Emotion tempest
Capter 3- Una alondra en tu pecho
Sky point
Lir e eu estávamos em uma das ilhas mais baixas de Aera. As vezes íamos a alguma estudar juntos e analisar as informações que colhíamos da observação dos Aqua cores. Ele já estava habituado a passar um grande tempo fora de água porque ele lia muitos livros e apesar de ele conseguir controlar a água e evitar que eles ficassem molhados, ficar fazendo isso não o permitia imergir e desfrutar máximo da leitura.
-O que achas das marcas que estavam no local onde desapareceu o último Aqua core?
-Parecem traços de um bater de asas e as pegadas parecem ser de um animal de grande porte. Só algo muito grande seria capaz de mover um núcleo de energia tão concentrado como um Aqua core. O estranho é que desde que começaram os desaparecimentos nunca houve qualquer testemunho de algo estranho pelas redondezas. E já são 1 roubo no mar 2 em terra.
-Os na terra apresentam marcas semelhantes portanto temos um perfil consistente de um suspeito. Podes dizer-me onde arranjaste tantos livros?
-Foram presentes da minha tutora. Ela me ensinou a ler e escrever. Vivia fora de água e andava em uma cadeira com rodas. Ela ensinou-me a ler e escrever.
-Oh não! Esqueci-me das aulas hoje! Tenho de ir. Volto imediatamente depois!
Voei em direcção a academia deixando Lir sentado relaxadamente sobre uma pedra com alguns livros e escrevinhando num papel.
A aula demorou aproximadamente 3 horas e voltei logo ao lugar onde estávamos. Quando la cheguei só encontrei desespero: Não havia Lir em lado nenhum. E o pior é que ele nem poderia ter saído dai. Comecei a gritar por ele até que:
-O que raio se passa contigo?
Vi-o e corri na sua direcção e abracei-o. Estava preocupado contigo. Pensei que não te pudesses mexer em terra com a tua cauda. Foi então que resolvi olhar para baixo e…
-Não olhes, não fales e nem sequer penses. Caso contes a qualquer pessoa és um canário afogado. Fiz-me entender?
-Esta bem é o nosso segredo, mas quero um beijo para selar a promessa.
Finalmente chegou o dia que levaria Lir a visitar minha casa. Estava um pouco nervoso. Já tinha falado com meu pai e ele não levantou nenhuma objecção, ate tinha ficado contente com a melhora no meu desempenho na escola. Estudo no Plerion Celestial Academy e fora as aulas de voo estive cambaleando em todas as outras disciplinas, pelo facto de que não me importava muito por causa disso deixava de prestar atenção, não intendia as coisa o que aprofundava ainda mais a falta de interesse. Mas desde que comecei a missão com o Lir melhorei tanto que já estava realmente a gostar da escola. Mas com escola e a as excursões não sobrava muito tempo para os amigos. E Seraphim já reclamava e muito.
-Já estou a começar a sentir a falta do Desorderon. É a alcunha que ele me chamava quando queria que eu começasse a entrar nos eixos. Por causa da minha aparência agradável andava a pular de ilha em ilha atras de rabos de saia. Era um mulherengo e tanto mas de um tempo para ca já nem pensava nisso.
Fui busca-lo no local que tínhamos combinado e voei em direcção ao céu azul com ele no colo. Já estávamos habituados á esse ritual. Chegamos a altitude certa e comecei a planar na direcção certa. Olhava para a face dele enquanto planava e ele observava o ambiente a frente com uma expressão muito distraída ate que o seu corpo arrepiou-se e virou para mim:
-É para la que vamos? Disse ele com um olhar muito sério.
-Sim. A minha casa, Inversionem Castel. Há la um Aqua core também.
-Vê-se o porque do nome.
É. A minha casa é um castelo invertido flutuante com inúmeros canais com água, corredores espaçosos portas altas e largas: todos que andam por ali tem asas as costas portanto mesmo que o castelo seja antigo talvez tanto quanto a tempestade, souberam bem acertar as proporções. Até eu que tenho quatro asas não tenho problema algum nem nenhum local do castelo.
Entramos pelo átrio e comecei o tour pela casa. Tinha tudo planeado para terminarmos no meu quarto. Passamos pela biblioteca e podia ver os olhos dele brilhar. Podia larga-lo e ele ia flutuar de felicidade. Passamos por todas as áreas pertinentes e quando íamos para o meu quarto encontramo-nos com o meu pai que se apresentou e tratou o Lir com muita delicadeza. Depois que ele saiu pousei-o no numa cadeira.
-Ola Aeonnn. Disse Alondra pulando no meu peito. Eu juro que se olhar matasse ela cairia dura no chão com aquele que Lir tinha acabado de lhe dar.
-Hey, como é que estas? Disse afastando-me dela tentando evitar que a tempestade de emoções se agravasse.
-Saudades tuas, desde que começaste na missão quase nunca te vejo.
-Anda, quero apresenta-te a uma pessoa muito especial. Este é o Lir. Disse aproximando-me dele e Alondra atrás. Lir, está é Alondra.
Ele entre-olharam-se e quase podia ver uma bola de electricidade formando-se entre eles.
-Vocês são amigos? Perguntou Alondra sem quebrar o contacto visual.
-Pode-se dizer que sim. Respondeu Lir com uma voz friamente inexpressiva.
Ele é muito sincero e não tem medo nenhum de dizer o que pensa. Quando ele não deixava transparecer as emoções deixava-o um pouco assustador.
-Mais logo pomos a conversa em dia Alondra. Agora eu e o Lir temos assuntos a tratar.
Ela saiu sem reclamar. O meu pai já tinha avisado a todos em Inversionem que íamos ter a visita de Lir e instruiu que lhe fosse dirigido o devido respeito e cordialidade.
Eu e ele ficamos juntos a tarde enquanto verificávamos um mapa de Aera e íamos reconhecendo os locais onde já estivemos. A tenção dele que era palpável foi diminuído e aos relaxava. Pousei-o dentro dum dos canais que percorriam o castelo com recomendação de tomar cuidado para não cair acidentalmente em uma das cachoeiras.
-Sabes, ao contrário de certas pessoas que não sabem que se morre ao tentar respirar debaixo de água sem guelras, eu tenho noção do perigo.
-Eu sei que és grandinho e que sabes tomar conta de ti próprio mas mesmo assim não custa avisar.
Nesta altura deixei-o um pouco sozinho e fui até ao átrio principal. Lá encontrei Seraphim e ficamos a falar um bom tempo. Cerca de 2 horas. Ele me contava acerca das desventuras que ele teve com uma rapariga e eu consolando até que ele me perguntou sobre o Lir e eu sai a procura dele. Quando cheguei onde o tinha deixado, nada dele.
Sea Point
-Olá outra vez. Disse a peste com asas enquanto entrava na sala com dois cálices nas mãos. Toma. Trouxe um néctar para brindarmos e ultrapassar a estranha primeira impressão.
-Obrigado. Respondi educadamente.
-Um brinde a ti e ao começo de uma belíssima amizade. Disse ela mais falsa que testemunhos de cavalos-marinhos voadores.
-Um brinde. A tua triste tentativa de me drogar. Completei mentalmente. Aceitei o copo e separei o líquido. Sabia dizer o que era porque tinha sido algo em pó que não se desfez totalmente portanto havia falhas uma distribuição heterogénea de densidade do que se encontrava no copo. Mesmo que não fosse, não era nenhum linguado de memória curta para confiar naquela cotovia gigante. Comprimi todo o conteúdo que havia no copo em uma pequena bola e fi-la flutuar para a parte escondida do meu rosto enquanto fingia beber. Discretamente abaixei o líquido diluindo-o na água em que me encontrava.
Olhamo-nos por momentos e podia ver literalmente a expectativa no olhar dela.
-Sinto-me um pouco tonto disse pegando na cabeça.
TENS A CERTEZA QUE QUERES FAZER ISSO? Tenho. Quero saber o que essa dai tem em mente. ISSO PODE SER PERIGOSO. Tenho-te a ti para lidar com o perigo. COMO SEMPRE FICO COM O TRABALHO SUJO. Não reclamavas que saias pouco? Pois aqui tens uma oportunidade. REALMENTE É VERDADE. MAS NÃO RECLAMA SE AS COISA SAÍREM UM POUCO DO CONTROLE. De agora em diante só será em legítima defesa.
Fiz com que os meus pulsos ficassem mais grossos aumentando o fluxo de sangue para eles e fingi desmaiar com tanto esplendor que deixei até o cálice cair e rolar. Tal como tinha previsto, senti alguém atar-me os pulsos e puxar-me fora de água. Levantara-me e levaram-me para fora, depois de certos momentos senti o movimento causado pelo voo. Uns 20 minutos depois pousaram-me no chão. E abri muito pouco os olhos para que ninguém notasse. Vi dois anjos que falavam com a bruaca de costas. Havia muito vento naquele lugar.
-Podem ir embora. Ouvi-a dizer. Vi-os sair e ela dirigiu-se a mim.
-Podes até estar inconsciente, mas vou dizer a mesma. Não podes simplesmente chegar na vida do Aeron e tomar posse dele. Quem pensas que és? Dizia ela enquanto andava em círculos. Esperei que ela se virasse de costas libertei-me das cordas fazendo o meu pulso ficar normal e mudei a minha cauda para dois pares de pernas ficando em pé imediatamente.
-SOU ALGUÉM ESPERTO O SUFICIENTE PARA NÃO CAIR EM UM GOLPE TÃO BARATO COMO AQUELE QUE VOCE TENTOU ME DAR. Digo deitando a língua fora.
Ela se virou na minha direcção nesse momento e a cara de surpresa é simplesmente sem preço. Conseguiu até ganhar o Aeron quando ele me viu assim pela primeira vez.
-Não interessa se tens pernas ou cauda. Aqui no céu, tão perto da tempestade onde os ventos reinam eu tenho toda a vantagem. Vou atirar-te no turbilhão e ninguém nunca mais irá ouvir falar de ti.
Ela veio se aproximando de mim e fui recuando cuidadosamente em direcção a parede do ciclone. Até que resolvi acabar com as ilusões daquela ignorante. Concentrei-me o suficiente para conseguir extrair o que precisava para atacar e com um único movimento com a água que consegui tirar do turbilhão fiz com que ela caísse no chão com a cara a amparar a queda.
-KKKKKK, NUVENS SÃO FEITAS DE AGUA PARA QUE CONSTE. E POR FIM: QUANTO MAIS VENTO E ENERGIA HOUVER NUM LOCAL MAIS DIFÍCIL É PARA CONTROLAR O AR. AGORA VAIS ME LEVAR DE VOLTA E NÃO VAIS DIZER NADA ACERCA DO QUE VISTE AQUI E TAMBÉM MANTENHO SEGREDO SOBRA A TUA PEQUENA ARENA.
Ela fez menção de se virar e tentar chamar um daqueles que a tinha ajudado a me levar para o local mas interrompi:
-NÃO SENHORA! QUEM VAI ME LEVAR VAIS SER TU MESMA PARA PODERES COMEÇAR A ASSUMIR O PESO DAS TUAS DECISÕES.
Ela, com muito esforço e falta de jeito la conseguiu levar-me devota a castelo. Já tinha a minha cauda outra vez portanto o peso era ainda maior.
-Para. Digo quando passávamos pela biblioteca. Entra e procura por algum livro de criaturas míticas. Ela entrou e voltou com dois livros depois.
-Vamos para o quarto do Aeron.
Chegamos lá e minutos depois chegou ele também. Ofegante e preocupado:
-Acabei de vir de onde estavas e não te encontrava em lugar algum!
-Estive aqui lendo na companhia da Alondra.
-É pois. Disse ela reforçando a ideia. Eu o trouxe.
-Não sabes como fico feliz que se dêem bem priminha. Disse ele colocando a mão nos ombros dela. Estava com medo depois daquele vosso primeiro encontro.
PRIMINHA! SE EU SOUBESSE QUE ESSA BORBULHADA TODA FOI POR CAUSA DE CIUMES DE PRIMA TERIA A TERIA MORTO LA ONDE ESTAVAMOS!
Deixa de ser tão mauzinho. Ela gosta mesmo dele apesar de que deve estar a odiá-lo neste momento porque com as dores nas costas que ela deve estar por me carregar, essa mão no ombro parece dolorosa. kkkkk
Apesar de tudo os livros que ela trouxe são bem úteis. Esta criatura chamada dragão parece ser bem capaz de engolir um Aqua core inteiro e sobreviver, além de que as descrições combinam com as marcas deixadas pelo suspeito nos locais.
Ainda dei uma vista de olhos em outras criaturas antes de pegar o mapa de Aera e ir para casa nos braços de Aeron.
-Adeus ALONDRA. Disse o nome dela mudando o timbre da voz e fazendo com que ela arrepiasse-se toda. Espero bem que seja a ultima que esta me apronta.
Despedimo-nos com um delicioso beijo: ele estava a ficar um especialista em consegui-los e eu cada vez menos me importava em dá-los. No entanto nada me tirava da cabeça que o que estava a atacar os Aqua cores fosse um dragão.
Para afastar a ideia da cabeça resolvi ver outa ver o mapa antes de dormir. Assinalei todos os pontos que sabia que haviam Aqua cores e assinalei aqueles que já tinham desaparecido.
Fiquei ai alguns minutos observando e cheguei a uma conclusão que me fez ficar completamente sem sono.
Light point
Desculpem o atraso com os capítulos. As vezes fica difícil saber como continuar a narrativa sem misturar as coisas, mas agora finalmente já tenho uma linha definida para o próximo o que facilita a escrita. Mais revelações no próximo post. Espero que estejam a gostar. Que se siga o Sea Sky paradox.