A viagem tava chegando e a gente comprou várias roupas novas. Conseguimos dias de folga devido feriado da semana santa e nos programamos direitinho pra irmos. Agradecemos e nos despedimos da minha mãe, assim como nos despedimos do Marcio.
Fomos pro aeroporto sozinhos e entramos no avião depois de uma pequena espera. Quando nos sentamos:
- Amor, tô com medo.
- Medo de quê, Léo?
- De andar de avião.
Um homão daquele dizendo que tava com medo. Tive que rir. Mas os risos duraram pouco porque ele me deu um beliscão.
- Doeu Léo.
- Eu sofrendo e você rindo de mim.
- Amor, mas é engraçado seu medo.
Nisso o avião subiu e se ele não tivesse do meu lado, imagino que ele teria gritado na mesma intensidade que ele apertou a minha mão. Doeu pra caramba aquela apertada de mão e nós dois seguramos o grito.
O voo foi rápido e chegamos a Búzio por meio de uma van do pacote. Chegamos num hotel bem bacana lá e eu tava me achando. Tinha tempo que não ia à praia
- Amor, a gente vai aproveitar muito, né?
- Muitão.
- Promete?
- Preciso prometer, Léo?
- Precisa.
Ri dele e prometi que a gente ia aproveitar. Chegamos lá por volta das 19 horas e pegamos algumas informações sobre a cidade com uma moça no hotel, que de cara ficou meio constrangida quando percebeu nossas alianças, mas hoje essas coisas não me afetam mais.
Ela nos informou de uma balada pertinho do hotel que era GLS. Topamos, claro. O Léo tava super gato e eu tava normal. Saímos e eu tinha que comentar:
- Amor, se arrumou demais hein.
- Uai, você não gosta quando eu me arrumo?
- Gosto muito, mas você sabe que eu tenho ciúmes né?
- Que idiota seu ciúme.
Ele emburrou e eu não rendi mais assunto. O Léo tem o dom de fechar a cara e não falar o porquê de estar emburrado, mas dessa vez eu tinha entendido que era por causa do meu comentário. De fato ele tava muito gato e eu não. Ele é bonito, lindo. Eu não me acho bonito quanto ele, apesar de não me achar feio. E isso me incomodou naquela noite, mas eu não precisava ter falado, admito.
Chegamos na boate e só a entrada era quase 300 reais. Paguei, porque a cara dele não tava boa e eu não iria arriscar (rsrs). Entramos e nossa comanda dava direito a algumas bebidas, na parte superior. Subimos umas escadas e o povo que tava lá era muito bonito. Tanto mulheres quanto homens... O Léo não melhorou a cara e eu tentava brincar com qualquer coisa pra fazer ele sorrir e nada.
- Tá gostando da balada, amor?
- Parece legal.
- Quer beber alguma coisa?
- Ainda não.
- Tá tudo bem?
- Lucas, o que foi?
- Nada, só tô cuidando de você.
- Não quero nada.
Nosso papo só era assim. Ele não queria responder e eu só sabia perguntar. Meu celular tocou e era minha mãe. Nós chegamos e pensamos na boate, acabamos esquecendo dos nossos pais.
Tive que ir pra uma área externa pra atender o celular e o Léo, pirracento, não quis ir comigo. Conversei com a minha mãe por cerca de cinco minutos e voltei pra dentro. Ia encontrar com o Léo, mas já que estava no caminho, decidi passar no bar e pegar bebida pra gente.
Passei lá e nem demorei nada. Peguei as duas bebidas e fui em direção ao Léo.
E quem disse que eu achei?
Encostei na parte que a gente tava antes e fiquei lá esperando um tempo. Nada dele!
Já tava ficando puto, quando decidi ligar pro celular dele. O celular chamou, chamou e ele não atendeu. Mandei mensagem avisando que estava esperando ele e me senti um idiota sem saber pra onde ele havia ido naquela boate grande.
Esperei mais alguns minutos até que ele apareceu. Olhou com uma expressão normal e eu não aguentei:
- Onde você tava?
- Banheiro.
- Demorou hein.
- Marcou o tempo que eu gastei pra mijar?
Putz... Não precisava. Entreguei a bebida pra ele e agora quem tava de bico era eu. Ele tomou quase tudo de uma vez só e eu lá pensando no que falar ou fazer pra amenizar a situação.
Quando olhei pra frente de novo, tinha um cara conversando com o Léo, bem próximo. E o pior é que o Léo sorria e olhava pra mim, sem fazer com que o cara saísse. Acham que eu aguentei segurar. Claro que NÃO.
Cheguei no cara.
- E aí amigo, beleza?
- Tranquilo e você?
- De boa, por enquanto. Tá querendo o quê com meu namorado?
Ele olhou pro Léo e fez cara de surpresa.
- Léo, você não disse que tinha namorado.
O Léo tava dando ideia pra ele.
O sangue subiu!!!
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Gente, tô aqui de novo. Mais uma vez me desculpando por não ter postado esses dias, mas precisei me ausentar no fim de semana e estava tudo muito corrido (ainda está, mas consegui um espaço aqui). O bom é que tem trocentas história aqui bem interessantes e vcs nem lembrar da minha ausência. Parabéns mais uma vez a quem tá postando. Tem pelo menos seis contos que eu não perco e tô apaixonado. Obrigado a quem continua lendo e comentando apesar dos pesares.
Beijão pra Alex e Silas, Dhodho, stahn, Luk’zs, Jully*--*, Ru\Ruanito, Wallace-rj (devemos ir a Búzio no final de ano...), Bruno C, agatha1986, ametista, rb_pr, Amigah18 (calma não é meu forte mesmo rsrs), Jhoen Jhol, Tack, beel fernandes, Augusto3, hpd, Dalia_florzinha, C.T. Akino, Menso! Valeu mesmo.