Muito feliz por estarem gostando. Muita coisa vem por aí, aguardem! Quero dedicar este conto, a todos os leitores que comentam e interagem com o conto. Beijos meus queridos e boa leitura...
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- Perdão Daniel... Eu agi de cabeça quente, sem pensar. Eu fiquei me martirizando o tempo inteiro, por ter tocado em você.
- Não precisava. As marcas que estão em meu corpo, não são piores do que as que estão em minha alma. Agora sai da minha frente Ricardo.
- Eu estou apaixonado por você Daniel. – ele falou em voz calma.
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O Daniel se manteve firme. Por mais que, por dentro a sua vontade era de se jogar nos braços dele, sentir o calor do seu corpo, se entregar a paixão que explodia em seu coração... Não tinha como esquecer o que o Ricardo fizera com ele. E o tempo fazia questão de provar que ambos nunca dariam certo juntos.
- Não me interessa os seus sentimentos, eu já aprendi o bastante nesta vida. O meu único propósito agora é seguir com os meus estudos. Não quero me envolver com você e com ninguém!
- Não diga isso... – ele se aproximou. – Eu vou te confessar... Desde o dia em que li o seu caderno, eu pude entender realmente o que você sentia. A sua dor, o seu sofrimento, de como você sentia vergonha das pessoas...
- Chega! Eu não quero ouvir isso Ricardo! – ele gritou. Aquele assunto mexia com o seu ego.
- Eu aprendi a gostar de você. Parece esquisito, e eu tentei entender este sentimento. Foi muito difícil pra mim, e quando você foi morar em outra cidade, eu percebi o quanto és importante pra mim.
Daniel respirou fundo, para não se atirar nos braços dele. Por mais que tentasse, o seu amor falava mais alto. Infelizmente a gente não escolhe a quem amar, simplesmente lutamos por aquilo que é mais forte do que nós.
- Não me procura mais Ricardo. Eu quero esquecer que um dia te conheci. Vai viver a tua vida e me deixa em paz. Cansei de ser trouxa, de chorar à toa, de não ser valorizado... Eu não mereço isso. Não vou negar a você, eu te amo! – quando disse a última frase, começou a chorar. – Mais nem sempre o amor é tudo. Ele não anda sozinho. Eu mudei bastante, como você pode ver. Agora ajo com a minha racionalidade.
- Pra quê ficar se torturando cara? Eu estou aqui, diante dos seus olhos... Fica comigo. Eu te quero!
- Não é tão simples como você imagina. Com licença. – Daniel seguiu o seu caminho, o deixando parado no mesmo lugar, com a cabeça baixa e lágrimas nos olhos.
No quarto com o amigo, ele chorava de soluçar. Seria difícil renegar o seu amor.
- Por que você não acaba com este sofrimento Dan? Se ele disse que te ama, vai ficar com o cara da tua vida!
- É fácil falar né? Eu faço isso, e na primeira oportunidade, o Ricardo me humilha e me joga fora como um copo descartável! NÂO! Eu não quero isso pra minha vida Leo!
- Amigo... Não quero te vê sofrendo desse jeito. Que tal sairmos no sábado para você se distrair um pouco? Hum?
- Não tô com cabeça pra isso. E além do mais, o Kadu chega no sábado.
- Aquele cara de Vitória?
- Ele mesmo. Não quero estar assim, para recebê-lo. Não vou chorar mais. – ele secou o rosto com as mãos.
- Ai, tô louco pra conhecer este cara.
- Você vai adorá-lo. O Kadu é um homem muito divertido e de um coração maravilhoso.
- Vocês vão ficar de novo? – quis saber o Leo, empolgado.
- Claro que não Leo! Eu e o Kadu somos amigos. Ele vai ficar hospedado em minha casa, até o período de suas férias.
- Me engana que eu gosto. – ele jogou uma almofada na cara do Daniel. – Um homem lindo, na sua casa, e vocês serão grandes amigos?
- Quer parar de ironia? Eu amo o Ricardo.
- Mas isso não te impede de ficar com o bofe maravilha!
- Ai, você não presta! – Na verdade eu vim aqui pra te dizer que a partir de segunda-feira eu começo a trabalhar.
- Jura? Que bom Dan! – Fico feliz por você meu amigo.
- Vamos fazer um lanche? Tô morrendo de fome. – eles foram para cozinha preparar alguma coisa, e o Daniel ficou por mais algum tempo na casa do amigo, até que se de conta do horário e voltou para casa. A conversa entre ele e o Ricardo, atormentava sua cabeça.
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- Não vai comer filho? – perguntou a mãe do Ricardo.
- Tô sem fome mãe.
- Seu irmão de contou que você bateu no cara que pôs aquelas fotos absurdas na internet. Que bom que você agiu feito homem e deu uma lição neste filho da puta.
O Ricardo ficou pensando no episódio, em que bateu no Daniel. – Como eu queria voltar a trás meu Deus. Eu machuquei o meu amor... – dizia ele em pensamento. – Eu vou para o quarto. Estou com dor de cabeça.
Ele se retirou da mesa, e foi para o seu refúgio. Deitou de barriga para cima, e pensava olhando para o teto. A lembrança que vinha era a do Daniel em seu quarto, onde eles quase se entregavam ao prazer e ao amor. Lembrou do gosto da boca dele, do jeito delicado, do sorriso... Ele sabia que o Dan tinha razão, e jamais seria capaz de assumir o seu amor por ele, pois a sua família, amigos, nunca aceitariam. – Eu sou um covarde! – ele gritou, arremessando um travesseiro na janela.
O final de semana chegou com u sol maravilhoso, deixando o dia de sábado mais iluminado e radiante. Daniel esperava no aeroporto, a chegada do amigo. Já estava impaciente com o atraso, quando finalmente o avistou de longe. Ele acenou para o Kadu, e este se atirou em seus braços, para um abraço apertado.
- Meu lindo, que saudades eu senti de você.
- Eu também Kadu. Nossa você continua do mesmo jeito.
- E você esperava que eu mudasse em três meses? – ele riu.
- E que parece ter uma eternidade que não te vejo. Vamos pra casa?
Eles chegaram em casa, e o Daniel apresentou o Kadu a todos da família. A Jessica, sua irmã, ficou eufórica ao ver a tamanha beleza do amigo de seu irmão. Quase o sufocou com tantas perguntas.
- Kadu, eu vou dormir no chão e você na minha cama. – disse o Daniel, orientando ele.
- De jeito nenhum! Eu durmo no chão.
- Nem pensar Kadu. Você é a minha visita e faço questão.
- Dan, não quero te dar trabalho, e é injusto ceder a sua cama a mim. Eu já disse que durmo no chão. – vendo que iria perder a batalha, Daniel acatou a decisão dele.
Ficaram conversando até altas horas... O Kadu, claro, dando uma bronca no outro, por não ter iniciado na academia.
- Não pense que só porque conseguiu este corpo malhado, que você deve parar.
- Eu sei professor, é que estou sem tempo. – Daniel riu para ele.
- Eu me sinto tão velho, quando você me chama de professor.
- Seu bobo... Bom, eu vou dormir, porque já são duas da manhã. – Daniel tirou a bermuda que vestia, ficando apenas de cueca e exibindo seu belo par de coxas grossas. O Kadu deu uma leve olhada, e não conseguiu disfarçar.
- O que foi? Quer alguma coisa? – perguntou o Dan, ao ver que estava sendo observado por ele.
- Não! Boa noite querido. – Kadu deitou rapidamente, antes que o seu pau desse sinal de vida e a coisa piorasse.
CONTINUA...