Amigos, esté é o ultimo capitulo da série... Aos que leram e gostaram, um abraço um beijo e muito o obrigado por acompanharem. Aos que leram e não gostaram, um abraço, um beijo e muito obrigado, pois se você está lendo isso, teve a paciência para acompanhar até o fim! Então, muito obrigado a todos!
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Nesse dia eu fui para casa chorando. Cheguei lá, fui recebido por Fred e Paloma extremamente preocupados. Perguntei se eles sabiam da minha história com John e eles confirmaram, então, contei o ocorrido dos últimos dias.
Eles me aconselharam a dar uma chance para John, mas eu não tinha certeza se era o mais correto a se fazer. Segundo eles, John não havia feito por mal, tendo em vista o que ele passou e blá, blá, blá.
No outro dia, na escola, encontrei Mark, triste e cabisbaixo. Ele me deu um leve olá e seguiu para sua sala, calado. Já John me olhava com os olhos tristes e ansiosos, ele fazia de tudo para me agradar.
Para você ter uma noção, ele me deu uma barra de chocolate, se ofereceu para carregar minha mochila, tocou brasileirinho em um cavaquinho. Agora eu sabia como as mulheres se sentem ao ser bajuladas por um homem apaixonado.
Esse dia foi um pouco tenso. Embora as outras pessoas continuassem exatamente as mesmas, toda vez que John e/ou Mark se aproximavam de mim eu me sentia culpado e triste. Mark estava distante e desatento. John estava , como eu disse, tentando me agradar.
O dia seguinte, sexta-feira, foi um marco na minha estadia nos EUA. A aula continuou da mesma maneira, Mark triste e John me rodeando. Mas teve uma hora que ele simplesmente sumiu. Sabia que dai sairia algo inesperado.
Fui para minha ultima aula do dia, esperando a cada segundo saber o que John faria. Após a aula, assim que bateu o sinal, eu fui o primeiro a sair, e encontrei a minha surpresa. Na hora que eu abri a porta, vi John com uma calça branca e um terno azul claro, segurando um violino.
Assim que me viu, deu um sorriso, armou o violino e começou a tocar. Imediatamente eu entendi o motivo do terno azul claro, bem como a calça branca. Ele tocava “Como é grande o meu amor por você” do Roberto Carlos. Antes de começar a começar a letra de fato, sussurrou um “Para você”.
Algumas meninas da minha sala desataram a chorar (???) e eu também. Ele acabou de tocar e todos aplaudiram, gritando NOSSOS nomes. Resolvi dar aquela chance para John, mas eu fiz um único comentário:
- Roberto Carlos não toca violino – Ele me olhou tristonho, como uma pessoa que fica um passo de alcançar seu objetivo. Mas imediatamente eu completei:
- To brincando, seu bobo. É impossível não te amar! – Puxei ele para um beijo firme e perfeito. Todos no corredor aplaudiram. Até o nosso professor homofóbico tentar interromper. Mas foi tão vaiado que saiu de mansinho.
John então me abraçou e saímos. Tom parecia feliz pela gente. Tracy tentava consolar Mark que chorava igual uma criança. Fiquei com dó, John também. Mas não podíamos fazer nada, nós nos amávamos. E nosso amor era mais forte.
Esse dia pela tarde eu fiquei sozinho na casa de John. Você pode imaginar o que rolou. É um fato e eu não posso negar que Mark é melhor de cama que John. Mas com John tem algo mais, não é só sexo. Tem romantismo no meio e isso deixa tudo na medida que tem que ser.
Vimos um filme perfeito, chamado “As vantagens de ser invisível”. Eu gostei tanto que John me deu o livro no dia seguinte. Devorei-o em uma tarde.
O resto da minha estadia nos EUA foi bem perfeita e tranquila. Meu melhor amigo veio me visitar. Ficou uma semana. Conhecemos vários locais legais. Ele adorou a cidade e os meus amigos. Aprovou John (Segundo ele, ele deveria aprovar todos os meus relacionamentos) bem como eu deveria aprovar os dele.
Tom começou a namorar firme Jenny e Mark ficou só. De vez em quando ele arrumava alguém para ficar, mas nada muito sério.
Quando foi se aproximando o fim da minha estadia, John finalmente conseguiu sua carteira de motorista. De presente, seus pais lhe deram uma picape de presente. Aquele dia, foi um dos mais perfeitos da minha vida.
Eu estava em casa quando escutei uma buzina tocando na porta. Sai para ver quem era e era ele. Receosamente entrei no carro. Era noite. John colocou uma musica de fundo que eu não conhecia e me disse no meu ouvido quando entramos:
- Se quiser, pode ir na carroceria, tipo o Charlie – Rimos, trocamos um selinho e eu passei para a carroceria. Antes de sairmos, Tom, Tracy e Mark chegaram correndo para ir também. Fred e Paloma ficaram com medo mas deixaram.
John deu partida e seguimos.
“Mesmo se você não soubesse sobre o que eu estava falando ou conhecesse alguém que passou pela mesma coisa, você fez com que eu não me sentisse sozinho. Porque eu sei que existem pessoas que dizem que todas essas coisas não acontecem. E que existem pessoas que esquecem como é ter 16 anos quando elas fazem 17. Eu sei que tudo isso serão somente histórias algum dia. E que nossas fotos vão se tornar fotografias velhas. Nós todos nos tornaremos os pais ou mães de alguém. Mas, agora, esses momentos não são histórias. Isso está acontecendo. Eu estou aqui e estou olhando para ela. E ela é tão linda. Eu posso ver isso. Esse momento em que você sabe que você não é uma história triste. Você está vivo, e você fica de pé e vê as luzes nos prédios e tudo que faz com que você imagine. E você está escutando aquela música e aquela sensação com as pessoas que você mais ama no mundo. E nesse momento, eu juro, nós somos infinitos” – As Vantegens de Ser Invisível.
FIM
