Oi meus lindos, e lindas também. Quero dizer muito obrigado pelos comentários e mais uma vez agradecer pela atenção. Não deixem de comentar bastante e prometo fazer um conto maravilho e intrigante. Xêro a todos e beijos. Boa leitura...
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- Eu estava feliz da vida com esta nova mudança... Prometi a mim mesmo, que não choraria por mais ninguém e que também não me importaria mais para o que os outros pensam!
Daniel acordou na manhã seguinte, e já imaginava ter de encarar o Ricardo e o seu grupinho homofóbico! Porque será que sempre existem estes grupos de caras idiotas que se acham donos da verdade?
Ele chegou à Faculdade e foi direto falar com o Leo, seu amigo. Deu graças a Deus por não ter cruzado com o Ricardo no corredor.
- E ao amigo? Como você está?
- Mal né Leo? Depois de anteontem, muita coisa mudou.
- Do que você está falando Dan?
- Eu cansei de ser humilhado, maltratado e rejeitado pelas pessoas... Eu quero viver sem ter de me importar com opiniões alheias.
- Nossa! Eu fico muito feliz por você amigo. Eu sempre te falei isso...
- A decepção que eu tive foi muito grande. E só de pensar que... Eu achava que ele ia fazer com carinho, com amor.
- Daniel, você era virgem antes de?...
- Sim. – ele baixou a cabeça. O Ricardo foi o meu primeiro contato sexual!
- Ô Dan, você não podia ter se entregado assim... Aquele cara não presta! Basta ver pelo jeito dele; aliás, dele e da corja toda né?
- Só eu mesmo pra acreditar que um dia eu e o...
- Chega de falar desse idiota! Vamos pra sala?
Ambos foram em direção à sala, mais infelizmente, se depararam com o grupo do Ricardo. Este por sua vez, encarou de um jeito ameaçador nos olhos do Daniel. Eles falavam entre si e riam ao olhar para os dois.
- Você viu Leo? O Maurício dizendo que além de “baleia é viado.”
- Os deixe falarem o que quiserem amigo. Estes babacas são mau amados.
Cada ofensa que o Daniel ouvia, servia de alimento para ele dar a volta por cima. Ele tinha 21 anos e cursava Administração. O Daniel tinha os cabelos cacheados e um pouco grandes, talvez isso não realçasse o seu rosto. Taí, um problema que ele enfrentava... As malditas espinhas no rosto. Ele se sentia com sua auto-estima pra baixo, ainda mais vendo que o Leo tinha a pele perfeita e não estava acima do peso. Volta e meia ele fazia essas comparações com o amigo.
Na hora do intervalo, ele foi atrás do amigo para conversarem sobre a academia que ele havia encontrado só que não o encontrou. Ao contrário, ele se deparou com o Ricardo, encostado numa pilastra fumando um cigarro. – Como ele é lindo! Meu Deus, porque eu fico de quatro por esse filho da puta? – ele perguntou a si mesmo.
O Ricardo olhou para ele e piscou os olhos. Ele era cínico. Fez um sinal para que o Daniel se aproximasse, mais ele nem deu bola. Como o outro era teimoso, se aproximou mesmo assim.
- Tá fugindo de mim é?
- Eu? Claro que não!
- Eu tava pensando em repetir a dose. Me amarrei nessa tua bunda!
- Hã? Pois você nunca mais encosta a mão em mim seu idiota nojento!
- Iiiiii... Qual agora? A donzela vai ficar se fazendo de difícil? Hahahahha... Pois eu tenho certeza que você ficou gamadinho nesse pau aqui!
- Você se acha né? Quer que eu seja sincero? Nem foi lá essas coisas... Você deixa muito a desejar.
O Daniel sabia que estava mentindo, pois por mais que havia sentindo dores enormes, o Ricardo soube dar prazer a ele muito bem.
- Marca de novo seu fofinho. Vou te dar uma surra!
- Não me chama de fofinho! Me respeite!
- Sabia que esse teu jeito certinho e delicado é até engraçado? Bem típico de viado.
- Sou viado sim! E daí? Por acaso é algum crime? Pelo menos sou feliz!
Ele não sabia de onde havia arrancado tanta coragem para dizer aquelas palavras, mas por dentro, estava muito contente.
- Você simplesmente se tornou uma decepção pra mim Ricardo! Tudo bem que eu não poderia te obrigar a gostar de mim, mais nem os meus sentimentos você respeitou... Cresce cara! E me deixa em paz.
Ele saiu dali, deixando o outro sozinho e pensativo. Na volta pra casa, contou tudo ao amigo por telefone. Ao chegar, tomou um banho, almoçou, e ficou em seu quarto, buscando uma forma de mudar a sua vida, o seu corpo, o seu rosto. Ele não tava com muita grana, e tratamento dermatológico custa caro. Resolveu pedir ao seu pai, quando este chegasse do trabalho. Feliz da vida, viu que já era à hora de se arrumar e ir para o seu primeiro dia de academia...
Daniel foi orientado por um professor gato, que ele mesmo não parava de tirar os olhos. Ele respirou fundo e buscou forças, para sua mais nova rotina.
Seguiu todas as orientações e terminado os exercícios, foi para o vestiário tomar um banho. Esperou quase todos saírem, pois tinha vergonha do seu corpo.
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- E aíii... Me conta como foi lá na academia. – disse a irmã dele, pulando na cama.
- Ah, foi bom. Tirando o meu corpo que está todo quebrado, o resto foi bom.
- Poxa, eu pensei que você ia me dizer que tem um monte de homens gatos e sarados...
- Claro que tem sua boba. Mas o meu foco não é isso.
- A mamãe te falou que o papai tem algo sério para contar a gente hoje à noite?
- Não! Ela não me disse nada. O que será?
- Não sei, mais to sentindo cheiro de mudanças...
- Ai meu Deus, eu só espero que a gente não tenha de morar em outro estado.
Como todos estavam esperando o Sr. Roberto, a ansiedade enfim foi acabada.
Ele chegou,e antes mesmo de lavar as mãos para jantar, revelou a família que por motivo de trabalho, e por um salário quase o triplo do que ele ganha, eles teriam que se mudar para o Espírito Santo, e ter de ficar por lá, pelo menos por oito meses. O Daniel quase teve um treco!
Como o pai dele ia trabalhar embarcado, e ganhar bem mais, ele pensou em sua família e acabou aceitando. A Jéssica, sua irmã, iria ficar em São Paulo, pois não podia deixar o seu trabalho.
- Mais pai, eu posso ficar com a...
- Nem pensar! Sou eu quem te banco e você vai com a gente. E assunto encerrado!
Aquela semana, ele tirou apenas para resolver as burocracias na faculdade. Pediu transferência e estava inconformado em deixar o amigo.
- Aê! Menos um viadinho aqui na Facul – disse o Maurício quando soube da notícia.
- Não responde Dan. Finge que nem é com você.
- Quer saber? Ao menos vou me livrar desses caras. – quando ele disso aquilo, o Ricardo apareceu no corredor, e o seu coração acelerou.
- Ei, pode deixar que eu vou te visitar tá? Vi ser bom pra você...
- Valeu amigo. Fica com Deus e se cuide. Nada de encher essa cara de cachaça e nem ficar dando em cima do marido dos outros tá? – eles riram e se despediram mais uma vez.
CONTINUA...