Boa tarde pessoal.
Antes de mais nada, queria explicar umas coisas. Esse conto não é uma continuação do outro, pode não parecer, mas é pura coincidência, mais pra frente vocês entenderão que um não tem nada a ver com o outro, apenas essa passagem que é semelhante.
Os capítulos estão bastante dramáticos, mas estou colocando algumas informações e acho que vocês estão deixando passar em branco, em algumas reviravoltas, a história voltara nesse ponto e vocês entenderão algumas coisas.
Bruno Del Vecchio, A questão mas importante não é se ele irá morrer ou não, a história ainda nem começou, mas que bom que você já esta apaixonado pelo personagem.
Ru/Ruanito, acho que não precisa se vingar do Roberto, o Thiago morrendo ou não, ele já ira carregar uma grande culpa. Castigo pior que esse acho que não tem.
LucasBH, que bom que esta gostando, mas se não gostar também pode falar, rsrs.
Amigah18, você esta certíssima, uma dose de respeito, amor, tolerância, já seria o suficiente para as coisas não terem chego ao ponto que chegou.
Tay Chris, pode ter certeza que ele culpara o Daniel sim, seja o que for que aconteça, ainda não posso adiantar muita coisa, mas o desfecho dessa briga será surpreendente. Quanto ao conto, você disse que a história mal começou, mas na verdade ela ainda nem começou, a história em si começa daqui a uns 2 capítulos.
Dalia_florzinha, não faça isso comigo não, rs. Estava esperando alguém fazer um comentário como o seu. Não sou obcecado em matar os personagens não, rsrs. No outro conto a idéia era matar o Fernando, mas desisti, nesse apesar dessa part ser bem parecida, o propósito é muito diferente, depois você irá entender o porque desses acontecimentos.
Geo Mateus, como disse acima, o conto na verdade nem começou. Essa parte poderia se desenrolar em menos capítulos, mas não sei escrever sem detalhar muito.
Lucas M., Obrigado pela visita.
Otilia Sabrina, ola minha queria, como disse acima, não é fixação em machucá-los, até porque esse é meu segundo conto, mas uma coisa lhe digo, minhas história sempre tem final feliz, pode não ser o final feliz que você espera, mas terá final feliz sim, se eu escrever mais 30 contos, acho muito difícil, do final não ser feliz.
Bom relutei muito em escrever outro conto e vou ser sincero, acho difícil esse ou qualquer outro conto meu, superar o Em busca da Felicidade, mas vou me esforçar ao máximo e com a ajuda de vocês arrumar onde não está legal, mas independente disso, espero que você continue gostando da história. Beijão.
MilkMan, esse foi o primeiro título que me veio a cabeça, até tentei outros, mas sou tão brega pra escolher títulos, mas esperto como vocês são, já devem ter descoberto o motivo do título.
MMBelém, obrigado pela compreensão e por depositar essa confiança, mas algumas coisas que irão acontecer, seja elas qual for, serão importante para o desenrolar a história.
Angelmix, fico feliz por estar gostando e também concordo com você que se tivesse a letra da musica ficaria em melhor, até pensei em criar uma, mas mal estou tendo tempo pra escrever então deixei livre pra cada um imaginar uma musica que goste. Nem todas história são 100% felizes, mas independente do rumo que a história for tomar, espero que continue curtindo, caso não, agradeço por prestigiar até aqui. Grande abraço.
stahn, pode ficar certo disso, tudo irá se acertar e você irá se surpreender.
lipe31, obrigado pela visita e pela confiança. Sou apenas um autor despretensioso que procura agradar todos vocês. Fico feliz por estar curtindo.
========================================================================
Logo viu um carro parado no meio da rua, com a lataria toda amassada e o vidro quebrado. Mais a frente viu várias pessoas se aglomerando no meio da rua.
Roberto foi se aproximando empurrando as pessoas, desesperado como se já tivesse prevendo algo, até seus olhos confirmarem o que ele não queria.
Roberto – Não, não, meu filho não.
Roberto – Thiago!!!!!!!
=======================================
Capítulo 7
==
Roberto se jogou no asfalto, aos prantos, ao ver o corpo do filho caído no chão, com algumas escoriações e demasiado.
Roberto – Não, não, não.
Roberto – Fale comigo Thiago, fale com o papai.
Roberto começou a passar a mão na cabeça do filho, tentando acorda-lo.
Roberto – Por favor alguém chame uma ambulância.
- Senhor, por favor, não toque nele, já chamaram socorro. Dizia uma mulher.
Roberto queria abraçar o filho, tentar salva-lo, mas foi impedido por algumas pessoas, para que o estado de Thiago não se agravasse ainda mais.
Roberto – Fale comigo Thiago, acorde meu amor.
Não demorou e logo chegou a equipe de resgate. Thiago foi imobilizado e colocado na ambulância.
Roberto – Por favor, salvem meu filho, não o deixem morrer, salve meu menino. Roberto praticamente implorava inconsolável aos para-médicos.
Mesmo sendo amparado por alguns médicos, Roberto não se acalmava, entrou na ambulância, indo junto ao filho, que a essa altura já estava recebendo os primeiros cuidados.
Roberto – Agüente firme Thiago, o papai esta aqui e não vai deixar nada acontecer com você. Roberto chorava muito, segurando a mão do filho. O que lhe dava certo alívio era que o coração de Thiago ainda batia e podia sentir sua pulsação, enquanto o tocava.
Roberto – Porque ele não acorda Doutor?
Médico – Fique calmo, já estamos chegando ao hospital, lá ele recebera um suporte melhor.
Thiago foi encaminhado diretamente para a emergência, seu estado era muito delicado, mesmo visualmente as escoriações parecerem leves, a pancada que teve na cabeça tinha sido grave.
Thiago saiu desesperado, achando que o pai iria cumprir a promessa de interná-lo a força, ou então fazer alguma outra coisa que o separasse de Daniel.
Começou a correr para se distanciar de Roberto e ao virar a esquina olhou novamente para trás, sem se preocupar com transito, atravessou a rua sem se dar conta que vinha um carro mais adiante, em sua direção.
O motorista notando que Thiago iria atravessar sem olhar, conseguiu dimunir a velocidade do carro, mas não evitando o impacto contra o rapaz. Thiago nem teve tempo de ver o que aconteceu, seu corpo rolou por cima do capo, sendo jogado novamente ao chão com a freada do veículo.
Enquanto alguns enfermeiros cuidavam de seus hematomas, outra equipe já preparava o centro cirúrgico para uma operação de urgência.
Nesse momento uma enfermeira desligou seu celular, que tocava incansavelmente, exibindo no visor o nome de Daniel.
Julio – Tio, como ele está. Julio correu de encontro a Roberto, que estava num estado deplorável.
Roberto – Levaram ele para o centro cirúrgico, ele bateu a cabeça, esta com alguns ferimentos.
Julio – Eu cheguei à loja e disseram que vocês dois saíram correndo de lá. Peguei as coisas dele que estava num táxi.
Julio – O que houve?
Roberto – Julio, preste atenção, preciso que você vá até minha casa, avise a Suzana.
Julio – Não vou conseguir tio, ela vai se desesperar.
Roberto – Faça o que estou pedindo, não vou sair daqui. Não vou deixar meu filho sozinho.
******
Daniel – Ele não vai vir, é isso?
Pablo abaixou a cabeça, tentando controlar sua emoção, mas não conseguiu.
Pablo – Aconteceu uma coisa horrível.
Pablo – O Thiago não virá Daniel.
Daniel – O que aconteceu com ele? Daniel já estava se descontrolando, pois sabia que só algo muito ruim impediria os dois de irem embora juntos.
Pablo – Não sei ainda, parece que ele foi se despedir do pai, discutiram e ele saiu muito nervoso.
Daniel – O que aquele canalha fez com meu amor?
Pablo – Eles saíram da loja e parece que ele...
Daniel – Fale Pablo. Daniel já gritava com o amigo.
Pablo – Ele foi atropelado.
Daniel começou a chorar, se ajoelhando no chão, abraçando as pernas.
Pablo se ajoelhou amparando Daniel, tentando acalma-lo
Pablo – Você precisa ser forte, as coisas não estão fáceis.
Daniel – Você esta me escondendo alguma coisa? Ele esta bem, não esta?
Daniel – Fale, ele esta bem? Não foi nada grave né?
Com os olhos cheios de lágrimas, mas nada confiante Pablo disse o que Daniel queria ouvir.
Pablo – Esta sim, sabe por quê? Porque ele é forte e porque nós vamos rezar muito por ele.
Daniel – Eu quero ir vê-lo.
Pablo – Daniel eu acho...
Daniel – Não interessa o que você acha, eu vou vê-lo e ninguém ira me impedir.
Pablo levou Daniel até o hospital, que durante todo o percurso ficou em silêncio.
Daniel ficou se lembrando da noite anterior, quando passaram juntos.
Daniel – Thi, nós vamos ser felizes né?
Thiago – Claro que vamos Dan.
Thiago – Não se esqueça do que eu disse, para confiar sempre em mim.
Daniel – Eu confio.
Thiago – Então confie meu amor, no final sempre dou um jeito.
Thiago – Para te deixar mais tranqüilo, leve meu coração com você.
Daniel puxou do peito a corrente que seu namorado colocou em seu pescoço na noite passada, beijando os dois pingentes.
Pablo – Chegamos.
Daniel já abriu a porta do carro sem ao menos esperar o amigo. Chegando à recepção, deu de cara com Malu, que o abraçou.
Daniel – Cadê ele?
Malu – Calma meu querido, ele esta sendo operado.
Daniel – Eu quero falar com o médico, quero saber tudo que está acontecendo.
Malu – Vamos ficar lá fora. Malu fez um sinal para Pablo, mas sua tentativa de evitar um confronto foi em vão.
Roberto que estava sentado numa cadeira mais a frente, veio como um touro pra cima de Daniel, ao vê-lo entrar na recepção.
Roberto – Saia daqui agora seu marginal.
Daniel – Você não pode me impedir de ficar aqui.
Roberto – Tudo isso é culpa sua, culpa sua.
Daniel – O que você fez com ele seu desgraçado!!
Daniel – É bom você repetir isso muitas vezes, quem sabe assim você consegue apagar sua culpa por ter renegado o próprio filho.
Roberto fechou a mão para dar um murro em Daniel, mas foi segurado por Julio e outros parentes.
Suzana – Por favor, parem com isso.
A confusão só parou com a chegada do médico, que veio trazer notícias da cirurgia.
Roberto – Como esta meu filho Doutor?
Dr. Marcos – Sr. Roberto, a situação dele é muito grave.
Roberto – Por favor Doutor, salve meu filho.
Dr. Marcos – Fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas o impacto na cabeça foi muito forte.
Suzana já estava aos prantos, sendo amparada por alguns parentes.
Dr. Marcos – O cérebro dele foi bastante machucado, fizemos o possível mas ele não esta reagindo.
Dr. Marcos – Ele esta na UTI, mas ainda desacordado, estamos monitorando seu quadro. Só assim podemos ter uma dimensão de sua gravidade e se ele irá sofrer alguma seqüela.
Daniel caiu no choro, a essa hora ele já deveria estar chegando em sua nova casa com Thiago e como num passe de mágica saiu do céu e foi direto para o inferno.
Roberto – Eu posso vê-lo Doutor?
Dr. Marcos – Ele acabou de ser operado, amanhã vocês poderão visitá-lo.
Daniel saiu da recepção indo para a rua, como se precisasse de ar para puder agüentar toda aquela situação.
Daniel – Por favor meu amor, não me abandone, seja forte. Daniel ajoelhou-se na grama, desabando no choro, até ser amparado por Malu e Pablo.
Malu insistiu mas Daniel se recusou a ir embora, passou a noite toda em claro, esperando a chance de ver seu grande amor.
Roberto também passou a noite no hospital e quando o médico liberou a visita, foi o primeiro a ver Thiago.
Com os olhos vermelhos e cheio de olheiras, Roberto se aproximou da cama do filho, vendo seu corpo cheio de fios e o aparelho que o mantinha vivo, mostrando seus batimentos cardíacos.
Roberto – Meu filhinho querido.
Roberto – Meu filho, o papai esta aqui com você, tudo vai ficar bem e você vai voltar pra casa.
Roberto passava a mão no rosto de Thiago, acariciando de leve sua face, enquanto suas lágrimas caiam.
Roberto – Perdoa seu pai, eu te amo tanto meu filho. Se errei, foi tentando acertar.
Roberto – Perdoe seu pai, eu nunca tive vergonha de você, eu só queria seu bem, só quis te proteger.
Roberto – Perdoa o papai, eu te amo tanto Thiago.
Roberto segurou na mão de Thiago, que apertou o dedo do pai, como se ouvisse tudo aquilo.
Roberto – Você me ouve meu filho? Thiago permaneceu apertando o dedo do pai em suas mãos, mas com os olhos fechados.
Roberto – Eu prometo, você vai sair daqui e tudo irá ficar bem.
O tempo de visita terminou e Roberto foi acompanhado para fora, por uma enfermeira. Já estava saindo quando viu Daniel também com uma mascara, pronto para entrar na UTI.
Roberto – Mas o que você pensa que vai fazer?
Roberto – Eu não permito que esse cara veja meu filho.
Com os olhos lacrimejando, Daniel implorou ao sogro.
Daniel – Por favor, não me negue isso, não seja tão cruel?
Roberto – Cruel? Meu filho está entre a vida e a morte e você acha que isso não é crueldade.
Enfermeira – Me desculpa, mas não vou poder autorizar sua entrada.
Daniel se ajoelhou aos pés de Roberto, agora suplicando, mas ele foi irredutível.
Roberto – Nem que você se arraste nesse chão, aqui você não entra. Roberto deu as costas ao genro, deixando Daniel pior do que já estava, se é que isso ainda era possível.
Suzana também visitou o filho e ficou o dia todo ao lado do marido, na expectativa que o filho acordasse a qualquer momento.
Mesmo sendo impedido de visitar Thiago, Daniel ficou vagando pelo hospital, não conseguia comer nada e sempre que cochilava, acordava assustado.
Malu – Daniel, você precisa ir pra casa, tomar um banho, comer algo.
Pablo – Eu levo vocês.
Daniel – Não vou sair daqui.
Depois de tanta insistência, Daniel cedeu, mas sua intenção era apenas trocar de roupa e voltar para o Hospital, não pretendia sair de lá, enquanto Thiago não levantasse e juntos dar continuidade em seus planos, ir morarem juntos.
Daniel foi para a casa de Malu, tomou um banho, mas relutou a comer, não conseguia engolir nada.
Daniel voltou no fim da tarde para o Hospital, Roberto e a esposa tinham ido em casa, se trocarem mas logo voltariam.
Daniel estava sentado na recepção, até ser abordado por uma enfermeira, a mesma que mais cedo cuidava de Thiago.
Enfermeira – Boa noite.
Daniel – Boa noite.
Enfermeira – Venha comigo.
Daniel – O que?
Enfermeira – Sem perguntar, temos pouco tempo.
Daniel seguiu a enfermeira e em 5 minutos já estava na porta da UTI.
A família dele saiu, mas não sei quando voltara. Você parece ser um bom rapaz, vou permitir sua entrada.
Enfermeira – Mas se acontecer alguma coisa, nós nunca nos vimos.
Daniel abriu um sorriso abraçando aquela mulher, que ele nem sabia o nome.
Daniel – Obrigado, obrigado mesmo.
Daniel foi encaminhado naquela ala e logo pode avistar seu grande amor. Já muito emocionado, foi se aproximando da cama, vendo Thiago com um aparelho na boca, que auxiliava sua respiração.
Daniel – Meu amor.
Daniel não se conteve e deixou as lágrimas caírem. Aproximou sua boca, beijando a testa de Thiago, acariciando seu cabelo.
Daniel – Meu amor, o que você aprontou hein.
Daniel – Fique te esperando, mas não tem problema eu espero mais um pouco.
Daniel – Você vai levantar daqui e vamos ir embora juntos, lembra?
Daniel – Eu sei que está me escutando.
Daniel tocou de leve o corpo de Thiago
Daniel acariciou o corpo de Thiago, passando a mão em seu peito, que pulsava, sentindo seu coração.
Daniel beijou a face de Thiago, declarando novamente seu amor, e como aconteceu com Roberto, Thiago apertou os dedos de Daniel.
Daniel – Eu sabia que me ouvia.
Daniel – Meu amor, eu te amo.
Continua...