Amor Perfeito VI

Lá estavam Mariazinha delícia e Antônio cara de bunda nos olhando com ar de suspeitas, Bárbara não falou nada então eu tive que falar, a melhor coisa que conseguir pensar foi "que caras são essas, quem morreu?" eles já estavam intrigados mesmo, resolvi agir feito João sem braço haha, ne que funcionou, pro Antônio lerdesa, porque Mariazinha me fulminou com os olhos, mais por força maior ela fingiu engolir aquilo, no fundo eu sabia que ela já imaginava o que tinha rolado com a Bárbara. Antônio subiu as escadas e desceu com a Bárbara, Maria subiu e me puxou pelo braço, e disse "não pense que acreditei nisso, quer conversar contigo depois da aula", sério, aquele tom de voz tava começando a me dar medo, só acenei que sim com a cabeça, resolvi não bater de frente, não naquele momento. Entrei na sala, professor falou umas coisas sobre pontualidade e blá blá blá, eu estava realmente feliz, tinha beijado a novatinha linda, durante a aula sorria de canto de boca olhado pra ela, que respondia com um meio sorriso de cabeça baixa pra não desconfiarem, Maria não parava de me reparar, estava enrolada, de um lado a morena meiga, do outro o furacão loiro, e na minha frente o tapado do Antônio, o carinha não largava a novata, ficava abraçando, mexendo nos cabelos dela, aquilo sim me tirava do sério, deu até reverterio no estômago aquela cena, se não bastasse Maria me deu uma mordida no braço que gritei e a sala inteira parou assustada, dei uma disfarçada mais estava muito dolorido, ela se limitou a dizer no pe do meu ouvido " isso é pra você lembrar de mim", se tivesse um tijolo tinha tacado na cabeça dela, sério. Fiquei a aula toda revivendo o beijo com a Bárbara, cada segundo que antecedeu o toque dos lábios, senti o corpo arrepiar de novo, e a mente viajava naquele momento, meu coração bateu forte, eu queria outros beijos, igual ou melhores que aquele, cheguei a suspirar, inconsciente de que ainda estava na aula,pela graça divina os tempos haviam chegado ao final, queria ir pra casa e sonhar com a Bárbara, mais ainda tinha que coversar com a Maria, de repente lembrei que tinha esquecido de convidar a novata pra festa, infelizmente não tinha como conversar com ela diante das circunstâncias. Todos os alunos estavam saindo da sala e ficamos só eu e a Maria, então ela disse "vamos numa sorveteria aqui perto" eu corcordei, e logo pensei, melhor num lugar público que ela não pode me matar sem ser vista né hehe, fomos caminhando até a sorveteria, sentamos em uma mesa bem no fundo do estabelecimento, pedimos os sorvetes, e Maria desandou a fala Maria:" Amor, o que aconteceu lá em cima com aquela idiota?" Eu:" Maria eu não gosto de mentiras,eu beijei a novata lá em cima,somos livres lembra? Esse era o acordo, a gente só fica " falei tentando ser sincera e clara com ela, afinal gostava muito dela, tínhamos um acordo, ficávamos a tanto tempo mais não tinha compromisso, porque não tinha amor, era uma coisa física.Maria avermelhou, abaixou a cabeça e começou a chorar, puta que pariu não acerto uma, levantei da cadeira e me ajoelhei de frente pra ela, coloquei a mão no seu rosto e disse "se você chorar, eu vou chorar também" ela sorriu mais ainda desciam lágrimas, fiquei apavorada, não sou sentimental, mais aquilo me deixou realmente triste, ela disse " você tem razão, você é a unica que foi sincera comigo, nunca me iludiu, se quiser pode ficar com outras pessoas desde que não deixe de ficar comigo", por essa eu não esperava, aquilo me confirmou o que eu tanto temia, a Maria estava apaixonada. Eu levantei a disse " a gente vai continuar então, mais acho bacana você ficar com outras pessoas também, pra não se acostumar tanto comigo, te fazer sofrer me dói" falei com sinceridade, mais sabia que aquilo não duraria muito, eu queria outra, não poderia ficar com as duas, tinha que escolher entre elas, mais ainda era muito cedo pra pensar nisso, me sentei novamente na cadeira de frente pra porta de entrada da sorveteria e olha só quem me entra de chamego com o Antônio lesado, minha Bárbara, quando vi ela meu coração bateu forte, quando vi ele eu broxei, mais que droga alguém tinha que dar um jeito naquele carinha, eu olhando quase sem piscar pra eles, e a Maria falando, até que ela percebeu meu olhar distante e virou pra ver em que direção eu estava olhando, quando ela viu a Bárbara jurei que iria se levantar e bater nela ali mesmo, olhei em seus olhos quase que pedindo calma, não fosse suficiente o Antônio veio em nossa direção, Bárbara estava desconfortável, e ele super animado, olhei pra cara dele e ele deu um sorriso, Maria nem se quer virou pra eles, ai ele disse " meninas podemos nos sentar com vocês?" nem pensei numa resposta e ele já estava sentado, só acenei que sim, agora estávamos na mesa Eu, Maria, Bárbara e o Antônio. É pra cabar. Nossos sorvetes chegaram, Maria comia em silêncio, eu comia o meu olhando vez pra ela vez pra Bárbara que sempre me olhava, e o tapado tinha ido buscar sorvete pra eles, sem muitas opções iniciei um diálogo. Eu:" aniversário da Bruninha sábado" Bárbara:" ela me convidou, vou com o Antônio" Maria:" vocês fazem um belo casal" falou cheia de veneno..Como assim ia com o paspalho, ela tinha que ir comigo caramba, quando terminei o pensamento Antônio chega com duas taças de sorvete na mão, se sentou todo animado e disse " então meninas, falando sobre o que ?". Respondi " Niver de Bruna" , ele logo respondeu, " ah sim, eu e a Bárbara vamos " , respodi " ela acabou de falar isso", até que a Bárbara falou, " vou ao banheiro, licença" , não poderia perder essa oportunidade certo? Certo. Ela levantou e foi caminhado, então eu falei " Também preciso ir ao banheiro" , Maria ficou conversando com Antônio, ela sabia que eu ia atrás da novata. Bárbara entrou na cabine, entrei no banheiro e tranquei a porta, fiquei escorada na parede esperando ela sair, quando ela saiu deu de cara comigo, num impulso puxei ela pra perto de mim, colando nossos corpos, sentia os arrepios, o calor do corpo, o desejo saindo pelos poros, tudo em mim queria ela, então eu disse sussuradamente " seu namorado ta lá fora te esperando" falei provocando, ela sorriu e disse, e" a sua també", eu sorri pela malicia das palavras dela, e respondi, "eu não sou de ninguém", ela apenas disse " cuidado com o que diz" , ela fechou os olhos e me beijou, putaaaaa queeeee pariu, que beijo bom, que mulher gostosa, ela explorava minha boca, pirei quando chupou minha língua, que tesão, aquelas mãos passeando pelo meu corpo, o suor descendo pela sua pele quente, o beijo hora lento ora rápido que me levou ao delírio, posso jurar que o coração tira parado de bater naquele instante, o mundo lá toda não existia, que sensação estranha, vontade de me entregar pra aquela garota.. Meus olhos cheios de desejo os dela também, porém alguém bate na porta, imaginem o time do flamengo inteiro num coro gritando Puta queeeee pariu, isso era eu por dentro, quem ousa atrapalhar meu sexo novamente, nos ajeitamos e eu abri a porta, o odeio me consumiu quando vi Antônio Lesado do lado de fora, perguntou " meninas problema ai? Vocês estão trancadas porque que?, estao vermelhas" droga enrolada pela segunda vez no dia, só disse " a porcaria da porta estava emperrada, quase que não abre", ( to ficando mestra nisso), só sei que mais uma vez deu certo, voltamos pra mesa..