*CONTINUAÇÃO
-Tio eu tenho uma coisa pra falar.
- Fala Felipe.
- Eu volto pro Brasil amanhã.
- O que?
Todos se surpreendem na mesa, Rafael me olha expressando duvida.
- Como assim Felipe? Meu tio pergunta.
- Eu estou decidido, aqui não é o meu lugar, eu voltar.
- Felipe seu pai não vai gostar de saber disso, ele me disse que viria lhe buscar quando fosse o momento certo pra voce voltar.
- Desculpa tio, mas eu não vou trancar a minha vida num lugar que eu mal conheço longe da minha verdadeira realidade. Com licença.
Levanto da mesa e vou em direção ao quarto, escuto meu tio falando ao telefone era com o meu pai, logo em seguida Rafael entra no quarto.
- Que palhaçada é essa Felipe?
- Não tem nenhuma palhaçada aqui, eu só não estou a fim de ficar mais um dia aqui e ponto. Digo colocando as coisas na mala. Suas mãos seguram meus braços me fazendo ficar de pé.
- Pode parar com esse drama agora, na boa Felipe tava tudo bem entre a gente porque voce está inventando isso agora?
- Eu não quero que voce fique pensando que eu estou com voce por carência. Como voce mesmo disse.
Ele se calou, afinal eu não estava mentindo, volto para o que estava fazendo, agora com lagrimas nos olhos, ele deita e pede pra que eu apague a luz. Termino de colocar as coisas na mala, desligo a luz e saio do quarto, vou até a cozinha tomar um copo de água, quando passo pela sala meu tio fica me olhando, ele não disse nada porque me entenderia, tomo a água e volto para o quarto.
Rafael estava deitado na mesma posição em que o vi pela primeira vez, com o fone no ouvido e olhando para o teto. Deito no meu lado da cama e viro as costas pra ele.
- Lembra que quando voce entrou aqui pela primeira vez eu estava nessa posição? Filho da puta estava lendo meus pensamentos?
- Lembro sim.
- ali eu tava com medo.
- medo de que?
- De como voce seria, eu ficava ansioso, esperando a sua chegada.
- E agora voce está com medo de que?
Ele ficou mudo por uns instantes, direciono meus olhos a ele, pude ver uma lagrima escorrer dos seus olhos.
- Rafa ta acontecendo alguma coisa?
- Ta Felipe, claro que ta, voce acha que eu ia ficar como depois de tudo que a gente passou e de uma hora pra outra voce dizer que quer ir embora só porque o cara que voce jurava ter esquecido te liga dizendo que te ama? É pra ficar bem com isso?
Cai na real, percebi que fazendo isso iria magoar a pessoa que mais tinha me amado esses últimos meses mas também deixaria quem eu amava de verdade de lado, sequei suas lagrimas e de leve encostei seus lábios no meu, logo suas mãos estavam nas minhas costas puxando meu corpo de encontro ao seu, ele chorava eu também.
Nossas lagrimas se encontravam com nossos lábios, sentia seu membro duro roçando na minha perna, sua língua invadia a minha boca faminta pelo desejo ali contido, minhas mãos percorriam seu corpo, tocava a carne que me dava prazer, meus lábios eram mordidos de leve fazendo com que me arrepiasse por completo.Palavras soltas eram sussurradas ao meu ouvido aumento a minha excitação.
PÁ PÁ PÁ PÁ PÁ PÁ
A porta batia atrás de nós, merda, num pulo Rafael levanta da cama e acende a luz, meu coração não batia, pulava dentro do meu peito.
- Felipe ainda está acordado? Meu tio falava do outro lado da porta.
- Oi tio estou sim.
- Tem uma menina querendo falar com voce no telefone e pela voz dela não parece ser coisa boa.
- Já to indo tio.
Vesti um casaco para esconder a minha excitação.
- Quem é? Rafa pergunta.
- Não sei Rafael.
Desço as escadas, a esposa do eu tio segurava o telefone. Pego da mão dela.
- Oi?
- Fe amigo.
- Clarisse?
- sim sou eu, Fê o que voce disse para o Bruno hoje?
- Porque?
- ele tava aqui em casa e depois que falou com voce saiu feito um louco e agora não sabemos onde ele está, eu to com medo Fe, medo de ter acontecido alguma coisa grave a ele.
- Fica calma Clara eu vou tentar ligar pra ele.
- Não dá eu já tentei varias vezes, chama e ninguém atende.
A cada palavra dita uma lagrima caia dos meus olhos.
- depois eu te ligo amiga.
Sem pensar já fui discando o numero do Bruno, após algumas chamadas alguém atende.
- Bruno? Eu pergunto antes mesmo de ouvir a resposta do outro lado.
- Olha não é ele, o dono desse aparelho sofreu um acidente com um carro e o aparelho estava dentro do veiculo.
...
*CONTINUA
