Olá meu queridos. Mais um post. Galera, daqui em diante o conto toma outros rumos. A parte dez, o momento crucial para o desenrolar desta história, que promete ainda muitas brigas, revelações, traição e muito mais. Comentem muito e acompanhem sempre! Um beijo carinho e boa leitura...
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Seu rosto ia ficando pálido. O sangue sumiu de seu corpo. E aos poucos um ódio foi sendo alimentado dentro dele.
- Você está morto seu viado! - ele deu um soco na mesa.
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- Como ele teve a coragem de fazer isso Leo? – o Daniel chorava.
- Amigo, fica calmo. Talvez tenha sido...
- Quem? As almas? Porque só estava eu, ele e o irmão dele de três anos.
- O que o Ricardo iria ganhar pondo estas fotos no facebook? Hein? Me diz?
- Eu não sei! ... O meu pai depositou uma enorme confiança em mim. Quando ele vê isso, eu nem sei o que vai ser de mim. – ele se jogou na cama e de cabeça baixa, se lamentava.
- Liga pra ele e peça para que tire estas fotos.
- Vou fazer isso agora! E ainda vou partir a cara daquele safado! – Não adianta... Só dá desligado.
Aquela altura, alguns da família do Ricardo já haviam visto as fotos.
- Bom dia a todos. – disse o Ricardo, sentando-se a mesa. – Eu disse bom dia!
O silêncio permanecia...
- Porque vocês não estão me respondendo? Por acaso estou invisível? – a mãe dele não resistiu e foi a primeira a se pronunciar.
- Eu e o seu pai estamos decepcionados com você! Nosso coração está partido.
- Mãe, o que eu fiz?
- Você ainda pergunta seu desgraçado? – gritou o pai dele.
- Calma pai. – interveio o Felipe, seu irmão mais velho.
- Como tem coragem de fazer uma pouca vergonha daquelas e ainda exibir na internet para todos? Como você foi capaz de enganar a sua família Ricardo?
- Pai eu posso explicar... – Aquilo tudo é montagem. Eu sou homem! O senhor sabe disso. – ele se defendeu quase gritando.
- E como você explica aquelas fotos com aquele rapaz meu filho?
- Eu já disse mãe! Hoje em dia existem programas que fazem tudo. Olhem para mim? Vocês acham que eu curto viado? Eu gosto de mulher! A Denise é a prova disso.
- Cara... Essa historia tá muito mal contada. – disse o Felipe.
- Porra Fê! Até você? Aquelas fotos são falsas e eu vou matar o filho da puta que fez isso.
- Olha os palavrões na frente do Mateus! Ele ainda é criança...
- Desculpa mãe. É que eu perco o controle com isso. Vocês acham que eu fiquei feliz vendo essas fotos?
- Não minta pra sua família Ricardo. Você sabe que isso é uma abominação!
- Eu não sou gay caramba! – ele bateu na mesa e saiu pra rua.
O Ricardo foi capaz de mentir até o fim, o seu breve envolvimento com o Daniel. A sua cabeça estava confusa, mias a sua covardia tinha ultrapassado limites. Movido pela raiva, pois em sua cabeça, o Daniel era o autor daquelas publicações, ele iria se vingar a todo custo. – Como aquele filho da puta foi capaz? – Eu sabia que não podia acreditar nessa gente! Eu sabia! – disse ele andando pela rua e tentando ligar para o Daniel.
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- Mãe eu vou dar uma saída rápida e já volto. – ele saiu com o amigo as pressas.
- Vai tentando falar com ele Dan. Uma hora ele vai ter de atender.
- Alô!
- Eu estava mesmo querendo falar contigo.
- Ótimo! Porque somos dois.
- Sabe aquela rua que fica atrás da faculdade? – perguntou o Ricardo.
- Sei. Mas porque você está querendo ir para lá?
- Lá é tranquilo e podemos conversar mais a vontade.
- Fechou então! Estou indo pra lá agora. – ele desligou o celular.
- Que estranho Dan, aquela rua é tão deserta...
- Melhor assim, porque a nossa conversa promete! Eu não vou deixar barato o que ele fez comigo.
Em poucos minutos e os dois estavam cara a cara na tal rua deserta.
- Trouxe o amiginho para te defender foi? – ironizou o Ricardo.
- Você não tinha o direito de por aquelas fotos na internet. O que você quer afinal hein?
- O quê? Hã, que papinho ridículo é esse pra cima de mim? Você publica aquela porra e eu sou o culpado? Quer saber, eu vou quebrar a sua cara.
Ele foi pra cima do Dan e desceu um soco em seu rosto. Foi tão foto, ao ponto de cortar o super-cílio dele. Daniel não ficou por baixo, e também foi para cima do Ricardo. Eles se embolaram no chão, e era socos e chutes para todo lado. O Ricardo tinha certa vantagem perante o Dan, por ser um pouco mais forte.
- Para! Solta ele Ricardo. Eu vou chamar a polícia cara. – Leo ligava para a polícia, com as mãos tremendo.
- Toma seu desgraçado! Nunca mais apareça na minha frente. Eu odeio você filho da puta! Viado nojento. – ele deu mais um soco no Dan, o fazendo cair no chão.
Daniel olhou para ele, com o rosto completamente machucado. Mais a dor maior estava em seu coração. Parecia que alguém havia enfiado uma faca em seu peito. Lágrimas se misturaram ao sangue que escorria de sua pele.
- Amigo, deixa eu te ajudar. – Leo o levantou do chão. O Ricardo também saiu machucado, mais o Daniel apanhou bem mais.
- Acabou Leo. Acabou. – disse ele sem forças para respirar.
- Vamos, eu te levarei para casa. – ele se apoiou no amigo e o Leo pediu um táxi.
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- O que foi isso Ricardo? – gritou a mãe dele, ao vê-lo com o rosto ferido.
- Fui resolver aquele problema.
- Na base da violência?
- E a senhora queria que fosse como?
- Meu Deus! Eu vou pegar um remédio pra por nisso aí. – ela foi para cozinha e ele se jogou no sofá. Ainda estava com muita raiva, e seu coração batia forte. Foi surpreendido pelo Felipe que veio por trás dele.
- Cara o que foi isso? Não vai me dizer que...
- É isso mesmo. Fui acabar com a raça de quem pôs aquelas fotos no face.
- Eu queria está lá para ajudá-lo a quebrar a cara desse filho da puta! Porque não me chamou?
- Isso é coisa minha Felipe.
- O papai acredita em você. Ele sabe que você jamais pegaria um viado!
Aquelas palavras de certa forma pesaram na mente dele.
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O Daniel chegou em casa, e a sua mãe, junto ao seu pai, o encheram de perguntas e ele recebeu bronca até não querer mais. Daniel acabou sentando e contando toda a verdade.
- Sinceramente meu filho, você me decepcionou. – disse o Renato.
- Me perdoa pai. Eu sei que não devia fazer o que eu fiz...
- Filho, nós ficamos do seu lado, e deixamos bem claro, que se você quisesse namorar um rapaz, que ele fosse um homem bom e que respeitasse você.
Ao contrário da família do Ricardo, o pai do Daniel o apoiava e dava carinho o suficiente para que ele se sentisse protegido.
- Meu filho, estas fotos serão um escândalo na faculdade.
- Eu sei disso também pai. Mas vou dar um jeito. Me perdoem mais uma vez. Estou com o meu coração ferido por tê-los machucado.
- Sua mãe te ama muito meu amor, e vou sempre está ao lado do meu filhote. – ela abraçou o filho, e cuidou de seus ferimentos.
- Mãe, eu vou pro meu quarto. Diga a Jéssica, que amanhã eu converso com ela.
- Dorme com Deus meu filho.
Ele foi para o quarto, e tomou um banho quente. O ardor das feridas doía em sua alma. Seu grande amor, havia o agredido e aquilo ficaria registrado para sempre em sua memória. Saiu do banheiro, e se jogou na cama, nu mesmo. Seu celular tocava sem parar, até que ele resolveu atender.
- Alô!
- Oi lindo.
- Kadu?
- Sentiu saudades do seu professor?
- Oi Kadu! Que surpresa. Poxa, eu pensei que nem ligaria mais para mim.
- Desculpa a demora, é que eu estava muito ocupado. Aconteceu alguma coisa? Eu estou sentindo uma tristeza em sua voz.
- Aconteceu sim. – Daniel relatou tudo a ele.
- Que cara cretino hein? Se eu tivesse aí matava ele.
- Sinto tanto a tua falta... Daniel segurou o choro.
- Eu tenho uma boa notícia pra você meu anjo... Estarei de férias semana que vem, e estava pensando em ir pra aí, ficar com você este tempo. O que acha?
- Sério? Eu vou amar. Pode ficar aqui na minha casa. Faço questão.
- Que bom meu lindo. Eu também preciso desabafar com você, mais só farei isso quando a gente se vê.
- Você é muito especial pra mim sabia? – disse o Dan.
- E você também é para mim. Até semana que vem meu lindo.
Daniel pôs a cabeça no travesseiro e ficou se perguntando: - Porque que a gente só ama as pessoas erradas? - ao menos o Kadu o faria esquecer um pouco que o Ricardo existe!