Finalmente o Lucas retoma as rédeas da narrativa, mas vocês verão outras pessoas assumirem a narrativa em alguns momentos. Espero que gostem dessa parte, não tem tanta emoção, pois Rafael está apresentando a casa. Espero que agrade.
Parte 33
E Lucas retoma a narrativa... [o tempo volta a ser contado a partir da quinta feira, dia em que Rafael conta sua história a Lucas, especificamente quando Rafael decide mostrar o resto da casa].
Acabamos de comer e fomos subindo. Rafael disse que era hora de mostrar os outros cômodos da casa. Finalmente eu veria mais uma parte da vida dele. Ele foi à minha frente e logo chegamos à escada que leva ao terceiro andar. Este andar parecia muito com os outros, Varias portas, sempre do mesmo lado.
Rafael – bem quando eu desenhei esta casa eu era criança, e já tinha visto vários filmes de que tinha casas altas e diferentes do comum, foi por este motivo que a desenhei circular. Bem essa primeira porta – ele falava já abrindo ela e revelando um cômodo com janelas de vidro, era um pouco difícil olhar através delas, nesta sala tinha varias mesas algumas com microscópios, nela tinha vários aparelhos o que me fez deduzir... – é para o laboratório, aqui eu aplico o que eu aprendo relacionado a experiências, como modificar a estrutura genética de algumas espécies, plantas mais especificamente, claro tudo dentro de um limite, tudo bem, não fiz nada de grande, pois não aprendi, mas achei um livro excelente. Também andei criando alguns aparelhos bem curiosos, mas depois eu mostro.
Eu – nossa, deve ser muito legal ter um laboratório particular. Não consigo entender porque você não queria que eu viesse aqui.
Rafael – eu achei que você acharia estranho e poderia acabar entrando nas outras salas, ou indo até a estufa, ai se você me deixasse poderia contar para alguém e provavelmente haveria curiosos para ver coisas tão peculiares, eu acho.
Eu – eu nunca espalharia algo que você pedisse para guardar segredo, mas você não me conhecia direito então está perdoado – dito isso seguimos para próxima porta.
Rafael – essa é uma sala de musculação tem diversos aparelhos bem como em uma academia. Antes que você fale qualquer coisa como eu saber que aparelhos colocar, eu logo lembro que eu somente fiz os esboços – fomos para a próxima sala. Está havia varias telas nas paredes e uma mesa meio oval e muito grande no centro, algo parecido com uma sala de reuniões que aparecem nos filmes.
Eu – deixa que eu adivinhe. Sala de reuniões.
Rafael – é algo assim, eu não costumo usar essa.
A sala seguinte era bem grande, tinha muita iluminação – todas tinham, mas essa as superava – suas paredes eram recobertas por grandes espelhos e o chão era de algo que parecia madeira.
Eu – você pensava em praticar balé? – quando eu perguntei isso ele ficou meio vermelho.
Rafael – eu era criança e queria que minha casa tivesse de tudo, e nessa sala dá para fazer muita coisa, tipo treinar esgrima – seguimos para a próxima porta, essa sala deveria ter algo muito especial, pois a porta tinha um símbolo muito esquisito esculpido.
Eu – o que é isso? – eu disse apontando para o símbolo.
Rafael – é uma tranca especial, que demorei vários dias até descobrir como abrir.
Eu – porque essa porta tem uma tranca? – talvez fosse melhor não entrar nela, pensei.
Rafael – é uma sala de armas, tem todo tipo de coisa que você pode imaginar, bem quase, eu não consegui identificar tudo e também percebi que não tem armas de fogo modernas, e muitas das coisas que tem ai não sei se realmente são armas.
Eu – tá essa sala é esquisita, para que você precisaria de armas – um frio passou pela minha espinha, é claro que se existia algo como Rafael obviamente deveriam existir outras coisas bem bizarras no escuro.
Rafael – na época que eu desenhei, como já mencionei, assistia muitas coisas e as ideias fluíam em minha mente. Até agora nunca precisei usar nem uma delas, embora tenha conseguido aprender a usar varias. Tudo bem, aprendido talvez não seja o termo melhor, digamos que eu já me familiarizei com algumas.
Eu – tudo bem. Vamos pular essa e ir para a próxima.
Rafael – a próxima é à entrada da biblioteca.
Eu – entrada?
Rafael – é. A biblioteca começa no primeiro andar e termina neste, fica no centro e é o maior cômodo, quer dizer, eu acho.
A próxima parte era um espaço vago havia varias cadeiras e uma mesinha de centro, A parede era toda de Vidro e na parede que ficava no centro da casa havia uma porta grande e muito ornada, nela haviam desenhos muito parecidos com os da sala de armas, Rafael fez algo que não consegui ver direito e a porta dupla se abriu. O lugar era imenso, várias prateleiras de livros e mais livros, lá embaixo havia uma lareira muito parecida com a da sala da lareira, no teto as lâmpadas ficavam bem perto da parede, pois o resto, até o centro, o teto era constituído de um vidro transparente e as luzes que passavam por ele eram muito curiosa, como se estivessem passando por um aquário. Enfim, espantoso, acho que se eu ficasse o Resto da minha vida ledo sem parar nem para respirar eu iria acabar um pedaço do primeiro andar, claro considerando que eu tenha uma vida bem duradoura.
Eu – nossa, são muitos livros, e esse teto, é coisa de louco. Para que tantos livros? E por que a entrada fica trancada e esta somente no terceiro andar?
Rafael – quando eu imaginei esse cômodo, queria que contivesse livros sobre todos os assuntos para que qualquer dúvida eu encontrasse aqui a resposta, daí a quantidade de livros. Já a porta ser somente no terceiro andar e ainda conter uma tranca, não foi minha ideia, mas acho que é porque tem livro de todos os assuntos mesmo, inclusive me assustei com alguns, e acho que aquele senhor não queria que ninguém estranho bisbilhotando.
Eu – entendi. Ei é o velho, porque ele fez isso, quer dizer, deve ter custado uma fortuna e pelo que você me falou, ele não cobrou nada.
Rafael – eu acho que ele era alguém muito importante e também era diferente como eu, até porque ele veio aqui e até ajudou com o anel, ele deu umas dicas. A visita dele foi rápida, eu acabei não perguntando nada sobre ele, só sobre a casa e contando de você, acho que ele se tornou uma espécie de pai ou avo para mim, mesmo nos poucos encontros que tivemos, ele se tornou muito especial. Lembro de ele ter dito que a casa era um presente que eu merecia e também ia ser bastante útil, disse para que eu estudasse bastante e conseguisse uma profissão normal e também falou que eu deveria estudar bastante sobre coisas que se escondem nas sombras, ele disse algo sobre ser curioso, divertido ou perigoso, não recordo ao certo.
Eu – por falar em esquisitices e coincidências, como você sabia que eu precisava de você, quem te ligou?
continua...
Quem sera que ligou? será que vocês adivinham? Comentem, critiquem e deixem suas opiniões. De acordo com o número de comentários eu talvez poste outra parte ainda hoje, se eu o fizer será por volta das 13h. Ao final não deixem de atribuir uma nota.