Amor Perfeito IV

Maria querendo confusão, Bárbara toda errada depois daquela situação no banheiro, e eu totalmente sem saber o que fazer, perdi meu chão..é a maré não estava nada boa pro meu lado, isso sem mencionar o vexame que eu fiz a pobre passar no seu primeiro dia de aula, sério se fosse eu não me perdoaria, o clima pesou de tal forma que preferi sair do banheiro as pressas sem ao menos tentar disfarçar o quanto aquela situação mexeu comigo, no mínimo ela estava imaginando que corri atrás da Maria, só sei que a cabeça estava a mil, e nessas horas só tem um lugar que eu vou, na minha escola na parte de cima tem uma sala inutilizada, do lado de dentro tem uma tranca, ninguém nunca vai lá, reza a lenda que tem espíritos dos funcionários mortos, mais na verdade é só eu tropeçando nas coisas. Não pensei duas vezes fui lá pra cima dar uma esfriada na cabeça, perdi o terceiro tempo de aula, todo mundo pensando que eu já tinha ido, quando foi no último tempo eu resolvi encarar a situação, não sabia como ia ser, estava chateada pelos meus atos, e o pior com medo de por vingança a Bárbara me entragar pro povo, pra quem tem reputação a zelar e uma fila daqui a Corea do Norte de inimigos aquilo iria ser pior que uma granada sem o pino. Afogada em pensamentos na sala decidi que o melhor seria esperar o melhor momento, precisava garantir o silêncio da novata, minha reputação e ainda arrumar explicação pra vontade que eu tava de agarrar ela, ufa, tanto trabalho em tão pouco tempo. Assisti o último tempo sentadinha, caladinha, bonitinha, de vez em quando os olhares teimavam em se cruzar mais logo a novata fingia estar olhando pra outra coisa, Maria se deu conta que passei a olhar muito pro lado dos excluídos e certamente adivinhou que eu estava olhando pra novata, me deu um beliscão e olhou de cara feia, achei super desnecessário, porém não estava com cabeça pra mais complicações, precisava de uma solução, rápida e prática, a aula estava chata então pra matar o restante do tempo arranquei algumas folhas de caderno e comecei a montar uma rosa de origami, toda essa habilidade graças a um cursinho que eu fiz a anos, nunca pensei que serviria pra alguma coisa. Terminou a aula chata de química e todos estavam liberados pra irem para suas respectivas casas, a novata se levantou, arrumou sua mochila e estava saindo, mais do que de pressa arrumei a minha e segui atrás dela, não esperei ninguém como de costume, quando ela saiu pelo portão e estava quase dobrando a esquina eu gritei seu nome, ela olhou pra trás e quando me viu virou pra frente novamente me evitando, quando eu vi que a menina era teimosa corri atrás dela e segurei em seu braço como que pedindo atenção. Eu:" calma, não quero te fazer mal" Bárbara:"Não precisa você já fez" seu rosto estava ficando vermelho, e seus olhos cheios d'água Eu:"ei, eu sei que o que fiz não foi legal, reconsidera vai" Bárbara:" não acredito nisso" olhou como se eu fosse uma grande estúpida, mais eu era. Ela se afastou bruscamente de mim, me empurrou e saiu andando.. Eu:"espera,só mais uma coisa", sai correndo e até ficar de frente pra ela, tirei a rosa do bolso Eu:" Eu fiz pra você" disse meiga, só faltou um arco-iris atras de mim, pra que kk, pegou a rosa da minha mão e despedaçou todinha, se ela soubesse o quanto e difícil fazer ela não faria aquilo.. Uaaau estava em choque, a menina parecia não cair nas minhas armas de sedução, realmente ela tinha algo de diferente, mais confesso que ver ela vermelha, brava, destruindo a rosa com aquelas feições delicadas dignas de uma princesa de contos de fada me deram vontade de rir, eu agora queria aquela garota, e ia fazer tudo pra conquistar o coração dela como eu fazia com todas as minhas outras "vítimas", seduzia, elas se apaixonavam, eu caia fora.. Quase um lema. Ela saiu andando, pisando firme e eu a observando até não enxergar mais ela, fiz o caminho de volta e não quis saber de nada, fui pra casa, dormir a tarde inteira e só acordei de noite pra pensar num jeito de me redimir sem estragar a poseOs dias foram se passando rapidamente, a Bárbara se enturmou com os nerds, eu continuei meu reinado, Maria e eu nos pegavamos na escola, carro, quarto, banheiro, quintal.. Mais uma coisa tinha começado a me incomodar, reparei que tinha começado a me atentar aos detalhes dela, a forma como sorria, a batida das pernas quando nervosa, os olhos, a boca, parecia filme em câmera lenta, nunca tinha sido assim com ninguém, as vezes mesmo sem querer eu prestava atenção nela concentrada ouvindo a explicação do professor, ou lendo aqueles livros românticos, todos os detalhes pareciam importantes, eu aproveitava cada deslize pra me aproximar,esbarrava só pra encostar no corpo dela, sentia arrepios e a parte de baixo do pé aquecer, tudo isso com dificuldades pois tinha um problema moreno chamado Antônio na minha vida, o carinha não largava a novata, e aquilo me deixava muito brava, Antônio era o mais gato da sala, e estava louco pela Bárbara, eu não podia deixar barato ne ..