empurrei de leve, ele se virou e me beijou, um beijo quente, com pressa, eu mordi a boca dele de lado, estava viciado naquela boca. Eu o soltei e sai correndo pelo corredor da casa dele , é eu fiz isso, sabia que ele odiava quando eu interrompia nossos beijos . Cheguei na sala arfando, e a mãe dele me olha:
-Oque foi querido?
-O seu filho. - Eu ri.
- Oque foi? - Ela pensou que era algo sério.
- Ele fala demais, eu tive que fugir dele, a conversa da senhora é melhor. - eu ri, ela também.
- Ele ? Falar demais? Quase não fala comigo, nem com o pai, bom saber que agora ele tem um amigo , um amigo de VERDADE . - ela destacou isso. - E não aqueles garotos arrombados ... - ela disse seria, com tom de preocupada .
- Como assim? - eu perguntei, ainda arfando , quase engasguei com o ar.
- Claro! Já viu a orelha deles? São ARROMBADAS, passa a minha mão naqueles buracos enormes, um dia desses veio um, que era bonito, mas tinha a orelha com uma bola, parecia que aquele brinco ia estourar , e cair na minha comida! - Disse a mesma com tom de irritada .
- Eu odeio alargador, acho feio .
- Pois é, quando o Bru chegou com isso em casa, eu quase arranquei a orelha dele fora! Imagina!
- Eu não sei o nome da senhora...- eu disse com cara de desapontado .
-Ah querido! É Fernanda, mas pra você, Fê! - ela sorriu, parecia uma maezona. - e ai, como você e o Bruno se conheceram ?
'Bem, não Posso falar que a mãe dele é amiga da minha, isso não vai colar , Pensa rápido Luca.'
- Ah, da Escola, é, trabalho e tal, somos bem amigos. - ' e algo a mais. ' Eu não presto mesmo.
De repente Bruno chega, me empurrando :
-Vamos logo vai, a folgada da Bruna deve estar la na creche , esperando, coitada. - ele fez cara de deboche .
- Tchau Dona Fê! - eu sorri pra ela.
- Até mais querido! Você vai voltar para almoçar! E ei! Dona é a sua Avó ! - todos nós rimos, eu e Bruno prosseguimos , atravessamos o portão, e estávamos indo a caminho da tal creche.
No caminho fomos conversando sobre várias coisas, era bom estar com Bruno, ele sempre sabia oque falar, em qualquer situação, e isso me fazia tê-lo como um ponto seguro, Buscamos a irmã dele na escola, era lindinha demais, ela me lembrava muito à ele, compramos refrigerantes, e fomos para a casa dele, a tarde foi ótima , ficamos no quarto dele, nos beijando, conversando e tal, eu fui embora, cheguei em casa, fui pro quarto de habitual, deitei , e resolvi abrir o notebook, ver as minhas atualizações no facebook , essas coisas bestinhas de adolescentes.
Bruno veio falar comigo :
-Oi, eu pedi pra você me ligar quando chegasse . E você ligou ?
- Desculpa, acabou a bateria do celularRum, trate de por pra carregar. Estou com saudades de você.
- Você estava comigo a uns 10 minutos....
- Mas você faz falta. Já ouviu falar que necessitamos de estar sempre perto de quem gostamos? - Confesso , fiquei sem reação ao ler isso.
-kkkkk já sim, também sinto sua falta... - Gente, isso era totalmente novo pra mim, ouvir com todas as palavras que alguém realmente gosta de mim, e para mim, amor, e garotos fofos só existia aqui na CDC, eu colocava limites na minha cabeça ' Seu retardado, essas coisas só acontecem com pessoas legais, ou seja, só nas histórias que você lê. ' Como a minha vida é bugada level, eu não sabia ainda oque estava pra vir, por isso, aquela noite dormi feliz, se fosse ilusão , foda-se, eu sabia que já estava totalmente envolvido, eu nunca imaginei... eu e o Bruno? Sorri com esse pensamento.
