Bom, esse é '' meu '' primeiro conto aqui, o '' meu '' está entre aspas pois ele não foi escrito por mim, e sim pelo meu ex-namorado, que escreveu esse conto pra mim em 2011, dizendo ele ser inspirado no nosso namoro (só vi algumas referencias ao nosso namoro, então não entendi essa inspiração toda) mas enfim, eu vou publicar aqui, ele vai ter 8 partes, mas se vocês não gostarem eu paro, enfim, vamos ao conto.
Cap.1
Acho que antes de começar a contar o que me ocorreu, devo me apresentar. Meu nome é Caio, tenho vinte anos e há quatro me descobri homossexual e, de cara, já pulei numa relação com o amor da minha vida, que está firme até hoje.
Tudo começou quando eu tinha 16 anos. Morava ainda em uma cidadezinha do interior, daquelas meio moderninhas, cheia de playboy e patricinha, mas eu nunca me importei. Sempre tive amigos e tals, porém sentia que não podia me abrir com nenhum deles. Até que o Iago se mudou pra casa ao lado.Até hoje, penso eu, que não existe ninguém no mundo que brilhe mais que ele. Quando chegou, num dia extremamente quente de verão, eu e mais dois amigos estávamos jogando Banco Imobiliário na sacada de
casa. Sem a menor vergonha ele se aproximou e se apresentou, com uma voz linda que na época me arrepiou, mas eu ainda não tinha me dado conta de nada:
- Oi, sou o novo vizinho...bem...de algum de vocês! Hehe - disse bem-humorado, com o sorriso infantil no rosto tão característico seu.
- Sou eu. - ao contrário dele, não sou de muita simpatia com quem não conheço, fazer o quê se é parte de quem sou? Pena que, naquele dia ele tenha ficado um pouco sem-graça com o meu jeitão (calma que depois eu conserto tudo!).
-Ah, eu sou o Iago. Acabei de chegar do Chile e vocês, quem são? - perguntou curioso.
Eu já estava pra mandá-lo cuidar de sua própria vida, quando, por sorte, meu amigo Ricardo decidiu tomar as rédeas da situação, apresentando-nos simpaticamente:
-Eu sou o Ricardo, esse do meu lado é o Bruno e o vovô rabugento aí é o Caio. - percebendo o tom de brincadeira, meus amigos e o novato riram, só que essa atitude só me fez emburrar ainda mais. E, num pré-julgamento, chegar a odiar o Iago!
-Ei, você não tem sotaque! Como você veio do Chile? - confesso que também fiquei um pouco curioso com esse fato, então a pergunta do Bruno veio em boa hora.
-Ah! Mas é que eu não sou chileno, morei lá só oito meses, porque minha mãe tinha sido transferida e sabem como é né, onde mãe vai o filho vai atrás.Haha. - todos deram risadinhas e eu, também fiquei meio tentado a desfazer minha carranca e quem sabe, construir uma nova amizade, porém me contive.
O assunto é que, ficamos uns vinte minutos conversando (eu não =/), até que a mãe dele chegou pedindo que ele entrasse para organizar o quarto. Ela tinha sido super simpática também e, confesso, era muito bonita. Morena, com cabelos cumpridos bem pretos e um olhos azul-bebê. Iago se despediu e, dando uma piscadela, disse que sabíamos aonde encontrá-lo.Logo que meus amigos perceberam que não estava mais por perto, começaram a tagarelar como ele era simpático e engraçado e blábláblá. Eu, num misto de ciúme e irritação, que não entedi muito bem, mandei que calassem a boca e continuassem a jogar. Por causa da minha fama de caladão e fortão (além de
briguento...), ficaram quietos mas percebi o olhar cúmplice dos dois. Depois de cerca de uma hora, meu pai apareceu na porta e chamou a gente pra entrar e jantar, no entanto, meus amigos disseram que tinham que voltar porque já eram umas sete e meia e não queriam confusão com seus pais, já que amanhã as aulas começariam. Logo depois do jantar, subi para o meu quarto e tomei um banho, pedindo que não me incomodassem.
Meus pais eram o exemplo de casal bem-sucedido, casados há dezessete anos, era possível sentir aquele amor que reinava entre eles e, secretamente, eu sempre quis encontrar um alguém assim pra mim. Porém , aos dezesseis anos, sabem como funciona a mente né? Sexo e sexo.
Olhando-me no espelho sem as roupas, pude perceber que as aulas de natação e vôlei estavam fazendo efeito, as minhas coxas estavam ficando bem grossas, o abdômen naquele meio tanquinho e, por pura sorte da genética, estava ficando alto como meu pai e com ombros e peitoral bem largos. Além disso tinha aquele rostinho ainda de bebê, com olhos castanhos e cabelos loiros curtos (originais, juro!). Não podendo me conter baixei os olhos pra uma parte bem específica de minha anatomia, meu pau. É aquela coisa, que nenhum menino consegue conter, percebi que ainda não era muito grande mas já estava bem grossinho, envolto pelos meus pêlos loirinhos...Saindo de minha contemplação, entrei no chuveiro e inevitavelmente, comecei a pensar no Iago. Senti um arrepio carregado de excitação e irritação ao mesmo tempo, mas preferi ignorar a primeira. Ele era bem diferente de mim, de fato, era bem parecido com a mãe. Tinha os cabelos pretos bem lisos e usava-os bagunçados, era mais baixo que eu também, além disso e isso, não pude evitar notar, tinha os olhos mais lindos do mundo:azul-bebê como da sua mãe, porém tinham um brilho todo especial. Nessa hora, gelei.
Tinha acabado de perceber que, inconscientemente, tinha prestado muita atenção no meu vizinho. Talvez mais do que o necessário, só esperava que isso não me trouxesse problemas.
Para ou continua?
