Bom gente, primeiramente devo pedir desculpa pelas enas fortes do episódio anterior, ele foi escrito daquela forma, pois quem narrava era o Bernardo. Hoje Caio contará sua versão, ou pelo menos como ele se encacha na história. Espero que agrade e no próximo capitulo Lucas voltará a narrar. Eu estou adorando ver que vocês falam sobre o que Rafael é, bem como o Senhor disse, ele é especial, mas continuem especulando.
ParteCaio assume a narrativa... [o tempo passa a ser cotado desde o primeiro dia de aula]
Era mais um ano que começava, eu era o aluno mais popular junto com minha irmã e tínhamos todos aos nossos pés, nossa mãe era a diretora. Tudo estava excelente. Tomei meu café, e fomos todos para a escola. Minha popularidade é reflexo de meus dotes, primeiro, meus cabelos cacheados que vão até os meus ombros são perfeitos e loiros naturais, minha pele é bem clara, meus olhos azuis e meu corpo que é dez, muito bem modelado. Também sou um aluno que tem posses, herança de família. Por fim sei me portar como o melhor.
Como sempre as salas ainda estavam confusas, alguns alunos trocavam de sala e minha irmã fez questão de dar seu jeitinho e ficar em uma turma diferente da minha. Ela claramente não queria dividir os holofotes, mas somos muito amigos. Neste dia em particular eu procurava alguém para ficar, pois tinha acabado meu antigo namoro semana passada, a zinha que eu pegava era muito ciumenta. Olhei mais não vi nem uma garota em especial.
Bernardo – oi Caio – ele não, desde que eu me lembro ele dava em cima de mim, ele era até bonitinho, mas sua reputação não combinava com a minha e ficar com ele seria o fim de minha carreira e este seria o ultimo ano e eu queria sair como o aluno que pegou o melhor, fora minha irmã.
Eu – oi primo, faz tempo que você não aparecia – falei ironicamente, pois ontem ele deu um jeito de ir a minha casa para almoçar e acabou ficando lá a tarde toda me paquerando.
Bernardo – você estava com saudades, que bom – ou ele é muito burro ou se aproveitou da situação.
Acho que ele se aproveitou mesmo, porque me deu um abraço que foi até bem gostoso e um beijo na bochecha. Eu logo me afastei e sai do refeitório, para minha sorte uma menina o segurou em uma conversa antes dele me perseguir. Fui para o bosque, pois lá ele não me procuraria, na frente dos outros ele podia ser corajoso, entretanto era muito medroso.
Comecei a caminhar entre as árvores até que vi um menino com capuz e óculos. Um raio de sol estava em seu rosto e fazia que eu conseguisse distinguir alguns de seus traços. Sua pele era clara, num tom que parecia dourado nesta luz. Sua estatura era grande, deveria ter uns 1, 85. Eu não tinha visto ele antes então deveria ser novato. Como não tinha nada melhor para fazer fui conversar com ele, minha mãe sempre diz que devemos ter sempre um canal de dialogo com todos, pois será mais fácil convencer a votar em nós, e o melhor momento para abrir essa linha era quando o aluno está começando e esta carente de amizades.
Eu – oi, prazer, meu nome é Caio. Você deve ser novato, qual o seu nome?
Desconhecido –...
Eu – tudo bem, pode falar, eu não vou fazer piadinha dele – eu estava indignado, ninguém me ignorava, ninguém nunca me ignorou. Ele nem tirava os óculos quando olhava para mim.
Eu – olha é melhor você tirar esse capuz para conversarmos melhor – eu disse tentando tirar o capuz dele, mas ele simplesmente se afastou e foi embora antes que eu encostasse.
Que ódio ele havia me dispensado. Eu voltei para a sala e fiquei matutando o dia inteiro, quando voltei para casa minha irmã comentou comigo o aluno estranho que tinha em sua sala e disse que ele também a ignorou. Como eu, ela estava P da vida, nós éramos os mais populares quem ele pensa que é? Não ficou por menos, espalhamos o comentário de que ele possuía alguma doença, por isso andava sempre coberto dos pés a cabeça.
Mesmo com todos os comentários ele continuou todo coberto, nem dava bola. Letícia (minha irmã) contou que ele não falava com ninguém e quando o professor chamava o nome dele para a presença, ele não respondia, mas o professor colocava presença. Eu comecei a desistir, mas passado alguns dias chega outro aluno novo e ficou na sala do tal de Rafael (minha irmã contou, pois viu na lista de chamada) com os dias eles se aproximaram, vi que esse Lucas era gay, pois dei uma festa e vi quando Bernardo o levou para o quarto e chequei a fita de segurança para ter certeza, claro que esse último detalhe eu não contei para minha irmã.
Tudo bem eu ainda não estava abalado, só senti que tinha que me aproximar do Rafael quando o vi sem aquela cobertura, e percebi que ele era um gato, o mais bonito da escola, claro, com exceção de mim. Primeiro fisguei a amiguinha do Lucas, a tal de Carol, depois tentei fazê-la convidar os dois para sairmos, porem sempre tinha algum problema. Por fim decidi organizar uma festa com minha irmã. Eu fingi que o plano era dela, e que o Rafael também seria. Letícia conseguiu que ele fosse à festa, esperei um bom tempo mais ele não desgrudava do Lucas, quando eu finalmente pensei que teria uma chance minha irmã começa a atacar, eu conseguia ouvir a conversa.
Cansei, agora era minha vez de tentar, então dei uma desculpa boba para tirar Letícia de lá e joguei-a com as amigas. Mas quando eu voltei vi Lucas beijando Rafael. Fiquei escondido, mas sinceramente decidi que ia acabar com esse Lucas e depois que eu pisasse bastante Rafael não ia mais querê-lo. Montei guarda mais um pouco, já ia ir embora quando A tal de Carol chega e estraga a festinha particular deles, eu confesso que fiquei feliz, mas algo aconteceu. Ela estava com o olhar fixo no rosto dele, e quando percebeu, ele rapidamente colocou seus óculos como se escondesse algo. Ela continuou com os olhos fixos, se aproximou e tentou beijá-lo, entretanto ele foi mais rápido e desviou, segurou Lucas e os dois saíram de lá. Carol não saiu de e eu estava curioso para obter algumas respostas, então me aproximei para uma abordagem.
Eu – oi Carol, como você está – eu tinha que ir com calma se não ela acabaria desconfiando no meu interesse em Rafael – eu estava chegando e vi você tentar beijar Rafael, juro que fiquei com ciúmes. Mas o que ouve?
Carol – Eu não tenho certeza, eu estava olhando os olhos o Rafael e percebi que eram de cores diferentes, então eu reparei que ele é muito bonito, sei lá. Num momento eu estava bem e no outro eu sentia que ele era tudo que importava, eu sentia que ele era o ar que eu respirava. Algo muito forte me puxou para perto dele, agora que ele foi embora eu estou sentindo um aperto muito forte, com se tivessem tirado um pedaço de mim. Sinto muito Caio, mas tenho que ir embora, pois não estou me sentindo bem – dito isso ela sumiu na saída.
Fiquei pensando, realmente Rafael era um gato, mas porque ela ficou daquele jeito, será que os olhos dele são tão bonitos, se antes eu estava em duvida agora eu queria que ele fosse meu, eu não era gay em si, mas se fosse para fechar o ano bem eu fisgaria esse partido. Naquele momento vaguei pelos convidados (eram quase todos da escola) e pesquisei sobre Rafael, mas ninguém sabia nada. Fui para meu quarto e tentei encontrar alguma informação útil, mas nada, eu nem se quer sabia o sobrenome dele então nessa parte eu somente descobri que os olhos dele eram uma coisa muito rara, mais um motivo para fisgar ele.
No dia seguinte procurei nos arquivos da escola (usei meus contatos e consegui entrar), mas nada de especial, minha mãe havia preenchido aquela ficha pessoalmente (reconhecia sua letra e qualquer lugar), não havia endereço ou o nome completo, somente Rafael e a idade. Nada mais. Neste ponto eu já estava obcecado. De noite fui a uma balada para refrescar minhas idéias, quando Bernardo surge. Ele acaba me dando um beijo, que foi até bem gostoso, mas minhas prioridades eram outras. Sai de lá e sentei em um banco, na pracinha que ficava em frente à boate. Alguém se aproximou.
Carol – posso me sentar? – ela disse sorrindo, eu normalmente iria dar um jeito de fazer ela sumir mais neste momento meu interesse maior era obter informações.
Eu – claro.
Carol – então você é gay?
Eu – não, porque você diz isso.
Carol – eu vi o jeito que você e o Bernardo deram aquele beijo, você claramente gostou, só parece estar negando – ela tinha visto, e agora, eu tinha que me controlar para não espantá-la antes que eu conseguisse o Rafael, ela era uma peça que eu não poderia me dar ao luxo de perder.
Eu – é que ele gosta de mim e já vem me abordando de varias maneiras, eu sou bi, e ele beija bem, então realmente eu fiquei mexido, mas nunca ficaria com ele .
Conversamos a noite inteira, ela me disse tudo o que sabia sobre Lucas e Rafael, mas não disse se eles estavam juntos. Claro que eu sabia que tinha um rolo entre os dois, mas deixa-a imaginar que eu nem desconfio. Eu acabei falando um pouco da minha vida, mas nada comprometedor. Depois voltei para casa e dormi, nos dias que seguiram nem Lucas nem Rafael deram notícias. No domingo comecei a armar meus planos e uma peça que eu descobri que seria útil ter ao meu lado era o Bernardo, ele era bonitinho então eu daria uma chance e ele faria tudo o que eu mandasse. Rafael seria meu.
Comentem critiquem e eixem suas opiniões, pois adoro ouvir o que vocês acham do conto. Dicas sobre o enredo e especulações sobre os acontecimentos são muito bem vindos. Ao final, não eixem de atribuir uma nota para que eu saiba meu desempenho.