Uma Droga Chamada Amor — Parte 18

Um conto erótico de Hibrubs
Categoria: Homossexual
Contém 2202 palavras
Data: 11/07/2013 22:02:54
Última revisão: 11/07/2013 22:42:21

NO FINAL DO CAPÍTULO ANTERIOR:

"Te amo", "tô com saudades", "amei nossa noite", "não quero te perder". Tudo que eu falei pro Lucas e vice-versa ela viu, já que fiquei um tempão lá embaixo. Ela descobriu tudo, nosso segredo foi por água abaixo. O que será que ela ia fazer após descobrir isso? Um sensação ruim correu por toda minha espinha, minha boca ficou seca e nenhuma palavra saía da minha boca. Ela se levantou da cama, deixou o celular nela e sussurrou:

— Me explica, Bruno. Você é viadinho?

Agitações.

Aquele rostinho e posicionamento de garotinha meiga e patricinha que Jéssica tem deu lugar a uma garota malvada e irônica, ao estilo de uma super vilã das histórias de filmes. Eu não sabia o que dizer e muito menos como agir, estava super assustado e tudo que eu queria é que aquilo fosse um sonho, em que eu pudesse acordar dele facilmente, mas não:

— Jéssica, quem te deu permissão pra mexer no meu celular? — eu estava nervoso

— Por que você fica desconversando? Não consegue assumir que você — ela colocou o dedo na minha cara — e o Lucas são namoradinhos?

— Olha aqui — e segurei o braço dela —, você não tem nada que se meter nas nossas vidas, tá ouvindo?

— Cuidado como fala, ou quer que eu conte pra todo mundo o seu segredo?

— Jéssica, você não gosta de mim? Ia querer me ver sofrer?

— Gostava. Mas depois de saber que você a Vi "namoravam", já comecei a repesar sobre isso. Mas agora, já me decidi muito bem.

— Por favor, não conta isso pra ninguém. — eu estava segurando as lágrimas

— Eu não conto se você fizer algo pra mim, haha.

— O que você quer?

— Quero que você namore comigo: vamos namorar em público, nos beijar, trocar carícias, fazer juras de amor pra todos ouvirem e nas redes sociais também!

— Pra quê? Se você já sabe que eu namoro o Lucas?

— Ah, quase esqueci, você vai se afastar do Lucas. Com a gente "namorando", não vai sobrar tempo pra ele.

— Onde quer chegar com isso, se você sabe que não vai ser pra valer?

— Eu quero ver você andando comigo, E SÓ COMIGO. Quero ver a carinha daquele viadinho bem triste quando souber disso. Mas olha, você não vai contar nada, vamos deixar pra ele saber disso só na segunda.

Aonde foi parar aquela garota meiga e patricinha que estava no meu quarto há alguns minutos atrás? Eu perdi meu chão ali mesmo, tinha que fazer o que ela mandou porque não podia nem correr o risco dela contar alguma coisa pra qualquer um que fosse. A menina má deu lugar novamente para a patricinha, que disse:

— Bom, então estamos entendidos, né namorado? Hahaha. — e meu deu um beijinho na bochecha

— S-Sim...

— Então, eu vou pra casa. Já terminamos o trabalho, mesmo. Até segunda! Já estou com saudade, meu amor! Hahaha. — saiu e fechou a porta

Não aguentei, me joguei na cama e comecei a chorar, estava inconsolável. De um jeito ou de outro teria que me afastar do Lucas por causa dessa garota. Passei mais um tempão chorando quando escuto minha mãe na porta:

— Filho?

Enxuguei minhas lágrimas rapidamente, e permiti que ela entrasse:

— Por que tá com essa cara de choro, meu filho?

— Cara de choro?

— É.

— Só impressão sua, hehe.

— Parabéns filho, ela é uma ótima garota.

— Hã?

— A Jéssica, quando desceu, disse que estão namorando, desejo felicidades pra vocês.

— Ah... Obrigado. — e deu um sorrisinho super forçado

Ela saiu do quarto com um sorrisão no rosto, e eu fiquei lá, sem saber o que fazer. Quando ou se eles souberem, vai ser uma grande decepção pra eles, por isso eu deixei por assim mesmo e não contei nada. A noite passou e nada demais aconteceu, de manhã eu iria na casa do Lucas pra ele me contar mais sobre essa viagem. Seria difícil ter que fingir que nada demais aconteceu, mas de um jeito ou de outro, teria que agir na maior naturalidade.

No outro dia, acordei normalmente, mas ainda com aquilo em mente. Na noite anterior não troquei mensagens com o Lucas, como era de costume. Ele sempre inicia as conversas e ontem não me chamou, achei esquisito mas deixei por assim mesmo. Eram 11h. Fiz minha higiene de sempre, almocei e fiquei esperando até dar 13h, hora que ele disse que eu podia ir. Enquanto isso, fiquei assistindo TV e pensando alguma forma de acabar com essa chantagem da Jéssica, mas não consegui pensar em nada de útil.

O relógio apontava para as 13h, fui pra casa do Lucas, ele não mora tão longe de mim, dá pra ir à pé mesmo. Apertei a campainha e esperei, sem saber o que me esperava. Ele abriu a porta, estava com roupas de ficar em casa, descalço, deu um sorriso quando me viu e, em seguida, um abraço. Ele me avisou que os pais dele não estavam em casa, porém, Thalles estava com ele fazendo o trabalho. Sentamos nos sofás da sala e ele disse:

— Então, como a casa de praia que minha tia mora não é tão perto de onde a gente tá, vamos sair daqui à noite pra chegar lá de manhã, ok?

— Certo, então eu venho pra cá que horas?

— Mais ou menos umas 21h, tudo bem?

— Sem problemas. Cadê o Thalles?

— No meu quarto, a gente tá fazendo o trabalho.

— No seu quarto? — fiquei insatisfeito

— Hahaha! Deixa de besteira, tá com ciúme? — ele me provocou de propósito

— Quer saber? Tô sim.

— Vamos subir comigo, você pode ficar um pouco aqui?

— Posso, vamos.

Já tinha entrado várias vezes no quarto do Lucas, assim como ele era íntimo da minha família, eu era da dele. O quarto dele estava do mesmo jeito desde a última vez que eu entrei, antes das férias. Organizado, limpo, arrumado. O oposto extremo do meu. Thalles estava lá, deitado no chão escrevendo palavras na cartolina branca. Quando abri a porta para entrar, ela fez um barulho. Ele se assustou e se virou pra nossa direção, parecia confuso por eu estar ali. Eu disse:

— Oi Thalles.

— Oi.

— Thalles, você não tá com fome? Tem um hamburger na mesa, vai lá.

— Tudo bem. — e saiu

— Ele sempre é estranho assim? — sussurrei

— Bruno!

— Ué... Ele parece que não sabe conviver com gente de verdade.

— Mas ele é uma pessoa boa. O tempo que ele ficou aqui, ele conversou bastante comigo. Ele é assim, afastado de todo mundo, porque ele sofreu um trauma com a separação dos pais dele, afetou tudo. Tudo mesmo.

— Como é que uma separação pode ser tão prejudicial?

— Os pais do Thalles nem se importavam com o próprio filho. Ela se drogava e ele vivia bebendo. O pai dele era muito problemático, sempre batia nele e na mãe dele. Um dia, quando a mãe dele finalmente ia embora, o pai do Thalles estava bêbado, ele impediu a saída da mãe dele da casa espancando ela até deixá-la imóvel. Pra acabar, descarregou uma arma nela. Quer dizer, deixou uma bala. Essa bala atravessou a cabeça dele. Tudo isso na frente do próprio filho. Sem nenhum dos pais vivos, ele mora com a avó agora: uma mulher mesquinha, mais apegada ao dinheiro do que qualquer pessoa que você conheça, ela não gosta dele e por isso ele desacreditou das pessoas. Não sei como eu estou conseguindo que ele me diga tanta coisa assim.

— Numa tarde só você sabe tanta coisa dele...

— Ele é um cara legal, só precisa de gente pra apoiar ele. Já imaginou crescer numa família onde todos são problemáticos e não gostam de você?

Assim que ele terminou de dizer isso, Thalles voltou com metade do hamburger na mão. Ele era um garoto bonito: tinha cabelos castanhos e pele branquinha, olhos escuros, olhar fundo, transparecia tristeza. Tinha um corpo esguio que combinava perfeitamente com seu jeito tímido. Ficamos meio sem reação por ele ter ouvido o que Lucas tinha dito:

— Olha, Thalles, não estamos falando você. Você parece ser um cara legal, já passou por muita coisa, não é? — eu tentei fazer com que isso não se parecesse com uma fofoca

— Sim. — ele não olhava no meu rosto

— Então, Thalles, você quer continuar com o cartaz ou prefere fazer a pesquisa?

— A pesquisa.

— Ok, pode ir lá no computador começar.

— Tudo bem. — falou indo em direção ao computador

— Bruno, vai pra casa, daqui a algumas horas você volta e daí a gente vai pra casa de praia da minha tia, haha.

— Vai ser legal.

— Ué, você não tá animado?

— Tô, é que me aconteceram umas coisas ontem que me deixaram meio assim.

— O que foi? Quer me contar?

— Eu até quero, mas não posso.

Lucas fez uma cara de confuso, mas ele me conhece, não forçou a barra e apenas me abraçou. Aquele abraço. É nele que eu me sinto seguro, e de lá eu não queria sair nunca mais. Thalles ficava olhando a cena com uma cara de espanto. Achei melhor parar porque, realmente, dois garotos se abraçando daquele jeito não é nada comum. Descemos juntos e ficamos conversando um tempão na sala, deu tempo até de dar uns beijinhos. Pô, ninguém é de ferro! haha. Me despedi dele com um selinho rápido, dizendo que logo voltaria pra podermos partir pra casa da tia dele.

Voltei pra casa pensando nisso que aconteceu ontem e nesse Thalles. O garoto é um cara legal, mas é tão esquisito!

Cheguei em casa já sendo interrogado pelo motivo da demora. Falei pra minha mãe que tinha uns amigos lá e perdi a noção do tempo. Meu pai estava na sala, assistindo televisão, quando minha mãe falou:

— Eduardo, sabia que nosso filho tá namorando?

— E eu com isso?

— Ninguém merece um pai que nem o senhor, que não se importa com o próprio filho!

— Olha o jeito como tu fala comigo, moleque! Se eu vou aí te dou um corretivo que tu nunca vai esquecer.

— Em que planeta o senhor vive? Ainda acha que bater nos filhos é a solução?

Meu pai bufava de raiva, nem olhava pra minha cara, só gritava. Minha mãe ordenou:

— Parem com isso! Bruno, sobe e vai arrumar suas coisas.

Ainda da escada consegui ouvir meu pai falando: "O que a gente fez pra ter que aturar uma peste dessas?" então minha mãe respondeu: "Você que não sabe lidar com o próprio filho" daí ele retrucou dizendo isso, que foi a frase que mais me machucou de todas que ele me disse: "Eu não tô nem aí pra esse menino, mesmo sendo nosso filho, se ele não estivesse aqui não faria diferença!". Poxa, um pai que não liga pra existência do próprio filho? E ele ainda tem a coragem de dizer que ele é o castigado por ter que me aturar? Sinceramente, eu não mereço tudo isso!

Fui pro quarto arrumar minha mochila, só peguei o essencial mesmo. Abri o guarda-roupa e fui tirando tudo que eu precisava. Do banheiro, tirei escova de dentes e meu shampoo. Arrumei tudo direitinho na mochila e desci, pois já eram 20h45. Passei por meu pai sem falar com ele. Minha mãe já estava me esperando na porta:

— Cuidado com essa água do mar, é muito traiçoeira, e não vá dar problemas pros pais do Lucas, eles são pessoas muito boas e eu não quero que você arranje problemas pra ele. Pegou o protetor solar?

— Peguei, mãe. — e dei uma risada

— Não consigo ser menos coruja. Hahaha!

— Mas é por isso que eu te amo, mãe.

— Ô meu filho, vem cá com a mamãe.

Ela me abraçou bem apertado, aquele abraço de mãe não tem comparação. Fui indo embora e ela não saía da porta, acho que ela ficou me olhando até onde dava. Fui chegando na frente da casa do Lucas e já pude ver o carro prata da família. A mãe de Lucas (minha sogrinha, hahaha), dona Sônia, que eu chamo educadamente de 'tia', já estava dentro do carro, no lado do passageiro, logo abriu o sorriso e disse:

— Olá Bruno!

— Oi tia!

— Animado pra ir com a gente?

— Com certeza, né? Hahaha. Cadê o Lucas?

— Tá lá dentro, pode ir entrando e procurar ele.

Foi o que eu fiz. Ele estava na sala com o pai, Edson, que eu também chamo de 'tio', dele arrumando uma mochila. Eles perceberam minha presença e logo o Edson disse:

— Bruno, não vai demorar, pode ir logo lá no carro.

— Certo, tio. — sogrinho, pensei.

Voltei lá pra fora e a tia estava falando no celular super animada com uma tal de Jacinta, nada de interessante. Pude ver os dois saindo da casa e trancando tudo. O tio entrou no lugar do motorista, claro, e Lucas sentou do meu lado. Ele estava tão lindo que senti uma vontade de beijar ele, mas não pude fazer isso, claro. Lucas tirou os fones de ouvido e disse:

— Oi cara.

— Oi Lu.

Tivemos que ser frios e largar um pouco as intimidades na frente dos pais dele, não podemos deixar pistas de que namoramos. O carro ligou e deu início à nossa viagem. O que ela vai nos reservar...?

~~~~CONTINUA~~~~

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Comentários

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esse Thalless me chamou a atenção tenho certeza que ele vai aparecer na história .. O conto ficou ótimo, acho que um caminhão deveria atropelar a jéssica dar a ré pra conferir se morreu e passar por cima de novo .. *-----* Ótimo Contoo

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Jessica maldita espero que um carro a atropele quando estiver indo pra escola e nao sobre mais nada dela... Bruno tem que dar um jeito nao pode fazer isso com o Lucas, eles nao merecem isso. To ansioso pelo proximo nao demora ta?! Amo seu conto e fico sempre ansioso por ele.

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odiei,eu odeio essa Jéssica,bem q deveria morrer afogada

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Essa Jessica é chata né ? PQP manda ela ir plantar batatas , serio KKK' , Seu conto esta otimo, não demora pra escrever ok rs (((:

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Eu acho que você devia mandar a Jéssica para o quinto dos infernos '-' mas não que era a pergunta né? UAHuahUHAUha bom como sempre =) tenta aparecer mais vezes'-'

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