Meu nome é (era) Vitor e vou conta-los minha história. Essa história mudou minha vida, e pra muito melhor. Por isso, eu realmente gostaria de começa-la com um acontecimento bom, mas a vida nem sempre é assim. A maior felicidade da minha vida, descobrir que sou Mulher, com M maiúsculo, começou com uma notícia trágica: a morte de meus pais.
Eles viajavam juntos para comemorar seus 25 anos de casado, quando o carro em que estavam bateu e fui repentinamente avisado que eu seria órfão.
Não posso explicar o que senti na hora, e nem pretendo. Quero excitá-los com este conto, e não os fazer chorar. Por isso, vou pular para a parte que me mudei para morar com minha prima, Ana Paula, duas ruas adiante de minha antiga casa.
Ana tinha 21 anos, 4 a mais que eu, e morava junto com uma outra amiga, Mariana, ou Nana, como todos a chamavam. Elas se conheceram no curso que faziam na universidade perto da minha casa (Nutrição).
Ana era bem baixinha, não chegando a 1,60m. Tinham cabelos longos, lisos e pretos, rostinho angelical e peitos e bundas durinhos. Um tesão pra qualquer homem. Já Nana era loira, mais alta, com um rosto não tão bonito e peito e bunda proporcionalmente maiores do que os de Ana.
Ana e Nana não se sentiam muito à vontade para andar em casa com a minha presença. Depois, descobri que antes da minha chegada, elas andavam em roupas íntimas sem problema, mas passaram a se comportar na presença do homem que agora morava junto com elas. Recebi um quarto onde Nana estava e ela mudou-se para dormir na cama de casal junto com Ana.
Além de gostosas, elas eram safadinhas. Surpreendi-as mais de uma vez com diferentes homens dentro de casa, mas não comentava nada. Eu gostava muito das duas, e elas me tratavam realmente muito bem, como mães pra mim.
Os dias passaram, viraram semanas, que viraram meses, que viraram um ano. Eu passei no vestibular para a mesma universidade que elas e comemoramos juntos. Já éramos uma família. E sem saber, elas me despertavam um incrível tesão. Já mais à vontade, elas não tinham vergonha de mim, de modo algum, voltando a andar pela casa só de sutiã e calcinha, fazendo meu pau dar sinais de vida dentro da calça. Eu era totalmente heterossexual, pelo menos publicamente. Mas enquanto eu descontava meu tesão me masturbando na frente dos vídeos que via no computador, via também os gays, mas principalmente, os lésbicos. Cheguei a ficar com um menino nessa época. Mas eu amava mulheres. Eu estava obcecado pelo corpo feminino, por seios, coxas, vaginas. Eu achava isso a coisa mais linda do mundo. Ana e Nana não sabiam.
Na verdade, eu queria muito ver as delas. Até que um dia, enquanto jantávamos, elas falaram de suas experiências sexuais com vários tipos de homens que elas tinham experimentado. Nana contou que já tivera uma experiência lésbica também e descreveu como foi bom.
- E você, Vitor?- perguntou Ana. –É virgem ainda?
-Sim- admiti, envergonhado.
Elas riram e se olharam.
-Você devia experimentar homens, sabia? São a melhor coisa do mundo- disse Nana.
-Eu já fiquei com um- admiti eu, rindo.
-Sabe, eu amo corpo de mulher- disse Nana. –Acho lindo peitos.
-Eu também. Sou quase obcecado- admiti eu.
-O meu você não vai ver não!- disse Ana rindo, encerrando a conversa.
A conversa continuou no dia seguinte.
-Sabia o que eu acho que a gente devia fazer?- disse Nana, olhando pra Ana, sorrindo. –A gente devia dar hormônio pro Vitor virar mulher também- completou, caindo na risada.
A ideia mexeu comigo. Imagina, eu ter corpo de mulher, aquilo que eu sempre tinha admirado! Já tinha pensado nisso, mas não tinha levado muito a sério. Dei uma risadinha sem graça pra disfarçar.
-Não disfarça Vitor, a gente vê seu computador, sabe os vídeos que você anda vendo- disse Ana.
Senti meu rosto ficar quente e vermelho. O que diria? Apenas abaixei o rosto.
-Muitos vídeos e fotos de mulheres, acho que você ama mesmo corpo feminino- disse ela.
-Sim- disse, apenas. Eu estava muito envergonhado.
-Quer ter um?
Encarei-as, e vi que estavam falando sério.
-Sério Vitor, a gente sabe que você quer. Você quer sim, tem jeito feminino. Olha essas pernas!- acrescentou Nana.
Descruzei rapidamente as pernas, mas sabia que não adiantava. Elas sabiam quem eu realmente era.
-O que vocês querem que eu faça?- disse eu.
-Vire uma mulher como nós- disse Ana. – Sei que você quer. A gente te ensina tudo.
Olhei de uma pra outra, esperando algum sinal de que talvez aquilo não fosse sério. Ambas sorriam, mas vi que falavam sério.
-Como faço isso?- perguntei.
-É fácil, você só precisa tomar hormônio. Olha, a gente quer seu bem, sério. E aqui em casa, você pode ser menina o dia todo.
-Sério mesmo? De verdade?- perguntei, empolgado.
-Claro, só precisamos achar um nome feminino pra você!- disse Ana, fazendo todos rirem alto.
-Agora deu- disse Nana, levantando. –Vem cá, vamos te ensinar a ser mulher!