Amor Não é Matéria de Cursinho - Aula 5 (Parte 1): Os Três Estados de Agregação

Um conto erótico de Kevin
Categoria: Homossexual
Contém 3136 palavras
Data: 17/08/2013 15:43:49

Aqui é o autor! Primeiro quero me desculpar por não ter postado capítulo ontem. Meus dias estão cada vez mais corridos. Segundo, quero agradecer, como sempre, pelos comentários e votos.

Lucas.rj, suas suposições são ótimas. Já até tirei algumas ideias delas. No entanto, não pretendo usar conteúdos mais complexos já que nem todos os leitores vão conhecer. Obrigado pelas sugestões e suposições.

Quero também alertar que este e os próximos dois capítulos serão apenas as três partes de um "capitulozão" chamado "Os três estados de agregação".

É isso! Boa leitura.

***

OS TRÊS ESTADOS DE AGREGAÇÃO - PARTE 1: SÓLIDO

Relações humanas são coisas realmente complicadas. Isso porque cada ser humano é um fator, e as relações são combinações de dois ou mais fatores. Sendo cada pessoa possuidora de um caráter único, as combinações são quase infinitas.

Mais complicado que as relações é o modo de mantê-las. Uma relação é sólida quando os laços são fortes, quando há a confiança mútua. Para desestabilizar uma relação, basta "aquecê-la". Por aquecimento, entenda desentendimentos, brigas, desconfiança e outras coisas do tipo. A partir de então, o que era sólido torna-se líquido, uma coisa disforme, que facilmente escorre por entre nossos dedos. Muito cuidado agora! Os dois possíveis caminhos para uma relação líquida é o "refriamento" ou um novo "aquecimento". Explico: por exemplo, uma amizade ferida pode se solidificar novamente ou pode entrar em uma verdadeira ebulição.

No segundo caso, a relação, então, se perde. Ela se desmaterializa no ar, cada fio que unia as duas pessoas é desfeito. Toda a estrutura sólida construída torna-se gás. Depois disso, voltar ao estado anterior é muito difícil e raramente acontece.

Felizmente, eu sempre consegui manter minhas relações no estado sólido, fora em casos como o de Henrique, que começam mal, então já têm uma tendência. Talvez eu consiga fazer isso pelo fato de ser muito condescendente com as pessoas, aceitar tudo muito fácil. Isso pode parecer uma fraqueza para muitos, mas eu gosto de ser uma pessoa que não faz parte de intrigas.

Essa minha capacidade de controlar relações se confirmou quando pedi desculpas a Henrique por algo que nem mesmo eu achei errado. Apesar disso, senti-me mais leve ao desculpar-me. Faltavam dois minutos para o sino tocar.

_Ei, Kevin, venha aqui. - chamou Aquiles.

Segui-o até sua sala que era adjacente à sala dos professores, ele fechou a porta.

_Aquilo foi ridículo. - ele disse com a feição neutra, sentando-se atrás de sua mesa.

Senti-me desnorteado por um segundo.

_Pedir desculpas não tendo culpa alguma. Coisa de gente mole. - disse ele duramente.

Lancei um olhar neutro a ele e disse:

_Só não quero ter que lidar com inimigos no meu ambiente de trabalho.

_Continua sendo uma atitude fraca. Mas não te chamei aqui para isso. Apolo disse que você é um bom professor, e vi que ele realmente aprendeu pelo menos uma coisa de exatas. - Aquiles disse a última parte com certa revolta, como se aquela característica do filho o repugnasse.

_Ele é um bom aluno. Só é preciso saber ensiná-lo, unindo o que ele gosta e o que ele precisa.

Aquiles me analisou, parecia pensar em como aquele novato teria conseguido ter sucesso onde muitos não haviam tido.

_Quero que você ensine meu filho particularmente. - disse ele.

_Como professor particular? - perguntei.

_Foi o que eu disse. - Aquiles parecia impaciente - Pagarei o valor que você quiser, as aulas poderão ser aqui ou em minha casa. Apolo decidirá isso.

_Ah... certo. Eu aceito.

Embora eu tenha dito aquilo, a situação já parecia toda decidida antes de tudo. Aquiles tinha uma estranha habilidade que fazia com que as coisas fossem como ele queria. A habilidade de um líder.

_Mas você pode estipular o valor. Eu não ligo muito para isso. - eu disse com um sorriso.

_Isso vai mudar com algum tempo no mercado de trabalho. Você é jovem, Kevin, e muito ingênuo. Mas é um dos professores mais habilidosos que já conheci. Conversei com alunos do terceiro D sobre a aula de biologia que você deu, e todos disseram que foi muito boa.

Corei com o elogio. Ainda mais quando vinha da rocha que Aquiles era.

_Obrigado. - agradeci.

_Talvez eu marque alguns plantões seus durante o ano para outras matérias, se você concordar, é claro.

Pensei se aquilo iria enfurecer não só Henrique, mas talvez outros professores. Como da próxima vez seria "legalizado", achei que não teria problema. O sino tocou, sinalizando o início das aulas do dia.

_Certo. - eu disse.

_É só isso. Apolo irá falar com você sobre as aulas.

_Tudo bem, tenha um bom dia. - eu me despedi.

Virei-me e fui até a porta.

_Kevin...

Olhei para Aquiles, que agora sustentava novamente seu olhar assustador.

_Não estimule meu filho no que diz respeito à literatura, poesia e coisas do tipo.

Pensei em que tipo de pai negaria cultura ao filho, ainda mais um que era diretor de um colégio. Mas ele era Aquiles, o diretor supremo, aquele que aparentemente não tinha fraquezas e, mais importante...

Meu patrão e pai de Apolo.

_Não o farei.

***

O recreio chegou e eu não tinha mais aulas naquela quarta. Na verdade, eu tinha muito tempo livre. Eu tinha apenas sete aulas nos terceiros anos e dez aulas nos cursinhos, o que totalizava numa quantia pequena de dezessete aulas semanais e bem distribuídas.

Já era dez horas da manhã, eu tinha que ir buscar meu pai no hospital onde ele faria uma cirurgia naquela manhã, pois minha mãe havia pego o carro dele naquele dia. Decidi ir até o hospital e esperá-lo lá.

_Ei, professor, vem cá! - ouvi uma voz feminina me chamar.

A voz vinha de alguma garota que estava em uma rodinha de alunos sentados, um deles tinha um violão. "Essa não..." pensei. Eu havia dito para um dos terceiros anos que sabia tocar violão, e todos decidiram que queria me ver tocar. Só não achei que chegaria a esse ponto. Fui até eles.

_Não vou tocar. - eu já cheguei dizendo.

_Ahhh, mas vai sim! - disse Isabella, uma das alunas.

_Senta aí, professor. - disse Alex, outro aluno.

Sentei em um espaço que abriram.

_Vai sujar o jaleco. - disse outra aluna.

_Já tá todo sujo de giz mesmo. - eu disse sorrindo.

_Aqui o violão, prof. - disse Isabella pegando o violão e entregando-o para mim.

_Tá certo. Mas vou tocar uma que eu saiba.

Vi Augusto de longe, ele me viu no mesmo momento. Começou a vir em nossa direção.

_Que que tá acontecendo aqui? - perguntou ele.

_Nada. - eu disse, não querendo que ele me visse tocar.

_Ele vai mostrar a habilidade dele. - disse um aluno.

_Então eu quero ver também. - disse Augusto entrando na roda.

Os alunos gostavam de Augusto, mas isso já era previsível. O cara era legal, lindo e engraçado. Melhor que isso, ele era bom no que fazia, que no caso era análise de obras literárias para vestibular.

Suspirei, agora não tinha mais jeito. Pensei em alguma música que eu ainda soubesse tocar. Havia um bom tempo que eu não praticava.

"Essa é uma boa..." pensei. Comecei a dedilhar as cordas, nenhum dos alunos reconheceu inicialmente a música pelo fato de estar um pouco modificada pela adaptação, embora ela tenha ficado relativamente popular durante uma época.

_I'm feeling sexy and free... - comecei a cantar, os alunos e Augusto me olharam surpresos -... like glitter's raining on me.

Outros alunos se juntavam em volta da roda. Já haviam me dito que eu tinha uma boa voz, e eu adorava cantar. É uma ótima forma de descansar e desestressar.

_You're like a shot of pure gold. I think I'm 'bout to explode. Canta junto, gente.

Vários alunos já haviam reconhecido a música e começaram a cantar junto comigo.

_I can taste the tension like a cloud of smoke in the air, now I'm breathing like I'm running 'cause you're taking me there.

De repente havia uma multidão em volta da roda. A minha voz se juntava harmonicamente com a voz de alguns poucos que sabiam cantar a música.

_Don't you know you spin me out of control? Uh, uh, uh...

E assim cantamos até o fim. Meus dedos dançavam e mostravam que eu não havia perdido o jeito. No fim, fui agraciado com aplausos da multidão. Aquela havia sido uma boa experiência, e era bom para qualquer professor ganhar um pouco mais de popularidade. Não que eu fosse narcisista, um professor bom é apreciado por seus alunos como profissional e como pessoa.

_Obrigado, pessoal. Tenho que ir agora. - eu disse.

_Ah, não, prof! Canta mais uma! - disse Isabella.

Dei uma risadinha.

_Outro dia, talvez. Tenho que fazer umas coisas agora. Façam a lista de calorimetria, é o conteúdo da prova!

Dizendo isso, levantei-me e retomei meu caminho para a sala dos professores para pegar as chaves do carro. Augusto veio atrás de mim. Ele vestia uma camiseta gola polo rosa claro, calça jeans azul e tênis casual. Sua pele moreno-clara e seus cabelos pretos levemente arrepiados o deixavam mais atraente. Ele tinha em suas mãos o livro O Cortiço, que iria cair no vestibular da UFG daquele ano.

_Aquilo foi incrível, criança! - ele disse com um sorriso reluzente.

_Foi legal, né? - eu disse também sorrindo.

_Não sabia que você cantava tão bem. Você devia investir nisso. Vozes leves como a sua são bem valorizadas.

_Ná... prefiro a física. Mas se surgir um bico de cantor de bar, eu aceito.

Augusto riu.

_Ei, professor!

Virei-me para ver de onde havia vindo o chamado. Era Apolo, que caminhava até mim com as mãos no bolso. Tinha um sorriso no rosto. A camiseta de seu uniforme se ajustava levemente ao seu corpo perfeito. Ele vestia uma bermuda bege e calçava chinelos. Parecia um "garotão", embora soubesse que ele era mais velho que eu. Chegava a ser engraçado ver aquilo, a diferença entre nós dois. Eu de jaleco branco e longo, camiseta simples preta por baixo, calças jeans azuis e tênis esportivo para poupar meus pés da rotina.

_Olá, Apolo. Tudo bem? - cumprimentei.

_Tudo. E aí, Augusto. - os dois se cumprimentaram com um toque típico de palma e soco. Apolo dirigiu-se a mim - Eu vi você cantando. Nada mal.

Meu rosto ficou quente.

_Ah... Obrigado. - eu disse meio envergonhado, mas lembrando de um assunto mais importante - Seu pai falou comigo, Apolo. Ele disse que você decidiria os dias e os locais das aulas.

_É sobre isso que vim falar. Você tem alguma coisa para fazer hoje à tarde?

_Não. Quer a primeira aula hoje? - perguntei.

_Pode ser. E seria a segunda aula, na verdade.

_É a primeira oficial. - corrigi.

_Certo, então. - ele disse com um sorriso - Vou estar aqui na escola às duas da tarde, ok?

_Estarei aqui.

_Então tá marcado. Até lá! - disse ele indo para sua sala, a Pro.

Acenei. Augusto e eu recomeçamos a caminhar para a sala dos professores.

_Não sabia que você e o Apolo eram próximos. - disse Augusto.

_Não somos. O Aquiles me pediu para dar umas aulas ao filho, só isso. Mas vocês dois parecem amigos. - eu disse olhando de forma curiosa.

_O Apolo é um cara bem cabeça. Eu dei aula para ele no terceiro ano e agora ele é meu aluno do curso. Ele gosta de literatura e português, por isso nos damos bem.

_Sei.

_Sabia que o Apolo queria fazer Letras? O Aquiles não deixou. Disse que aquilo não levaria a nada.

Na verdade, eu não sabia quase nada sobre Apolo. Eu queria, porém, entendê-lo melhor. Por alguma razão, ele instigava em mim uma estranha curiosidade.

_O pai dele não deveria generalizar dessa forma. Veja você, por exemplo. - eu disse.

_Mas quem disse que o Apolo quer ser professor? Ele quer fazer Letras para ser escritor. - disse Augusto.

Eu já esperava por aquilo. De certa forma, eu entendia os temores de Aquiles. A carreira de escritor não é algo constante, certo e estável.

Chegamos à sala. Fui até meu armário e o abri.

_Ei, Kevin... - chamou Augusto e, estranhamente, pelo nome - ...como tá indo sua vida aqui em Goiânia?

Minha vida era bem parada. Consistia em trabalho, casa, dormir e comer. Eu não tinha grandes amigos, o que se devia ao fato de eu ter feito meu ensino médio dos doze aos quatorze anos, não conseguindo "solidificar" relações. Naquela época eu era um tanto "gasoso", escapando também de conversas e possíveis amizades. Talvez o preconceito contra minha idade tenha me tornado daquela maneira. Mas eu mudei muito. Fiz amigos em São Paulo, mas só conversava com alguns por telefone de vez em quando.

_Normal, por quê? - respondi.

_Ah... você parece meio solitário, às vezes. Um dia a gente marca de ir para algum lugar, eu te apresento alguns amigos, ok? - disse Augusto.

Fiquei meio envergonhado com o convite, mas o aceitei. Peguei minhas chaves.

_Qualquer dia desses, então. - respondi - Tchau!

_Falou, criança! - disse ele.

***

_O doutor Aurélio está fora de cirurgia? - perguntei à recepcionista do hospital - Ele é cardiologista, sou filho dele.

A mulher bem vestida com terninho azul e maquiagem no rosto que mostrava uma feição maquinária pegou o telefone e disse algumas palavras.

_O Dr. Aurélio sairá daqui meia hora da sala de cirurgia.

_Obrigado. - eu disse.

Decidi sentar e esperar na área de espera. Peguei meu celular e comecei a jogar aqueles joguinhos típicos e repetitivos que, estranhamente, demoram para enjoar.

Dez minutos poderiam ter se passado até que uma mulher entrou desesperada com um homem. Ele não tinha firmeza, parecia mole e a mulher o segurava. Era estranho, visto que era um homem robusto, vestia-se com uma camisa xadrez, calça jeans e cinto com fivela grande. Automaticamente pensei que ele vinha de uma fazenda.

_Alguém me ajuda, por favor!

A recepcionista rapidamente pegou o telefone e chamou algum médico disponível. A mulher colocou o homem em uma cadeira, na qual ele se largou como um boneco. Um de seus olhos estavam fechados, como se a pálpebra estivesse caída...

"Pálpebra caída, moleza... já ouvi falar disso". Corri até o casal.

_Vocês moram em fazenda ou algo do tipo? - perguntei para a mulher.

_Sim. - ela disse quase chorando - Ele ficou assim de repente e eu trouxe ele correndo.

_Sabe se ele foi picado por alguma cobra?

_Quê? Não sei, ele caiu de repente e ficou assim.

Virei-me para o homem, ele parecia olhar para o vazio. "Tente se lembrar... veneno neurotóxico... ptose... visão dupla!" pensei. Coloquei um dedo em frente ao rosto dele e perguntei:

_Quantos dedos você vê?

Ele olhou com esforço, parecia tentar se concentrar e ter dificuldade para falar.

_D-dois.

_Com licença, menino. - disse alguém atrás de mim.

Virei-me e pensei que poderia ter entrado em um universo de Grey's Anatomy. O médico mais bonito que eu já vira estava diante de mim. Ele era loiro, com um cabelo curto e levemente bagunçado, olhos castanhos claríssimos, o rosto que parecia barbeado recentemente, mas podia-se ver o resquício por todo seu maxilar perfeito. Ele não vestia jaleco, mas sim camiseta e calças azul-esverdeadas típicas de hospital. Talvez ele fosse um residente pela idade que aparentava ter. Ele me deu um leve empurrãozinho para o lado.

_Ei, espera! - eu disse meio revoltado, embora soubesse que eu realmente estava me intrometendo - Ele foi picado por uma cascavel!

O loiro olhou para mim com uma sobrancelha levantada e cara séria.

_Você estava lá no momento? - ele perguntou com sua voz grave.

_Não. Mas olhe a pálpebra dele e o corpo, e além disso, creio que ele está com visão dupla.

O residente lançou-me um olhar questionador do tipo "quem é esse pirralho e porque ele sabe disso"?

_Acho que você pode ter razão. - uma enfermeira chegou com uma maca e ajudou o médico a pôr o homem envenenado em cima - Vamos levá-lo.

E assim os três foram para uma área exclusiva para funcionários. A companheira do homem continuava chorando.

_Como é o seu nome? - perguntei.

_Márcia... - ela disse entre suspiros.

_Não se preocupe, Márcia. Casos assim são fáceis de resolver. Foi bom você ter trazido ele rápido. - eu disse procurando ajudá-la de alguma forma.

Ela assentiu com as mãos no rosto. Uns vinte minutos se passaram, eu já estava sozinho novamente e meu pai estava atrasado. A mulher do caipira foi resolver a papelada com uma das recepcionistas. O médico loiro voltou e foi falar com ela. Ao terminar ele veio até mim.

_Você estava certo. Foi uma picada de cascavel.

_E deu tudo certo? - perguntei.

_Sim, ele vai ficar bem. - ele disse com um sorriso maravilhoso - Você me parece muito novo para ser médico.

_Não sou. Sou professor de física. Meu pai trabalha aqui.

O médico olhou para mim como se aquilo fosse tão surpreendente quanto se eu dissesse que era médico. Perguntou:

_Quantos anos você tem?

_Dezoito. - respondi.

Ele riu.

_O que foi? - perguntei meio irritado.

_Nada. Desculpe. É que você parece ainda mais novo. Imagino como deve ser você dando aula.

"Típico..." pensei.

_Mas obrigado pela ajuda. Você deveria tentar medicina. - ele disse - Meu nome é Thiago.

_Kevin, prazer. E eu acho que minha área é a física mesmo. - eu disse cumprimentando-o com um sorriso.

_Não foi o que pareceu vinte minutos atrás.

Ele era muito bonito. Bonito demais. Ele devia ter algo por volta de 1,80. Uma altura normal para homens. Seu corpo tinha uma forma esguia e definida, não sendo tão cheio de músculos como Augusto e se assemelhando mais a Apolo no quesito corpo. Lembrava bastante com o namorado da Marina Rui Barbosa (atriz da Globo).

Meu pai apareceu ao nosso lado.

_Desculpe a demora, filho. - ele disse.

_Bom dia, Dr. Aurélio. - cumprimentou Thiago.

_Olá, Tiago. Você conhece meu filho?

_Acabei de conhecer. Ele ajudou num caso agorinha. - disse Thiago.

_Ah, é? - meu pai fez uma cara surpresa - Depois você me conta isso, Kevin. Vamos?

_Ah, certo. - eu disse meio atrapalhado, tudo estava ocorrendo muito rápido - Tchau, Thiago.

Ele estendeu a mão e eu a apertei levemente.

_Foi um prazer. - disse ele com um sorriso capaz de desfazer qualquer tipo de matéria.

Eu e meu pai saímos do hospital e entramos no carro. Liguei-o e ia dar a ré quando lembrei do meu celular.

_Esqueci o celular lá na recepção. Já volto. - disse ao meu pai.

Saí do carro e quando estava quase chegando à porta, vi Thiago vindo em minha direção mostrando meu celular.

_Você esqueceu na cadeira.

_Obrigado. - agradeci e peguei o celular.

Ele se virou e entrou no hospital novamente. Retomei o caminho até o carro. Enquanto andava, lembrei de desligar o jogo do celular para economizar bateria. Ativei a tela e tive uma surpresa. Não estava na tela de jogo, e sim em uma tela de detalhes de um contato registrado.

Esse contato era Thiago e seu número de celular havia sido registrado no meu, provavelmente por ele mesmo.

Quase entrei em processo de fusão no mesmo momento.

-Continua-

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Comentários

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Querido, sinto muito por ter apenas começado a ler seus contos hoje, mas devo falar que estou gostando muito, tanto em caráter de tamanho quando na qualidade de escrita que é fantástico, deixa um gostinho de quero mais e muitas coisas indefinidas. Logo quando comecei a ler me veio a cabeça um mangá japonês, Negima?!, do qual veio um anime Mahou sensei Negima?! no qual um garoto de 10 anos passa a ser professor em uma escola feminina, muito bom, recomendo. Mas isso não vem muito ao caso, estou gostando da forma como você tece a narrativa, da forma como não temos certeza de quem seria o par romântico do protagonista, poderia ser o Apolo (torço por ele), Henrique, dado a inimizade, Augusto, aproximação, ou agora o Thiago. São tantas as possibilidades que me deixaram tonto :P e claro, muito curioso pra saber como será o desenvolvimento da história.Confesso que achei muito interessante a escolha do nome de Apolo a uma das personagens e a construção dele, se não me engano o Deus do sol pode ser considerado o patrono das artes, de forma semelhante ao seu personagem que tem interesse pela literatura. No entanto, se estiver tomando o filho de Leto como referência sugiro que em dado momento coloque o aspecto nebuloso do deus sol, uma vez que este, originalmente, junto com a irmã era um deus relacionado a morte sendo interessante pensar que é deste pêndulo que provêm toda a criação.Um outro aspecto muito interessante é que já estamos no capítulo 5.1 e você não fez nada tipicamente gay, as personagens não se assumiram, mas agem de determinada forma, isso é um ponto muito positivo em seu enredo e uma outra coisa muito interessante é pensar o por que do Aquiles não quer o filho metido com artes. Caso se interesse depois eu posso comentar a minha visão de Aquiles. :D

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Adorando teu conto cada dia mais. Nossa eu queria ter metade da inteligência do Kevin. Demais.

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Adorando teu conto cada dia mais. Nossa eu queria ter metade da inteligência do Kevin. Demais.

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Nossa, Kevin, isso está perfeito! Narrativa magnífica acoplada a um português fantástico... Não é para qualquer pessoa, carinha! Estou muito ansioso pela continuação e mais ainda para saber com quem você vai se permitir um romance. Nota dez para você e o Apolo, que para mim será uma união sensacional.

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kkkk, "esqueci meu celular" eu já tinha sacado, ta perfeito cara, perfeito. ainda quero o poseidon, pelo amor de deus cara, faz meu coração feliz. kkkkkkkk. já que seu objetivo é só física básica, fala também de colisões, movimento harmônico, energia, trabalho (trabalho é fuder, kkkkkkkkkkkkkkk t=f*d), estou achando incrível... tem tanta coisa em física incrível e sua percepção na analogia com a vida, me faz refletir e eu adoro refletir! eu estou com uma relação, no estado gasoso, sendo que a outra pessoa, irá fazer uma prova muito complicada, da polícia federal, na verdade é fácil, eu já passei, mas falo que é complicada porque é um consenso geral, então agora tive minha resposta... se eu tenho uma relação considerada líquida, quase gasosa e se eu aumento a pressão, dessa relação, essa relação tenderá a se aquecer e portanto tornar-se-á gasosa e dificilmente solidificará novamente. muito obrigado, muito obrigado mesmo!

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