Era uma sexta feira dia 22 quando eu descobri minha doença, meus pais pediram pizza de frango com catupiri -minha favorita- arrumaram a mesa cordialmente, como se um rei fosse comer lá essa noite, me espantei com tudo aquilo mas preferi não comentar.
Meus pais estavam com os seus devidos pedaços de pizza no prato, porém não comeram nada. Só ficavam me observando enquanto eu esquartejava aquele pedaço de pizza de frango com catupiri com tanta voracidade quanto um leão come uma zebra.
-Filho...
-O que foi?- disse limpando a mão de Catupiri no guardanapo.
-Temos uma coisa seria para falar com você-
-O que foi? fala logo.
Minha mãe colocou a mão na boca e soluçou enquanto lagrimas caiam de seu rosto, meu pai depositou a mão sobre os ombros dela como se tentasse a acalmar.
-Ca...- eles nunca me chamavam de "Ca" só quando estava acontecendo algo muito pesado. "Será que descobriram que eu sou gay?" pensei, minhas mãos gelaram e meu rosto quase caia no choro.
-O que aconteceu?- olhei para minha mãe, os olhos dela estavam grandes e brilhantes como duas bolinhas de gude castanhos.
-Filho- a mão do meu pai tremia, ele cortou um pedaço de pizza e colocou na boca, como faz quando tenta fingir que nada tão grave estava acontecendo, ele mal conseguia depositar o garfo no prato-, eu e sua mãe fomos no hospital ver no que seu exame de sangue resultou.
-Ué, eles não iam ligar aqui?- disse voltando ao normal e comendo meu pedaço de pizza "não tinha nada haver com o meu homossexualismo, posso relaxar os músculos novamente!"
-Sim mas o que eles iam contar, deveria ser contado ao vivo...- minha mãe explodiu no choro novamente com um grande grito abafado, como o que a panela de pressão faz quando estoura.
-Eu estou começando a ficar preocupado, fala o que aconteceu pelo amor de Deus!
-Essas dores de cabeça e desmaios que você anda tendo- disse meu pai se segurando para não chora, meu pai nunca chorava, nunca! nem quando a noticia de que meu vô veio a óbito chegou aos seus ouvidos - você esta com leucemia.
Fiquei parado por um instante encarando os dois que estavam esperando eu falar alguma coisa como uma criança espera para o sorveteiro colocar as bolas de sorvete na casquinha.
-Tem alguma coisa de errado nesse exame- disse- não dá. Eu to me sentindo ótimo- eu ri enquanto limpava a boca com o guardanapo- para de chorar mãe, eu to bem...
-Filho você não esta bem- ela limpou o nariz.
-Mãe, não tem como eu estar com leucemia, eu saberia!
-FILHO- ela gritou de um modo que me fez acordar como se estivesse acabado de cair de um prédio, e o grito dela era o baque do final- VOCÊ ESTA DOENTE, NÃO É MENTIRA, NÃO É ENGANO! EU TAMBÉM PENSEI QUE ELES ESTIVESSEM ERRADOS!- ela secou as lagrimas com o guardanapo, a mão dela tremia tanto que ela acabou sujando toda a maquiagem depositada em seu olhos castanhos -EU CHOREI MANDEI REFAZEREM E FAZEREM NOVAMENTE! VOCÊ ESTA DOENTE! NÃO TEM CURA!
Para quem não sabe a leucemia é um câncer do sangue ou da medula óssea. De origem na maioria das vezes não conhecida. A Leucemia não tem cura, ou seja, vou morrer e a unica coisa que posso fazer é me tratar até o dia em que os remédios não funcionarem mais e meus órgãos deixarem de funcionar.
-Mãe... e meus sonhos? sabia que eu também tenho sonhos? EU QUERO CRESCER E FAZER UMA FACULDADE, EU QUERO TRAZER ORGULHO PARA VOCÊS, QUERO DAR UMA VIDA PARA VOCÊS QUINEM VOCÊS ESTÃO DANDO PARA MIM- disse exaltando a voz- Deus não permitira que eu vivesse os últimos anos da minha vida sabendo que vou morrer!- serrei os olhos ainda em tom de desafio.
-Filho, as vezes o único plano que Deus nos reserva é o de dar valor as coisas mais simples, agora você dará valor a sua vida, eu darei valor a minha, seu pai dará valor a dele e todo mundo que te rodeia também dará.
Foi bem difícil para eu me segurar diante daquela situação, afinal, só tinha 14 anos, desse tempo para cá não aconteceram muitas coisa, meu pai continuava fingindo ser forte diante da situação, minha mãe largou o emprego de secretaria para passar mais tempo comigo, estávamos pesquisando uma casa em Monte Reis, uma ilha gigantesca que boia no litoral do Rio Grande do Sul, "é o lugar com menos poluição" era o discurso da minha mãe "um belo lugar mesmo, tem uma vasta floresta com grandes arvores", ela sempre enxia a boca para falar sobre a ilha.
Estávamos em uma festa de 15 anos da minha prima, Julia, quando eu já havia alcançado os meus 15 anos. Eu estava sentado na mesa comendo uma coxinha daquelas oleosas porém muito gostosas, quando senti meu pulmão se encher de ar e se soltar com rapidez, a primeira tosse foi liberada do meu pulmão. Me senti meio tonto e coloquei as palmas da mão na mesa de plastico, fiquei com a cabeça baixa e comecei a tossir sangue.
O medico diagnosticou como hemorragia pulmonar, tive que fazer tratamentos que só pioravam minha situação, minha mãe tirou a conclusão de que o que me fazia mal era o ar poluído de São Paulo. Fomos apressando a mudança para Monte Reis, pois apenas assim meu pulmão melhoraria. Com todo aquele ar puro das montanhas.
No avião tive que ir com um tubo enfiado no meu nariz que se dividia em dois -mais conhecida como cânula nasal- que passava por detrás das minhas orelhas e depois se juntavam novamente nas minhas costas, era um objeto estranho, toda vez que soltava o oxigênio fazia cosquinha no meu nariz.
Li meu livro inteiro enquanto voava, o livro era o Pequeno Príncipe, acho que todo mundo já deve ter lido... Enfim, é um ótimo livro recomendo para todos que ainda não leram -se existir alguém que ainda não leu Pequeno Príncipe-
-Ola garoto- o aeromoço (ou sei la como se diz) estava falando comigo, ele devia ter descoberto minha leucemia pela minha mãe que não tem assunto para falar e fica pegando coisas sem nexo.
-Oi
-Está precisando de alguma coisa?
-Não, obrigado. É impressão minha ou você só perguntou isso para mim?- ele era um homem lindo, acho que todo aeromoço é lindo, ele tinha um sorriso branco e um cabelo penteado, usava um terno com o simbolo da companhia aérea agarrada no peito esquerdo.
-Só para você, você é um passageiro especial, não é?
-Não...- disse sem entender muito o que ele dizia.
-Você é um passageiro "glorioso"
-Por que você não falou "o passageiro que vai ter menos tempo de vida?"- disse como se estivesse o desafiando para um luta de opiniões- Não à nada de glorioso em morrer, qualquer um pode morrer.
Um silencio torturante tomou conta do lugar, nem eu nem ele ao menos abríamos a boca para respirar.
-Belo cabelo- ele disse quebrando o gelo - seus cabelos enrolados são bonitos.- não achei que ele queria puxar meu saco por eu ser leucêmico, todos falam que meus cabelos são bonitos...
-Obrigado, e me desculpe por ter falado daquele maneira com você, pode ter suado meio agressivo mas é isso que penso
-Está tudo bem...- ele estava com as mãos para trás, minha mãe chegou e o dispensou.
-Obrigado- ela disse apertando a mão do homem.
Chegando em terra firme, finalmente eu consegui respirar normalmente. Me sentei no banco de couro preto da picape vermelha e encostei a cabeça na janela, meu pai ainda estava em São Paulo, ele viria só em outubro.
-Bela paisagem- disse olhando o chão nevoento e os pinheiro gigantescos que tinham seu topo perdido no céu pelas nuvens baixas.
-É lindo não!?
Haviam rios, vulcões em extinção e arvores que me davam vontade de abraça-las de tão grande e grossas, mas minha cosia preferida da ilha eram os montes gigantes que se estendiam até onde o olho via, era bonito grande e glamoroso.
Nossa casa ficava perto do centro da cidadezinha, era uma floresta grande e haviam algumas outras casas em volta mas a grande maioria eram arvores arbustos e animais silvestres que piavam e gemiam como se dessem boas vindas a nós.
-Mãe- eu estava sentado no balanço em frente a casa- sabe o que seria ótimo?
-Fala...
-Seria ótimo se você fizesse estrogonofe- eu amava estrogonofe, foi o prato que me salvou da anemia aos meus 14 anos.
-Vou ter que ir comprar as coisas no centro porque aqui não tem nada... vai se arrumar para ir comigo.- Minha mãe me obrigava a acompanha-la 24 horas por dia, ela pensava que eu era uma daquelas crianças que saem desmaiando por ai.
-Mãe eu posso ficar aqui sozinho- não via problemas em ficar em casa sozinho por alguns minutos, já fazem 2 meses que eu não desmaio e 2 semanas que meu nariz não sangra.
-Não sei não...- ela franziu a testa e me olhou com a feição de medo que sempre compartilhou comigo desde o dia que ficou ciente da minha doença.-... vou te deixar aqui mas toma cuidado, qualquer coisa liga no meu celular!- ela entrou no carro e mandou o beijo, depois deu partida e foi na maior rapidez permitida no limite de quilometragem da estrada.
A rua era parada, não passava gente, não passava carro e muito menos ônibus... Nem vizinhos eu tinha direito, eram só 5 casas espalhadas em 1 quilometro de rua bem asfaltada -mais bem asfaltada que as de São Paulo- Meu pulmão estava pesado, mal conseguia respirar, cada vez tinha que puxar mais ar e mais ar... minha costela começou a doer, eu não estava conseguindo respirar direito... me levantei tonto, vi uma figura na minha frente, como se fosse um garoto, ou sei la... ele subiu os degraus da entrada e falou alguma coisa que eu não conseguia prestar atenção.
-Liga para minha mãe- disse me agarrando ao vulto para não cair.- O celular...- ele me segurou com um abraço e com o outro se apoiou no corrimão, ele não parava de falar e aquilo só piorava a minha situação, tudo começou a escurecer e meti a cara no chão de madeira do quintal. O baque foi ouvido da casa vizinha. Tudo escureceu e eu desmaie.
Acordei na maca de um hospital, minha mãe chorava ao pé da cama, mais ao lado sentado no sofá um garoto de cabelos loiros e rosto branco, estava a roer as unhas apreensivo enquanto batia os pés calçados no all star vermelho no chão do quartinho.
-O que aconteceu?- perguntei
-Acordou!- gritou o garoto com um sorriso que ia de orelha a orelha, ele era um adolescente bonito, devia ter a mesma idade que eu.
-O que foi?
-Filho, graças a Deus... tá vendo!? é só te deixar 30 minutos sozinho que acontece essas coisas...
A porta rangiu e o medico foi até o quarto e convidou minha mãe para se retirar, ele estava com aquela feição que os médicos usam para falar sobre algo serio. Minha mãe saiu e o medico a seguiu, deixando apenas eu e o garoto na sala.
-Oi- ele disse com um sorriso que ia de orelha a orelha.
-Oi- disse virando o visor do relógio para mim, eram 16:23 quando eu havia desmaiado e o relogio já batia as 17:40.
-Você se lembra de mim?- ele não tirava o sorriso branco e mongo do rosto.
-Deveria?
-Eu que te trouxe para o hospital- Ele fez uma cara de quem não estava acostumado com aquele tipo de tratamento grosso e rude -, meu nome é Lucca Malvino, alias.
-Oi Lucca, o meu é Caique Hurst -eu não fazia novas amizades desde muito tempo atrás, já até tinha esquecido de como se fazia.
-Você é doente?- tudo que eu queria era ser tratado como qualquer um outro, sem ser chamado de "filhinho" ou "fofinho" ou qualquer outra merda de apeladinho carinhoso que tinha inventado
-Não...- eu não queria falar a verdade para ele, ele sairia correndo do quarto se soubesse que eu tenho leucemia, uma menina já fez isso no Rio de Janeiro, estávamos no restaurante quando meu nariz começou a sangrar, disse que tinha leucemia e ela saiu correndo achando que era contagioso.
-Se você não quer falar tudo bem para mim... quantos anos você tem?
-16
-hm...- fiquei calado por uns instantes, ele cerrou os olhos como se pedisse para eu perguntar para ele quantos anos ele tinha.
-E você?- disse quebrando o silencioeu sei... não parece né?- ele sorriu, se levantou e se aproximou da minha cama, só agora conseguia ver o rosto dele sendo iluminado pela luz do dia.
Lucca Malvino tinha cabelos dourados, curtos e hidratados que se se juntavam e formavam um topete estilo James Dean, os olhos eram de uma cor azul tão intensa e clara que quando misturada a luz pareciam transparentes, ele tinha um sorriso branco, lábios esporadicamente vermelho, uma pele branca e um corte vermelho na sobrancelha que deve ter ganhado a alguns dias atrás andando de skate. Ele tinha um sinal marrom bem claro que parecia uma mancha de café na parte esquerda do rosto em cima dos lábios. Os ombros eram largos e fortes, o peitoral firme e bonito,
-O que foi?- ele me perguntou sentando ao meu lado na cama.
-Nada...
-Deve estar se perguntando como eu consegui esse corte na minha sobrancelha não é? Rasguei andando de skate na avenida Smiths- TOUCHE!- mas foi apenas um arranhão, semana que vem não haverá mas nenhuma pista que se quer desse machucado no meu rostinho.
Ele chegou mais perto de mim, ele olhava meu rosto como se estranhasse algo, parecia uma criança olhando um vídeo-game caro na vitrine da loja.
-Que foi?- perguntei, eu já estava com raiva daquele jeito dele.
-Oque aconteceu com sua testa? porque esta roxa?
-Não sei... quando desmaio aparecem manchas roxas no meu corpo, é normal, normalmente por causa do baque.
-Poxa, me lembrou um filme de ação que eu amo, o nome é "A origem", parece que você esta usando a mascara dele nos olhos- "tá, isso foi para ofender?" pensei, mas ele estava com um rosto tão sugestivo que me fez acreditar que ele não sabe medir as palavras antes de usa-las
-Não...
-Então você tem que assistir! te empresto qualquer dia desses... Amo aquele diretor o Christopher Nolan , ele fez vários filmes legais contando o Batman e...- minha mãe abriu a porta do quarto de hospital nos interrompendo, ela foi até mim correndo
-Filho- ela disse com um sorriso meio dilacerado, sabia que ela iria trazer uma noticia boa, pude ver pelo sorriso que ia de orelha a orelha...- Novidades, esse hospital tem o seu remédio, o Termoquelina...
Meus olhos se encolheram e um sorriso cresceu em minha boca. Termoquelina é um remédio milagroso criado a pouco tempo atrás nos EUA, poucos estados possuem esse remédio mas parece que causa milagres em vitimas de leucemia onde o principal sintoma é a hemorragia pulmonar.
-mas você vai ter que ficar um dia sob observação, filhote...- podia ver a alegria nos olhos da minha mãe transbordando como água transborda do copo quando ele já esta cheio- EU SABIA QUE ME MUDAR PARA ESSE ESTADO MUDARIA AS COISAS, EU SABIA!- ela falava como se estivesse acabado de acertar os números da sorte da mega sena.
-Mãe, me dá um abraço- ela me abraçou e Lucca ficou nos olhando com um sorriso gigantesco no rosto.
-Lucca, amanha a gente vai comemorar... vamos todos lá para casa e vamos fazer uma festinha só nós 3, que tal?
Subi os olhos e suspirei forte como se dissesse "não convida ele não, mãe. Ele deve ter coisa melhor para fazer"
-Agradeço senhora Hurst- ele olhou para o visor do celular e continuou- mas eu tenho uma reunião na empresa da minha mãe, ela quer que todos nós nos reuna lá para cuidar de assuntos de família.
Lucca era de uma família rica, dava para perceber pela pele de pêssego e as roupas caras que poucos podem sustentar.
-Serio?- disse minha mãe- qual a empresa da sua família?
-O Maccto, sabe a empresa que cuida das embarcações que param no porto da cidade?- A empresa da família tinha uma grande construção á 30 minutos lá de casa.
-Lucca se você quiser ir embora pode ir... agradecemos você ter trazido o Caique até aqui.-minha mãe odiava incomodar alguém.
-Vou ir mas eu volto depois, ok? vou pegar os meus dvds porque esse garoto que você chama de filho não sabe oque é filme de verdade- ele ria como um porco da própria piada que havia feito, minha mãe também (acho que fui o único que não achou a minima graça naquilo)
Quando ele saiu do quarto fui logo falando:
-Mãe, quem convidou ele?
-Deixa de ser assim- ela disse arrumando o cabelo atrás da orelha- essa é uma oportunidade para você fazer um amigo novo filho, eu não quero que você mor...- ela parou de falar a frase como se estivesse percebido a baboseira que ia sair.
-Não quer que eu morra sem ter um amigo?
-Não é isso filhinho...
-Tudo bem mãe... eu já estou acostumado com isso.
O celular da minha mãe quase nunca tocava desde o dia em que ela deixou o emprego, mas ele foi tocar logo agora na hora em que eu e ela estávamos tendo uma briga...
Ela saiu do quarto e foi atender o telefone lá fora.
Lucca estava demorando muito, tive tempo para jantar e ler um capitulo do meu novo livro "saco de ossos" que comprei na livraria da cidade. Lucca chegou e colocou o DVD na tv de plasma gigantesca á nossa frente. O filme começou a rolar e ele se deitou no sofá. O filme tem 2 horas de duração, mas como ele era bom pareceu demorar menos de 1 hora. Na metade do filme Lucca se deitou ao meu lado na minha cama, dei espaço e continuei assistindo "esse sofá é muito desconfortável" ele disse. Fiquei exitado com a presença dele na mesma cama que eu, me virei de lado para que ele não conseguisse ver meu pai duro fazendo volume sobre o lençol branco. Lucca desceu a cabeça e a apoiou em minha coxa, fazendo-a de travesseiro, ele não tinha nem um pouco de malicia diante daquela situação, apenas eu que me contorcia na cama de tanta excitação.
-O que foi?- ele estranhava meus espasmos na cama.
-É que não dá para ficar em uma posição confortável com você encima da minha coxa.
-Oh perdão- ele subiu a cama e se deitou ao meu lado, eu ainda estava virado de costas para ele, estava esperando a hora em que ele envolveria o braço sobre meu quadrl e ficaríamos de conchinha, mas aquilo não aconteceu. Pensei comigo mesmo "minha mãe vai entrar nesse quarto e vai ver eu e Lucca deitados na mesma cama, vai pensar que somos namorados" Lucca dormiu quando ouvi a maçaneta da porta roncar fingi estar dormindo também, minha mãe entrou no quarto e sorriu ao se deparar comigo e Lucca deitados na mesma cama, não estava com raiva do jeito que pensei que estaria mas estava tão feliz por ter me visto ali com um "amiguinho", Ela acordou Lucca e disse que ligaria para mãe dele para deixar ele dormir lá, Lucca era um garoto muito educado, agradeceu e foi para casa.
-Deixe eu te dar uma carona.
-Não precisa Sra. Hurst, eu chamo o motorista da minha família e ele vem me buscar... bom, até amanha- disse se retirando do quarto.
Pessoal, devo continuar essa éstoria?