-CHEGA DE MAGIA!!
“Um grito. Pessoas mortas. Um pentagrama. Uma cruz. Um cristal. Três Amantes. Caminhos cruzados. Um Deus. Imortalidade. Amor. Morte. Recomeço. Medo. Destino”.
-AHHHHHH!!!
Ariel Scarllet acordou em sua cama assustado, suando, olhou no relógio e eram 03h45min da manhã, esfregou o rosto com as mãos, teve aquele pesadelo novamente, parecia tão real.
Estava exausto, tinha saído com os amigos para uma praia deserta e bebido muito, estava divertido, porém ele sabia que um dia depois iria ter de voltar à faculdade. Ia cursar o quarto semestre de Psicologia e foi indicado como um possível futuro embaixador da ONU, nunca cogitou esta possibilidade, tinha 19 anos e nunca pensou em entrar em nenhum tipo de projeto social antes da pós-graduação, o atual embaixador tinha ido a sua sala e disse que gostou de seu caráter, podia muito bem substitui-lo. Disse que sua capacidade parecia mágica.
Ariel perdeu a mãe quando tinha 11 anos, em um acidente de carro, mas ela lhe deixou olhos mel amarelados, um cabelo preto e uma pele morena chocolate. Ariel tinha um corpo de um manequim, simplesmente detalhado em quadris, cinturas e pernas perfeitas, ele sentia muita falta dela, ele lembrava que ela o dizia que ele ia sair daquele lugar e ter uma coisa melhor, sabia de sua homossexualidade e o apoiou sempre, morou na periferia e conseguiu com muito estudo morar em Londres em um bairro de classe média, onde morava seu pai.
O Sr. Stephen Scarllet era um dos homens mais temidos do bairro onde morava, não por ser perigoso, mas as pessoas achavam que ele era um possível bruxo. Sim, um bruxo. Stephen era Wicca, uma religião pagã da idade média que acredita no poder espiritual e a lei tríplice, as pessoas achavam que o Sr. Scarllet tinha algum pacto com demónio. Era o tipo de vizinho em que não se dava uma torta de boas vindas.
Mesmo Ariel não sendo religioso, sempre achou estranho o costume do pai e essas “bruxarias” com pentagramas e pentágonos, ele dizia que Ariel tinha uma energia mística incrível. Mas Ariel simplesmente ignorava, não gostava desse assunto de magia, sempre foi muito descrente quando se tratava em magia ou misticismo, tinha coisas melhores para se preocupar.
Ele se sentou na cama e ficou pensando em sua volta na faculdade, estava com saudades das pessoas e também querendo que outras estivessem mortas... Quer dizer, que tenham desistido.
Entre essas pessoas tinha uma em especial... Joseph, o playboy imbecil, ele todo dia que saia do prédio em que estudava Engenharia Mecatrônica pegava uma líder de torcida diferente. Mas por que não pegaria? Ele era alto, moreno, cabelos pretos azulados, tinha olhos verdes esmeraldas e um corpo digno de um dono de academia, ele era atraente, porém Ariel não podia pensar nisso, ele nunca gostaria dele. Ele não tinha dinheiro, nunca falou com ele, ele era só mais um gay iludido pelo popular da escola... Ele se odiava por isso.
Joseph nunca iria falar com ele, ele era o intocável popular e Ariel apenas assistia o touchdown dele enquanto joga no time dos Wolf’s , ele sempre desejou falar com Joseph, porém quando ia atrás do vestiário, ele estava pegando alguma loira líder de torcida.
“Como nos filmes americanos” – Ariel disse ainda sentado na cama e perdido em seus pensamentos.
Normalmente ele ficava mais com Katherine. Como Ariel a odiava, ela era o tipo de vadia mimada em que a gente dá uma surra e depois conversa. Ela esnobava Ariel devido a ser pobre e moreno, ela dizia que era muito difícil pessoas negras ou morenas estudarem nessa faculdade, ainda mais como bolsistas. Ela dizia que era pura sorte. E talvez Fosse.
Ela fazia Joseph e o time dele rirem com suas piadas maldosas sobre as pessoas, Katherine era a falsidade em pessoa e se orgulhava por isso, se orgulhava por ter pais ricos, por sentar no colo do cara mais desejado da escola, por ver as pessoas sofrerem. Ariel tinha dó dela.
Todos estavam curiosos para saber quem entraria como novo aluno na escola, diziam que era um menino que gostava de sangue, ele trabalhou no banco de sangue e há boatos que foi mandado embora de lá por beber as doações.
Ele deu um risinho na escuridão.
Ariel morava sozinho, seu pai o deu aquela casa que pertenceu a seu avô, era uma casa britânica como todas as outras, sala, quarto, cozinha, era como um solteirão. As vezes queria ter alguém para abraçar a noite.
Ariel olhou no relógio, eram 04h30min da manhã, tinha que dormir.
Ele voltaria para aquele lugar daqui a algumas horas.
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Weee! Voltei! Eu senti saudades de escrever para vocês. :) espero que gostem do capítulo, é bem curto porque é apenas uma introdução. E eu tenho uma pergunta sobre isso.
Vocês conhecem algum desses personagens?
Pergunta nos comentários, bjs de luz e até mais. :)
