Mil, milhões, bilhões, trilhões de desculpas pela detestada demora, mas é que a vida não tá fácil pra ninguém. Vou fazer um conto curto, mas abordarei o que eu pretendia abordar nele e o que vocês devem saber.
Fui para a minha casa e não deu nada de diferente, pois cheguei ao mesmo horário que eu chagava do colégio. Eu andava feito um manco, por causa da dor... Mas menti para meus pais que tinha machucado levemente a perna e eles acreditaram.
Almocei e fui descansar no meu quarto após um banho. Quando vejo meu irmão entra quarto e para piorar a minha vida ele fala que o Ralph tinha perdido o emprego e estava desanimado. Na verdade, perder o emprego não teria um por que de atingir o Ralph, outra coisa devia estar abatendo o coitado.
Resolvi ir até a casa dele. Chegando lá o vejo arrumando as malas... Não acreditei! Será que ele iria mudar- se?
-Oi, posso entrar? –falei abrindo a porta enquanto ele arrumava as coisas no sofá da sala.
-Pode! Entra aí... –falou triste.
-Ralph! O que aconteceu? Por que você está tão triste? Por que esta arrumando as malas? –falei preocupado com o que ele poderia me responder.
-Eu... –respirou fundo. –Eu estou me mudando para outra cidade Emmanuel! E provavelmente você não irá me ver nunca mais!
Aquilo foi uma facada no meu peito. Doeu! Quase desmaiei...
-Por que você vai fazer isso? –falei chorando.
-Primeiramente lá eu terei um emprego mais tranqüilo e melhor. Segundo, muitos amigos meus e inclusive minha família moram pra lá. Então... Eu vou pra lá de qualquer jeito.
Resolvi que a única maneira de eu tentar impediu- lo era se eu abrisse meu coração.
-Ralph! Você não pode ir... Eu te amo! –ele continuava arrumando as coisas como se não estivesse me ouvindo. –Eu não te amo como um amigo... Eu te quero! Entreguei-me a você naquele hotel por amor, você não pode me abandonar... Pelo menos vamos continuar nos falando perto um do outro. Ajuda-me a enfrentar o Matheus, ele voltou... Ele me estuprou! –percebi que ele não me ouvia. Fiquei com raiva e gritei alto. –RALPH! ESCUTA-ME, ME RESPONDE!
Ele olhou pra mim e falou:
-E daí? –falou irônico.
-Como assim?
-E daí que você me ama Emmanuel! EU SOU HÉTERO! Eu era seu amigo, mas depois que percebi que você era gay... Uhhh! Não deu! Não quero ser amigo de gay nenhum! Por favor, eu curto mulheres... Nunca deixaria de comer uma buceta gostosa pra me dar o fruto de ficar com você. Agora para! E outra... Se o Matheus te estuprou o problema é seu, não mandei você se meter com ele. Agora, você é um playboy gay que quer que eu viva te defendendo do Gogoboy lá? Humf! Enxerga-se! Eu fui seu amigo até o momento que você começou a dar em cima de mim. –ele pegou sua mala e subiu para o seu quarto me deixando sozinho.
Não preciso definir o que senti... Na verdade, não sei o que senti. Vocês! Como ficariam depois dessa? Tentem definir o que eu senti, por que eu não sei até hoje! Não fiquei com nojo nem com raiva do Ralph... E sim, pena dele. Mas outra sensação me consumia e eu não sabia o que era.
Fui para minha casa, cheguei lá e vi que não tinha ninguém presente. Ótimo! Era minha chance.
Peguei uma faca na cozinha. Subi para o meu quarto e por raiva, por estar cansado de sofrer, por ser um burro mesmo, por ninguém me querer, por eu não ter o que fazer na minha vida... Cortei meus pulsos e...
Continua...
(Aviso Importante: O CONTO TERÁ SEGUNDA TEMPORADA, MAS SERÁ OUTRO TÍTULO, OUTRA HISTÓRIA E VAI DEMORAR UM POUCO)