*CONTINUAÇÃO
- Bruno eu posso explicar, você não está entendendo.
- Felipe, se tranca na porra daquele quarto e me esquece, fazendo isso estará me ajudando e muito.
Ouvir aquilo foi uma das piores sensações, chorando eu fui para o quarto, fiz o que ele me mandou, tranquei a porta e deitei na cama, chorei muito. A televisão para de tocar, ele havia ido se deitar. Esperei alguns minutos e fui até o banheiro, peguei um barbeador, tirei uma das laminas e passei no meu pulso, podem achar ridículo eu sei que é, eu nem sentia dor, só queria que aquilo tudo acabasse e eu morresse logo ali. Voltei para o quarto chorando, agora meu pulso doía, sentia o sangue escorrer, não era muito, deitei na cama e acabei adormecendo. Durante a noite tive um sonho estranho, via um homem ensangüentado e varias pessoas ao redor, um carro virado, meu corpo estava preso as ferragens desse carro, tentava gritar, más não conseguia, queria saber quem era o motorista, mas não conseguia enxergá-lo...
Acordei ofegante, sentia um nó na garganta e as lagrimas escorriam com força dos meus olhos. Não tive outra escolha, desesperado corro para o quarto do Bruno, abro a porta e me deito ao lado dele, o abracei com toda a força que consegui juntar e acabei o acordando.
- Eu não me lembro de ter autorizado você de dormir aqui. – ele dizia num tom seco.
- Bruno, por favor, me perdoa, eu não tive culpa, me deixa ficar aqui somente essa noite, voce nem vai sentir que estou aqui.
- Felipe volta pro seu quarto. – ele disse mais irritado, agora segurou nos meus pulsos cortados o que me fez gemer de dor, ele me solta e acende a luz. – que porra é essa Felipe? Voce está louco?
Eu não respondia nada, estava envergonhado, reconhecia que o que fiz foi infantilidade da minha parte, mas ao mesmo tempo estava desesperado, eu não o conhecia mais, aquele não era o Bruno que um dia me amou.
- Você me responder ou não? – ele falava e eu só conseguia chorar.
- Desculpa Bruno, é que eu precisava de você. – criei coragem e falei.
- E você acha que fazendo isso assim vai me fazer ficar perto Felipe?
- Foi a única forma que eu encontrei, voce não me dá mais atenção Bruno, parece que eu não existo mais pra você, acho que agora é como você fala pras pessoas da empresa, eu sou apenas seu irmão.
Dito isso eu me retirei do quarto e fui para o meu, joguei-me na cama e me pus a chorar. Logo em seguida Bruno entra no quarto e acende a luz, ele senta na beira da cama e puxa meu corpo de modo com que eu fique frente a ele e me abraça.
- Desculpa Fe, em momento algum eu quis te magoar.
- Sabia que voce magoa que é uma beleza. Voce não sabe o quanto eu sofri com esse seu afastamento Bruno.
- Felipe diferente de voce que só faz estudar e curtir, eu trabalho, preciso sustentar voce e manter essa casa.
Não bastava o afastamento, ele ainda tinha que passar na minha cara que me sustentava.
- E quando foi que eu pedi pra voce me sustentar Bruno? Eu queria trabalhar e voce não me permitiu, agora vem querer ser o santinho? Poupe-me.
- É voce ta certo, vou te poupar, vou te deixar livre, faça o que quiser agora.
Ele disse levantando da cama.
- Do que voce esta falando. – eu pergunto aflito.
- Nos terminamos.
...
*CONTINUA
~
Oi pessoal, gostaria de pedir desculpas a vocês pelo atraso nas postagens, é que agora eu estou mais ocupado que nunca, entrei pra faculdade \õ/ , acordo as 06 da manhã e retorno ao meio dia, saindo da faculdade vou trabalhar, e saindo do trabalho vou pra escola a noite, então fica super dificil pra conseguir tempo pra postar, então eu aproveito os intervalos e começo a escrever os capítulos.
Ah, desculpa pelo conto de hoje pois como falei não estou com tanto tempo ai me falta a inspiração.
No mais, obrigado pelo carinho de vocês ^^
Yure