Eu não disse nada a Rafael, sobre a proposta do chefe. Mais ainda aquilo rodeava aminha cabeça, trabalhei tanto para ter esse cargo mais como poderia aceitar e ficar do lado do Allan. Apesar de minhas convicções ainda tinha medo oque poderia acontecer após eu ter descoberto sobre os bilhetes. –Oque foi esta tão pensativo? Disse Rafael se virando para mim na cama. –Nada Rafa, só pensando. –Não gosto quando fica assim, porque não sei oque se passa ai dentro. –Pode ficar tranquilo disse eu me levantando e colocando a roupa para ir trabalhar. –Serio Lucas, vai trabalhar? –Oxe! Rafael claro sempre vo. –Sabe disse ele apertando as almofadas deveria ter deixado aquele emprego. Dessa vez não o respondi, porque na verdade essa talvez fosse essa minha vontade.
Após esse meio tempo meu celular tocou, e não conhecia o numero. –Alô? –Lucas, é você? –Sim sou eu quem fala? –Sou eu Allan. Meu coração gelo. –Lucas, Lucas? esta ai? –Sim, sim pode falar, disfarcei o máximo que pude para Rafael não perceber. –Então você pode passar aqui em casa para pegar os projetos de hoje e deixar na empresa, porque tenho uma reunião e fui avisado de ultima hora. –Claro! Claro. –Sabe onde é não é? Disse ele. –Sim sei. –Ok! Espero-te. –Quem era? Perguntou Rafael. –Do serviço, olha amor tenho que ir beijo se cuida. –Ei, disse ele espera ai. Ele se levantou da cama e me beijou tão forte. –Te amo esta bem. Dei um sorriso e sai. Dirigi a minha antiga casa, cheias de lembrança, e lá dentro estava ele. Caminhei direto a porta e bati algumas vezes. –Entre disse uma voz que vinha de dentro. –Sr. Allan, sou eu Lucas. A por favor, pode subir, as coisas estão em cima da cama. Subi as escadas, e fui ao meu antigo quarto.
Ele estava parado ao espelho só de toalha penteando o cabelo agora que era meio castanho. Baixei a cabeça. –Vim pegar os papeis. –Ah! Sim disse ele é este ai em cima da cama. Peguei os papeis e quando me virei ele me encarava de um modo. –Quanto tempo Lucas... como ficou bonito, o tempo fez bem a você. –Fiquei bambo, mas não disse nada. –Olha senhor tenho que ir. –Espera o disse segurando em meu braço, Lucas porque não foi ao aero porto aquele dia? Porque não foi?. –Sua mão era quente, assim como ar de verão. –Senhor, por favor, disse eu sem olhar em seu rosto. –Senhor? Lucas, para com isso conheço você como você me conhece, Olha para mim Lucas, olha. Engoli seco, me virei e olhei em seus olhos, poderia passar décadas mais aquele azul eu nunca mudaria nunca. Voltei ao seu rosto, seu cabelo ainda molhado, me lembrava de quando o conheci. –Allan, por favor, não. –Lucas o disse, porque não foi aquele dia, minhas ultimas fichas foram gasta naquele dia, porque Lucas? –Eu fiz minha escolha, e você não foi ela, me desculpe. Ao termino da frase, ele me puxou e sua boca beijava a minha. –Não! Não! Para, por favor, não é como antes Allan, não ferre tudo. Sai do quarto correndo, ele me seguia ao descer as escadas, eu estava entre a porta de saída quando ele me puxou pelo braço novamente. –Você me esqueceu Lucas?. não respondi nada apenas sai da casa. Entrei no carro e respirei fundo. Caramba, que inferno... quando me virei ele vinha em minha direção, acelerei o carro e sai disparado. Voltei para casa, subia as escadas, Rafael ainda estava na cama, pulei e o beijei. –Oque Lucas? disse ele. - Nada Rafael, nada.
