Vi TV até tarde da noite mais não prestava atenção em nada. Minha mente estava completamente concentrada no que eu falaria à Nic quando ela chegasse pela manhã. Será que se eu entrasse nessa vida um dia ia ter condições de sair?
Parei para refletir bem. A Nic não ia me sustentar muito tempo. Pelo estado do local em que ela morava, percebia-se que mal sustentava a si mesma. Eu precisa urgente de uma forma de ganhar a vida. Roubar eu não ia, nem se quisesse não tinha talento para tal. Podia procurar um trabalho comum de salário mínimo após fazer 18 mas não era garantido arranjar. Tampouco seria garantido conseguir viver com um salário mínimo. E ainda tinha a faculdade.
Envolto em tais pensamentos mais uma vez cai no sono. Acordei com barulho nas panelas. Abri os olhos e vi a Nic fazendo café como sempre. Poxa, parei para pensar e vi que o dia anterior passou como um borrão, não fiz nada, o dia simplesmente passou por mim.
- Bom dia Nic.
- Bom dia belo adormecido. Você dormia tanto assim na casa da sua mãemeu lindo?
- Não. - Ri.
- Café tá saindo, to saindo uma escrava para você viu menina.
- Nic, eu não sei nem como te agradecer. Se não fosse você eu poderia estar em qualquer lugar agora.
- Precisa agradecer não, não podia deixar você no meio da rua não é? Você é minha colega. - Riu.
- Nic, eu quero ser boy de programa.
- Hã?
- Tomei uma decisão, quero fazer isso. Não consigo ver nenhuma outra solução.
- Olha Di. - Começou ela colocando café numa xícara e me oferecendo. - Você tem noção do que é vender o corpo pros outros?
- Eu sei que não é fácil.
- Não, não é. Você vai ter que ir pra cama com qualquer um que te pagar. Com gente que você vai ter nojo. Vai dar quando quiserem te comer, vai comer quando quiserem dar. Vai chupar mesmo se achar ruim. Você acha que encara isso mesmo?
- Encaro, melhor do que ficar parado. Melhor do que não fazer minha faculdade por falta de grana.
- Então é tua decisão. Não digo mais nada.
- Vai me levar pra rua hoje?
- Que é isso menino, aquilo é ponto de travesti, você precisa ir para onde vai quem te quer.
- E onde é?
- Tem ponto na rua também, mas eu vou te indicar uma pessoa para você conhecer. Você não pode sair trabalhando na rua assim. Tem que pegar a manha. Ai meus Deus, nem acredito que to fazendo isso. Eu devia mandar você tomar juízo, você é uma criança.
- Nic, se você não me ajudar eu vou sair a noite nas esquinas e me oferecer para quem passar.
- Tá bom, olha, vou te dar um endereço, e vou ligar para essa pessoa. Você vai lá as 10h00min, está certo?
- Ok.
Tomamos café e ela deu um telefonema. Me disse que eu ia falar com um cara chamado Bill, que tinha um clube privado bem alta sociedade. Ela achava que ele me aceitaria. Quando perguntei a ela o problema da idade, ela disse que não era tão incomum menores se prostituirem. Perguntou se eu tinha dinheiro para o ônibus e lhe disse que ainda me restavam R$ 4,00. Ela então foi dormir após me entregar o endereço anotado num papel.
Fiquei muito ansioso até a hora. Tomei um banho caprichado e vesti minha melhor roupa. Desci e peguei um ônibus logo em frente a ao prédio. Não foi difícil achar o endereço, ficava em uma das ruas mais nobres da cidade. Parecia um motel pequeno e super luxoso. Não havia porta aberta para se entrar, apenas entrada de carros e uma guarita. Me aproximei e tentei ver através do vidro fumê da guarita.
- O que você quer? - Ouvi uma voz grossa vinda de um interfone.
- Eu vim ver o Bill.
Após algum silêncio do outro lado ouço o portão automático abrir.
- Entra aí. - Comandou a voz.
Entrei e me vi em um pátio com um jardim muito bem cuidado e um caminho de pedras que levava a uma garagem subterrânea. Estava admirando tudo quando o guarda me aborda.
- Vem por aqui. - Chamou.
Segui ele por uma entrada lateral. Parecia uma saída de emergência ou algo assim. Subimos três lances de escada e chegamos e um corredor finamente decorado.
- Última porta à esquerda. - Indicou o guarda voltando para trás.
Não havia ninguém no corredor. Caminhei nervoso até a porta indicada. Nesse momento quase me arrependi de ter pedido aquilo à Nic, em que buraco eu não estava me metendo. Mas encarei e bati na porta.
- Entra. - Uma voz respondeu.
Entrei. Era um quarto bem amplo, com janelas enormes e uma varanda igualmente grande. A cama dominava todo o ambiente e parecia ser suficiente para umas seis pessoas dormirem lado a lado. Havia um homem sentado em uma cadeira do lado da cama. Era branco e loiro, alto e com o corpo definido. Seus gestos eram um pouco delicados, mas apenas de leve e tinha olhos verdes.
- Então você é o menino que a vadia mandou?
- Sou o Diego. - Falei.
- Bill. - Respondeu ele rindo. - Parece tímido Diego.
- Não, só estou nervoso.
- Quer ser garoto de programa e é nervoso assim?
- É só porque é a primeira vez.
- Você tem olhos lindos, combinam com os meus. - Falou ele referindo-se aos meus olhos azuis. - Tira a roupa.
- Hã?
- T-i-r-a a r-o-u-p-a. - Soletrou ele friamente.
Tirei minha camisa e deixei meu peito à mostra, não era bombado, mas era bem definido. Desabotoei a calça e baixei logo ela com cueca e tudo.
- Precisa se depilar Diego. - Falou ele apontando meus pelos grandes.
- Eu faço isso. Sem problema. - Respondi.
- Vem até aqui.
Caminhei até ficar de pé do lado dele. Ele acariciou meu pênis com uma mão e o saco com outra.
- Precisa depilar porque os clientes preferem mas eu gosto é assim peludinho. - Falou ele afundado o rosto no meu púbis, como se quisesse sentir bem de perto o meu cheiro. Aquilo me excitou um pouco.
Ele fastou a cabeça e já foi enfiando meu pau na boca. E como chupava bem. Delirei com a mamada dele e fiquei completamente excitado. Ele enfiava e tirava com uma rapidez tão grande que comecei a me contorcer e tentei tirar o pau de sua boca. Mas ele colocou uma mão na minha bunda e me forçou a continuar permitindo a felação. Não demorei e de um urro enchi a boca dele de gala. Ele engoliu tudo e só tirou a boca quando meu pau ficou completamente mole.
- Você é gostoso Diego.
- Valeu. - Respondi. - Tô contratado?
- Ainda não, falta mais um testezinho. - Falou ele pegando um celular que estava em um criado mudo. Ele discou um número e falou “agora” para alguém do outro lado.
Apenas fiquei nu ao lado dele quando 4 rapazes entram no quarto. Três eram morenos e um mais claro, mas nenhum era tão branco quanto eu. Estavam todos de cueca e eu notei que as malas estavam duras, como se estivesse se preparando para algo.
- Esse é o seu teste Diego. - Falou Bill apontando os rapazes. - Eles vão de enrabar um depois do outro, se você aguentar, está contratado.
Um gelo me subiu pela espinha...
Continua …
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