Gente, a medida que a história se desenrola as coisas acontecem eu fico cada vez mais sentido, no bom sentido da palavra com o carinho de cada um de vocês. As coisas pro Sam não estão fáceis, como é que ele vai reagir depois do papelão protagonizado por sua irmã?
Eu estava saindo daquela boate acabado, normalmente eu ficava assim durante as noites dos Owen, mas, se outrora eu voltava cansado, mas realizado após ter passado a noite dançando e me divertindo com as pessoas que eu gostava, desta vez não. Enquanto eu fazia força pra levantar minha irmã e ir em direção a saída, vinha toda sorte de bêbados falar comigo. Alguns elogiavam os meus olhos, outros tentavam pegar na minha bunda. Alguns mais assanhados me propunham ir direto pros finalmentes, deixar minha irmã desacordada em algum lugar e ir pro banheiro. Eu me sentia como se fosse uma prostituta de beira de estrada, na qual qualquer homem poderia passar a mão.
Pela primeira vez, depois de muito tempo eu odiei minha irmã por ter feito isso comigo, mesmo bêbada ela não... não poderia. Odiei o Timothy por ter me deixado, ter me trocado por aquela merda de vida militar, odiei a mim mesmo por não ter impedido que ela fizesse aquele showzinho. Acho que a única vez que eu fiquei tão envergonhado assim foi na faculdade, quando decidimos fazer uma espécie de leilão para arrecadar fundos para um hospital infantil, quais eram as peças que seriam leiloadas? Alguns alunos e o 7º lote fui eu. Mas era outro contexto, era apenas para um jantar, um evento para o dia dos namorados, não o verdadeiro pegue e leve que minha irmã propôs.
- Vamos, eu te ajudo. – Dizia Taylor ao andar na minha frente, tentando abrir passagem.
- Pronto, o viadim já arrumou um macho. – gritava um homem tentando ser engraçado, ao que minha moral foi ao chão. Ao mesmo tempo em que o homem foi do soco que havia levado.
- Vamos chefinho, nós também vamos te ajudar. – falava vivi. – Olha como as coisas são, só você pra fazer o mala do meu irmão brigar com alguém. – falava tentando ser engraçada.
Aos poucos uma confusão ia se formando no centro da pista, de um lado os amigos do cara que tinha soltado aquela piada infame, com os meus outros pretendentes, do outro Craig, meu ex-cunhado, com alguns de meus amigos, e os amigos do Timothy. Eu não sou muito de brigar, e, naquela situação pior ainda.
Depois que a fui pra casa, deixei minha irmã na cama, comecei a analisar aquela situação, todos os acontecimentos. Primeiro de tudo eu tinha tido um encontro com o Taylor e ele, ELE havia me beijado, não foi um sonho... o beijo dele era muito bom, parecia que o meu corpo reagia de uma maneira única ao seu toque, mas, mesmo sendo beijado por ele eu havia falado o nome do falecido, “me deixa em paz, por favor”, pensava, como eu poderia ter estragado o momento, momento que sonhei desde os 14 anos com o nome de alguém que não deveria significar mais nada pra mim. Segundo, o que eu iria fazer com a minha irmã, ela havia me humilhado, me posto em exposição diante de uma boate inteira, como se eu fosse um pedaço de carne. Mas ela iria me pagar, ahhh se ia. Eu só conseguia imaginar na dor de cabeça que eu passaria a ter, os tarados de plantão sabendo que... depois desta exposição de minha irmã eu iria virar motivo de chacota na cidade, o cara que a irmã estava oferecendo pra cidade inteira. Mas o que aconteceu, ela não bebeu tanto, ao ponto de fazer isso, se é que existe uma quantidade de bebida determinada para se fazer isto?
Tentei dormir, mas todas as vezes que ia pegando no sono começava a pensar no trabalho que começaria a ter no dia seguinte, todos os pedidos de restrição para qualquer idiota que atendesse ao apelo daquela desmiolada. Eu deveria relaxar, me acalmar, tentar, pelo menos pregar o olho, mas não conseguia, então decido fazer a coisa que mais gosto pra me acalmar, no caso, a segunda, assistir musicais.
Qual seria o de hoje, eu precisava de uma coisa alegre, leve e que não fosse tão longa, noviça rebelde estava fora de cogitação, às músicas são lindas, How Do You Solve a Problem Like Maria é uma das minhas preferidas, mas mais de 3h de filme estavam fora de cogitação. Começo a revirar a minha coleção e encontro um clássico, com John Travolta e Olívia Newton-John, Grease, nos tempos da brilhantina. Aquele drama adolescente me fazia rir, as músicas lindas, as interpretações.
As coisas se desenrolavam bem, eu ria, me emocionava, amava cada performance daquele filme, até que Olívia Newton-John, Sandy, sua maldita, porque você fez isso? Hopelessly Devoted To You, era uma música nenhum pouco aconselhável ao meu estado atual, ela me remeteu ao beijo que havia trocado com Taylor e o fato de ter falado o nome de Timothy.
(http://www.youtube.com/watch?v=SN1gi8oq74g)
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Guess mine is not the first heart broken.
My eyes are not the first to cry.
I'm not the first to know
there's just no getting over you.
Acho que meu coração não é o primeiro a ser partido
Meus olhos não são os primeiros a chorar
Não sou a primeira a saber
Que não da pra te esquecer
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- Dá, dá pra esquecer, eu sei que você... não vai... que você vai conseguir ficar com o Danny, mas eu vou esquecer.. eu esqueci o desgraçado. – Eu dizia enquanto me agarrava a uma tigela de chocolate.
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I know I'm just a fool who's willin'
to sit around and wait for you.
But, baby, can't you see
there's nothin' else for me to do?
Eu sei que sou uma tola que quer
Ficar sentada aqui e esperar você
Mas,amor, não dá pra perceber
Que não há mais nada pra eu fazer?
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- Quem disse que eu estou sentado o esperando heim? – Chorava apontando a colher pra televisão me dando conta de que eu estava realmente sentado e, fora o Taylor, que foi iniciativa da minha irmã eu não estava fazendo nada.
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I'm hopelessly devoted to you.
Eu estou desesperadamente devota a você.
But now
there's no where to hide
since you pushed my love aside.
I'm out of my head,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you.
Mas agora
Não há mais lugar para se esconder
Desde que você rejeitou o meu amor
Estou ficando louca
Desesperadamente devota a você
Desesperadamente devota a você
Desesperadamente devota a você
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A esta altura do campeonato eu só fazia chorar e conversava com Sandy dizendo que eu a entendia, que era horrível, mas que só ela me entendia. Mas aquela musica tocou fundo, em todas as coisas que eu havia passado, em todos os meus sofrimentos, parecia que aquele filme foi feito pra mim, para aquele momento. Pouco depois que me refaço do que minha nova melhor amiga, Sandy havia me confidenciado, escuto Rizzo, Stockard Channing, começa a me falar There Are Worse Things I Could Do. Estava tudo bem, até que...
(http://www.youtube.com/watch?v=hGzBZJHhHsc)
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I could stay home every night
wait around for Mr. Right,
Take cold showers every day.
And throw my life away
on a dream that won't come true.
Podia ficar em casa
Todas as noites
Esperando o príncipe encantado
Tomar duchas frias todos os dias
E desperdiçar minha vida
Num sonho impossível
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Chegando nesta parte da música, era como se Rizzo estivesse a minha frente, dizendo que não éramos tão diferentes, ela também sofria, só não demonstrava da mesma forma que Sandy e eu. Ela me acusava, de ficar esperando, me guardando o príncipe encantado e de fato eu estava, estava esperando um sonho possível, mas que se esvaiu de meus dedos de uma forma tão simples. “Timothy, desgraçado”.
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I could hurt someone like me
Out of spite or jealousy
I don't steal and I don't lie,
But I can feel and I can cry.
In fact, I bet you never knew,
Posso magoar alguém como eu
Por ciúme ou desprezo
Não roubo e não minto
Mas sofro e choro
Ninguém sabe o que sinto
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Ciúmes, quem Rizzo pensa que está com ciúmes? O fato dele ter ido para um campo de treinamento militar, rodeado de homens lindos, compartilhando chuveiros, não se sabe quantos são enrustidos, ou o fato de ser um campo misto e ele, pra que não houvessem duvidas enquanto sua sexualidade poderia estar pegando qualquer uma das recrutas, afinal, com um porte como o dele, não seria tão difícil. Quem disse que eu estava com ciúmes, quem disse que eu ousei a pensar nisso. A pensar que ele não me ligou, pois estava ocupado demais com os seus novos amiguinhos? Eu não estava com ciúmes, tá Rizzo... o fato de eu não perguntar por ele era apenas raiva, não era com medo de que ele estivesse super bem e nem lembrasse de mim....
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but to cry in front of you...
That's the worse thing
I could do.
Mas chorar na sua frente
É a pior coisa que
Eu poderia fazer
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Era o golpe de misericórdia, eu confesso, eu não era pra ter feito isso, mas eu fiz, em nossa última briga eu chorei em sua frente, mostrei que me importava. Rizzo, me perdoe, eu não sou tão forte quanto você, mas deveria. O príncipe encantado é um tremendo idiota, agora.... agora eu tinha que pensar o que fazer, ou Sandy, ou Rizzo. Elas sabiam o que eu vivia e encaravam de formas diferentes. Eu estava muito Sandy, apenas sofrendo, sofrendo e sofrendo. Ainda posso continuar sofrendo por ele, mas minha atitude será mais Rizzo. Para todos estarei bem, vou tentar seguir a minha vida e... ele siga a dele, meu novo lema: Mas chorar na sua frente/ é a pior coisa que eu poderia fazer. Já estava amanhecendo e eu, finalmente, consegui pregar os olhos.
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Quando o meu colega de quarto finalmente me deixa sozinho, em paz e vai para o quinto dos infernos, para o diabo que o carregue, para bem longe de mim, começo a me questionar “Eu sou uma má pessoa? Eu joguei pedra na cruz? Eu estava lá gritando a plenos pulmões Barrabás, Barrabás, soltem Barrabás”. Por que eu deveria estar passando por tudo aquilo. Eu estava perdendo tudo, todas as pessoas que eu havia dado alguma oportunidade estavam me traindo, me apunhalando, primeiro o idiota do meu ex-namorado, o Clarkson, como ele pode fazer uma coisa dessas comigo? Como? Depois o Timothy, aquele traíra desgraçado, ele... ele se aproximou de mim somente... não. Eu lembrava de ouvir aquela história de aposta, aquela maldita aposta... será que o Timothy havia dito que me levaria pra cama e... e... eu não gostava nem de imaginar esta possibilidade. Só de imaginá-la eu ficava com o estômago embrulhado e com uma vontade tremenda de vomitar. Eu me sentia como a Elphaba após ter perdido a irmã, Nessa e seu Fiyero, este era o preço que eu pagava por ser uma pessoa que se considerava boa, mas... eu não seria mais assim. Mas, por que ele tentou se mostrar preocupado comigo? Por quê ele havia me beijado? Por que sim, ele havia me beijado, em meio a todos estes pensamentos sou embalado pelo choro e acabo dormindo.
São cinco da manhã quando eu acordo e percebo que estou enrolado, mas sem sapatos, quem teria feito isso? É uma pergunta retórica, eu tinha ideia de que tinha sido o meu companheiro de quarto, na certa para tentar dizer que as coisas não eram da maneira como eu estava pensando. Levanto, e olho pro lado. Ele parecia tão calmo, tão sereno enquanto dormia, estava longe de aparentar ser o monstro que realmente era. Desde que começamos a ser amigos ele tinha o hábito de dormir com o dorso nu, ele dizia que gostava e era uma prova de que a minha sexualidade não mudaria nada entre nós. Mas, eu nunca havia reparado no contorno de seus músculos, na forma como eles eram harmônicos e no trabalho que deveria ter dado a ele alcançar este físico. Subi em direção a sua face e, pela primeira vez pude ver a face de um anjo, a face da pureza, mas que escondia todas as travessuras e maldades de um adulto, e mal, que usa e humilha as pessoas. Depois me deparei com sua boca entreaberta, tão carnuda e convidadita... não, eu não poderia fazer isso, ele e o amigo haviam brincado comigo.
Eu sou um filho de Hera... ele não teve tempo o suficiente para me fazer de besta, mas o outro teve e pagaria caro.
Saí daquele quarto antes Timothy levantasse, não gostaria, não estava preparado para encará-lo. Eu não queria brigar, brigar mais uma vez com ele estava fora de cogitação, aquilo sempre exauria as minhas forças, dele eu gostaria apenas de distância. Começo a andar sem rumo quando lembro de Thomas, e Will, dois amigos, que, quem sabe, poderiam me ajudar.
Contei por alto as minhas mazelas, do tratante do meu ex-namorado, disse que não estava disposto a voltar para o meu dormitório, o qual eu me depararia tanto com Clarkson, quanto com o Timothy, eu não sabia o que fazer. Eles se olharam de forma confidente.
- Sammy, por que você não fica aqui? – Will propôs.
- Nã... não, eu não poderia... este quarto é de vocês... eu... – tentava pensar no que falar, como recusar aquela proposta.
- Nada disso Sammy, vamos fazer o seguinte, eu vou buscar as suas coisas e você fica com a gente esses dias, depois vemos o que fazer. – a solidariedade deles era tamanha que eu não consegui conter as lágrimas, em meio ao verdadeiro tormento que se converteu minha vida, eles eram ilhas de segurança, a calmaria em meio a tempestade– eu tentava dizer alguma coisa, mas as palavras não conseguiam sair de meus lábios.
- Não adianta reclamar, está decidido. – Thomas dava o seu ultimato.
Eu não fui a aula durante aquele dia, nele fui cuidado pelos meus amigos, não apenas Thomas e Will, mas outros também, tanto os gays quanto os heteros. Eles ficavam conversando pelas minhas costas, a minha relação antiga.
- O que? Aquele... aquele... – falava Sophie com um semblante carregado. – Sabe, eu tenho uns amigos no clube de boxe... se eu pedisse.
- Não creio que o Sammy aprovaria violência. – Falava Chistopher.
- O que ele aprovaria, ou não, não tô nem aí.... – ela falava com um olhar perdido, quase como se já estivesse vendo como a cena se desenrolaria.
- Se for assim o meu namorado também, ele é jogador de futebol, dava pra dar uma intimidada no cara. – dizia Stela.
Depois que eles passaram mais de meia hora discutindo como eles se vingariam do Erik, e não conseguiram quase nada, pois a proposta que um fazia, o outro refutava, inicialmente eles queriam apenas machucar o Clarkson, mas depois começaram a pensar em coisas que não me afetassem, ou que não me expusessem diante da Universidade inteira. Eu ficava só os observando. Sabe, como é bom você se sentir minimamente querido. As pessoas que faziam a algazarra naquele quarto, verdadeiramente me queriam bem e estavam dispostas a provar isso, para o azar do ex. No entanto lhes faltava algo, eu sabia, mas não sabia bem o que. Depois disto eu agradeci a eles pela preocupação e disse, que qualquer coisa eu os avisaria.
Passados três dias decidi voltar a minha rotina normal, ou quase, eu estava solteiro, num dormitório diferente e sempre que possível alguns de meus amigos vinham ao meu encontro. E impediam que Clarkson se aproximasse de mim, tanto ele quanto Timothy. Até que o dia em que eu fui ao banheiro e dei de cara com o meu ex-colega de quarto. Confesso, ao vê-lo ali, lavando as mãos meu coração começa a acelerar. Ele levanta os olhos e me observa pelo espelho.
- Ah, é você? – ele me questiona com certo desprezo– eu não respondia.
- Eu até poderia tentar falar contigo, mas não. Quer saber de uma coisa, eu estou decepcionado com você. – ele falava me encarando pelo espelho.
- Você? E quanto a mim? Sou eu que....
- Sei, é você que está decepcionado comigo, “porque eu arranjei mulher pro seu namorado” – ele falava me imitando – lembra o que eu disse, os seus problemas com ele, são os seus problemas com ele e pronto. Eu estava até superando o fato de você ser.. você sabe...
- a palavra é gay.
- Sim, você era um homem, mas a sua atitude atual... você não passa de um meninozinho mimado que esta se escondendo atrás dos amigos. A vida é uma merda, sim, ela é, mas pelo menos a encare de frente. Seja homem... – ele falava enquanto secava as mãos e saia do banheiro.
Eu fiquei com as palavras dele em minha mente durante grande parte daquele dia, embora eu tente ser uma pessoa forte, muito disto é uma fachada que eu criei para me proteger dos ataques constantes que recebi de parte de pessoas que não me aceitavam, algumas pessoas tem a capacidade de serem muito cruéis conosco. Mas, por mais que me custe admitir ele estava certo, eu estava apenas me escondendo atrás de meus amigos, eles são ótimos, mas eu devo encarar estes problemas de frente. Durmo com as acusações de Timothy em meus ouvidos.
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Ao despertar percebo uma coisa estranha eu não estava sozinho em meu colchão. Havia alguém do meu lado.
- O que você está fazendo aqui? – questionava.
- Você tem problemas comigo? – ele perguntava de maneira exaltada.
- Sabe que sim. – respondi seco.
- Vim te ensinar a encará-los de frente. – Timothy respondia enquanto passava a mão em minha nuca. Ao que eu fazia uma força enorme para evitar que nossas faces se encostassem.
- Pa...para... O que você pensa que está fazendo? – Eu dizia rejeitando a sua investida.
- Encarando o problema de frente. – ele sussurrava – Não precisa ter medo, eu sei que você quer iss
- Ai é que voc... – eu tentava responder, mas era tarde demais, ele havia feito aquilo de novo, havia me beijado. Eu tinha que resistir... eu deveria resistir. Enquanto seus lábios ficavam rentes aos meus, uma de suas mãos contornou minha cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem mais próximos do que já estavam e a outra foi em direção a minha nuca. Meus lábios que estavam cerrados começaram a abrir-se, dando espaço para que sua língua reconhecesse minha boca como propriedade sua.
Ele tinha uma forma de pegar que fazia com que todo o meu corpo reagisse, beijando minha boca, bo..chechas... pescoço e descendo, reconhecendo e tomando cada parte de meu corpo como sua.
- Timothy.. não, pa...pa...a...ra. – eu gemia. – Você não. – tentava falar algo, mas ele passava a língua em meu peito, um, depois o outro, enquanto ia descendo, percorrendo o caminho da felicidade, enquanto me encarava.
Toda vez que ele ia cruzar o cós da calça ele parava, me observava com olhos maliciosos e parava, voltando ao começo, de cima a baixo, de baixo a cima, ele estava aprendendo, aos poucos como era o gosto de cada parte do meu corpo, enquanto que o meu pênis respondia cada vez mais a cada toque dele no meu corpo.
- Não, Timothy, para de fazer isso. – eu pedia.
- Você ainda não tá preparado para me encarar... – ele falava enquanto tirava o meu calção. – de fren...te.
Então era isso o que ele queria, ele queria me enlouquecer, fazer com que eu perdesse os sentidos, pois ele conseguiu. Enquanto ele estava encarando o meu pênis, seguro sua cabeça e faço uma pequena força para deixá-los mais próximos.
- É isso que você quer? Confessa, é isso? – eu questionava.
- Não. – ele informava sério. – Ainda não. – Ele falou pouco antes de começar a passar a língua no tecido de minha roupa íntima, privilegiando a glande.
- Acho que o meu amiguinho está com muito calor, solta ele. – não acredito que estou dizendo isso.
- Mas ele vai ficar com frio. – ele me respondia de uma forma tristonha.
- Ele tem lugar melhor pra ficar. – falava enquanto Timmy tirava minha cueca e ficava esfregava o rosto contra o meu amiguinho.
- Ai é?
-É, meu a...
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- Saammy... Sammy.... Sam – eu ouvia um ruído me chamando ao longe.
- Ooooo, oi... já vou maaa...mãe. – eu respondia.
- Que mãe o que? Acorda, tá na hora.
Aos poucos eu desperto e percebo que estou no quarto de Thomas e Will, eles dizem que haviam me acordado pois acreditavam que eu estava tendo um pesadelo, que eu ficava mandando o meu ex-colega de quarto parar de fazer algo direto, ou dizendo que ele estava me torturando, meu deus, como sou dramático.
Acordei, fomos tomar nosso café e eu decidi, realmente encarar meus problemas de frente, era o certo a se fazer, enjoei de me esconder, de desligar o celular, quem era o errado era ele e não eu, quem deveria temer alguma coisa era ele não eu. Espero um dia poder superar o meu complexo de princesa, eu não sou uma princesa, sou um príncipe, embora eu queira, sim encontrar o meu príncipe encantado e, com certeza não era ele.
Enquanto andava pelo Campus com Gwen, uma de minhas amigas, tendo tomado esta decisão de vida, o vejo ao longe, o cumprimento de forma fria e continuo o caminho. Alguns instantes depois percebo que ele está me seguindo.
- Sam, o que foi? Algum problema... você está bem? Você não tem me atendido ultimamente... – ele perguntava de maneira cínica.
- Se eu tenho algum problema, você sabe muito bem que tenho... com você. – Dizia o olhando nos olhos.
- Calma amorzinho. – ele se aproximava pegando no meu braço. – o que foi que eu te fiz pra você ficar assim, tão chateado, eu posso te compensar depois... – ele tentava ser galante.
- Cara, em primeiro lugar, me solta. – eu dizia começando a me exaltar – em segundo lugar, por favor este discurssinho de galã de novela mexicana, se vamos para esta área eu te pergunto “De que barro podre é feita a sua alma”?
- Sam, eu não tô entendendo, você some três dias, não dá notícias e quando eu, finalmente te encontro você me trata desse jeito? – Devo admitir ele merecia um Oscar.
- Olha aé, aposto que nestes três dias você deve ter aproveitado muito... conseguiu ir pra cama com quantas, ou quantos. Na verdade eu não sei né, você deve ter feito muitas apostas. – eu jogava na cara do safado, ao que ele parecia transtornado.
-... – nada respondia.
- Vamos, me diga, quantos caras, ou quantas garotas você levou pra cama enquanto eu estive fora? – eu insistia.
- Você... você me ofende duvidando do meu carinho. – ele falava em um tom magoado.
- Por favor Erik, eu já pedi pra parar de falar frases prontas, que parecem ter saído de um folhetim de quinta categoria, que devem funcionar muito bem pra pegar os desesperados. Sinto muito honey, mas comigo não cola. – Vamos ver até que ponto ele aguenta se passar pelo inocente apaixonado.
- Não são fra....
- Eu sou um filho de Hera, você sabe o que significa isso não sabe?
- Ou sou enganado, ou estou sendo enganado, mas eu nunca te enganei.
- Ah, não, creio que a ruiva com a qual te vi se agarrando teria uma percepção diferente, ou melhor a mulher com a qual você disse que estava comigo por uma aposta. – seu rosto ficou branco como farinha – agora você está parecendo compreender as coisas heim?
- Aquilo, aquilo era uma... uma piada, você não pode acreditar... – ele tentava me convencer.
- Claro, eu morri de rir vendo a sua língua na garganta dela, com certeza eu achei muito engraçado... quer saber, por quê, por quê você fez isso, por quê fez essa aposta? – eu perguntava com lágrimas nos olhos.
- Sam, Samzinho, meu amor... olha era... era tudo uma piada... não existe aposta, eu estou contigo por... porque eu quero, eu te amo...
- Me ama tanto que me coloca um par de chifres? – questionava incrédulo.
- Não é bem assim... olha, eu te amo... eu quero passar o resto da minha vida com você, mas, por enquanto, eu não posso...
- Não pode o que?
- Não posso ser visto contigo, não posso ser seu namorado... eu construí muita coisa e se as pessoas ficarem sabendo, como eu fico? Minha reputação....
- Espera, você tá ficando com garotas e dizendo que fez uma aposta pra justificar que tá comigo? Deixa eu ver se é isso que você está tentando me dizer? – eu tentava juntar os pontos desta história.
- Isso mesmo, eu sabia que...
- Você espera que eu tenha pena de você por ser um gay homofóbico?
- Pena não, mas me compreenda... nós podemos ter tudo, juntos, mas você vai ter que ter um pouco... só um pouquinho de paciência. – ele tentava me apresentar as coisas como se fossem óbvias.
- Cara, sabia que eu, infelizmente não tenho muitos problemas com isso. Não teria problema nenhum em “esperar” um cara que valesse realmente a pena. – o rosto dele ficava iluminado. – o que, sinceramente não é o seu caso. Você usar essas garotas pra pagar de hétero, negar que gosta de mim, me trair descaradamente, cara você é um porco, ou melhor que espécie de rato você é?
- Não sou um rato, sou um jogador de basquete, você imagina como é isso, somos todos homens. Não existe espaço para isso, você já imaginou alguém como o Paul Collins dizendo: “eu sou gay”? – ele me questionava.
- Você está dizendo o Jason Paul, irmão do Jarrom?
- Vê como é complicado.
Nós discutimos durante algum tempo, ele tentou me demover da minha decisão de que tudo tinha acabado, não haveria uma segunda chance, nem arrependimentos. Ou melhor, ouve um arrependimento, de todas as lágrimas que eu verti por aquele desgraçado. Meu deus, ele não foi baixo apenas comigo, mas com muitas outras pessoas e ainda seria em seu caminho de ascensão pessoal, mas eu ainda não tinha tido a minha vingança. Se ele pra tentar me reaver falava frases prontas de novela mexicana, o que ele acharia se eu fizesse algo digno de novela mexicana?
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- Filho, filho, levanta... vai pro seu quarto. – dizia meu pai.
- Ohhh, oi Pai... jáa vou. – respondia bocejando.
- E aé, a noite foi boa? Tinha algum gatinho? – Meu pai era uma figura.
- Ohhh, nem te conto. A cidade toda, vou até fazer uns pedidos de restrição. – respondia em um tom sonolento.
- Calma filho, também não é pra tanto.... eu te disse....
- Coisas de Samantha pai... mas depois eu te explico. – disse, lhe dando um abraço e indo dormir.
- Depois eu quero saber dessa história, heim.
Eu ia subindo em direção ao meu quarto, mas não sei, sabe aquelas coisas ruins que te dão antes de dormir, senti uma certa sensação ruim, um angústia, uma preocupação. Não sei, uma vontade de ver a minha irmã, como se ela estivesse de partida. Por sorte eu dei ouvidos a esta intuição, mesmo ela sendo uma louca às vezes temos isso, se um pensa no outro, sente alguma coisa ao pensar no outro é porque o outro está precisando ou vai precisar. Chego ao seu quarto e noto que está tudo bem.
- ROOOOOOM – ela ronca.
- Deve ter sido só impressão minha. – tento sair do quarto e não consigo, alguma coisa... ela não volta do ronco. Eu corro balanço o corpo dela e ela solta o ar.
- Calma, se é pra me agarrar, primeiro beija né? – ela falava dormindo.
Santo Deus, depois as pessoas morrem dormindo e ninguém atenta o motivo, ela tava tão bêbada que quase não volta do ronco. Como era de manhã e eu já tinha feito a minha boa ação pra aquela que iria me escutar mais tarde, faço uma coisa de menino réi do buchão, volto pra cozinha onde meu pai está fritando alguns ovos com bacon para o café.
- Pai... – falo atrás dele.
- Ahhhh, que susto menino o que foi?
- De vez em quando dá uma olhada na sua filha. É que ela tá roncando.
Só fiz este pedido a ele, achei que entrar em detalhes poderia preocupá-lo, ele assentiu e eu fui repousar um pouco. Não sei quanto tempo eu fiquei dormindo, só sei que, quando acordei ele estava no meu quarto, me encarando de forma séria.
- Eu posso saber que showzinho foi este que você e sua irmã protagonizaram ontem?
Continua...
Juniormoreno: Ele já está tendo a sua síncope... mas fazer o quê? Quem mandou deixar o namorado? A Sam é uma safada, cachorra, bandida que se preocupa com o irmão ao ponto de colocá-lo em exposição... não sei eu estava mal naquela hora ai fiz isso com a pobre, não a odeie ainda... agora imagina o trabalho que ela vai ter se a Alice der o número dela pros homens da cidade?
Oliveira Dan: Nunca é bom rir da desgraça alheia. Agora as coisas vão ficar complicadas pro Timmy, Taylor no caminho, o Sam realmente ter decidido superá-lo, como você está vendo agora. Deixou de esperar o príncipe encantado. Vamos ver o que o Timmy ainda vai aprontar, ou aprontou quando percebeu que queria ficar com o Samuel. (Tenho que parar de soltar spoiler).
Oliveira Dan: Eu é que agradeço. :D
afonsotico: Eu realmente não sei, queria dizer que o Timmy e o Sam iriam ficar juntos, ou o Taylor e o Sam, ou alguma outra pessoa, mas as coisas acontecem, eu escrevo a história a minha própria revelia, o Taylor foi feito para que um capítulo pudesse ser desenvolvido. Então, por enquanto, ele e o Timmy são os que tem mais chances. Ah, agora percebi que os nomes começam com T.
Imperadorcelta: Foi o mais rápido que eu consegui uhauhauahuahu. Obrigado pelas palavras de carinho. E como eu estava dizendo, não sei se eles vão se resolver logo, pode ser que sim, pode ser que não. Pode ser aqueles flash backs sem ser recuo temporal... aquela coisa de encontrar com o ex e fazer besteira. Sei que eles dois ainda vão ter muita coisa pra contar.
Geo Mateus: Muito obrigado.
iuribrx: Cara, falando sério. Nunca tinha visto essa música e detestei, como é que pode... eu tinha pensado em algumas coisas assim. Isso foi uma musica ou um Spoiler? Ei, só pra deixar claro que eu estou só brincando, em parte, pois eu gostei da música e sim, ela tem spoilers de coisas que eu havia pensado lá mais pra frente. Obrigado por me acompanhar e espero que continue.
PS: Jason Paul Collins é o Jason Collins, o jogador de basquete que se assumiu gay em abril, foi uma feliz coincidência ele ser de Stanford
PPS: Não sei se deu pra perceber, mas sim, eu tenho uma queda por musicais.
Como o meu pseudônimo é Syaoran, o que estou fazendo que ainda não disse isso? "Espero que estejam comigo no próximo episódio de Sakura Card Captors, para dizermos juntos: LIBERTE-SE".