Amor, Obsessão e Outras Drogas — 6

Um conto erótico de Iky
Categoria: Homossexual
Contém 4697 palavras
Data: 07/07/2013 11:18:55
Última revisão: 07/07/2013 18:19:54

.

VERSÃO DE BRENT

.

— Você transou com Chris em sua casa, enquanto seu filho estava no andar de baixo, sozinho? — Perguntei sem consegui conter minha indignação.

— Sim. — O’Connor respondeu simplesmente sem demonstra arrependimento ou culpa.

— E aonde estava toda aquela inocência de Christopher Portman? Afinal, pelo que você está me relatando, ele que te provocou e intencionalmente, diga-se de passagem.

— Chris, inocente no que concerne ao sexo? Isso nunca existiu!

— Mas Portman não era apenas o garoto “inocente” que você seduziu. Quer dizer, inocente até certo ponto, pois era homossexual, tinha namorado e usava drogas. Digo por... — E John me interrompe como que há explicar algo óbvio demais.

— Chris era tudo o que você precisasse e quisesse que ele fosse. Inocente se assim te agradasse, sexy, decidido, inteligente, nada que ele fazia era impensado, muito pelo contrário. Ele era extremamente inteligente e sabia exatamente o que queria e como conseguir o que queria. Aquele garoto podia ser tudo, menos inocente! Pena que eu só percebi isso depois.

— Por que você afirma isso?

— Deixe eu continuar com meu relato e você logo entenderá, tenha só mais um pouco de paciência.

.

VERSÃO DE JOHN

.

Quando dei por mim, já estava em seus lábios, sentido o seu gosto... E que gosto! Minhas mãos passeavam por seu corpo, sua bunda. Meu corpo apenas reagia ao seu, o simples contato com sua pele despertava em mim todas as fantasias que durante semanas haviam sido reprimidas, que eu havia me proibido de pensar, de querer, todos estes sentimentos que agora encontravam vazão naquele momento.

Minhas mãos passeavam por todo o seu corpo, rumando para o sul, por seu pescoço, peito, cintura, cochas, passando para a região interna de suas cochas, fazendo o caminho inverso, subindo por sua pequena, definida e máscula bunda, até a região dos flancos de sua cintura, onde as ancorei em ambos os lados, usando como ponto de apoio para pressionar minha já cruciante ereção contra sua deliciosa bunda.

Pelo espelho do banheiro, eu tinha uma visão privilegiada de toda a cena, o que potencializava minha ânsia de tê-lo. Seu corpo pequeno encaixava-se perfeitamente ao meu, suas reações, seu rosto que corava e queimava ao meu toque, tudo naquele banheiro era intenso demais, parecia uma fornalha, o tempo todo eu tinha a impressão que a qualquer minuto um de nós ou os dois entraríamos em combustão.

Todas as barreiras, todos os bloqueios, medos, preconceitos caiam por terra naquele momento. Não havia bebida, não haviam papelotes, me impulsionando a fazer nada. Se havia algo era o seu corpo do pequeno Portman, seu cheiro que desengatilhava meu desejo, um desejo sufocante, gigantesco e ardente que tomava conta de todos os meus sentidos, que me torturava na ânsia de sua realização, que me mostrava que aquilo era o certo a se fazer. Embora eu soubesse que era errado, pra mim, aquilo era perfeito. Eu não encontraria paz, enquanto eu não possuísse aquele menino-homem, lindo, perfeito, cheiroso, de pele macia que se entregava a mim, que se encontrava nos meus braços naquele momento.

— Garoto, você não sabe o quanto eu desejei este momento! — Falei baixinho no seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha, enquanto o prensava na pia do banheiro com mais força, mantendo-o de costas para mim e de frente para o espelho, pressionando cada vez mais minha virilha em sua bunda, sem dar chances para que ele escapasse, caso ele desistisse e tentasse fugir de mim.

Christopher nada respondeu, não demonstrou surpresa a minha revelação, apenas sorriu, se inclinando um pouco para frente, mostrando-se favorável e receptível a tudo o que estava acontecendo, deixando sua bunda mais empinada para mim, me instigando, me provocando.

Engraçado, nunca pensei em transar com homens na minha vida! Beijá-los então... Nossa! Essa simples ideia, me parecia repugnante, mas beijar Christopher Portman era sem dúvida o meu maior desejo naquele momento, só perdia para o desejo de possuí-lo, de está dentro dele, de senti-lo em volta de mim. Meu corpo inteiro tremia diante desta possibilidade. Não havia o que pensar, não havia o que pesar. Voltei a beijá-lo intensamente, desfrutando daquela boquinha linda, vermelha, pequena, que durante tanto tempo havia me causado tanta fascinação e que agora estava ali, a minha disposição. Seu gosto era único e eu castigava aquela boquinha o máximo que eu podia. Eu desejava aquele guri e precisava senti-lo, possuí-lo logo, de todas as maneiras possíveis. Então, eu levei minha mão de encontro ao nosso beijo e mergulhei meu dedo indicador e médio em sua boca. Chris gemia e rebolava lentamente no meu pau, que estava estourando dentro da calça social, pra lá de melado, enquanto chupava forte meus dedos, tive de me segurar pra não gozar ali.

Desci minha mão, abri sua bunda e encontrei um anelzinho apertado e quente que foi dando passagem sofridamente para meus dedos que o fodiam de forma ávida, urgente. Chris se abria mais e mais para mim, mostrando todo o seu desejo e tesão através das constantes contrações de seu ânus em meus dedos, dos gemidos e de sua ereção babada, que por incrível que pareça, mesmo após percebê-la pelo espelho, não me desestimulou, mesmo me sendo estranho, muito pelo contrário, eu fiquei com muito mais tesão ao perceber o seu. Embora tocar em seu pau ou qualquer coisa do tipo passasse longe de minha cabeça no momento.

Não aguentando mais a tortura, eu baixei o zíper da minha calça e tirei meu pau para fora, libertando-o finalmente, e sem tirar está peça de roupa, apenas com meu membro de fora eu comecei a penetrar Christopher. Não sabia o que fazer direito, pelo menos não com um homem, apenas queria possui-lo e assim o fiz, já que minha necessidade de está logo dentro dele era enorme.

Pincelei meu pau em sua entrada, enquanto Christopher suspirava na expectativa, tentei penetrá-lo e nada. Mesmo depois de fodê-lo com meus dedos ele continuava muito apertado. Então levantei sua perna direita, colocando-a sobre a pia e inclinando-o mais sobre a mesma e tentei de novo. Então consegui, o penetrei de forma urgente e necessitada, de uma vez e com força, o que o fez dar um grito de dor e mais uma vez eu me senti grato por ter colocado isolamento acústico no meu quarto e no banheiro do meu quarto. Ele levou de forma desesperada as mãos até a minha virilha e tentou a todo custo me empurra, me tirar de dentro dele, mas mesmo que eu quisesse, e eu não queria, eu não conseguiria sair dali agora, estava bom demais!!! Chris era quente, na verdade eu o sentia queimando como fogo, era apertado, DE-LI-CI-O-SO e seu anel estava esfolando de uma forma maravilhosa meu pau. Eu usei minha força e peso para impedi-lo de tirar meu pau de seu rabinho, o prensei na pia e fiquei imóvel até que ele relaxou depois de alguns minutos e então voltei a me mexer.

— Que rabinho apertado, Christopher! Hum, que delicia... Eu poderia passar o dia inteiro te fodendo. — Falei completamente entregue ao desejo.

— Ah!!! Tá gostando, tá? Então anda logo e me come John. — Chris falava enquanto rebolava lentamente no meu pau.

Eu me mexia lentamente, tirava quase tudo e voltava a penetrá-lo novamente, mas não demorou nada eu já estava estocando violentamente, o tesão de toda a situação e os desejos não me permitiam que agisse diferente, em poucos minutos eu estava gozando horrores, como se eu não transasse a meses. Meu corpo inteiro reverberou ao meu orgasmo que ecoava através de pequenas convulsões. Eu abracei Chris fortemente, beijando e mordiscando seu pescoço, usando seu corpo para me segurar em pé, respirando pesadamente enquanto me recuperava das intensas ondas de prazer que me abalavam. Contudo eu não amoleci, fiquei ainda enterrado dentro de Chris, eu queria mais, eu queria MUITO MAIS!!!

Enlacei Chris pela cintura e o conduzi até a minha cama, sem sair de dentro dele.

— Finalmente, meu! — Falei enquanto cheirava o seu cabelo, beijando seu pescoço, mordiscando seus ombros e alisando suas pernas, suas longas, esguias e torneadas pernas, que eu tanto sonhei em tê-las enlaçadas em torno de minha cintura.

Naquele momento eu era apenas um com Chris, finalmente eu o teria nos meus braços, na minha cama, eu estaria mais dentro dele do que já estive em qualquer uma, mesmo Grace. E por mais que pareça errado eu o ter levado a minha cama, era ali que eu mais desejava possuí-lo. Eu o queria na minha cama, em meus lençóis, eu queria seu cheiro me inebriando tomando conta de todo o meu corpo, cama, quarto.

— Você. É. Muito. Gostoso! — Rosnei cada palavra intercalando-as com uma estocada forte e profunda que lhe arrancava uma cara de prazer e dor ao mesmo tempo, o que me deixava com ainda mais tesão.

— Hum! — Chris era apenas caras, bocas e gemidos. Ele apenas me incitava a continuar, demonstrava todo o seu prazer enquanto se torcia e contorcia na cama. Arqueava suas costas e enlaçava minha cintura com suas pernas, enquanto me puxava para ir mais fundo dentro dele.

— Fala alguma coisa porra! — Eu queria saber o que ele sentia, eu queria saber se tudo era tão bom e intenso pra ele assim como era pra mim.

Eu sabia que era errado, mas eu me conhecia. Eu sabia que viciaria nele, naquele rabinho gostoso, eu ia querer repetir aquele prato todo dia.

Eu estava entre as pernas de Chris com amplos movimentos de vai-e-vem, e agora eu usava toda a minha força, pois eu queria deixa-lo marcado, queria lhe partir no meio e entrar nele. A cama já reclamava e rangia fazia tempo. Mas aquela postura dele estava me irritando.

— Hum, gostoso. — Ele falava enquanto virava a cabeça de lado com os olhos fechados.

— Olha pra mim. — Eu falei sentindo o gozo se aproximar. — Olha pra mim, enquanto eu te como porra. — Falei chamando sua atenção. — Quem tá te fodendo? — Perguntei fixando meu olhar nos seus lindos olhos azuis-violeta.

— Você.

— Você quem, Christopher? — Falei mais alto, sentindo que eu estava prestes a explodir num gozo a qualquer momento, estocando cada vez mais forte e mais rápido novamente.

— Você Jonatan, você... John! Você quem está me fodendo!

Então eu senti seu corpo tremer e apertar e soltar meu pau algumas vezes o que me fez perder meu já escasso controle me fazendo gozar na hora!

Eu ainda estava duro, estava pronto pra ir pra terceira! Podem acreditar? Antes disso, isso só tinha me acontecido no inicio do casamento. Claro que eu transava três vezes numa noite com a minha mulher, quando ela não vinha com aquelas bobagens puritanas pra cima de mim, mas sempre rolava um tempinho de uns 10 ou 15 minutos de descanso, mas agora não! Sem parar, sem descanso, eu estava duro praquele menino, eu o comeria a terceira vez, não fosse, infelizmente, por eu ter sido acometido por um momento de lucidez. Como estaria Ben? Há quanto tempo estávamos ali, naquele quarto transando? Eu não poderia deixar uma criança de quatro anos tanto tempo sozinha sem um adulto por perto sem me preocupar e outra, pela forma como a Senhora Portman falou ela poderia adentrar em minha casa a qualquer momento.

— Escuta aqui Chris, nós ainda não acabamos isso daqui, entendeu? — Falei ainda arfando, suado pelo esforço. — Só vou te liberar agora por que sua mãe pode vir te buscar aqui se eu não te mandar pra casa agora, mas nós continuaremos amanhã de onde paramos, entendeu? — Eu não estava pedindo nada a ele, eu o estava informando. Não podia correr o risco de que ele se recusasse ou me dispensasse de alguma maneira.

Chris fez que sim com a cabeça e voltou pro banheiro, eu entrei em seguida, embora quisesse brincar mais um pouquinho me controlei e apenas tomei banho, contudo continuei duro durante todo ele e nós tenhamos passado o tempo todo trocando olhares safados e significativos um para o outro. Quando descemos Ben estava vendo TV calmamente, graças a Deus ele era um garoto calmo, ou então eu estaria em maus lençóis, pois nós passamos quase uma hora no quarto.

— Acho que amanhã não poderemos ser tão descuidados como fomos hoje. Já imaginou se acontece alguma coisa com o Ben? — Perguntei para Chris que me observava com uma cara indecifrável.

— Pois é. — Chris falou meio distante. — Acho que eu tenho de ir agora.

Eu o puxei pelo braço até a cozinha deixando-nos fora do campo de visão de Ben na sala e o prensei na parede.

— Por que você tá assim? — Perguntei preocupado.

— Assim como? — Ele respondeu de forma evasiva.

— Assim desse jeito. — Eu falei meio nervoso, meio sem entender direito por que. — Olha eu já disse eu quero te ver amanhã, não te ver amanhã, amanhã eu vou te ver do mesmo jeito de sempre, eu quero está com você assim como nós estávamos lá em cima.

— Não sei se isso que estamos fazendo é certo Jonatan!

Então eu pressionei minha virilha contra seu abdômen.

— Olha o que você faz comigo garoto, me diz que não sente o mesmo. Hã?

— Mas John...

— Sem “mas John”, eu sei que você me quer. Você me quer tanto ou mais que do que eu te quero. Eu vou ter até que trocar a roupa de cama por causa do seu desejo que você derramou nela e sem se tocar.

Chris apenas arfava próximo a meus lábios, sem nada responder.

— Vai, amanhã nós conversamos. — Falei beijando-o na boca violentamente, deixando seus lábios meio inchados, fora o que eu já os tinha maltratado na última hora.

Então ele foi embora.

Qual é a desse garoto? Bancando o certinho agora, pra cima de mim, não!

Passei o resto da tarde cuidando de Ben e pensando na transa maravilhosa que eu tinha tido com Christopher. Nunca pensei que pudesse ser tão bom assim transar com homens! Nossa que bobagem! Eu não conseguia me ver transando com outro homem que não fosse Christopher, essa misera ideia me dava asco. Porém a ideia de transar com Christopher era maravilhosa e recorrente. A fantasia de comê-lo todos os dias estava presente nos meus pensamentos daquela tarde o que me deixou de pau duro de novo e só me restou tocar uma pra poder baixar o bicho, pois de outra forma acho que estaria armado até agora.

Grace chegou naquele dia por volta das 4 horas da tarde e eu saí pra fazer minha, já habitual, corrida. Quando cheguei em casa já fui bombardeado por uma enxurrada de perguntas.

— O Christopher se acidentou aqui em casa? Como você não me diz uma coisa dessas? Eu quase morro de vergonha na frente da mãe dele, sabia? Por que você não me disse nada? — Grace falava com uma feição que ia da indignação à raiva por tê-la mantido na ignorância.

—Uou! Calma. Uma pergunta de casa vez. Sim, Christopher se acidentou aqui em casa, mas não foi nada demais, ele esta bem, só que a sua mãe ficou preocupada quando a informei então eu o liberei do trabalho hoje, contudo amanhã ele está de volta, não foi nada grave e eu não te disse por que eu pretendia te contar agora quando chegasse da corrida, mas você não me deu chance.

— Acho que a mãe dele discorda de você sobre não ter sido nada demais, algo bobo e sem importância, ela acabou de me ligar avisando que amanhã ele não virá.

— O quê?! — Perguntei incrédulo.

— Ele não virá. Não irei me indispor com a senhora Portman, além do mais creio que se fosse com um filho meu, agiria da mesma forma.

— Grace você precisa falar com Chris para vir amanhã, pois embora eu fique em casa o dia todo praticamente, eu não fico sem fazer nada. Tenho trabalho e prazos e quando você falou de trabalhar fora, você sabia disso! Eu não posso cuidar de Benjamin sozinho. E Ben já está muito apegado ao Chris.

— Calma, também não é pra tanto. Eu também gosto muito de Christopher, mas como precisamos de alguém que cuide do Bem até que a senhora Portman creia que ele esteja melhor, eu falei com a Katie Owen para ficar aqui, ok?

— Ok. — Respondi sem expressar grandes emoções.

Por que cargas d’água ele não viria trabalhar amanhã? Será que eu tinha feito alguma coisa que ele não havia gostado? Será que eu disse alguma coisa que não deveria? O que será que tinha acontecido? Jantei aquela noite com a cabeça no mundo da Lua.

— Tá tudo bem, John?

— Oi?!... Sim, sim. Por quê? — Respondi sem compreender a pergunta.

— Nada, apenas que... Você passou todo o jantar distante, parece preocupado com algo. Tá tudo bem mesmo? — Perguntou Grace genuinamente preocupada.

— Nada demais querida, me desculpe, são apenas alguns problemas com fornecedores, referentes a prazos e entregas na loja, mas logo resolverei tudo.

Depois do jantar sair e fiquei na varanda fora de casa, aproveitei e fumei um cigarrinho para aliviar a tensão. Aquele desgraçado! O que é que ele tá pensando?

Mas como toda desgraça para pobre ainda é pouco, logo que eu entrei em casa novamente, Grace veio falar comigo toda nervosa.

— John será que você poderia me explicar por que a roupa de cama do nosso quarto está trocada, sendo que sempre quem as troca sou eu?

Agora sim, eu tinha de pensar rápido ou eu estaria realmente encrencado se não desse uma desculpa, e uma boa desculpa para isso.

— É que... Hoje no horário do almoço... Eu acabei derramando acidentalmente um pouco de suco na colcha da calma, então resolvi troca-la, fiz mal?

O dia seguinte se arrastou. Às 8 horas em ponto uma adolescente sem sal, extremamente superficial e desinteressante chamada Katie Owen estava cuidando do Ben no lugar de Chris. O que Katie tinha de mais marcante nela era, sem sombra de dúvida, sua voz irritante que fazia qualquer ser humano se perguntar por que não teve a graça de nascer sem o sentido da audição, pois diante daquela criatura isso seria uma benção. Aquele foi um dia extremamente enfadonho, fiz o possível para me distrair e me distanciar daquela insossa exemplar de adolescente. Nossa! Nunca suportei essas garotinhas tagarelas bobinhas que vivem sonhando acordadas com alguma coisa que nunca vai acontecer. Sempre gostei de pessoas práticas, que têm o pé no chão. Gostava de pessoas inteligentes, rápidas, gostava de Christopher Portman, esse era o problema com a insossa Katie. Ela não era Chris. É, eu deveria está sendo punindo por algo que eu tenha feito, mas o pior do meu castigo ficou mesmo pro pobre Benjamin.

Naquele dia, caminhei pela manhã. Tanto na ida quanto na volta passei em frente à casa de Christopher na esperança de vê-lo, de confrontá-lo, lá no fundo, eu queria matar saudade, saciar mais um pouco aquele meu desejo de tê-lo de novo, inteiro, meu, mas nada. Minha cabeça estava uma confusão só. Como eu me deixava levar assim por fantasias sexuais com um adolescente?! Ainda mais este adolescente sendo um homem! Eu era casado porra! Hétero, pai de família... não um doente que andava atrás de garotinhos pra me satisfazer, pra prevaricar. O que é que tava acontecendo comigo? Eu precisava parar com tudo aquilo, não poderia continuar. O que é que eu estava fazendo comigo, com Grace, com Ben? Passei todo o dia frustrado, minha cabeça fervia.

No final da tarde, depois da chegada de Grace, resolvi sair de casa, pois queria espairecer um pouco, eu precisava colocar minha cabeça no lugar. Mais uma vez passei em frente a casa dele e nada. Foi mais forte do que eu. Quando dei por mim, já estava lá, olhando para a sua varanda, na esperança de vê-lo. Eu não poderia ficar assim por causa daquele garoto! Mas o pior é que eu acabei me desestabilizando sim. Eu não estava me reconhecendo. Acho que por um pouco de insegurança, medo, arrependimento (mesmo que tardio e fraco, mas esse sentimento também estava lá, presente na gama dos sentimentos que me aturdiam naquele dia), desejo, paixão (?), e ciúmes (?!). Talvez por está longe daquele que se tornaria minha droga, meu vicio, eu começava a pensar com um pouco mais de clareza e todos esses sentimentos se apossavam de mim. Mas dentre todos esses sentimentos, o desejo e o ciúmes, esses se sobrepunham sobre os outros e eu confesso: isso me assustou, isso me assustou muito.

Próximo a Chris tudo era apenas instinto, desejo maciço e palpável, tudo era muito intenso e irracional. Eu sabia que estava passando de todos os limites, mas eu o queria, assim como uma criança que sabe que vai fazer algo que seus pais lhe proibiram, mas que mesmo assim o faz.

Senti a abstinência de sua presença, enquanto tudo o que eu queria era outra dose dele, eu queria me embriagar nele, me afogar em Christopher Portman. Neste momento ele deve está nos braços daquele playboyzinho de merda. Aquele idiota deve está se refestelando nos lábios, no corpo daquele que me pertencia, enquanto eu, seu verdadeiro dono, estava em um bar, me servindo de uma boa dose de uísque.

A bebida nunca é boa conselheira, pena que eu só lembrei isso um pouco tarde demais.

Fui até a casa de Chris, já era meio tarde, mas estava decidido e precisava falar com ele. O que estava se passando na minha cabeça pra tomar uma atitude dessas? Acho que uns 800 ou 900 ml de uísque e gelo. Não conseguia acreditar que ele não tivesse ido trabalhar hoje por causa daqueles pequenos cortes que estavam mais para arranhões do que para cortes de verdade. Ele não foi trabalhar por minha causa, claro que esse era o motivo! Que outra razão o teria feito fugir daquele jeito? Covarde! Eu era que deveria está assustado agora, mas não. Eu que... Acho que eu o assustei de alguma forma e eu precisava resolver aquilo e precisava ser logo. As luzes da varanda estavam desligadas, contudo eu fui até a porta assim mesmo e quando ia batendo...

— O que é que você está fazendo? — Chris indagou se materializando do nada em um banco nas sombras, ali na varanda. Eu tomei um susto tão grande que eu tive que me controlar pra não dar um berro daqueles, fora que o efeito da bebida passou instantaneamente.

— O que é que você tá fazendo aí? — Perguntei ainda me recuperando do susto.

— O que é que você pretendia fazer batendo a minha porta e ainda bêbado desse jeito? — É minha teoria caiu por terra, susto não cura bebedeira de jeito nenhum!

— Por que é que você está fugindo de mim, hein? Por que não foi trabalhar hoje? Foi por causa de ontem, foi? — Eu despejava tudo de uma vez. — Foi alguma coisa que eu fiz de errado? Você não...

— Primeiro, fala mais baixo ou você quer que toda a vizinhança escute nossa conversa. Eu não estou fugindo de você. Eu até ia trabalhar, mas minha mãe e o Scott fizeram o maior drama com este corte aqui e me obrigaram a ficar em casa, na verdade eu até gostei da ideia pra te dar um tempo pra pensar, mas pelo visto não foi uma das minhas melhores ideias, né? E quanto à ontem... — Ele sorriu, o sorriso mais sacana e ao mesmo tempo inocente do mundo. Como isso é possível? Não sei, só vi isso se realizar no rosto dele, de mais ninguém. — Amanhã eu te digo o que eu achei de ontem, ok? E não, você não fez nada de errado, mas agora vai pra casa, vai.

— Não! Diz agora. — Falei já caminhando em sua direção.

— O que é que está acontecendo aqui? — Perguntou Scott com cara de poucos amigos.

— Nada Scott. — Chris respondeu normalmente e com tanta verdade em sua afirmação que até eu acreditaria nele se não fosse por conhecer muito bem a verdade. — Apenas o senhor O’Connor que parece que passou um pouco da conta e está precisando de auxilio para chegar em casa.

— E o que nós temos com isso? — Ele falou com um sério ar de desconfiança.

— Nós nada, mas você termina de ajeitar as coisas por aí que eu vou deixá-lo em casa.

— Nada disso! — Scott falou autoritário. — Você termina as coisas por aqui. Você manézão, vem comigo. — Era visível a irritação daquele frangote e eu estava adorando aquilo. Mas que merda ele estava pensando quando me chamou de “manézão”? Ah, ele ia ouvir, eu já ia responder quando vi o olhar repressor de Chris que me dizia pra ficar quieto. Ok, ok, mas você vai ficar me devendo essa, Chris Portman.

E o playboyzinho de merda pegou sua motocicleta e me levou até a porta de casa.

— Pronto, tá entregue. — Notei certo escárnio em sua fala, mas eu não tava nem aí. Tinha conseguido o que queria visto Chris e tirado, pelo menos parte das caraminholas de minha cabeça.

— Obrigado. — Foi tudo o que me limitei a responder.

No outro dia, Christopher estava em minha casa no horário de sempre, completamente normal. Ele usava uma camisa polo com uma jaqueta esporte, short caqui que deixava a mostra suas lindas pernas, além de um sapato oxford com meias cinzas na altura do tornozelo.

— Bom dia, John. — Ele me cumprimentou casualmente.

— Bom dia. — Respondi aproximando-me dele.

Aproveitei que finalmente estávamos sozinhos em casa e, embora estivesse relutante, o abracei e beijei-o ardentemente. Que mais eu poderia fazer? Eu sabia muito bem, por tentativas e falhas anteriores, que eu não conseguiria ficar longe dele. Então, resolvi deixar de lutar contra o que sentia e resolvi viver isso, até me saciar.

— Senti sua falta aqui, ontem.

— Estou percebendo. — Ele falava enquanto eu continuava pressionando-o contra o meu peito. — Graças a você, agora temos um problema.

— Qual?

— Scott. Ele está desconfiado. John, que ideia foi aquela de ir na minha casa aquela hora? E se fossem meus pais que te atendessem, que desculpas você usaria, hein?

— Eu não pensei direito, eu só agi. Além do mais, eu tinha bebido um pouco.

— Isso não é desculpa. Só eu sei o quanto é complicado lidar com Scott sem este ter motivos pra desconfianças. Agora então... a coisa tá complicada.

— Larga daquele playboyzinho de merda e fica só comigo.

— Não. Não me peça coisas que eu não peço a você. — Gelei com está negação. Pra mim, era muito difícil aceitar que meu — sim, eu sei que era meio precipitado, mas eu já o queria só pra mim — garoto saia de minha casa depois de ficar comigo pra ir direto pros braços daquele arruaceiro de meia tigela.

Por fim, transamos aquela manhã, e a tarde, e sempre que conseguíamos escapar de Ben, aquela semana foi muito intensa, parecíamos coelhos, mas pra mim, ainda não era suficiente!

.

VERSÃO DE BRENT

.

— Então, agora era fato consumado! Você e o jovem Christopher Portman eram amantes.

— Sim, Chris se tornara meu amigo, amante e, posteriormente, meu... cúmplice.

— Cúmplice? Como assim, cúmplice?

Gostaria de agradecer a todos que têm lido e acompanhado está série, como sempre, gostaria de agradecer especialmente ao Syaoran, que além de um bom amigo e escritor tem se mostrado um ótimo revisor, pois este tem me auxiliado revisando meu texto, palpitando e tudo mais. Sem sua ajuda este texto não estaria como está com certeza. Obrigado amigo. Você sempre consegue focar sob um ângulo que eu ainda não tenho atentado. Obrigado mesmo. Dedico o conto de hoje ao Guhhh! que foi quem me iniciou na escrita aqui na casa. Saudades de muitos amigos que andam sumidos, o Ro e o Rô (hoje não esqueci nenhum dos dois!), a Mô, o Realginário, o Alê12, o My Way, Thi Costa, kle f. tem tanta gente... Amantes de Séries respondendo a sua pergunta: Não. Está história não é baseada em nenhum livro, filme, carta ao leitor ou algo do gênero não. Mas recebe influência de muita coisa que eu vi, dentro e fora da Cdc.

Um agradecimento especial a:

Guhhh!, Thi Costa., diiegoh’, Realginário, Syaoran, Stiler, Alanis, Alê12, dede88, Docinho21, Mô, neto lins, Hércules Campos, Luke17, Brender e Atila, Lord Tom, DW-SEX, kle f., luy95, alefy, Lucas M., Edu_filipim93,Tay Chris, Kelvin! e Amante de Séries seus comentários e votos me estimulam a continuar.

Queridos leitores anônimos, se possível comentem, por favor.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Iky a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Volta, por favor!!! de todos os contos que eu já acompanhei e, que foram abandonados o seu é o único que mais desejo que o autor volte e continue, você escreveu a versão de lolita no sexo masculino tão perfeitamente que, fica ate difícil de achar adjetivos o bastante para dizer o quão perfeito esse conto é, então por favor eu imploro volte e continue essa obra prima!!!

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Não consigo nem respirar. Acabo de ir olhando de quanto em quanto tempo você posta e me deparei com a diferença de um mês entre eles. Como assim? Você me faz não largar do celular pra ler cada uma das partes em qualquer lugar que eu esteja, fazer as pessoas ao meu redor acompanharem e logo depois some sem por um fim na história? Isso não é justo! Estou apaixonado pelo Portman, esse lolito safado, e não vejo a hora de descobrir tudo :(

0 0
Foto de perfil genérica

Amigo, fico feliz que tenha voltado a escrever. Eu estacionei no meu conto, pois estou com o tempo muito curto.Senti muitas saudades suas e volto logo pra casa. Um beijo lindão e como sempre, eu amo o que vc escreve. Ah! Obrigado por sempre lembrar de mim. Xero bem gostoso.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Hum... Acelerou seu ritmo de postagem, né? Meio complicado esse dois personagem. Aguardo a continuação.

0 0
Foto de perfil genérica

Meu caro amigo, estou com muita saudades de nossas conversas, faz um tempão que não nos falamos. O conto está divino. Estou viciado

0 0
Foto de perfil genérica

comecei a ler hj impressionada e apaixonada pela narrativa

0 0